30/09/2008

última da noite

Querem irritar um lampião?
Hoje passaram o dia a foder-me o juízo por causa do 2-0... e eu passei o dia a dizer que estavam errados porque, todas as cadeias de televisão andavam a anunciar que tinha sido o Sporting a vencer o derby.
Caso insistissem... era só dizer que não valia a pena jogar para o 3-0. Afinal, o Penico da Luz será sempre o Penico da Luz...
Portanto, até prova em contrário (que é difícil de arranjar, garanto), parece que o Sporting ganhou 2-0 ao Clube das Aves.

in praise of the vulnerable man

web

Como já disse muitas vezes neste blog, sempre que me reúno com alguns amigos patos, os meus fluidos nasais transformam-se em cadeias de proteína pura que se lançam em diarreia mental como se de vómito se tratasse.
Estou viciado no Pidgin. Não quero outra coisa.
Eu explico.
Tenho uma conta no GMail... pelo que uso o instant messenger da Google, o Google Talk; depois tenho uma conta no Messenger, pelo que uso o Windows Live Messenger... pelo meio, dá jeito o Yahoo Messenger, para a conta do Yahoo e às tantas tinha esta merda tão carregada que já nem sequer os websites porno abria.
Era triste, porque já não conseguia ver as gémeas lésbicas vestidas de enfermeiras, o que me deixava deprimido.
Então a malta descobriu o Pidgin... basicamente é um software grátis, que reúne todas as contas da Google, MSN, Yahoo!, Bonjour e outras que tais num único serviço. Consigo ter as contas todas abertas em simultâneo e ainda sobra espaço em memória para ir ao YouPorn.com... wiii!
O aspecto disto é um bocado ranhoso, mas serve perfeitamente.
De repente, o meu rato deixou de portar-se normalmente. Ok, todos têm direito às suas taras... uns mais que outros... mas o rato tinha aqui um led azul que agora parece ter fundido ou coisa que o valha. Fico com alguma vontade de pegar no rato e espetá-lo com toda a força contra a parede para ele ver quem é que manda aqui.
Não me parece justo. Passo mais tempo com a mão no rato que com a mão nas calças... e o gajo atraiçoa-me assim.
O Estados Unidos andam a dar o bafo. Acho giro. O chato nesta merda toda, é que a Fortaleza Europa sempre esteve tão dependente dos Estados Unidos que, quando aquela merda estoira do lado de lá do Atlântico, o cheiro faz-se sentir no Cáucaso.
Epa... há malta que não quer ser ajudada, quer seguir a sua vida sozinha. Deixemos os States seguir o seu rumo isolado a caminho do fundo do poço! Se os gajos querem assim tanto continuar a agarrar-nos os tornozelos, tenho uns tacos de madeira que, bem aplicados, fazem milagres.
E sempre temos a Venezuela... agora como o Chávez está tão amigo da Maria Fechadura que (infelizmente) anda a mamar no trono do Poder, podemos mandar-nos para o lado de lá (há espaço, dinheiro e droga... é o que é preciso) e entrarmos no Clube Amigos Chávez. Eu era capaz de me dar bem... se a ideia é chamar cabrão, filho da puta e punheteiro ao gajo que está no bacanal da Terra dos Livres, contem comigo. Só imponho é que se mande um October, November ou December Flower com os pedaços de vómito que nos (des)governam e façam uma sessão de apedrejamento pública. Com blocos de granito, preferencialmente.
Estou viciado na Internet.
Arrepia-me a ideia de ficar desligado durante mais de 10 min.
No consultório médico uso o telemóvel para acesso WAP e GPRS.
Em casa, meto o computador na cozinha para ir vendo as notícias enquanto cozinho e limpo as merdas; preciso do portátil ligado quando estou a ver um filme e, já cheguei a levar o PC para a casa de banho para não perder aquela sessão em broadcast.
Preciso de desintoxicação, é um facto.
Mas chego ao trabalho e estou rodeado de mais computadores.
Imagino-me nos Informáticos Anónimos... "Eu sou o Pato Marques e não mando um email há 2 horas..." (uhhhhhHHH)
Tenho um sonho.
Quero fazer o download de toda a Internet, cá para os computadores de casa. Depois, quando tiver toda a Internet cá, cancelo as assinaturas de ADSL e telefone, e deixo de pagar a avença aos caralhos das telecomunicações, porque passo a navegar em todo o conteúdo offline. Como a Rede ainda é uma merda grande, vai demorar algum tempo a ficar desactualizada... pelo que só preciso de renovar a conta de internet uma vez a cada 10 anos para fazer os updates.
A ideia é tão fixe quanto absurda.
Um dos patos que me gerou a diarreia mental que forçou o Pidgin, acha que estou completamente queimado.
É possível. Mas mantenho o meu trabalho de tentar carregar toda a Internet nos meus sistemas.
Do mal o menos, já cheguei ao fim da Internet. Agora é só voltar para trás e ver o que perdi.

29/09/2008

still standin'

Ora cá estou de volta ao meu pequeno mundo de letras, dúvidas e monólogos, após um fim de semana em que decidi por bem formatar o meu portátil...
A falta de tempo (afinal, tenho um disco grande como a porra) levou-me a perder horas com backups, formatações, reinstalações e recuperações... como sou um blogger amigo dos meus leitores, decidi parar um pouco com a recuperação do sistema e vim aqui dar notícias à malta.
Percebi hoje que devo andar demasiado de carro.
Não porque o combustível e as revisões me andem a pesar assim tanto no ordenado, mas dei por mim a fazer uma merda inacreditável.
Saí de casa de manhã, fechei a porta e ao fundo das escadas comecei a carregar no porta-chaves que tem as chaves de casa para trancar a porta. Só depois de perceber que a porta de casa não tem fecho centralizado é que, envergonhado, voltei atrás para trancar a fechadura.
As pessoas não confiam em ninguém.
Hoje estava no Pingo Doce e a menina da caixa achou por bem perguntar-me se eu não tinha 6 cêntimos para ajudar ao troco. Como não tenho muito dinheiro na carteira (aliás... em lado nenhum) sei exactamente o que anda lá dentro e, rapidamente lhe disse que não.
Ela, possivelmente pensando que a estava a enganar, voltou a fazer a pergunta... reforçando com um "teeeeem a certeza? É que dava mesmo jeitinho..."
Fiquei com alguma vontade de lhe atirar com a carteira e com uns saquinhos de compras aos cornos.
Como sou um pato semi-agradável, e como o segurança que estava à porta era uma besta imensa (parecia um cagalhão com pernas) limitei-me a sorrir, a abrir a carteira e a mostrar calmamente à menina da caixa que não, não tinha 6 cêntimos trocados para ajudar ao troco.
Enquanto metia as merdas nos sacos, percebi que a tronga de serviço estava a fazer a mesma pergunta à senhora que estava atrás de mim.
Por momentos ainda pensei em dizer-lhe que se queria assim tanto uns trocados, podia sempre ir tentar prostituir-se para a porta do parque... é que com a tromba dela, só mesmo trocos...
Mas enfim, a malta é educada e um gajo limita-se a mandar esta gente à merda.
Relativamente ao tema musical de hoje, só poderia mesmo escolher algo de acordo com o título do post.
Assim de repente, isto é uma grande paneleiragem...
Lembra aquela cena: "numa fila de paneleiros a enrabarem-se, qual é o que tem mais prazer?"
O segundo, obviamente...
Para além de dar no primeiro e levar do terceiro, ainda bate uma no da frente.


