30/03/2008

como todas as noites são longas... aí vai

a dúvida

Suponho que devam já todos ter passado pelo mesmo.
Faço, não faço, digo, não digo, enterro-me, talvez não, quando, como, porquê, com quem, espero pelo momento oportuno, sou impulsivo, atiro já com a cadeira e o portátil pela janela fora, aguardo um pouco mais e mantenho a calma?
Os princípios gerais que regem a vida de um informático não funcionam efectivamente em todas as situações. Aliás, não seria mesmo suposto funcionarem pois retirariam a complexidade às coisas simples e, a ideia é mesmo que quanto mais complicada for uma situação, mais interessante será dedicarmos o nosso potencial à sua resolução de forma a concluir-se com sucesso a sua manutenção.
Confuso, certo? Claro que é. Seria também demasiado esperar-se que alguém como o Pato Marques objectivasse sucintamente acerca ou sucintasse objectivamente.
O grande problema em toda a questão é que o mais provável é que demos completamente em doidos a tentar chegar a um dado ponto.
Na faculdade tinha um professor altamente irritante. O gajo dizia-nos sempre que nunca ia explicar tudo porque "nunca se dava o ouro ao bandido".
Devo dizer que era uma atitude que me afogava profundamente as entranhas, e só com algum auto-controlo (sim, ainda tenho algum) nunca lhe atirei com o portátil à cabeça.
Mas compreendo também (agora, que sou crescido...) que o que ele dizia, embora de forma arrogantemente enervante, era um estímulo à nossa capacidade intelectual.
O que sempre me passou pela cabeça era: "cabrãozinho... só para te foder, vou marrar na merda da bibliografia até saber o que seria suposto teres ensinado". E isso foi óptimo. Por um lado ajudou-me a nunca esperar que as coisas me caíssem nos braços, lutando para obter o que quero, mesmo que para isso me tivesse de meter à frente de um couraçado - não era algo que não tivesse ainda aprendido, mas ajudou a refoçar o conceito base; por outro lado, ensinou-me que por muito negras que as coisas aparentem estar, há sempre algo que nos mostra como pintá-las de outra cor.
Isto sem contar com a motivação inerente.
No fundo, quando gostamos muito de alguém, os métodos que usamos para chegar a determinado ponto, nem sempre são os mais adequados (ou nunca são); contudo, quando se ganha uma espécie de ódio a alguém, é muito mais fácil encontrar soluções.
O princípio parece ser simples. Quando se gosta de alguém, colocamos na equação de resolução, dados que vão gerar dúvida sobre a demonstração do teorema; nunca sabemos ao certo o que fazer, o que dizer, e os valores encontrados acabam sempre por nos lixar de uma forma ou de outra. As probabilidades nunca estão a nosso favor, as Leis de Murphy encontram-se sempre por lá a atrapalhar e os mecanismos clássicos newtonianos de acção-reacção demonstram sempre que com mais facilidade nos cai o céu em cima da cabeça do que uma solução vinda de uma macieira. No fundo, considera-se como sendo o primeiro vector da sabedoria e, ao mesmo tempo, o quadrante geral dos problemas.
Já a perspectiva do ódio simplifica muito as coisas. Independentemente daquilo que queremos fazer, isso implica que queremos chegar a algum lado sem nos preocuparmos com o que nos rodeia. Não importa por cima de quantas pessoas passamos só para lixar alguém. É algo simples. Basta pensar "cabrão, não vou deixar que me fodas" e as soluções brotam como mimosas na Primavera. Esta segunda apresentação vectorial é tão simples que chega a ser escalar.
No meio de toda a explicação filosófica com que presenteei os meus leitores, urge fazer referência a dois dados importantes.
a. Por que raio a maior parte dos meus problemas assenta sempre no primeiro vector de toda a problemática apresentada?
b. Por que motivo tenho tanta dificuldade em odiar? É que era capaz de ajudar... com os restantes problemas.

Conclusão: é menos complexo abrir a janela e atirar esta merda toda do terceiro andar.

doidas...

Por volta da hora de almoço tive o prazer de ver mais uma daquelas pérolas do jornalismo.
Ao que parece, anda imenso pessoal chocado com o facto de haver uma série de jovens estudantes francesas que se prostituem para pagar os estudos.
Tipo... e então? Qual é a novidade?
Aos anos que as moçoilas andam a alugar apartamentos de luxo na Alameda para venderem os serviços a 500€ a noite...!
E depois dizem que isto são notícias. Notícia seria encontrar um pequeno T2 para alugar nessa zona. Parece um bordel em formato outlet...

29/03/2008

a hora

Esta madrugada muda a hora.
Melhor dizendo, na próxima madrugada muda a hora.
Foi algo que nunca compreendi.
Se já sabemos que a hora vai mudar, por que não mudamos já e evitamos a expectativa?
Tipo... vou estar em pulgas pelas 01:00 para alterar o relógio para as 02:00...
Para isso altero já! Vou dormir o mesmo...!
Na prática, não são 21:30, mas sim 22:30.
Agora que penso nisso, o dia da mudança de hora de Verão para Inverno é que rende para os encontros.
Independentemente daquilo que a malta esteja a pensar fazer, vai sempre fazê-lo durante mais uma hora que nos dias habituais, lol.
Ao contrário do dia da mudança da hora de Inverno para Verão.
É sempre uma hora a menos. A não ser que o par seja um trabolho medonho, lool.
De qualquer forma, hoje é um dia excelente porque vou não-dormir menos uma hora que aquelas que habitualmente não durmo.
Lindo. E, indo não-dormir menos uma hora, quer dizer que, mesmo não conseguindo, irei dormir mais uma hora.
A matemática é algo fantástico...

chamadas

Há pessoal que nunca me telefona porque, bem vistas as coisas... para saberem como estou basta lerem o blog.
Aliás... telefonam-me quando têm problemas com o portátil, não é...?
Mas acho que isso agora vai acabar. Pelo menos depois de descobrirem que a ajuda que disponibilizo pelo telefone, está presente num outro blog onde este pato escreve.
Merda... acabaram-se os telefonemas e vou acabar sozinho num lar para doentes mentais.
Só para chatear, amanhã vou visitar-te.
E levo uma cinta de explosivos à cintura, ah, ah, ah, ah!
Tem medo, muito medo!!!

gelados

Na minha habitual carência afectiva, hoje apeteceu-me algo doce.
Bom, lá fui ao mini-mercado do Sr. Armando e da mulher e decidi-me a comprar um gelado.
Na realidade, a compra de um gelado, por muito simples que seja, gera sempre uma explosão de merda no meu pequeno cérebro, criando a habitual diarreia mental.
Enfim.
Experimentem olhar para o cartaz dos gelados.
Uma coisa que é altamente enervante é o facto de não existir uma loja que tenha efectivamente todas as variedades representadas na porra do cartaz.
"Ah, tem o Bola de Nata no Pau de Chocolate'"
"Pois, está esgotado... mas tem o Bola de Chocolate no Pau de Nata..."
E um gajo, antes de escolher, fica sempre na grande dúvida. É que se escolhermos um gelado que depois não está disponível, a desilusão é imensa. E isso gera pensamentos deprimentes.
Como os dias já não correm grande coisa, o facto de não haver no congelador o gelado que queremos, dá-nos alguma vontade de saírmos da loja e metermo-nos debaixo do primeiro autocarro.
O que não é muito complicado, visto que a paragem mais próxima fica mesmo ali ao lado.
Então, o melhor é sempre escolhermos os gelados mais comuns que, de facto, existem sempre.
Bem, na prática, o melhor mesmo é metermos os cornos no congelador e escolhermos directamente na fonte.
Falando em cornos... escolhemos o básico.
"Cornetto". De morango, de nata, de chocolate. É algo que há sem falha ao longo de todo o ano.
Creio que até poderia haver uma explosão nuclear, a malta ficar sem água nem alimentos básicos... mas Cornettos parece haver sempre no super, hiper, ou mini-mercado.
"Tem farinha para bolos?"
"Não, mas tenho Cornettos"
"Tem lixívia com detergente?"
"Não, mas tenho Cornettos"
"Ainda tem pão...?"
"Não, mas tenho Cornettos"
Ocorreu-me então algo importante.
Há uns anos, a Pizza Hut tinha uma publicidade em que a malta escolhia um ingrediente. Depois ofereciam t-shirts e o pessoal delirava... havia o "Eu sou tomate!", "Eu sou queijo!", "Eu sou fiambre"... e muitas outras.
Fiquei a pensar no que aconteceria se a Olá fizesse o mesmo com os gelados. E depois, pensei como seria a t-shirt do "Eu sou Cornetto".
De facto, vistas bem as coisas, faria mais sentido um chapéu com essa informação do que uma t-shirt...
Mas isso daria origem a algo interessante. Na realidade, quem iria escolher a t-shirt do Cornetto? Se me aparecesse alguém à frente com uma t-shirt dizendo "Eu sou Cornetto", muito provavelmente a minha boca abrir-se-ia e, na sua fantástica capacidade de falar antes de pensar, iniciaria um pequeno pesadelo psicológico com o desgraçado da camisola...
Também é um facto que, considerando o meu passado... seria melhor ficar calado. Mas acho um piadão à ideia do "Eu sou Cornetto". Não eu.
Pode em parte ser fruto da minha mente suja e pequenina que me permite fazer uma piada metendo um Magnum, um Epá e um Perna de Pau.
Afinal... poderia dar azo a um pensamento interessante.
Pode faltar muita coisa nas prateleiras do supermercado, mas Cornettos têm sempre.
Quer isto dizer que os cornos são fáceis de encontrar...?

