27/10/2006

Patalho...!

Ele é aquela sensação de dever ainda não cumprido; o querer ir mais longe e não poder; a sensação de que tudo está mal e acaba mal; o poder que não cabe na palma das mãos; o ser livre e não poder voar; o estar preso e conseguir sonhar; o querer mais, conseguir mais, ser mais... e não poder; o sonho; a ilusão de seguir a boa estrela; o horizonte que teima em voltar sempre ao mesmo ponto de partida; a Terra ser redonda e os terráqueos quadrados; o sofrer, o agir e o pensar; os Marretas, a Miss Piggy e o Cocas; o cabrão do filme que está a passar na TV; o trabalho que tenho de acabar; as merdas que tenho de aturar; os sarilhos em que ainda me quero meter; as putas que tenciono foder; e o Poupas, o que é feito dele?; o Norte e o Sul; as Caraíbas e a Antártida; o caralho que os foda e foda; as palavras que terminam em 'ão'...; os dias frios de chuva e os quentes de sol; é isto tudo e muito mais!!!

Que posso dizer?

Eles que se fodam!

Cumprimentos Patinos

13/10/2006

Patos Marques: procuram-se mortos ou vivos

E esta semana aconteceu-me uma cena mesmo estranha!
Anda um Pato na rua, aprumadinho, saído do emprego em direcção à formação - como um Pato respeitável que é - e é atacado!
Atacado, não por gangs, qual arrastão se desenvolvesse em plena Patolândia; Atacado, não por um qualquer louco psicopata... Atacado... por uma velha...
Vejam se faz sentido: um Pato vai em plena Avenida, acompanhado por mais quatro colegas quando, sem mais nem porquê, uma velhota se digna a aproximar-se dele e - vamos a ver se a onomatopeida sai bem - Shrooook! Uma escarreta mesmo na face esquerda do Pato, que escorrega até ao casaco...
Fazer o quê, pensei?
Pegar num calhau e arreiar com ele na mulher??? Talvez seja isso que faz de mim um Pato... nada fiz... só se pode é ter pena...
Mas fiquei pensando cá com os meus botões... quem terá sido o cabrão que se aproveitou da pobre mulher, comprando-a para realizar tal atentado?
Começo a acreditar que sou um Pato incómodo, tal como todos os outros Patos.
Começo a pensar que talvez tenha sido um aviso.
Começo a achar que este tipo de acções só provam que sou um empecilho a estes Currupto-Capitalistas de merda...
E cada vez mais acredito que tenho de continuar a minha demanda, nesta luta sem fim pela defesa dos Patos.

E depois pensei também: será que conheci a filha da senhora? Aí já poderia haver um motivo...

Cumprimentos patinos!

07/10/2006

ao Sistema

O Sistema não quer,
o Sistema não funciona;
se o Sistema quer foder,
o Sistema que se foda.

01/10/2006

Como vai a aldeia...

Ora viva!

O civismo é sempre uma questão na ordem do dia neste país.
O que se tem ouvido mais é a questão dos fumadores...
Na realidade sou um Pato não-fumador. Ou melhor, sou fumador, mas passivo.
Note-se que com a história do passivo não estou a referir-me a qualquer tipo de orientação sexual mas sim, e somente, à questão do tabaco! (Há quem fume outras coisas, mas o problema parece mesmo ser o tabaco...)
Como quackava eu, não fumo e até nem sou a favor que se fume em locais públicos; contudo, de certa forma, sou um pouco conformista neste tipo de situações... quer dizer, se o espaço até é bastante grande, tanto me faz que estejam a fumar como a foder... desde que não me incomodem... claro que há sempre os indivíduos gordos, de fato branco e caixas de violino, que se sentam a beber um uísque e um longo e cheiroso charuto, mas como um caso não são casos, até nem me incomoda que o tipo da mesa ao lado esteja a fumar um cigarro (de tabaco, claro).
O que é caricato, é colocarem o civismo à mistura!
Não se deve fumar em locais públicos, porque não é cívico!
Não se fode porque não é cívico!
Não se peida porque não é cívico!
Até já nem se pode abortar, porque há uma meia dúzia de putas 'cívicas' que acham que podem controlar o útero das outras mulheres... e o que é mais grave é arrastarem multidões com a conversa delas...
Bem, claro que já estou a ir mais além do que era previsto, mas é que a questão é mesmo a história do civismo.
Isto para dizer o quê?
No sábado fui ao Circo da Luz (vulgarmente denominado Centro Comercial Colombo) para ver se comia qualquer coisita... Na boa maneira cívica, fui comprar o comer e depois, fui procurar lugar para me sentar. Mas não! As mesas estavam todas ocupadas com pessoal que nem sequer estava a jantar...
Numa das mesas redondas de 8 pessoas, estava um gajo sentado sem comer:
- O senhor importa-se que me sente?
- Ah, não, os lugares estão ocupados; estou à espera de amigos para jantar!
E assim foi...
Em metade das mesas do Colombo, à hora de jantar, não se jantava! Esperava-se pelos amigos! E enquanto isso, uma pequena multidão passeava com os tabuleiros na mão à procura de um local para comer.

O que é ainda mais engraçado, é a atitude dos seguranças do Centro Colombo.
Se uma criança estiver sentada em cima de uma das colunas que adornam o Centro, mandam-na sair porque não pode estar ali (é real, já assisti!) - não é cívico;
Se um fumador estiver a fumar no local de não fumadores, é obrigado a apagar o cigarrro pelo macaco de serviço (também já assisti!) - não é cívico;
Mas se um cornutti estiver a ocupar uma mesa à hora de jantar, porque está à espera de amigos, o segurança já não faz nada porque o local é público! Mesmo que com essa atitude 'cívica' estejam umas dezenas de prato na mão a ver se se sentam...

É o civismo em Portugal, amigos Patolas!

E no meio de tanta merda e de tantos saloios, ainda ousam criticar os fumadores porque prejudicam os outros.
Meus caros puritanos de merda, vão é levar na peida!

Para concluir e em aparte: se Portugal estivesse separado da Espanha por um oceano, ainda era capaz de me convencer que os colonos deste país tinham embarcado num qualquer Mayflower, expulsos pelos concidadãos europeus...

Cumprimentos Patinos!

If i were a rich duck...