26/09/2008

leite

E neste belo sábado, no começo do Outuno, quando os patos selvagens migram para sul e os urbanos sentam o rabo nos lagos frios, a DECO pede à malta para não abastecer.
É coerente.
O pessoal não abastece e isso vai causar um prejuízo tremendo à Galp, BP e Repsol... isto porque obviamente, quem não mete a mangueira do ouro negro no buraco neste sábado, não a vai meter no domingo ou na segunda... broncos! 90% da malta que não abasteceu no sábado, vai ao castigo no domingo e, os gestores das petrolíferas na segunda-feira nem vão dar pela coisa.
No fundo, é adiar em 24 horas o pagamento do dízimo ao Senhor.
Com sorte, a Galp ainda sobe os preços neste sábado e fode os génios todos que forem abastecer depois.
Na minha visão, acho que a minha estratégia é bem mais lógica.
Já devem ter topado que há postos de abastecimento que são assaltados mais vezes que outros. Então é fácil... passamos a abastecer apenas nesses postos, pagando em dinheiro vivo.
Invariavelmente, aquela merda vai ser roubada, pelo que o dinheiro nunca cai nos cofres das gasolineiras. Pelo menos directamente.
Prefiro pagar o combustível e saber que o dinheiro vai para as máfias de leste que fazem contrabando de putas e vinho verde, que para a Galp e restantes máfias ocidentais.
Claro que é apenas uma forma de ver as coisas. Os seguros acabam por cobrir essas merdas e quem se fode é sempre o mesmo...

Estamos sempre a aprender.
Descobri que o Leite do Dia se pode guardar durante mais de um dia. É que eu estava mesmo convencido que o Leite do Dia teria de ser consumido nesse mesmo dia... afinal, dá para guardar.
Então fico a pensar. Se o Leite do Dia se pode guardar, qual a diferença entre beber Leite do Dia com 2 dias, ou leite que não é do dia, com uma semana? Tecnicamente, nenhum dos dois continua a ser do dia, pelo que será mais prático comprar leite normal à cabeça.
Agora estou baralhado.
E o leite biológico?
É leite de vacas que foram ordenhadas à mão, em vez de serem colocadas na chuchadora mecânica? Epa, é que se é assim, não sei o que prefiro... acho que prefiro beber o leitinho que passou na mamadora de tubos inox que o leite que passou pelas mãos peludas que coçam o arbusto do rabo do Sr. Zé...

A NASA está a preparar mais uma missão espacial.
Agora vão mandar mais um satélite que fará análises aos raios solares que penetram na nossa atmosfera ou cena parecida.
O que tem alguma piada, é que até Novembro, neste site, os gajos aceitam inscrições da malta que quiser ter o seu nome no Espaço.
Obviamente que este pato, enviou logo a sua inscrição para ter o seu nobre nome registado num microprocessador que irá ser lançado junto com o satélite... no prazo de minutos, recebi o certificado que comprova que faço parte da Glory Mission.
Ainda pensei que seria uma boa, se a malta enviasse também uma foto para o Espaço Exterior. Aliás, por que não enviar todo o perfil do MySpace ou do Hi5?
Com sorte, ter-se-ia um contacto em 1º grau, vindo de um planeta distante, com uma qualquer extra-terrestre que nos quisesse conhecer. Ou então não.
Entre mulheres e fêmeas do espaço distante... venha o Space Shuttle e escolha.

Já nasceu!!!