28/03/2008

mais um

free stuff

Wooowooo!!!
O South Park já está online e à borla!!!! (de forma legal, leia-se)
http://www.comedycentral.com/

Uma boa notícia... :P

27/03/2008

insónia

Não durmo há meses...
E, quando se prega olho, é em pequenos períodos de 2 horas. 2 horas a dormir, 2 horas acordado... argghhhh!
É altamente irritante.
Um amigo meu diz que isto se deve ao facto de ter actividades estimulantes antes de ir para a cama.
Certo...
Agora é o momento em que atiro para o ar a piada.
Foda-se... actividades estimulantes? Escrevo merdas no blog menos lido do mundo antes de ir dormir... o que tem isso de estimulante?
Ok, se andasse a ver sites porno, como no tempo do secundário, ainda se compreendia... mas a escrever?
Sem javardar... ainda quando estou a falar com Alguém interessante, compreendo que isso me tire o sono. Mas, na esmagadora maioria das noites, estou a escrever!!!! Escrevo cenas deprimentes num blog ainda mais deprimente!!!!! Isso não é estimulante!!!
Seria mais estimulante estar a contar carneiros que a escrever!!!

Podem definir-me o conceito de 'actividade estimulante'??? É que, não me parece que seja o meu estilo actual de actividade antes de ir fazer ó-ó...

26/03/2008

objectivamente

Prometi a mim mesmo que ia tentar ser um tipo mais optimista, mas não parece estar a resultar.
Depois de mais uma noite em branco, chegar a casa depois do trabalho e ver e ouvir isto... nop, não está a funcionar.
Suponho que se me atassem os jardins suspensos com uma corda e me esfregassem o rabo com palha de aço enquanto me pisavam compulsivamente os dedos mindinhos dos pés com uns sapatos de salto alto, era capaz de ser mais agradável que aturar isto.

push the limits

Estou confuso.
Já vi este vídeo. Não sei é se já o publiquei aqui ou se apenas o mantive armazenado nas minhas playlists do YouTube.
Como a opinião se mantém, vou publicá-lo (ou republicá-lo, já não sei...).


coisas

A estas horas, sentado na cama e pensando na vida, começam a raiar os enigmas da mente.
Vejo o que já fiz até hoje e traço estratégias para o que ainda tenho a fazer.
Suponho que a ideia de ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro não é suficiente para este Pato.
Eventualmente, ter dois filhos e plantar quatro árvores talvez já fosse mais ao encontro das minhas expectativas mas também pode ser a evacuação mental a fazer das suas.
Por vezes penso como seria se tivesse nascido noutro ninho.
Não faço ideia se teria tido menos, mais ou as mesmas oportunidades. Preocupa-me bastante mais o facto de poder ou não conhecer as mesmas pessoas.
Acordo de manhã e a primeira coisa que me vem à cabeça é pensar que está a chegar mais um dia de merda.
Já há muito que ultrapassei a fase do ter pena de mim. Agora encaro a vida numa perspectiva mais saudável e objectiva.
Tudo o que acontece, acontece por um motivo, embora não saibamos ainda por que motivo acontece. É filosófico, mas resulta. Se não pensarmos directamente na chuva de merda que cai sobre nós, atribuindo os acontecimentos a uma qualquer actividade extra-sensorial, as coisas correm bastante melhor. De qualquer forma, o conceito puro de merda, existe.
Compreendo finalmente o objectivo de tudo isto.
Pelo menos, pela metade.
Procuro entender que o que aconteceu, teve um motivo para acontecer mas, por outro lado, recuso-me a deixar nas mãos do destino o que poderá vir a acontecer. Seria demasiado estúpido.
No fundo, encarar as coisas neste ponto de vista: desfazer-me para atingir o que quero; se as coisas derem para o torto, são as movimentações cósmicas a fazer das suas.
Parece soar bem.
De facto, parece soar bem melhor que a cena do Segredo. A teoria de que se pensarmos muito numa coisa ela acaba por acontecer parece-me um bocado abstracta. Ou então é da fonte e comigo não resulta. Ou então pode até resultar e eu, distraído como sou, não perceber.
Contudo, a lógica andará por aí.
Não posso deixar de pensar em quem magoei e no que não fiz. Em quem desiludi e nas asneiras que processei.
Resíduos cósmicos ou não, já não vale a pena continuar. Agora resta proceder a correcções, eliminar bugs e apoiar em Produção. Com sorte, as coisas vão ao lugar.
Chamemos-lhe sorte ou, se preferirem, capacidade de gestão e manutenção das asneiras executadas.
Dizem que na informática as equipas devem ser multifacetadas. Quando um faz merda, a equipa tem a capacidade de corrigir; gosto de pensar que sou uma equipa por inteiro. Eu faço a merda, eu tenho de corrigi-la. Possivelmente estará relacionado com a minha falha na personalidade de não confiar em ninguém para fazer o que tenho a fazer. Penso que a falha aos poucos se começa a corrigir, fruto de algumas terapias, eventualmente. Mas ainda tenho um longo caminho a percorrer.
Esta hora é sem dúvida a melhor hora do dia.
O camião do lixo na rua, o som dos batentes dos elevadores dos caixotes e o plástico a bater, dão-me uma sensação de calma. Ou então é o cheiro do camião, que fede e me faz sonhar com patinhas cor-de-rosa às bolinhas azuis. Quando faz a ronda na minha rua já vem cheio portanto, podem ser os resíduos orgânicos refinados a transmitir esta sensação de paz.
Ocorre-me que poderá ser também porque a esta hora a 'Coisa' está a dormir, o que melhora o ambiente.
Não consigo arranjar motivos para não fazer a barba durante semanas, ou para não me pentear nalguns dias... bom, felizmente sou um pato que toma banho diariamente e que sabe lavar roupa, senão estava bem fodido.
Já agora... hoje é dia 26. Pensar que há apenas três meses era Natal...

25/03/2008

detalhes

O crescente número de piadas que tenho ouvido faz-me pensar que não foi grande ideia divulgar o meu blog nem colocar o link no hi5.
Bons tempos em que tinha apenas dois(uas) leitores(as)...


Estava também a pensar por que raio me dói tanto o rabo.
Já percebi... não meti a almofada no banco da cozinha... daí que esteja numa posição ligeiramente mais baixa.

o fundo do poço

"Governo afirma que a criminalidade violenta diminuiu em Portugal"
Claro... se há malta que se suicida com três facadas no coração num centro comercial... onde está a violência?
Ah, e os professores não são agredidos; a partir do momento em que os vídeos de prova desaparecem do YouTube, não há violência. Aliás, mesmo existindo, não se poderá chamar de violência à saudável relação professora-aluna numa sala de aula, lutando alegremente pela posse de um telemóvel.
Não se chateiem... vendo o meu por 25€ e já leva cartão.
E o taco na mala do carro e a chave de fendas espetada no hipotálamo foram apenas acidentes de trabalho.
E falando em Justiça, o amigo Pinto da Costa refere, com toda a razão, que o árbitro não foi a sua casa sozinho, mas sim levado por um terceiro (qual terceiro? perdi-me...); mais! os assuntos que foram tratar não respeitavam a futebol... claro, metia outro tipo de bolas, mas não era futebol...
Hoje recebi um email brilhante de um gajo que me tentava convencer que se desse 1€ a 6 pessoas da lista que ele indicava, um esquema de lavagem de dinheiro permitiria ganhar cento e tal mil euros em três meses.
Achei porreiro, mas acho que ganhava o dobro a prostituir-me num apartamento de luxo na Alameda.
Pesando bem as coisas, se optasse pelo esquema, ficaria lixado com o Fisco... assim, a única coisa a perder seria mesmo a dignidade, sempre que baixasse as calças.
Há aqui apenas dois problemas: primeiro, tenho amor ao pouco dinheiro que habita as profundezas da minha carteira e que morre deprimido, de solidão... depois, embora fosse tentador, ainda não estou convencido a abrir o meu rabinho de pato.
Pronto, pronto, é verdade que iria ganhar mais que a fazer a minha interpretação de Rebolona no Malhoa às terças à noite... até porque a cuequinha rendada já está a ficar gasta... mas não, dar ao rabinho só mesmo no poste.
Algo que adoro nos telejornais, é o facto de haver sempre informação pronta a enfiar no blog.
Acabo de assistir a um dueto erótico entre o amigo Scrótes e o gajo do PSD de cujo nome nunca me lembro...
O Sr. Engenheiro diz que o PSD é um partido virado para dentro... nem vou comentar...
O outro diz que o génio da maioria está é desesperado.
Epa, não tenho nada com isto, mas acho que deveriam ter mais cuidado com o que dizem a estas horas! Ainda há crianças a ver esta merda enquanto não começa a Anatomia de Grey...!
Pior que isto só a malta que me geme ao telefone enquanto dou suporte técnico.
É um facto que a Primavera chegou, mas não abusem!
O telejornal começa a parecer um filme porno de fraca qualidade, iguais aos que passavam há uns anos na TVI, nas madrugadas de sexta-feira. Não que tenha conhecimento do que estou a dizer...
Lindo. Mais uma.
O Eusébio refere que se o tempo voltasse atrás, agarrava-se aos livros.
Moço, dois pontos importantes:
a) Um gajo agarrar-se aos livros é uma merda: acabas sozinho e mal-pago;
b) O tempo não volta atrás... o Alzheimer fá-lo esquecer-se do caminho.