Já nasceu, já nasceu, já nasceu!
É agora que o Pato Afonso se passa de vez :P

25/09/2008

boot sector

No outro dia fui almoçar com a malta a um canto de restauração refundido perto de um colégio conhecido da capital.
Obviamente, abundavam o que vulgarmente denominamos de pitos e pitas... a elite do colégio (que tem algum nome no mercado, já agora) levava a que os pitinhos à nossa volta fossem tipicamente aquela espécie semi-ranhosa e meio-amorangada que usam boxers debaixo dos calções de praia. Basicamente, aqueles putos a quem só apetece aviar umas porradas valentes...
Já no regresso ao trabalho, tivemos o prazer de nos cruzar com um aspirante a galo que passeava a sua franga. É sempre uma luz de sabedoria que nos ilumina o espírito quando analisamos a conversa afranganada do petiz que mantinha a franguita de olhos no chão:
"Fuuuoooda-se! Eu vi, eu vi! 'Tavas toda fodida, fuooooda-se! 'Tavas fodida e ele fodeu-te, foda-se! E depois fodeste-me!"
Acalmem-se as mentes mais libertinas porque, apesar do ar satisfeito (embora cabisbaixo) da jovem, pelo que pude perceber tratava-se mesmo de uma conversa relativa a um professor que, basicamente, a tinha fodido. Aliás, não só a ela, mas também a ele e, aparentemente, por culpa dela.
De qualquer forma, não deixei de ficar a pensar na alegria que dei a muitos gajos como aquele por não ter nascido fêmea... é que naquela situação, o mais certo seria o puto levar com uma merda qualquer nos cornos.
Contudo, é de louvar a existência de um animal que consegue dizer mais vezes 'foda-se' numa frase que eu em todo o meu dia.
Falando em putos, colégios e professores, vem-me à ideia o Magalhães.
A ideia base é termos a malta toda dentro de alguns anos completamente info-incluída.
Acho importante.
Afinal, uma boa fatia populacional morre de fome; outros tantos, não têm esgoto em casa; o grosso da malta, tem uma condição de vida que mais lembra uma sátira qualquer a um país do terceiro mundo... mas o importante é a malta ter toda computadores para vermos sites porno e engordarmos ainda mais o bolso às pobres empresas de telecomunicações.
Pobres, sim! Mas online.
E já agora, o Magalhães não passa de uma caixa plástica (made in Portugal) recheada de componentes cujas nossas fábricas não produzem. Assemblado em Portugal, yah... agora não venham é com merdas a dizer que a Intel é portuguesa. Bem podem meter o Pentium M no rabo... Mas claro, para o nosso amigo Sócas que sempre que abre a boca dá-me náuseas e gases intestinais, o nosso belo país à beira-mar plantado é o paraíso. Lembra-me uma banda desenhada do Pateta que li há muitos anos, em que o Xerife dizia para o ajudante: "a gente é boa, as colheitas são boas... as únicas coisas más são as terras más que ficam fora da cidade"
Eu começo a acreditar que S.Bento deve ser o mundo do Faz-de-Conta para uns quantos gajos; à volta devem ficar as terras más, onde a malta vive toda na merda.
Mas enfim, todos opinam na sua infinita sabedoria... Esquerda, Direita, Centro, que se foda a malta que a gente quer é ganhar. O que é preciso é que os animais sonhem.
Semana da mobilidade.
Algum anormal percebeu que a Avenida da Liberdade estava poluída.
A sérioooo? Epa, ninguém tinha ainda reparado na nuvem de smog...
Resolução: fecha-se a Baixa ao trânsito.
Conclusão: passem no Campo Grande de manhã à hora de ponta e vejam a porra dos túneis entupida até à espinha porque não há local para dar vazão ao trânsito que escoa no Marquês de Pombal.
Deve ser o conceito de Desenvolvimento Sustentável, que o pessoal aprendia no secundário... para que uma rua fique limpa, fodem-se as outras todas. É o equilíbrio universal.
Recomendo aos pseudo-autarcas que têm um bloco de estrume a fermentar no lugar do cérebro que tentem jogar um bocadinho de SimCity para aprenderem a organizar o trânsito numa cidade. A sério. Era capaz de resultar...
Não sei exactamente o que passa pela cabeça de algumas pessoas mas que raio de merda têm enfiada no crânio para darem toques para o telemóvel com um número não-identificado?
Já é chato um gajo estar a levar com toques o dia todo... dá a sensação que ganhamos rios de dinheiro e que devemos ser nós a telefonar; mas mais estúpido é vermos a chamada não-atendida e percebermos que se trata de um número confidencial... mas teimam! Dão toques e toques e toques e ficamos com a merda do telefone cheia de toques de um número que não fazemos boi de ideia qual seja.
Por vezes (muitas vezes) lembro-me daquela obra do cinema que é o Little Miss Sunshine.
Não sei, mas aquela cena dá que pensar.
Uma mãe psicótica, um pai alucinado, um avô drogado, um filho doente dos cornos, uma filha com sonhos insustentáveis... e o tarado é o gajo paneleiro que se tenta matar (ou será este o mais racional de todos?).

Cumprimentos patinos!

sweet

24/09/2008

últimos momentos da noite

Nos dias que correm, não sei se deva ter mais medo dos carjackers, se dos Bancos... se é que não são a mesma coisa.
Nos dias que correm, não sei se deva ter mais medo dos assaltantes, se do Fisco... se é que não são a mesma coisa.
Nos dias que correm, não sei se deva ter mais medo de entrar em funerárias, se nos estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde... se é que não são a mesma coisa.
Numa perspectiva mais leviana das coisas, acho que era preferível irem as putas para o Governo, visto que os filhos andam lá e não fazem nada de jeito... fodido por fodido, antes fodido por um profissional.

lições de vida

Um leve problema de pele obriga-me a ter de barrar um creme manhoso em algumas zonas do meu corpo todas as noites.
Confesso que preferia não ter de o fazer; por muito que me agrade a ideia de me acariciar em frente ao espelho, não deixo de pensar que na realidade, estou a esfregar um gajo, mesmo que esse gajo seja eu. Não sei. Há cabelos e zonas pendentes em excesso.
Gostaria de deixar uma mensagem a todos os que, como eu, são obrigados a barrar merdas no corpo.
No caso de cremes vaselinados, procurem não ter a brilhante ideia de fechar a porta do quarto antes de se barrarem.
O mais certo é ficarem com as patas todas nhanhadas de creme.
O mais giro no meio disto tudo, é depois tentarem abrir a merda da porta e não conseguirem, porque não conseguem girar a maçaneta. Mais divertido é tentarem limpar-se ao pedaço de pano que estiver mais próximo (umas boxers, por exemplo...), sujarem tudo e perceberem que mesmo assim, não vão conseguir abrir a porta porque na tentativa anterior encheram a maçaneta de creme.
Moral da história: os cremes utilizam-se em locais onde possamos depois retirar aquela merda das mãos.
Adenda: acerca das zonas do corpo... poupem a piada de perguntar se meti a vaselina no rabo.

22/09/2008

smiles

E alguém já pensou como será o corpo dos smiles?
Os gajos têm todos o focinho redondo.
Bom para dizer a verdade, devem ser uma espécie de imigrantes. São amarelos e redondos. Parecem chinesinhos.
Sempre que observo um smile, recordo-me sempre de uma personagem que havia no Jetman.
O Jetman era uma série japonesa que era 'concorrente' dos Power Rangers. Eram cinco macacos e macacas, com fatinhos de cor. Uma cena que sempre achei piada foi o facto do Jetman Amarelo ser um boi javardão a comer. O gajo era redondo e vestia de amarelo; curiosamente, quando se transformava, ficava magrinho e ágil... japoneses...
Quando olhava para a personagem, achava que aquilo ainda teria potencial para utilização futura. E, de facto, parece que o boom da internet levou à decapitação do Jetman Amarelo, servindo a sua cabecinha (salvo seja) redonda e amarela para exprimir sentimentos e reacções.
Pessoalmente, acho que os smiles são porcos gordos e feios. Aliás, se não mostram o corpo todo dos animais, por algum motivo será...
Os smiles afinal vivem de quê? Não têm braços, não têm pernas. Terão sexo? Qual a diferença entre um smile e uma smile? E o facto de não terem mãos...
Até os cães lambem os próprios tomates. Não consigo conceber a ideia de um ser vivo que não consiga coçar o pessegueiro.
É impossível pensar num ser vivo que não possa acordar de manhã a espremer os jardins suspensos como se não houvesse amanhã.
Outra cena altamente idiota é o facto dos smiles terem boca. Yah... vão comer o quê, se não têm estômago? A menos que tenham os intestinos enrolados à volta dos cornos, o que seria altamente incoerente...
A Teoria Evolucionista leva a que tenham aparecido uns quantos smiles novos, com pequenas patinhas; infelizmente, continuam igualmente estúpidos. Não passam de bolas carecas de tom amarelado que saltam deficientemente nos nossos ecrãs.
Depois temos os seres-humanos que se assemelham bastante a smiles.
De um momento para o outro, têm sorrisos dentados de orelha a orelha (lá está mais uma, os smiles devem ser surdos) e assim ficam 25 horas do dia.
Experimentem observar a malta na rua. Verão que conseguem encontrar em cada focinho um pequenino smile dos que usam - ou não - diariamente na vossa comunicação.

mais humor negro

Nas palavras sábias de um amigo à porta do cemitério... "bem, já começa a ser um hábito a malta encontrar-se aqui..."
Yaaahhhh! Quando for eu fazemos uma festa e mandamos convites!

100 m à esquerda e depois pela direita...

21/09/2008

LHC

Anos e anos de trabalho. Centenas de cientistas dos quatro cantos do mundo.
Metem o Acelerador de Partículas a funcionar e aquela merda avaria...
É como dizem.
"Profissionais construiram o Titanic e amadores a Arca de Noé..."

Aparentemente, a causa da avaria terá sido um transformador de 30 toneladas. É curioso pensar como o meu transformador de 300 gramas do portátil nunca avariou.
Weight matters?

o regresso

Ora cá estamos, voltando da tal licença sabática.
Confesso que ainda não me estava a apetecer recomeçar a escrever "a minha agenda - versão de 2008" mas, a necessidade dos meus leitores de assimilar a minha escrita de merda (como se do ar da vida se tratasse) leva-me sempre a reavaliar as minhas paragens técnicas.
Hoje é domingo, dia de reflexão. Ok, prometo que não vou largar mais uma piada herege.
Como poderão analisar no penúltimo post (o 999º, já agora... obrigadinho pelos parabéns acerca do 1000º) previa que esta iria mesmo ser uma semana animada.
Em todos os anos que vão passando, há sempre uma das 52 semanas que prova ser a semana das reavaliações, recomendações, revelações e outros 'ões'. No fundo, é como se fosse a Semana Santa da Patolândia.
Bem, a malta descobriu que quando uma pessoa morre em casa, a PSP monta acampamento à nossa porta, não tenhamos nós vontade de fugir com o corpo às costas pela rua. Toda esta capacidade é deveras interessante.
Uma vez arrombaram-me a porta de casa e levaram a televisão... os gajos mandaram-me apresentar queixa para o processo entrar nas estatísticas; mas depois ficam no átrio da escada a telefonar às namoradas (a sério...) enquanto um gajo está sentado na cozinha cagado de medo do susto que levou... adiante.
Um daqueles conselhos de pato... tipo... se por acaso tiverem uma mulher a dias que vos passa a roupa a ferro e que tem a chave de vossa casa, tentem avaliar se ela efectivamente se encontra em casa, antes de saírem da casa de banho com a toalhinha a tapar o rabinho.
Devo dizer que se torna altamente constrangedor quando dão de caras com ela e reparam que a única coisa que vos separa do mundo selvagem é uma toalha de banho. Isto e tentar manter uma conversa perfeitamente banal, como se estivessem vestidos. Ah, mas ainda mais marado que isso é quando ela faz discretas insinuações ao vosso corpo mesmo antes de se ir embora.
De repente senti-me numa casa de putas. Eu a pagar-lhe e ela a falar-me do meu corpinho e a perguntar quando podia voltar... Uma coisa é certa, as boxers já não passam pela tábua de engomar; voam directamente do estendal para a secção de dobragem, dentro da minha gaveta de boxers.
Obviamente que agora, a minha santa senhoria quer que eu compre a casa.
Parece justo. O detalhe no meio disto tudo, é que está a cobrar tanto pelo metro quadrado que mais parece que estou na zona alta da cidade. Epaahhh... foda-se... isto é a zona baixa da Graça!
Então dá mesmo a sensação que o ninho vai mudar de sítio.
Como não me deram muito tempo para aceitar ou não a proposta, andei a fazer prospecção imobiliária.
Adoro os websites com este tipo de informação.
"T2, remodelado, sem elevador, sem estacionamento, 5 min do metro, 5 min do centro comercial"; o preço era aceitável, procurei a rua no GoogleMaps antes de telefonar.
Efectivamente a casa por dentro parecia brutal. E o prédio estava a 5 min do metro e a 5 min do Shopping, é um facto. Também era um facto que o prédio tinha graffitado a toda a volta "Blacks Go Home!"; bem, eu sou caucasiano, mas como tenho uma coloração semi-morena demais, achei por bem fazer inversão de marcha... a avaliar pelo que estava escrito nos outros prédios, aquilo dava mesmo a sensação que era a Polónia prestes a ser invadida. O mais certo era a vizinha do lado ter um bigode pequenino e uma faixa vermelha com uma cruz no braço.
Toda a malta tem olhado para mim como se eu estivesse prestes a passar-me.
Temos de ser realistas.
Às vezes o pessoal que nos rodeia dá-nos conselhos. Às vezes decidimos seguir esses conselhos, outras vezes não; às vezes fazem previsões do que poderá ou não acontecer (malta... vá lá... larguem o Tarot...)... normalmente gozamos com eles mas, quando acertam... bem, para além de ser altamente arrepiante, por estranhas e más que estejam as coisas, só nos dá mesmo vontade de rir.
Um Pato será sempre um Pato. O mundo continuará a ser o mundo. O blogger voltou.

15/09/2008

1000

Olha que bom... 1000º post neste blog.
Parabéns para mim, desocupado do caralho...

wake up call

BIP BIP
O meu despertador acaba de tocar. E os telemóveis também. E o relógio.
MAIS UM DIA DE MERDA PRESTES A COMEÇAR, PRONTO A CULMINAR NUMA NOITE DO CARALHO!

Um bom dia para todos!

elefantes cor-de-rosa

E esta foda é tão, mas tão divertida, que a Coisa até geme a dormir...
Pelo menos, até acordar novamente e começar a gritar.
"Geme leve, levemente, como quem chama por mim..."