[momento da noite em que referiria em como o telejornal é deveras enriquecedor para o meu blog, lol]

23/03/2008

devaneios de Domingo de Páscoa

Uma das coisas que chateia nos chamados dias festivos, é a estupidificação da sociedade.
No Natal, todos gostam uns dos outros; mesmo se durante todo o ano a malta se anda a apunhalar pelas costas, o Natal é sempre o Natal, é Paz e Amor... Provavelmente, poucos serão aqueles que se lembram efectivamente do que se celebra no Natal, e como faria muito mais sentido cantar o "Parabéns a Você" que o "Toca o Sino"...
A Páscoa, é igual.
Em primeiro lugar, parece ser mais parecido com uma festa de família, bafejada pelo consumismo dos folares, pães-de-ló e Bolas de Lamego que outra coisa qualquer.
Depois, para agravar a situação, a malta lembra-se subitamente que afinal até acreditam em Deus e em Jesus Cristo que, só para que saibam, são duas entidades distintas e nada têm a ver com coelhos nem ovos.
Mesmo que amanhã tudo volte ao normal e, a bem dizer, se recomecem a invocar valentes alarvidades a respeito de religião. Mas hoje, claro, todos são bons cristãos...
Pergunto-me se não seria interessante fazer da Páscoa, um dia existente em todos os dias do ano. Como o Natal! Ou não dizem que é quando o Homem quiser?
Acabemos com os sms's de Natal e de Páscoa. Olhemos para as pessoas de quem gostamos, da mesma forma especial, durante todos os dias do ano. Não será por ser Natal, Páscoa ou Ano Novo que é diferente.
Ouvi dizer no outro dia que se mandam mensagens para que os outros saibam o quão importantes são para nós.
Certo... concordo. Mas, se calhar, está na altura de começar a fazer isso todos os dias. Isso sim, faz algum sentido. Senão a malta acaba é por pensar que só nos lembramos quando é Natal... ou Páscoa.
E quando me refiro a mensagens, não falo apenas de sms's ou mms's que servem apenas para engordar os bolsos a uns quantos tipos das telecomunicações. Usem e abusem do telefone (voip é grátis...), dos emails ou até mesmo da voz. O meio de comunicação mais básico e simples do mundo, encontra-se em nós mesmos. Se a malta a quem mandamos mensagens uma vez por ano é realmente importante então... digam-lhes isso todos os dias, ou sempre que possível.
Já agora... Deus não existe apenas uma vez no ano. É um facto que há quem acredite e quem não acredite. Mais do que entrar em filosofias e questões sem sentido, irrita-me brutalmente é que quem acredita, só se lembre nesta altura.
Tipo... ou Existe durante todo o ano, ou não existe de todo. Não há situações de meio termo.
Mas, de qualquer forma... Boa Páscoa para os meus leitores.

22/03/2008

wake up call

Adoro estar de férias.
Especialmente se as passo em casa.
Estou apenas há dois dias sem trabalhar (pelo menos oficialmente) e começo a enlouquecer.
Um dia isto tinha de dar o estoiro. Há meses que não durmo uma noite decente.
Então, ontem, uma mistura de anti-histamínicos com ausência de cafeína e cansaço acumulado de meses fez-me cair na cama e ronhar. E assim foi, até perto das 11 da manhã de hoje, altura em que acordei com o ruído dos tambores.
Mas... esperem, seriam tambores?
Nop... os tambores não batem assim.
Hum... com uma dor de cabeça brutal continuei a ouvir "Bong, bong, bong (espaço de silêncio...), BONG BONG!".
Durante cerca de 3 minutos fiquei apenas deitado, de barriga para cima, com as mãos no focinho e de olhos bem abertos a pensar o que seria aquilo... quem seria o desgraçado que me estava a tirar a noite mais bem dormida dos últimos meses.
Finalmente identificou-se...
"BONG BONG BONG" (batiam na parede do quarto...) "ESTÁS A DORMIR???" (Agora já não...) "NÃO VAIS ARRANJAR AS COISAS PARA O ALMOÇO???" "BONG BONG BONG BONG!!!"
É verdade... não posso ter férias... não posso dormir até mais tarde... tenho a 'Coisa' a dar-me conta dos cornos.
Fico a pensar que de facto, cada um tem o que merece.
Há quem tenha a sorte de um acordar quente e doce e quem tenha a infelicidade de ter um acordar de cão. Eu, fico-me pela wake up call infernal.

avisos

Hoje (melhor dizendo, ontem), enquanto preparava as coisas para o almoço, reparei num aviso existente num dos pacotes que retirei do congelador.
Apressei-me a lavar as mãos e a tirar uma fotografia. Lamentavelmente, esta merda ficou desfocada...


Como não se consegue mesmo ler, vou transcrever para aqui as duas últimas linhas:
"O produto deve ser cozinhado antes de ser consumido"

Certo.
Agradeço a informação.
É sempre importante um gajo ter a noção do que vai fazer com um pacote de camarão congelado...
Ainda se me passou pela ideia comê-lo assim, do pacote, como se de batatas fritas ou pipocas se tratasse; felizmente, o desenhador do pacote pensou em tudo e deixou o aviso.
É caso para dizer: ainda há gente boa, neste mundo...

20/03/2008

Elmo e Andrea

A bem dizer, olhando para o post anterior, se não me conhecesse bem, diria que sou um tarado ou um insensível.
De facto, parece-me ter sido algo foleiro.
Mas, falando muito a sério, dando a minha volta diária pelo YouTube, encontrei isto :)
Vi e ouvi vezes sem conta... acho que está mesmo brutal.
Esperemos que a Primavera não tenha começado a despertar a criança que ainda está dentro de mim (embora bem lá no fundo...).
Os prezados leitores devem estar à espera, lendo ansiosamente para ver se descobrem quando vou atirar a javardice habitual. Mas desta vez não...
Depois de ver o filme (muitas vezes, mesmo) fiquei sem palavras. Não consigo dizer nada suficientemente estúpido ou imbecil.
Possivelmente por o meu pai ser músico e nunca me ter tocado nada deste tipo.
Possivelmente porque a forma de me desejar as boas noites fosse dando um beijo na própria mão e depois tocar-me com ela na testa.
Possivelmente porque a única coisa que me foi capaz de cantar fosse o 'Sou filho único...'.
Possivelmente não tarda começo a lembrar-me de merdas que me vão fazer ficar lixado porque, apesar dos homens efectivamente também chorarem, os patos não o podem fazer.
Possivelmente, é melhor parar com estas cenas deprimentes e ver o Elmo... que sim, está fantástico!


Primavera

Chegou, uma vez mais.
Sinónimo de mais um ano, mais quatro estações inteirinhas desde a última vez que esteve por cá.
É um facto que a Primavera é sempre desagradável para corno. São mais três meses que passarei sem olfacto, pingando do nariz e espirrando estupidamente.
Não poderei abrir as janelas do carro, confiando apenas no filtro do ar condicionado.
Mas, de qualquer forma, é a altura do ano em que brotam os rebentos de mimosas nos verdejantes prados à beira-rio plantados, onde os pequenos unicórnios rosados vão saciar a sede nas águas calmas e fluidas, nascentes nas profundezas dos vales e montanhas onde, por sua vez, crescem pequenos gnomos de cabelo espetado que fazem traquinices aos visitantes...
Mas isto sou eu, no meu alegre e repousado espírito que observa as maravilhas da natureza nesta época tão especial em que as andorinhas fazem os seus ninhos nos beirais das janelas, prontas a colocar os seus ovinhos delicados. É a estação da alegria, o Sol começa aos poucos a brilhar e, de dia para dia, começam os dias a tornar-se mais e mais longos, prenúncio de que mais e melhores dias virão.
Chegou a Primavera e, com ela, os passarinhos voltam a habitar os pequenos ninhos deixados aqui e ali; os pequenos animais esboçam sorrisos de criança nos seus simpáticos e amorosos focinhos, deixando-nos profundamente tocados ao ver a forma como irradiam amor e felicidade.

Na prática: quando forem à rua, olhem para os cães. Começou a época do cio.