Felizmente, ou não, amanhã será o último dia de trabalho antes de mais uma semana de férias.
Digam lá se a minha capacidade de prever o momento ideal para tirar férias não é perfeita...?
Ou muito me engano, ou em breve ainda vamos ter noitada na Urgência. Assim como assim, não dormir no colchão ou não dormir no hospital... a merda é a mesma.

a teoria do Big Bang

O que irrita brutalmente, o que faz questionar-me se não serei apenas uma alma penada que está em penitência por alguma merda que fez numa outra vida, é ter tido de assitir à morte lenta do meu Avô, depois ter de assistir à morte estúpida da minha Mãe e, no final de tudo, ainda ter de ver a da minha avó que se prolonga dias e noites a fio.
Alguma devo ter feito para ter de aguentar esta foda até ao fim.
Pergunto-me se vocês aí em baixo ou aí por cima, quem quer que seja que curta esta merda, não têm nada melhor para fazer senão foder a vida toda a um gajo, desde o mais pequeno detalhe, até à maior das merdas.
Suponho que isto deva ser imensamente divertido.
Afinal, sempre tive a oportunidade de ver um Avô a vomitar o estômago. Depois, fui agraciado com o ficar sem Mãe através da mais imbecil das doenças. Seria de esperar que pudesse presenciar o espectáculo de despedida da minha santa avó, que se vomita, mija, caga, esborracha os cornos no chão e passa a madrugada a chamar-me, enquanto não dá o pifo.
Possivelmente, e para quem ainda duvidava, há grandes hipóteses de ser este pato o próximo da lista, visto que não tem um minuto de paz e sossego há meses.
O cérebro (assim como todo o restante corpo), por jovem que seja, também tem o seu limite. E o deste, não anda longe.
Pode até parecer uma perspectiva egoísta porque, no final de contas, não sou eu que estou a morrer. Acho...
Só que depois de dois belos anos a aguentar com uma vida de merda, sem ainda ter descarregado com um taco de madeira em qualquer coisa que me aparecesse à frente, penso que tenho o direito de expor a minha pequenina revolta pela vidinha que ganhei de presente há cerca de 24 anos atrás.
Não pedi para cá estar. Tendo sido obrigado, o mínimo que se poderia esperar era que as coisas se processassem de forma mais ou menos normal.

Boas noites a todos (a minha noite, pelo menos, promete ser longa; novamente)

14/09/2008

cenas dos casamentos

Finalmente, em casa.
O que normalmente os casamentos têm de interessante, é o facto de dificilmente conhecermos alguém.
Yah, conhecemos o noivo e a noiva, e depois ficamos com um ar tolo a olhar para tudo o que nos rodeia.
Na melhor das hipóteses, metem-nos numa mesa com um tipo que andava connosco na faculdade e conseguimos manter um mínimo de sanidade (ou não). Digo não porque, uma vez mais, fizeram o favor de deixar um lugar vago ao meu lado. Aliás, desta vez foi efectivamente brutal o facto de arranjarem uma mesa apenas para os amigos do noivo. Imaginem a cena... um falta, o outro leva namorada e ou outro vai sozinho. Brutal. Três pessoas numa mesa, das quais duas são um casal... Serviu para ir efectuando o reconhecimento psicotécnico da malta para depois escrever posts de merda no blog.
Cereja no topo do bolo. Um acidente com um dos convidados, levou a que me confiassem uma pequena criança no seu carrinho.
Devo ter ar de paizinho, pelo que a miúda adorou os meus dedos - que apertou até deixar de ter sangue nas unhas - e até adormeceu. Ah, imagine-se! Logo eu que tenho um trauma brutal porque o ovo do Pato Afonso foge de mim como o Diabo foge da Cruz... e esta ignorou o facto de nunca me ter visto mais gordo deixando que a adormecesse.
E facilmente, um revoltado pato começa a babar, como se se tratasse do seu próprio ovo.
Tipo... tão inocente, tão sossegada, sentada no seu carrinho, ignorando todos os males existentes no mundo. O seu sono descansado conseguiu-me transportar até a mim para outra dimensão... só de olhar feito parvo para a criança que consegui adormecer (a sério, senti-me o Rei do Mundo do Sono) consegui, por breves instantes, esquecer que tenho os cornos efectivamente todos queimados. Ignoramos que temos uma doida em casa, ignoramos que temos uma vida de merda, ultrapassamos o facto de estarmos mais sozinhos que um espermatozóide no cú de um paneleiro e paramos de pensar por momentos muito pequeninos na merda que fazemos. Tudo porque uma jovem cria de homo sapiens se encontra ali, à nossa guarda, com um ar angelical, e sabemos que estamos dispostos a tudo para a proteger.
Só que depois tudo se resolve e temos de devolver a criança... e então voltamos a cair em nós e a perceber que está tudo novamente e novamente fodido.
Suponho que todo o Pato adulto deveria ter direito, pelo menos uma vez na vida, a poder chocar um ovo. É algo simplesmente brutal, esquecermos as horas que passam sem almoço, a bexiga que vai enchendo ao limite, o calor que se faz sentir, apenas por algo tão pequenino que se encontra à nossa frente.
Vamos agora ignorar os parágrafos anteriores, pois induz algo que não quero revelar acerca da minha personalidade patina.
O meu espírito de Pato Correio, continua altamente desenvolvido. De regresso a casa, para fazer o jantar a uma cabra que depois diz que não quer comer porque está neurótica (afinal, eu não podia ir ao casamento de um amigo), acabei por me perder no meio de qualquer coisa.
Só pensava que a qualquer momento iria ser violentamente sodomizado por dois camionistas com uma chave de rodas. É triste, mas uma coisa é certa... nunca mais teria prisão de ventre.

Cumprimentos patinos.

what sound

somebody for someone

A favorita deste Pato.


13/09/2008

bonecas

De repente, a única piada que me vem à cabeça é a do bêbado que entra num bordel e pede uma menina à Madame.
Vendo o estado do gajo, a Madame manda buscar uma boneca insuflável.
No dia seguinte o mesmo gajo, já sóbrio, volta ao bordel...
"Olhe, quero outra, mas não me arranje a mesma doida de ontem..."
"Doida?" - pergunta a Madame;
"Sim, dei-lhe uma dentada nas mamas, ela deu dois peidos e saiu pela janela..."

ikea domina

Ikea.
Uma ideia de negócio que surge de uma pequena loja e que se torna num império milionário.
A ideia base é sermos nós a montar os móveis, como se de Legos se tratassem. O giro nisto é que carregamos, transportamos, montamos... e no final ainda pagamos por isso. Acho que seria mais fácil rechearem o Ikea com troncos de madeira que nós íamos lá, serrávamos e moldávamos aquela merda, e ainda deixávamos lá o valor do aluguer da maquinaria...
Hoje fui ao Ikea.
Esta é outra questão existencial. Será o Ikea ou a Ikea?
E de resto, ainda ninguém topou ao certo como se pronuncia... Ikeá, Ikeia, Ikeiá... que se foda.
Fui ao Ikea comprar um produto têxtil.
Acho fenomenal a quantidade de excursões que se fazem ao raio da loja, apenas pelo prazer sádico de se olhar para móveis que não nos cabem nas salas, pensando como ficaria bem se tivéssemos uma casa maior.
E depois a malta leva os putos, os bebés, os pais e os avós. E andam os velhotes a arrastar-se a si, ao catálogo e aos sacos amarelos da loja, contemplando a universalidade do caralho de um pedaço de madeira.
Mais divertido, é quando as famílias se cruzam e "ahhhh, olha a Mariazinha e o maridooo!"; e ali ficam, no meio da secção de cozinhas, falando da vida, enquanto a malta tenta perceber onde se encontra o armário do esquentador na cozinha exposta.
É a Revolução Social dos novos tempos.
Quando era um puto do tamanho de um Danoninho, a vida familiar das tardes de fim de semana assentava essencialmente na voltinha saloia. Normalmente, ao Domingo, ia-se almoçar à Malveira, dava-se um pulinho à Ericeira, Sintra, Boca do Inferno e voltava-se a Lisboa; era deprimente e havia sempre a emoção da merda do carro avariar.
Já na Era das vacas gordas de informática, em plenos anos 90, o desenvolvimento económico e a mania das grandezas levaram ao aparecimento, aqui e ali, de centros e centros comerciais, hipermercados e superfícies gigantescas onde ver o Sol era um privilégio. E éramos felizes, a vaguear pela mão do consumo...
Século XXI. Plano de família: ida ao Ikea. Móveis e gastronomia sueca.
Não quero sequer pensar no que vai ser o contexto de diversão quando eu tiver filhos...

i'm yours

marés-vivas

Sou um tipo com bastante sorte, considerando que o meu círculo de amigos assenta sobretudo em pessoal com algum cérebro e que, para além de conseguirem gerar conversas altamente interessantes, originam-me também frequentes diarreias mentais que se prolongam pela minha madrugada fora.
Aproveitei para ir com mais uma mente brilhante, almoçar a uma cena nova de Hamburguers Gourmet... ignorando esta espectacular descrição daquilo que é um novo tipo de fast-food semi-saudável e estando nós na fila de 20 pessoas esperando a nossa vez, o gajo atira-me com uma do género:
"digo-te isto porque és um puto relativamente novo... sabes que é preciso encontrar o nosso caminho".
Certo, eventualmente poderiam achar que era uma conversa completamente arrabichanada, mas não se esqueçam que desconhecem todo o restante contexto em que isto vinha inserido.
Há dois tipos de pessoas no mundo. As que se deixam levar pela maré, fazem a sua vida agarradas ao que conquistaram e seguram-se ao seu galho da bananeira. São normalmente pessoas felizes, embora não totalmente realizadas; contudo, a força com que se agarram ao galho gera capital, pelo que também não se preocupam muito com isso; depois temos as pessoas que procuram trilhar o seu próprio caminho, mesmo que isso implique atravessar montes e vales, remando contra uma maré de lava ardente. Estes, são tipos mais realizados, embora mais cansados, provavelmente mais infelizes, porque procuram ir sempre mais longe... desafiar o impossível. Também é provável que tudo isto gere alguma felicidade mas, se a felicidade pudesse ser comprada (o que duvido) estes gajos estariam na merda.
Depois de me expor esta longa e demorada teoria (já tínhamos 'perdido' 10 pessoas na fila), de forma mais ou menos animada, lança-me a questão final, à laia de desafio, mas em simultâneo como um conselho para o futuro:
"E tu, já definiste o teu caminho? Devo dizer-te que é difícil, eu próprio tenho esta idade e às vezes ainda hesito..."
Epaaah... "E com essa me fodeste", pensei, sempre absorto na mais profunda de todas as minhas convicções e crenças.
De facto, procuro mais.
Não faz parte da minha natureza, ficar à espera que chovam gotas de mel vindas do espaço exterior e se esborrachem, quais gotas de chuva, a meus pés. O objectivo é mesmo o desafio. Por muito pessimista que seja, creio que é esse lado negro de ver as coisas que me faz tentar trilhar um caminho.
Nem que seja para provar a mim próprio que estava errado, mesmo naquela de conseguir chatear alguém, eu próprio se for caso disso.
O importante é mesmo é ter força para fazer algo tecnicamente impossível, acreditando ao mesmo tempo que tal força não existe.
É algo complexo. De repente parece-me a resolução daquelas matrizes que a malta estudava em Álgebra Linear... tínhamos a certeza absoluta que estava tudo fodido à cabeça mas lá íamos, enveredando por um caminho cada vez mais sinuoso, por folhas e folhas recheadas de rabiscos esborratados de grafite, até constatarmos que, efectivamente, a equação era não só possível como (imagine-se) tinha solução!
E então, mesmo por breves instantes, éramos felizes. Éramos os donos do mundo, concentrado única e exclusivamente numa matriz de linhas e colunas (obviamente) que olhava para nós, desafiando-nos, na folha branca do exame.

Último detalhe do dia.
Telefonei ao noivo, esta tarde...
"Paaaahhhh, tudo??? Desculpa incomodar... mas de repente fiquei confuso... o casamento é sábado ou domingo??" (ando a falar disto com ele quase diariamente, desde há duas semanas para cá)
"Foda-se... 'migo, tás todo queimado! Podes ir para lá no sábado, marcar lugar; eventualmente vais é encontrar outras pessoas..." (gajo com sentido de humor...)