somebody

a Páscoa

Em primeiro lugar, e porque adoro os pequenos pormenores, gostaria que dessem um pouco de atenção ao título deste post.
Para os leitores mais atentos, desde há uns tempos para cá que tenho começado a utilizar apenas minúsculas nos títulos. É uma panca, não liguem.
Hoje, e por estar a usar o termo 'Páscoa', seria necessário utilizar maiúsculas... assim, decidi espetar com um artigo antes e mantenho a lógica estruturada que começei a seguir.
O facto é que desde que me começaram a oferecer ovos, que há algo que não me sai da cabeça.
Bom, verdade seja dita, há muita coisas que não me saem da cabeça. Umas mais importantes que outras. A questão da Páscoa é das menos relevantes contudo, consegue dar-me dores de cabeça.
Temos Ovos de Páscoa, correcto?
E temos o Coelho da Páscoa...
Os coelhos não põem ovos. O cú de um coelho não alarga o suficiente para deixar passar os Ovos de Páscoa, famosos pelo seu diâmetro.
Se os coelhos não põem ovos, onde é que os vão buscar?
Eu até compreendia se houvesse um Pato da Páscoa. Os patos são fofos e simpáticos. Embora seja meio apaneleirado andar com uma cesta aos saltinhos, nem me chateava muito por andar a distribuir ovos. Pelo menos, fazia sentido. Os Patos põem ovos, os Patos oferecem ovos...
Após alguma pesquisa, lá se encontrou um blog que falava nisso.
Aparentemente, a Páscoa já existia antes de ser considerada a comemoração da Ressurreição de Cristo.
Basicamente, representava o fim do Inverno e a chegada da Primavera.
Não faço porra de ideia se o que vem a seguir é ou não verdade, limito-me a descrever o que descobri.
"A palavra “páscoa” - do hebreu “peschad”, em grego “paskha” e latim “pache” - significa “passagem”, uma transição anunciada pelo equinócio de primavera (ou vernal), que no hemisfério norte ocorre a 20 ou 21 de março e, no sul, em 22 ou 23 de setembro."
Mais, parece até que ainda na Idade Média, os povos pagãos europeus homenageavam Ostera, ou Esther (daí o inglês "Easter", "Páscoa"). Confesso que esta parte não me faz grande sentido... tipo, a Idade Média ocorreu depois da Ressurreição, pelo que não entendo bem esta observação...
O engraçado é que Ostera, a Deusa da Primavera, aparece representada segurando um Ovo na sua mão e observando um coelho, símbolo da fertilidade.
Aqui a cena do coelho começa a fazer algum sentido, mas pouco.
Quer dizer... o coelho é o símbolo da fertilidade porque sempre que dá uma cambalhota nascem dezenas... o que dizer da mosca, que sempre que caga um ovo brotam milhares de larvas. E tanto quanto sei, nunca ouvi falar em 'Mosca da Páscoa'.
Então, os tais povos pagãos comemoravam a chegada da Primavera decorando ovos.
A questão do ovo, parece simples. O ovo contém o fruto da vida, pelo que é um símbolo do renascer de uma nova era, embora não seja mais que o passar de uma estação.
Agora, começam a dar-me razão.
Na Índia, acreditava-se que uma gansa de nome Hamsa (e reforço... uma GANSA, não um coelho), chocou o ovo cósmico que, dividido em duas partes originou o Céu (a clara) e a Terra (a gema, mais densa).
Então, onde entra aqui o coelho?
A tradição do Coelho da Páscoa foi levada para a América por imigrantes alemães em meados de 1700. O coelhinho visitava as crianças, escondendo os ovos coloridos que elas teriam de encontrar na manhã de Páscoa.
Na minha humilde opinião, isto não explica um boi!
Certo, é uma lenda, e depois?
Também temos a lenda de que o D.Sebastião vai aparecer aí e a única merda que vejo a aparecer no meio do nevoeiro são postes e velhinhas a atravessar a estrada!
Alguns povos da Antiguidade consideravam o coelho como sendo o símbolo da Lua. É possível que ele se tenha tornado num símbolo pascal devido ao facto da Lua determinar a data da Páscoa. Right... faz mais sentido... mas aposto que arranjava uma história idêntica com Patos...
Quanto ao facto do coelho ser um símbolo de fertilidade, isso é porque nunca viram um pato com vontade. De facto, se forem a um lago, observam o Pato, a Pata e montes de patinhos. Nunca vi um coelho, uma coelha e uma série de coelhinhos... só no tacho.
Assim, continuo com problemas.
Onde vai o raio do coelho buscar os ovos???
Na volta roubou-os a algum pato distraído.

19/03/2008

cenas sem sentido

Chovem gatos e cães.
A malta da câmara anda a estoirar os meus impostos lavando a rua à mangueirada.

Tradução:
Amanhã, não só vou ter o capot e o tejadilho do carro cheios de terra e sujidade da chuva... mas também vou ter as portas todas cagadas!!!!!

blá, blá, blá... sem interesse algum

Sou uma espécie de animal de hábitos.
Contrariamente ao que muita gente pensa, não sou assim tão anormal.
Certo, tenho atitudes de perfeito anormal, muitas das quais acabei já por revelar nesta pérola que é a blogosfera. Outras, porém, mantenho em modo hide, como se de ficheiros de sistema se tratassem. A malta já me acha suficientemente esquisito e, acredito que se me ponho a revelar as minhas histórias mais obscuras (obscuras no sentido de escondidas, não em sentidos 'sujos', lol) o mais certo é acabar os meus dias num lar de idosos com a boca ao lado e a babar, com mais malta à volta no mesmo estado. Sem visitas.
Isso assusta-me um bocado. De facto, a razão para ser um tipo tão fechado assenta mesmo na realidade de que assim conheço menos pessoas, o que é óptimo, porque se não as conhecer, um dia não acabarei a ter pena de mim, caso me deitem para o lixo. Bem sei que é altamente marado, mas gosto de ponderar todas as hipóteses e simular mentalmente todas as situações em que poderei vir a estar metido.
Tarado não. Prudente.
Agora perdi-me... já não sei exactamente onde ia. Mas penso que o que há a reter é que sou uma pessoa (ou não) normal, embora diferente.
Lamento muito se não salto que nem um doido quando passa um rabo na rua... lamento imenso em divertir-me mais a observar os comportamentos da malta na esplanada que um par de mamas na mesa do lado; ah, e já agora, perdoem-me se não sou tão ambicioso como eventualmente deveria ser. Sou ambicioso, é um facto, mas também sou racional. Gosto de pensar e ponderar bem as coisas antes de tomar uma decisão. Talvez por esse mesmo motivo, sinta bastantes vezes que 'cheguei tarde demais'. Agora que falamos nisso, peço desculpa pela minha insegurança... essa sim, causa estragos brutais. Catastróficos. Apocalípticos.
Tenho muitas outras coisas a lamentar e muitas pessoas a quem pedir desculpa. Infelizmente, fruto de anomalias na minha personalidade, tenho tendência a fazer merda.
Não me parece ser o momento, nem o local (eu disse local... lindo...) para revelar estes problemas.
O que quero dizer é que a minha normalidade, apesar de invulgar, faz-me ser um tipo com os seus hábitos, manias e taras.
É fácil passar-me, mas gosto de ver a tampa da sanita para baixo. Não me chateio muito se tenho a secretária carregada de papéis, livros, post-its e cd's... mas enlouqueço com a merda do flutuante a quebrar junto às portas. Isso e o fole da alavanca das mudanças que tende a levantar ligeiramente aos 90º do I Quadrante, sempre que meto uma segunda... arghhhhhhh!!!! é de loucos.
Contudo, mais que passar-me com estes detalhes, é lidar com as dúvidas relativas ao meu profissionalismo.
Ok, tirei o curso à noite. E então? A malta não tem culpa se o dinheiro dá jeito... e o meu morre de solidão, na carteira. Um gajo vai trabalhar de dia, para poder estudar à noite e ter um curso superior. Parece-me lógico.
Nunca critiquei, nem critico quem estuda de dia. Acho bem, é óptimo. Mas há malta que tem de o fazer à noite. Agradeço que também não critiquem.
Não sou melhor nem pior que a malta que estuda de dia.
E é um erro pensar-se que estudei menos porque fiz o curso à noite. Não foi mais fácil.
Foram imensas, as noites de marranço. E, quando já trabalhava a full-time, era um pesadelo, acordar às 6.30, para ir trabalhar até às 18, para voar depois até à faculdade, sair às 23, jantar às 00.00, arranjar tempo para estudar, dormir e... estar novamente a pé às 6.30.
É um facto, não caí para o lado nas festas da tuna, não emborquei que nem um doido e nunca acordei na tarde do dia seguinte com uma morena ao lado. Em contrapartida, fiz excelentes amizades e trabalhei com os melhores técnicos do mercado. Não há volta a dar, são mesmo bons.
Irrita-me que desvalorizem a minha licenciatura só porque foi feita no horário das 18 às 23...
O que me leva ao segundo ponto da análise... a competência.
Não sou o melhor informático do mundo. Não estou sequer ao nível dos melhores. Não sou um técnico excelente. Contudo, orgulho-me de ser um técnico muito bom.
Detesto falhar. Para mim, o trabalho é um desafio. Posso não saber como resolver um problema mas, tenho a capacidade de descobrir como o vou resolver. Sim, é fácil passar-me e dar pontapés nas coisas se os problemas persistem. Mas, maioritariamente, resolvo.
Irrita-me que pensem que só ajudo as meninas. Não é verdade. Quando estou a trabalhar, não faço divisões por sexo, idade ou categoria. Vejo pedidos de apoio, vejo prioridades, encontro soluções.
Ofende-me quando se pensa o contrário. Como se eu, quando me baixo para verificar um ponto de rede, estivesse mais interessado em ver se há ou não alguém de saia... sou um profissional, vou reparar um ponto de rede, é um ponto de rede que vejo.
Duvidarem da minha capacidade técnica, da minha integridade, do meu poder de análise durante o serviço, é duvidarem de mim, enquanto profissional que sou.
Ao telefone, por email ou on-site, não sou um homem, não sou um pato, sou um técnico.
Nesses momentos, faço aquilo que sei de melhor. Faço aquilo para que fui treinado e desenvolvo trabalho coerente com o que aprendi ao longo de anos de estudo.
De dia, à noite, não interessa. Aprendi. E sou um bom profissional.
Com estas coisas um dia ainda me passo e atiro com um router à cabeça de alguém.

18/03/2008

mais coisas previsíveis

Amanhã é Dia do Pai.
Seria de esperar que toda a gente pensasse que ia escrever aqui algo meio marado, a passar ao lado do delirante, acerca deste dia 'tão especial'...
Vou simplesmente ignorar.
Se a prenda a oferecer ao meu pai tivesse de ser feita com as minhas próprias mãos, certamente teria de andar a moldar os restos do jantar de ontem directamente no fundo da sanita, o que seria desagradável... e depois embrulhar.
E, de repente, 'olha, tenho um filho'... Que bom... foram precisos 23 anos para reparar.
Devo dizer que a afirmação "cuide bem dele, que é o único que tenho", tocou-me. Tocou-me de tal forma no fundo do fígado que quase me vomitava todo.
Foda-se.

por isso

17/03/2008

há cisnes no Trancão

Uma vez por outra, gosto de fazer algo estúpido.
Atirar-me em camisa para a rua quando chove torrencialmente, misturar um bolo de chocolate com café, meter os pés pelas mãos com alguém que não o merece ou, como foi mais recentemente o caso, aceitar a ideia de um amigo a fazer dieta para uma caminhada em passo acelerado para os lados do Parque das Nações.
A ideia parece ser interessante mas, não esqueçamos que sou um pato urbano... selvagem, mas sedentário. A
alimentação diária baseia-se em coisas mais rápidas e oleosas, sendo que apenas ao fim-de-semana, com algum tempo, me consigo dedicar aos meus parcos dotes culinários. Para agravar a situação, na falta de melhor programa, a vidinha é passada maioritariamente na posição 'sentado' trabalhando incansavelmente os músculos e articulações do cérebro e da ponta dos dedos.
Assim, uma caminhada de poucos quilómetros, feita uma vez a cada três meses, pode tornar-se num penoso pesadelo (como se não bastassem os que tenho).
Vamos então embora caminhar, sempre com a inseparável máquina fotográfica.
Descobri então, para os confins da Expo, já no rio Trancão, que os meus primos cisnes andam por ali.
Devo dizer que fiquei muito feliz.
Os cisnes são animais nojentos que se acham superiores aos Patos.

Os patos são vistos como os membros inúteis e ignorantes da família. E são porcos e pouco simpáticos. Gostam de passear com a sua pata e não querem que os chateiem. Aliás, passar despercebido é uma das grandes características dos patos. É isso e andar sempre na merda.
Desta forma, adorei ver um primo meu, habitualmente de pescoço erguido a criticar os patos, a chafurdar que nem um porco no meio do esgoto que é o Trancão. Lindo. Tenho fotos.




Dúvidas houvesse... está aqui a prova! Há cisnes no Trancão.
Apesar da felicidade que irradia do meu espírito de pato, a estupidez de ter ido fazer a caminhada sem ir ao ginásio há séculos, fez-me ter dores nos músculos das pernas e do rabo, muito semelhantes aquelas que se têm quando se leva com uma bola medicinal nos jardins suspensos. É outro tipo de dor. E mais deslocalizada... mas dói que se farta. Uma vez mais, uma massagem seria agradável.
Falando em agradável, está a chegar a Primavera, a época do cio. Já perto da Torre Vasco da Gama, pude observar uma jovem a cozinhar ao sol com o seu eventual namorado, deixando a cuequinha de fora para a malta ver. Imaginem a zona dos bares do Parque das Nações, no passeio junto ao teleférico.
"Ora, um candeeiro,um teleférico, um candeeiro, um teleférico, um candeeiro, uma cueca preta, um teleférico..."
E ainda podia ser algo... digamos... substancial... mas não... era bastante similar a um saco de lixo com pernas. Ou então sou eu, que sou esquisito.
Lol. Lembrei-me agora de uma conversa que tive há pouco tempo acerca da sensualidade da roupa interior preta. Sensual?... não no modelo que vi na Expo!!!
Não tirei fotos. O namorado dela era um gajo grande. Aliás, como ela... ainda levava nos cornos.
Largando um pouco a javardice, cheguei hoje a uma brilhante conclusão.
Posso ser um cozinheiro razoavelmente bom. Pelo menos, a malta não se queixa.
Contudo, não consigo fazer o prato aparentemente mais simples do mundo.
É embaraçoso... mas nunca consigo estrelar a merda de um ovo sem que este fique colado à frigideira ou, no caso concreto de hoje, ao fogão.
Há quem aplique a expressão 'nem um ovo sabe estrelar'. No meu caso, é mesmo só o ovo que não sei estrelar. É estúpido, mas sou capaz de fazer qualquer tipo de prato. Menos ovos estrelados.
Ficam sempre com o aspecto de mistela semi-frita, com a gema voltada para baixo...
Hoje, o ovo explodiu. Literalmente. Não sei o que fiz de errado, mas num dado instante do espaço e do tempo, o ovo deixou de estar na frigideira e passou em pequenos pedaços para o avental, parede, fogão, chaminé e chão... atingindo ainda o lava-louças... deu trabalho a limpar :(
Que merda. E depois andar de rabo para o ar a limpar quando nem sequer sentimos os músculos da cintura para baixo.
Bom, quase todos. Não todos.
Também não interessa.
Vou ver se durmo mais quatro horas.

Cumprimentos patinos.

16/03/2008

invariavelmente

definições

"Menopausa é quando a gazela que traz os bebés é abatida por caçadores bêbados."

Homer Simpson

um gajo já não pode ser original...

actividades

Domingo de manhã.
Consigo pensar num vasto leque de programas para serem feitos.
Dormir, por exemplo.
Ou então passar as horas da manhã aninhado com alguém na cama, aproveitando o calor humano e o som dos pássaros na janela.
Juntando as duas anteriores, ficar apenas na cama, acordado, contemplando a companhia enquanto dorme.
Bloggar...
Lavar o carro.
Dar uma volta no centro comercial, antes das enchentes sociais da hora de almoço.
Ir até um jardim sossegado à beira-Tejo e ficar simplesmente sentado a ver os animais do rio.
Enfim, entre actividades mais sociais ou mais a apontar para uma vertente um pouco mais romântica, consigo de facto pensar em vários programas.

Questão que se coloca.
Com tanta coisa interessante para se fazer, esta malta vai toda correr para a Meia-Maratona de Lisboa.
O que mais chateia é que não estão a dar os desenhos animados, para fazerem a cobertura televisiva da prova...

15/03/2008

datas

O paizinho ligou-me hoje a dizer que se lembrava perfeitamente de que data era a de hoje...
Certo. Ele lembra-se. Eu lembro-me.
Foda-se, mas estamos a comemorar o quê para me andar a fazer telefonemas de cortesia?
Um dia ainda mando o meu pai meter o telefone no cú. Sempre fazia melhor figura do que andar com estas merdas.
Agora lembra-se... como se isso mudasse tudo...

12/03/2008

cenas maradas

Conta quem sabe que os utilizadores de sistemas informáticos estão cada vez mais estranhos.
Ao que parece, há quem confunda os serviços de helpdesk, onde trabalham profissionais altamente qualificados, com aqueles números de telefone meio esquisitos.
Contaram-me que há muita malta que telefona para o helpdesk e depois emite sons semi-guturais, vulgarmente denominados gemidos, enquanto dizem aos colegas para pararem.
De facto, foi coisa que nunca me aconteceu mas, começo a pensar se da próxima vez em que atender o telefone não devo imitar um sotaque brasileiro ou ucraniano. E, eventualmente, em vez de referir o habitual 'IT, bom dia' talvez seja boa ideia adaptar a expressão para 'Oi, fala o Marcão! Que posso fazer por você?'.
O que leva a questionar se os técnicos de informática não devem optar por uma farda. Eventualmente qualquer coisa à base de couro...
Realmente, poderia ser uma forma de fazer com que a projecção dos serviços de informática fosse maior. Toda a gente pensa nos informáticos como uma praga de coelhos de secretária que roem ratos e teclados ao almoço... assim, mudavam-se as mentalidades e o pessoal já sabia ao que ia, eh eh.
Vou ver se faço um Manifesto qualquer para ser revisto pelos meus ilustres amigos técnicos de informática: está na hora de adaptar a tecnologia aos tempos modernos e às necessidades de hoje...

frases

Esta está demais.
Para quando conhecerem alguém pela primeira vez, esta impressiona:

"o meu desporto favorito é matar criancinhas no Vietname"

publicidade

Posso ser eu que sou um tipo estranho e sem cura.
Muito possivelmente, terei até alguma patologia crónica que não me permite aceder ao filesystem como deveria.
Mas falando muito a sério, os novos anúncios na parte de trás dos autocarros dão comigo em doido.
É que começa logo de manhã cedo... um gajo sai de casa, liga o carro, e ao fim de 2, 3 minutos já está parado atrás de autocarro.
Como se não bastassem os dias razoavelmente merdosos e as noites invariavelmente mal dormidas, como se não bastasse estarmos em época de entrega de IRS e sabermos que nos vão enrabar à força em mais um ano, como se não bastasse sermos tipos mal-dispostos e só nos dar vontade de pegar num Hummer e começar a ceifar a malta... como se não bastasse isso tudo, um tipo lê na traseira do autocarro: "Adoro dar beijos no carro quando estou parado no semáforo".
Certo... tento ultrapassar a rebolona amarela mas do lado esquerdo tenho um fiat uno com dois pombinhos a seguirem até à traqueia a sugestão do anúncio. Conformo-me e pronto... olho para a mochila do portátil, no assento do passageiro.
Não fomos feitos um para o outro... ela sabe demasiadamente a pó e a borracha. O resultado é uma espécie de vómito controlado que quase faz despejar o pequeno-almoço no conta-rotações. Sem volta a dar, coloco a música (bem) mais alto e tento contar até 10. Nã... não parece resultar. Era capaz de funcionar se o raio do autocarro andasse e tirasse o anúncio da minha frente. Assim só fechando os olhos e, convenhamos, não é a melhor coisa a fazer quando se está com um volante nas patas.
Procuro pensar que não tarda estarei a seguir viagem.
De facto, assim é.
Curiosamente, esta questão irá colocar-se muitas mais vezes até chegar ao trabalho. E no regresso a casa. Mais traseiras de autocarros, mais anúncios iguais, mais, mais, mais, mais...

Onde é que se arranja um lança-rockets baratinho para montar no capot do carro?

10/03/2008

diz que é uma espécie de qualquer coisa

O que nos torna especiais?
Na realidade, nada. Ou tudo?
É um conceito de certa forma complexo.
E já viram a quantidade de malta que se acha efectivamente especial? Como será? Acordam um dia de manhã e dizem "hoo-hooo, sou especial".
Se somos todos iguais, como podemos afirmar que somos especiais?
O grande problema é que há pessoas que são consideradas especiais por outras pessoas. Assim sendo, são especiais. Então... mas já não somos todos iguais?
Parece que a questão reside ao nível do ecossistema. No ecossistema universal somos todos iguais mas, como cada um de nós progride num ecossistema mais pequeno, dentro desse ecossistema mais individual podemos ter certos luxos como enquadrar outros ecossistemas que consideramos especiais.
Agora sim, a coerência está assente.
Mas mantém-se a questão da auto-designação de especial. Um bocado... por um lado, não me considero especial, mas posso estar no ecossistema de alguém, o que faz de mim especial; por outro lado, se não me encontro em nenhum ecossistema, poderei considerar-me especial? É que, tecnicamente, estou no meu ecossistema. Portanto, estou no ecossistema de alguém, nem que seja no meu. O que implica que para as coisas serem válidas, o ecossistema não possa ser estanque. Mas é maleável.
Encaremos então o ecossistema como algo não estanque, mas maleável. Ao mesmo tempo, frágil.
Isso faz de nós o quê? Gemas ou claras? Ou ambas?
E o que acontece ao ovo?
Mais grave ainda... se o ovo é o ecossistema universal, o que é o ecossistema universal? A galinha? Nesse caso, quem é o galo?
Demasiado complicado... não tenho lombo para analisar agora esta questão.
Ah, mas um dia...!