12/09/2008

for the widows in Paradise, for the fatherless In Ypsilanti

don't give up

qualquer coisa em qualquer lado

A velhice é um dom.
A minha santa avó, por exemplo, tem o dom de me foder os cornos todos os dias sem excepção.
Agora anda toda negra... andou a passear pela casa sem andarilho durante a noite e foi com o focinho ao chão. Então, fica cheia de dores e fode-me ainda mais o juízo que o que é habitual.
Hoje, pela segunda vez, borrou-se toda na sala. Eu sei que é uma conversa de merda mas... tenho de vomitar isto para algum lado; o ideal é mesmo o blog, anónimo e imprevisível.
O cheiro sentia-se na entrada da casa. Um gajo passa a merda do dia a trabalhar e, ao chegar a casa, vê merda embrulhada na manta...
Foda-se...
De facto, todos estes episódios se tornam divertidos, pelo simples facto que assentam numa coerência inesperada.
Um gajo acorda de manhã e pensa... "merda"; durante as horas de trabalho, o pensamento vai variando... "fiz merda", "isto vai dar merda", "isto já deu merda", "olha, está tudo na merda", "foda-se, mas haverá algo em que eu não faça merda???"...; o dia acaba e pensa-se "mais um dia de merda"; o que é lógico que nos passe pelos olhos e cabeça assim que se entra em casa??? Isso mesmo, "merdaaaaa". Mesmo no final da noite, consegue-se ainda um último sopro de vida para murmurar: "Merda... mais um dia a começar"
Aparentemente, anda toda a malta convencida que há petróleo na costa. É natural, já o Raúl Solnado pensava haver Petróleo no Beato...
Portugal está dividido em bacias de prospecção. Bacia do Alentejo, Bacia do Algarve... proponho que larguem as bacias e venham cá a casa levar o penico da Coisa. Aliás, levem a Coisa.
Da maneira como esta alma se caga, isto é um autêntico poço de metano! Vendo-a ou troco-a por acções da Galp Energia.

11/09/2008

inferno

Mais uma daquelas gravadas a sabão azul e branco.

O Paraíso é aquele lugar onde o humor é britânico, os cozinheiros são franceses, os mecânicos são alemães, os amantes são portugueses e tudo é organizado pelos suíços.
O Inferno é aquele lugar onde o humor é alemão, os cozinheiros são britânicos, os mecânicos são franceses, os amantes são suíços e tudo é organizado pelos portugueses.

São visões. Para mim, o Inferno é uma linha recta que cruza um 3º andar de Lisboa com uma vidinha de merda...

xácara das bruxas dançando

cenas dos casamentos

Está mais um casamento à porta.
Confesso que os convites começam a deixar-me um bocadinho de nada passado, porque a malta insiste em convidar "Pato Marques e acompanhante".
Em todos os casamentos, há sempre uma tia solteira que nunca ninguém sabe ao certo quem é; é a senhora que se senta lá algures e brinca com os putos. É a senhora que fala com toda a gente e depois desaparece misteriosamente no final da festa.
Pode ser meio marado, mas começo a sentir-me o 'tio' dos casamentos onde vou. É que ao menos não insistam em colocar dois lugares na mesa... já sabem que vou sozinho! Um gajo depois está na mesa redonda e olha para o seu lado e vê o lugar vazio...
Mais preocupante são os casamentos onde depois um gajo vai e vem sozinho; já não bastam as músicas fantásticas que tocam nos casamentos e depois ainda levamos no carro com a banda sonora deprimente que curtimos gravar em mp3.
Recentemente estive num outro casamento (meu Deus, a malta está toda a casar... vou ser o último, é a cena do 'Noivinho Negro'). Durante a missa, um gajo vai tendo pensamentos semi-obscuros, vai-se observando tudo e todos...
Então, reparei num amigo que, algures durante a cerimónia, pegou na mão da mulher. Achei fascinante porque, efectivamente, não seria o gesto do qual estaria à espera. Ok, talvez só um bocadinho... inesperado seria o gajo dar-me a mão a mim, isso é que seria arrepiante!
Não foi somente um 'dar a mão', foi a forma como o fez, algo que torna a minha capacidade de escrita totalmente inócua para o descrever.
Foi mesmo, mas mesmo muito fofo. Fiquei comovido.
Inevitavelmente, elevei também a minha mão... mas rapidamente percebi que era melhor voltar a baixá-la. Primeiro porque não havia efectivamente acompanhante com quem começar a fazer este tipo de coisa... depois, porque das duas pessoas que me rodeavam, uma era o meu amigo (hum... não, não lhe ia afagar a mão) e a outra era uma criança (não tenho esse tipo de pancada). Às vezes um gajo dá-se conta do porquê da existência de bolsos. É uma espécie de grilo-falante que nos sussurra "pssst, mete as mãos nos bolsos! 'Tás com elas aí no ar a fazer o quê?"
Desta vez, nem sequer vou a acompanhar... Vai ser a minha primeira vez relativamente a idas a casamentos completamente sozinho. Nem sequer posso combinar com os amigos ir com o mesmo tom de cores no fato e gravata.
Só espero não começar com ideias esquisitas durante a cerimónia...

10/09/2008

oxford comma

tuga-news

Hoje estava a ouvir o fabuloso mundo das notícias do "diz que é qualquer coisa de novo, embora se mantenha tudo na mesma merda".
Anda toda a malta contente, porque a mulher que se espetou contra um autocarro carregado de idosos que se despistou posteriormente, ceifando 17, foi acusada de homicídio negligente.
Confesso que ainda não percebi ao certo se a ideia é justificar a morte de 17 pessoas, tentar pagar as vidas perdidas aos que cá ficam ou arranjar simplesmente um culpado.
Gostei particularmente da entrevista a uma dos sobreviventes...
"Então o que sentiu quando soube que o caso ia para Tribunal?"
"Ahhhhhh, fiquei que nem sei!!! Era a minha versão, era a minha versão dos factos que aparecia no papel!!!"
(???)
"E sentiram o embate?"
"Ahhhh, só o segundo... já quando o autocarro ia ravina abaixo; ao primeiro toque ninguém notou porque íamos todos a cantar a músiquinha da nossa terra"
Tipo... isto é algum tipo de comédia negra?
A gaja está contente, não porque o caso vai para Tribunal, mas sim porque é a versão dela que lá vem exposta?? Morrem 17 conhecidas e não há problema porque ia tudo a cantar a músiquinha de Castelo Branco?
Isto é mesmo fixe! Pensava eu que tinha um humor negro e rebuscado...
E depois temos as notícias da já habitual insegurança interna.
Para que quer a malta um polícia em cada esquina, se um gajo está no meio da esquadra, rodeado de polícias, e leva três balázios na tromba??
Isto é que é emoção! Um gajo sente-se mais inseguro na esquadra que em plena Damaia às 4 da manhã!! rotfl