09/03/2008

you had a bad day

Já não basta os dias serem interminavelmente longos e sós, ainda temos de assistir a espectáculos deprimentes com grandes clubes a perderem com equipas da sub-sub-sub-divisão regional de honra... que merda!
Depois para animar, temos as taras da 'coisa'... já há muito que não havia festa, eu bem estava a estranhar.
Mas é bom, para quebrar a rotina. Três dias de sossego, um mês de inferno. É algo porreiro.
De facto, para além das minhas problemáticas habituais, cheira-me mesmo que está aí a chegar uma gripe brutal.
Sinto-o no peso dos cornos (agora menos latejante, depois de ter tomado o comprimido) e nas dores incríveis no lombo.
Agora era capaz de saber bem uma massagem. Mas a fêmea mais nova no raio de 1000 metros deve ter qualquer coisa como 7o anos... e para mais, mesmo que houvesse fêmeas mais novas, sou demasiado esquisito para deixar qualquer uma meter as patas no meu lindo lombinho...
De facto, não é que seja lindo... mas é meu. Não dou o meu lombo a qualquer uma, sem antes passar na triagem psico-técnica da minha análise. Já sei pessoal, não é preciso dizerem... mas cada um é como é. Lembram-se da Metáfora do Automóvel? Continua válida.
Assim, fico com as dores e umas quantas almofadas. Não fosse pela dor-de-cabeça e diria que as dores tinham sido de ter ido às compras ontem... todos os meses faço a mesma coisa inteligente. Venho das compras, não arranjo lugar à porta de casa, então pego em todos os sacos ao mesmo tempo e lá vou eu pela rua fora e pelo terceiro andar sem elevador acima. Ontem senti um pequeno estalo... calculei que fosse normal. Afinal não era.
De facto, a minha gripe deve ser uma mistura de asneira na ida às compras, com a idiotice de andar apenas em camisa com 8º na rua... são asneiras que tenho o hábito de fazer.
Agora estou a pensar que nunca a expressão 'faz o que digo, não faças o que faço' foi tão bem aplicada.
Já me perguntaram se ia trabalhar amanhã ou não. Claro que vou.
Mesmo carregado de dores, não sou doido ao ponto de perder o subsídio de refeição de um dia.
Tio Patinhas? Talvez... mas a massa dá jeito. E não me refiro ao penne.
Descansem as mentes ignorantes mais sujas... ainda não me decidi a prostituir, refiro-me mesmo aos canudos de massa... penne.
Espero que amanhã não tenha de fazer intervenções de emergência demasiado importantes... se os meu pequeno cérebro amanhã estiver como hoje, ainda temos merda. Ou não... quem sabe se uma vez em nove meses consigo ter uma noite bem-dormida? Que estranho... nove meses? Será que estou grávido? Se calhar é isso! É por isso que não durmo... tenho o feto aos pontapés aos meus intestinos!
Isso explicaria imensa coisa!
Ou não.
A 'coisa' está novamente a rezar aqui ao lado, na sala.
Normalmente não é bom sinal. Quando faz isto fica normalmente agressiva.
Esperemos que amanhã não amanheça com um pato preso à cama com uma faca de talho a atravessá-lo.
Falando muito a sério, vou arrumar a faca da carne, que ficou a secar junto ao lava-louças.
É melhor esconder aquilo.
Não que tenha ganho um súbito amor à vida... simplesmente prometi que me mantinha inteiro.
E um pato preso ao colchão com uma faca não é decididamente a melhor forma de cumprir a promessa.

Cumprimentos patinos,

08/03/2008

não parece ter corrido bem

abertura fácil

Embalagens de abertura fácil.
Já pensaram bem nelas?
Quantas vezes já conseguiram abrir facilmente uma embalagem de abertura fácil?
É altamente estúpido.
Um gajo dá voltas e voltinhas à embalagem... primeiro, é a guerra para encontrar a merda do local onde supostamente estará a 'abertura fácil'.
Nunca está no local mais óbvio, é sempre numa zona refundida do pacote. Ou então é aquela frase imbecil: "Abra aqui". Certo... aqui onde??? A frase contém 9 caracteres, incluindo o espaço... normalmente ocupa entre 2 a 3 centímetros. Nesse espaço todo, o que está definido como sendo o 'aqui'??? Pode ser qualquer coisa!!!
É como encontrar uma agulha no palheiro, uma casa de alterne no deserto, ou um político honesto.
É irritante, porque ficamos com a sensação que o palhaço que definiu a embalagem como sendo de 'abertura fácil', está algures a rir valentemente à nossa custa.
Isto já sem falar do próprio conceito de 'abertura fácil'.
Para que raio quero um pacote de fiambre de abertura fácil? Já as latas em conserva, essas sim, poderiam ser de abertura fácil. Creio que muito raramente consigo abrir uma lata de atum sem partir aquela merda por onde se puxa a tampa. Ou seja, na maioria das vezes, acabo à cacetada com a lata para a conseguir abrir.
E as bolachas? As embalagens de bolachas têm todas uma zona onde, teoricamente, se puxarmos o fio aquilo abre sem problemas; na prática, o mais certo é rasgarmos metade da embalagem!
Finalmente encontrámos o local da abertura fácil.
E agora?
Nunca é simples. Vai-se buscar a tesoura, a faca, o canivete, o martelo ou o alicate.
Como é que abro a porra de uma 'abertura fácil'???
Curiosamente, se a embalagem não for de abertura fácil, é muito simples de abrir... começa logo com o facto de poder abrir como quero; e se não for fácil, vai-se buscar uma marreta e pronto. Ao menos não somos humilhados com o facto de não abrirmos uma embalagem de abertura fácil.
O delírio total é quando a 'abertura fácil' está lá, mas parte-se ao primeiro toque.
Nesses instantes, a ideia é inspirar bem fundo, conter um grande 'fooooooooda-se!!!' e atirar com a embalagem contra qualquer coisa afiada... ou então atirar qualquer coisa afiada contra a embalagem.
É um facto que já não sou muito normal, mas as 'aberturas fáceis' dão-me cabo do cérebro pequenino...

07/03/2008

loucura

Um dia destes conheci uma pessoa de uma empresa de informática bastante conhecida.
Como a malta já estava no javardanço habitual por eu ser o 'IT', a dita pessoa fez questão de referir:
"Ah, deixe-os lá... eu também sou um vírus".
Tipo... já me mandaram à merda de muitas maneiras, mas penso que foi a primeira vez que me chamaram vírus.
Confesso que posso ter uma pancada mesmo forte.
Contudo, apesar da aparente loucura, sou um pato bastante estável e equilibrado.
Na verdade, a loucura não é mensurável em termos do que se fez ou do que se faz... parece-me a mim que a loucura é mais bem quantificada pelo que estamos dispostos a fazer.
Obviamente, não é o que dizemos que fazemos várias vezes... isso não é loucura, mas sim estupidez.
Um bocado como o que passava a vida a dizer: "vou mudar de vida, vou mudar de vida, vou mudar de vida..."; esse é simplesmente estúpido. Louco é o que diz: "vou mudar de vida, nem que para isso tenha de enfiar um pau no cú de alguém"; isto sim, demonstra convicção. Convicção no facto de que vai mesmo mudar de vida e convicção no facto de que pensará que é realmente fácil enfiar um espeto no traseiro de alguém. Isto, meus amigos, é a loucura.
Conheci em tempos dois gajos que gostavam da mesma jovem.
Um deles, dizia permanentemente que a ia convidar para sair... mas nunca fazia nada.
O outro, sempre se manteve em silêncio. Um dia levanta-se e diz à malta: "vou levá-la a sair, nem que para isso tenha de a amarrar e meter na mala do carro".
É um facto que este último era mesmo completamente passado dos cornos mas, a loucura dele parece ter surtido efeito. Tanto quanto sei, ainda estão juntos.
É também um facto que, num mundo recheado de regras idiotas e protocolos ainda mais imbecis, isto está a dar é mesmo para os loucos.
Assim, decidi desde há uns tempos para cá, passar-me completamente dos cornos.
É opinião generalizada: o Pato Marques, de dia para dia, está cada vez mais louco.

Mas não... vírus, não sou.

06/03/2008

é.

poças

Uma vez conheci um tipo a quem ofereceram umas botas para a chuva quando era criança (e não era eu).
Num belo dia de tempestade, o gajo vai para a rua saltar em cima de tudo o que é poça de água.
Ali perto, estavam a fazer uma obra qualquer... então, os buracos iam-se enchendo de água.
E o rapaz ia saltando, chapinhando, enfim... metendo água.
Até que chapinhou numa poça de dois metros.

Há dias (melhor dizendo... há noites) em que sinto mesmo que ando a chapinhar.
E, chapinhando na minha habitual idiotice, acabo por me enfiar num buraco cheio de água com vários metros de profundidade.
Tipo... não tenho a certeza absoluta... nãaaa... é mesmo só uma inquietante sensação de que estou no buraco. "Olha, e tem água. Engraçado... parece que meti outra vez água."

Estava melhor... mas ultimamente parece que não consigo pensar antes de abrir a boca.

05/03/2008

pacotes de açúcar

Toda a gente acha um piadão.
Pergunto-me se será assim tão anormal tirar fotografias aos pacotes de açúcar depois de beber o café.
Tipo... os pacotes têm sempre umas afirmações interessantes. Há algum mal em escolher os melhores pacotes de açúcar e armazenar uma foto para enviar uma MMS ou coisa parecida?
A colecção cresce e já tenho várias fotos.
Mas a malta continua a achar estranho, pensando que é coisa de quem emborcou um garrafão de vinho ao almoço ou algo parecido.
Não há quem tire fotos às flores dos jardins, ao nascer e pôr do Sol, à Lua, às estrelas, às ruas e bancos de jardim? Eu tiro fotos aos pacotes de açúcar... so what?
Mais! Sou altamente selectivo, escolho os melhores. Os pacotes mais perfeitos, as frases mais relevantes.
Gostava que deixassem os meus pacotes de açúcar em paz. E as fotografias também.
Afinal, para que serve escrever uma coisa qualquer num pacote de açúcar se depois não podemos partilhar?
Será que a ideia é ler e deitar fora? Não me parece muito coerente.
O problema é que depois de beber o café, o pacote de açúcar fica todo manchado e amarrotado... e levar uma coisa daquelas no bolso também não tem graça nenhuma. Parece-me a mim que o ideal é mesmo uma foto.
Acho interessante.
Mas como em tantas outras coisas, o pessoal não entende.

indisposição das 23.30...

Informação Técnica:
YouTube will be undergoing scheduled maintenance, starting around 7:00 pm PST.

Tradução para os utilizadores:
À conta dos direitos de autor vamos limpar mais uns quantos vídeos da base de dados.


qual será o problema do gajo?

De facto, há malta que chateia por causa destas merdas... farto de doces e comidas excêntricas??? Este gajo é paneleiro ou coisa parecida???? "Acaba por me saturar"'?????
Este é o grande problema de Deus!!!!! É dar nozes a quem não tem dentes!!!!!!

04/03/2008

a criatividade

A criatividade é fêmea.
Aliás, só podia...
Um conceito tão complexo, só poderia ser apresentado no feminino.
Entenda-se que referi 'fêmea' e não 'mulher'.
A simplicidade de tudo isto assenta no facto de que é fácil entender as mulheres. Pessoalmente, eu entendo-as.
Já as fêmeas, engloba toda uma espécie, da qual as mulheres também fazem parte, claro está. Só que é um conjunto bastante mais abrangente, visto que contempla as meninas, as raparigas, as patas... essas sim, não se compreendem facilmente. Ou melhor, até se compreendem; entendê-las é que é relativamente mais complexo.
No fundo, entender as patas é um pouco como voltar aos anos em que se estudava as demonstrações do Teorema Chinês dos Restos. Ok, vemos uma vez e parece óbvio. Agora vamos repetir, mas sem ajuda. Lixamos logo o esquema todo.
A beleza de todo o conjunto feminino reside também na possibilidade de um sem número de combinações que nos dão conta do nosso cérebro pequenino... ele há as patas-mulher, as patas-rapariga, e também o inverso, pois não existe comutatividade nestas coisas.
O mais interessante é que as fêmeas e a criatividade (e volto a referir: a criatividade é fêmea) são dois conceito que se complementam. Quer dizer, de certa forma, são opostos, mas na verdade, ninguém consegue efectivamente cativar uma fêmea se não for criativo. Mesmo os mais criativos têm uma certa dificuldade em acompanhar o passo... mal comparado, é um pouco como o xadrez: "xeque ao Rei... xeque ao Rei... xeque ao Rei..." e quando damos por ela, somos nós que nos encontramos em xeque-mate, e o movimento de ataque foi feito pela Rainha. Demasiado assustador.
No sábado que vem, é Dia da Mulher.
Isto, para já, é a maior bezerrada que pode existir; já explico.
Antes de mais, devo dizer que o meu Google Calendar tem um trigger que dispara antes do dia 8 de Março e avisa todos os meus contactos 'não-fêmea' para que não se esqueçam de tal data. Depois, a criatividade vive dentro de cada um de nós... e é então cada um por si. Mas o aviso está feito. Acho que é algo agradável, ter um amigo louco que partilha o seu calendário público (o público, não o púbico) com a malta. Obviamente que o facto de quase todos terem gmail ajuda imenso.
E já agora, mais um aparte... não façam como o outro jovem que pensava que o 'G'mail tinha algo a ver com 'Gay'Mail... o 'G' vem mesmo de Google portanto, nada de confusões.
Ah, a bezerrada do Dia da Mulher, é verdade.
As fêmeas, exigem atenção diária. Pelo menos, as que nos interessam.
Não se pode esperar que nos caiam das varandas para os braços, se não fizermos algo continuamente e ao longo de todo o ano, que o justifique. E por vezes nem isso.
O facto, é que a malta tem mesmo de se convencer que Dia da Mulher, é mesmo todos os dias. E se não for, mesmo que elas pareçam não notar, mais cedo ou mais tarde estamos nós com o pescoço no cepo. O que vem apenas justificar uma vez mais a minha teoria da castração nocturna.

Portanto, a recomendação do Pato para hoje: a surpresa não deve aparecer no dia 8, mas sim num intervalo de tempo 'gama' que está compreendido entre +x e -x (agora é à vossa escolha), para que elas não pensem que são 'mais uma', mas sim apenas 'uma'.
Parece-me a mim que isto foi profundo. Às vezes pergunto-me como sou capaz de produzir estas coisas... brutal.
De facto, há grandes possibilidades de que esteja a passar-me completamente. Enfim...

Boas noites (ou bom dia, visto que já passa da meia noite)

Cumprimentos patinos.

o princípio da desinformação

Um segurança morto no Colombo.
Três facadas no coração.
A polícia não coloca de parte a hipótese de suicídio.

É esse o espírito.
Estou a tentar imaginar o segurança a dar compulsivamente facadas no coração.
"Ah, uma! Foda-se, ainda não morri... é melhor dar outra! E mais uma...!"

02/03/2008

o Espaço A

Uma das coisas que os anti-histamínicos têm de bom é que, tomados à noite, fazem um efeito brutal durante o dia. Um efeito de calma e segurança, como se tivéssemos toda a santa paciência do mundo para aturar toda a gente, até caírmos a babar em cima de qualquer coisa. Bom, é um facto que pouca coisas me fazem cair a babar... mas os anti-histamínicos são uma delas. Infelizmente o período de sonolência ocorre entre as 15 e as 22 horas, pelo que a esta hora já ando novamente sem conseguir pregar olho. Que se lixe, é da maneira que produzo mais para os blogs... na falta de melhor actividade, escreve-se.
Algo que me têm sugerido ultimamente, é o conceito de traição.
Eu explico.
Basicamente, evito um pouco conviver com novas pessoas que se cruzam comigo, para conviver com amigos que, embora relativamente recentes, considero como amigos de longa data. Como tal, as pessoas que conheço há menos tempo, acham que sou um traidor porque prefiro ir almoçar e sair com a malta que conheço há mais tempo, do que fazer efectivamente novas amizades.
Compreendo o ponto de vista. De facto, é chato um gajo andar sempre a cortar-se para conviver com pessoal que nem sequer vê diariamente.
"Almoças connosco?"
"Ah, não... vou almoçar com um amigo..."
Bom, mas, na realidade, penso que não se tratará de traição ou coisa parecida.
Os patos têm um grande coração, é verdade. E, como tal, há um grande número de pessoas (normalmente outros patos) que encontram um espaço lá dentro.
A questão é que os patos não fazem amizades com facilidade. Temos o mais variado tipo de contactos mas, somos muito desconfiados. É preciso muito, para um pato abrir o coração de forma a conseguir encaixar mais alguém lá dentro. E, embora o mais provável seja que nunca refira tal coisa, é preciso ser alguém muito, mas mesmo muito especial, para encontrar canto dentro do duro coração de um pato. Claro que toda a gente tem lugar, afinal, não sou nenhum animal selavagem... contudo, existe um espaço, logo ali a seguir ao ventrículo esquerdo (chamemos-lhe Espaço A), onde cabem aqueles por quem se seria capaz de fazer qualquer coisa. Esses sim, têm a zona mais reservada, os melhores lugares... e, curiosamente, o mais provável é que nunca o saibam. Os patos têm destas coisas, falam metaforicamente, referem panos e paninhos, até podem ter blogs mas, são reservados. Poucos sabem tudo sobre eles... e os que sabem quase tudo, são os poucos que têm lugar no Espaço A. O problema é que para se saber alguma coisa de relevante acerca do Pato, é necessário tempo; é necessário chegar-se a um nível de confiança não acessível ao comum dos patos... e tal demora tempo. E nesse espaço de tempo, é necessário manter a chama e o círculo de confiança com quem já lá está; infelizmente, não há tempo para tudo... a vida não é fácil, não podemos passar o dia a falar, sem fazer nada, e os poucos momentos em que podemos partilhar um pouco mais de nós no Espaço A, são momentos de grande importância, que me recuso a deitar ao ar.
Assim, ao ter de optar entre fazer novas amizades profundas e a passar o pouco tempo que tenho a conviver com aquela que consideramos a nossa verdadeira família, prefiro logicamente a segunda opção.
São poucos, é um facto. Eventualmente um conjunto que se pode contar pelos dedos. Mas prefiro perder a oportunidade de fazer dez novos amigos, a não dar a devida atenção a alguém que me acompanhou sempre que precisei.
Na realidade, quando um dia acordamos e percebemos que estamos sós no mundo, são aqueles que se encontram no Espaço A que permanecem ao nosso lado. Nos momentos felizes ou nas piores situações em que nos encontramos, sabemos que temos alguém ali.
Podem ter idade para ser nossos pais, mães, irmãos, irmãs, ou até algo mais íntimo. Mas, na realidade, são pessoas de quem não quero abdicar.
Entendo que seja complexo para quem está de fora, completamente deslocalizado do contexto em que o afirmo. Posso dar até a imagem de que sou um tipo com quem não se pode contar; anti-social, imbecil ou arrogante. Simplesmente, e independentemente do que possam pensar, tal como os elementos do Espaço A estiveram lá sempre para mim, também eu estarei sempre lá para eles.
Não tenho o conceito de 'Melhor Amigo'... isso é uma parvoíce.
Na realidade, assusta-me saber que um dia vou casar e vou ter de escolher alguém para Padrinho. Por mim, colocava-os a todos no altar.
Como tantas outras coisas, não é a quantidade de pessoas especiais que fazem de nós melhores ou piores seres; é a qualidade e a força do que sentimos por elas, é aquilo que aprendemos juntos e tudo o que fazemos que nos fazem criar uma verdadeira rede de atracção onde, independentemente da situação, da hora ou local em que ocorra, nos fazem sobreviver.
São os agentes do Espaço A que são convocados para os aniversários, para a festa, para a borga ou para as situações mais constrangedoras; são os agentes do Espaço A que têm sempre a atenção devida e com quem nos preocupamos; é aos agentes do Espaço A que nunca referimos sequer a existência de tal espaço.
É um mito.
Não existe.
E eu devo estar é a delirar... os anti-histamínicos andam a transformar-me num pato branco.

distracções

A esta jovem indiquei uma vez o caminho para um local onde poderia adquirir uma expansão de portas USB... tinha a noção de já a ter visto em qualquer lado, mas só depois de me afastar é que me avisaram, lol.
Mas de facto, ao vivo, tem um aspecto muito agradável.

animais

Os animais de estimação são algo de deprimente.
Os cães, ou são uns selvagens que mordem tudo o que mexe, ou então ficam ali com aquele ar pachorrento e desinteressado.
Já os gatos... bom, os gatos são lixados. Para lá daquele ar sensível, são uns sacanas de primeira que arranham à primeira hipótese. E se forem gatos de uma fêmea... bom, aí o trabalho é a dobrar porque há que conquistar o animal antes de tentar sequer conquistar a dona.
Patos, ninguém adopta como animal de estimação. Para começar, pensam. E como tal, dão palpites acerca de tudo. Ou então, mantém-se em silêncio e depois arreiam cabeçadas nas coisas quando estão sozinhos. E, de facto, os patos são algo desinteressante que só servem para largar penas pela casa. E em última análise, abre-se a porta do elevador e atira-se o pato lá para dentro...
Bom, para dizer a verdade, por vários motivos, sempre tive um aquário com peixes.
Deixei-me disso. É francamente deprimente.
Os tipos andam por ali a abanar a barbatana de um lado para o outro e a fazer 'bop, bop... bop'. Depois chateiam-se e vão até ao fundo do aquário, ou então escolhem um local e ficam muito quietos. Nunca se sabe ao certo se já morreram ou se estão vivos. Um dia a água começa a cheirar mal e verificamos que começaram a cair partes do seu corpo que, devido ao fenómeno da impulsão, ficam a boiar no topo do aquário. É algo agradável... água, pedrinhas, uma alga, metade de um peixe, a cabeça a boiar. No fundo, é algo semelhante a uma lata de atum ao natural. Só que neste caso a lata é transparente.
E ficamos a olhar para o corpo semi-despedaçado do animal, e como nos apartamentos da cidade não temos jardins onde possamos enterrar os nossos amigos em caixas de fósforos... pegamos no aquário, depejamos aquela merda toda na sanita e puxamos o autoclismo.
Já quando vamos de férias, dá sempre merda.
Experimentei de tudo.
Dei comida a mais a um, e o animal decidiu comer tudo de uma só vez... duas semanas depois cheguei a casa e tinha as tripas a boiar;
Dei comida a menos a outro, para não acontecer o mesmo... o gajo devia estar com carência afectiva e, na falta de chocolate, andou às cabeçadas às pedras. Quando cheguei tinha o gajo todo rebentado. Esse ainda tive de raspar os restos que ficaram...;
Um outro acabei por entregar na loja de animais... ingenuamente. Obviamente que quando voltei acabei por ter de comprar outro.
Uma observação curiosa e que, embora irónica não me tinha ainda sequer lembrado dela, é que tinha a pancada de dar nomes a todos os meus peixes... a piada reside no facto de na altura viver fascinado com a Rua Sésamo e, consequentemente, todos os peixes tinham o nome de Egas. Claro que ia incrementando sempre um número: Egas I, Egas II, Egas III... quando chegou ao 20º caí em mim e guardei o aquário.
Penso que deva ser um serial killer de peixes ou coisa parecida.
Os cães devem ter uma atracção particular por mim. Agora já passo mais despercebido, mas tempos houve em que era frequente perseguirem-me. Foi até aprender que o truque era atravessar a rua segundos antes do autocarro passar, eh eh... (kidding) na realidade aprendi que os cães são como os humanos. Se chateiam muito, não há nada que um bom pontapé nos jardins suspensos não resolva.
Tecnicamente, deveria haver uma lição a retirar daqui, certo? Confesso que não me lembro de nada... o Sporting acabou de empatar com um clube da divisão de honra e a expressão 'animal' não me saía da cabeça.
De facto, há muito tempo que a expressão animal não me sai da cabeça. Por motivos variados, é um facto, mas hoje em particular, depois do jogo, veio-me novamente à ideia.

Cumprimentos patinos

01/03/2008

indignação!

A malta quer o direito de se indignar.
Concordo, indignem-se, façam o que quiserem, de preferência em silêncio e sem me passarem debaixo da janela.
Os indignados indignam-se com tudo.
Pessoalmente, indigno-me com pouco.
Ontem ia a sair de casa e andava uma velhota a varrer ruas. No frio da manhã, magra, com as rugas a pesarem já sobre a sua aparente longa idade, e lá ia rua acima empurrando o carro do lixo com as vassouras...
Isso sim, indigna-me! Tantos filhos da puta a encher-se à grande e a mulher a varrer ruas naquele estado. Mas chateio alguém com isso? Não!
Não é questão de viver conformado. Aliás, devo ser o pato menos conformado à face deste planeta. Simplesmente, sei do que a casa gasta. Mais facilmente pago o pequeno-almoço a um desgraçado que vou manifestar-me para S.Bento.
O problema da malta reside na atitude.
Levam pontapés? Devolvam com bastonadas!
Acham que são incompreendidos? Escrevam num blog ou vão para o raio que vos parta!
Escusam é de vir encher as ruas de autocarros, trazendo marmitas e garrafões de vinho para a capital, para depois dizerem que era manifestação.
Não é assim que se tiram os animais do poleiro.
Calculei que a mulher do lixo tivesse filhos. Tinha cara disso.
Lembrei-me de um poema que li no secundário... "A Débil"; se não estou em erro, era de Cesário Verde.
Esta, não estava à janela. Mas tinha um ar igualmente debilitado.
Mas o pessoal manifesta-se. E com razão!
Fecharam-nos a Urgência? Vamos manifestar-nos, ficamos aqui sentados a coçá-los em protesto.
Temos idosos a morar em prédios sem casa de banho com menos de 400€ por mês? Vamos pegar na cesta de pic-nic e vamos até à Baixa protestar.
Pessoal a morrer nas ruas, abandonados ao relento enquanto outros passeiam em Bruxelas? É esse o espírito, vamos protestar pisando um rabo a um gato.
Muito sinceramente, para estas merdas, mais vale não fazer nada. É preferível uma atitude mais activa e solidária para com quem efectivamente precisa, que andar a virar o rabo aos tipo que colocaram no poleiro.
Ou então, conformem-se. Baixam as calcinhas, rabinho ao léu, e esperam a vossa vez. Calha a todos!
Não adianta dizerem que não... quem o nega, mente. E ainda mais agora, que a Época de IRS está a chegar... tudo com o terceiro olho à espera.
Ainda há quem ache que sou um tipo mal-disposto com a vida... pelo contrário!
A vida é particularmente calma e saudável quando os planetas estão alinhados em recta, fazendo Plutão uma variação de 6º com a constelação de Aquário. E para quem duvida, basta que olhem para o fundo da sanita.
O Coriolis está lá portanto, não há que enganar.

diz quem sabe...

Diz quem sabe que é preciso ser bom observador para distinguir entre uma cadela e um gato.
Sim, porque embora não pareça, são coisas muito parecidas.
Ambos têm 4 patas, pêlo... e até o miar do gato é parecido com o do cão.
O ideal é mesmo atirá-los pelo poço do elevador para o tira-teimas... o que aguentar sete quedas, é o gato! Parece óbvio.

Óbvio é também o facto de que só costumamos provar o comer quando o cozinhamos... isto porque se não cozinharmos, nunca iremos conseguir provar (possivelmente porque o comer não existe).
Tenho vídeo desta afirmação.
Não o coloco aqui porque seria demasiado constrangedor.
E há ainda aquela coisa que se mete dentro das garrafas... como é?
Hum... não me lembro... ah, é isso, o líquido!

A sério pessoal, nunca mais meto aquele tempero no bacalhau ;)

notícias

Nos telejornais de hoje noticiavam que uma mulher tinha sido assassinada num 'bairro nobre de Sacavém'.

(para quem conhece a zona, vou dar uns momentos para se poderem rir)

Senhoras e senhores!!! Mas desde quando há bairros nobres em Sacavém?
Possivelmente desde que a Cova da Moura ascendeu à categoria de 'Alta de Lisboa', não?