ratos

E uns cientistas norte-americanos, ganharam o prémio da Fundação Champalimaud.
Aparentemente, tal honra deveu-se ao facto de terem arranjado forma de manipular os genes dos ratos, ao ponto de agora os ratos terem três sensores de luz nos olhos em vez de dois.
Tecnicamente, os ratos seriam um 'diz que é uma espécie de daltónico'; agora, já conseguem ver todas as cores.
Fiquei a pensar.
Como é que eles sabem que os ratos conseguem ver todas as cores?
Perguntaram-lhes?
"Amigo rato, ora diga lá! Olhe para os círculos de cor e diga os números que estão lá dentro..."
Ora o rato, que inicialmente se comportava como eu no exame médico anual ("Seu cabrão, não há lá números! Tás a gozar comigo"), passa agora a dizer: "Oh, claro Doutor! 23, 54, 92, 59, 11, 10"
Suponho eu que não existam ratos como há patos... assim, os gajos não devem mesmo falar.
Se os ratos não falam, como é possível afirmar que já conseguem ver todas as cores? Somente pelo facto de terem visto mais um sensor de luz? Ora foda-se... há muitos gajos que têm órgãos que não usam! Sabem lá eles se o rato usa ou não a porra do sensor!
Rato por rato, antes ser o das florestas do Congo...

09/09/2008

tainted love

anilha

Reportagem marada do dia.
Algures num país asiático, uma mente brilhante qualquer, achou que se enfiasse um anel de metal no pénis, nabo, coiso, ou o que lhe queiram chamar, e puxasse, este iria aumentar de tamanho.
Então parece que o gajo enfia o tal anel pelo 21º dedo acima e, quando se está a preparar para puxar, tem uma erecção.
(deve ter doído)
Segundo o site onde li esta merda, foi necessária a intervenção dos bombeiros (lol) e uma operação que obrigou à drenagem de sangue e remoção de parte do troco fálico.
Considerando que uma vez levei com uma bola de andebol (daquelas bolas duras) nos jardins suspensos e ia morrendo, imagino o que aquele cromo deve ter penado com uma anilha à volta do nabo.
De repente só me consigo lembrar daquelas anilhas que metemos nas patas dos pombos-correio... o gajo estaria a tentar comunicar com alguém?
Tenebroso...

momento do dia

"Correm rumores que a Pamela Anderson tem um caso com o Michael Jackson. É normal; aparentemente, ela ainda só não teve um caso comigo."

canto della terra

Tentando relaxar...

I just died

pato preto pato branco

Yah, é verdade...
E o blog Pato Preto Pato Branco, onde eu e o meu amigo Pato Afonso tentamos publicar apenas merda, faz hoje um aninho que foi para o ar.

Parabéns para nós...

08/09/2008

ah!

A Coisa a gritar expressões fofas...
Eu sou um demónio.
Yah, no meio de todo este Inferno, o demónio sou eu...

No fundo isto até tem piada.

que merda

Esta grande vaca já aceitava ir de boa-vontade para um lar...
Epah, sou só um técnico de informática, mas prometo que faço o esforço de pagar uma cena decente!!!
Estou farto de ter uma vida de merda!
É mesmo pedir muito ter uma vida normal... Foda-se...
Tanto caralho que anda por aí que nunca teve de mexer um dedo para conseguir o que fosse, e depois arranjamos esta merda de vida só porque não conseguimos nascer com o cabrão do olho do cú virado um bocadinho que fosse para a Lua!

ah! é a minha vida...

Isto com um fundo vermelho e pequenos demónios a massacrarem um gajo ainda vivo, roendo-lhe a alma até aos ossos, seria perfeito.


...

Lamento que os meus parcos leitores tenham de aturar os posts de merda que escrevo acerca de mim neste blog.
Detesto fazer-me de coitadinho, e não é mesmo essa a ideia.
Só que na falta de poder dizer à Coisa que é uma grande cabra, tenho de fazê-lo com o único meio que disponho para o efeito.
O melhor é ignorarem o dia de hoje, porque esta merda promete ser longa...

party animal

É hoje que faço um voo picado até ao carro, estacionado na porta.
E depois esta cabra grita por Cristo, por Deus e por todos os santinhos. E aproveita e diz que ninguém quer saber dela.
Deve ser por isso que o estúpido do neto ainda continua a perder a já pouca sanidade que lhe sobra a aturar-lhe as pancadas nos cornos a meio da madrugada...
Argghhhhhh... QUE FODA!!!!!!!!
FODA-SE! FODA-SE! FODA-SE!!
SÓ QUERIA PAZ!!!!!!

o balde

Chego em casa, cansado. Fodido. O que seja.
Um cheiro diferente paira no ar. Não é desconhecido. Mas não costumo senti-lo na sala.
A sala. Um objecto diferente? No centro da sala?
Mas que cheiro emana de lá?
Vou ver o que é.
O que será?
Mas... Isto não pode ser...
"Avó...? Que cena é esta...?"
Como as coisas são fáceis... lembrou-se de levar um balde para a sala e cagar ali mesmo, ao som da novela da tarde.
O balde está no lixo. A casa já está novamente limpa.
Já queimei paus de incenso, já arejei a puta da casa. Mas o cheiro a merda continua-me nas narinas. E a cabra da assistente social e o filho da puta do psiquiatra insistem que a Coisa está perfeitamente normal.

Já perdi a conta à quantidade de vezes que disse "foda-se" desde que entrei em casa.
Foda-se.

a seita

happy nights














Definimos sanidade como sendo "qualidade do que é são".
Em grande parte sempre achei que entre outras coisas, a sanidade mental se mantinha minimamente com uma noite de sono.
Durante os anos da faculdade, até terminar, sonhava com o dia em que terminaria e deixaria de ser trabalhador-estudante; sonhava com o dia em que chegava a casa depois do trabalho e poderia relaxar e descansar.
Então, acabei a faculdade e percebi que não iria ser assim tão simples. Porque depois as noites de sono não são contínuas, e porque damos por nós a fitar as luzinhas que passam pela janela do quarto e ficam a brilhar no tecto do quarto. E depois damos também por nós a adormecer e a acordar de seguida. E conseguimos ainda assistir ao fascinante mundo dos ruídos silenciosos que ecoam nos nossos ouvidos entre as 3 e as 4 da manhã... o tic-tic do relógio, o suave zumbido do router que continua a trabalhar sem parar durante toda a noite, a água que corre nos canos da casa ao lado quando o vizinho está indisposto, o miar do gato no telhado da casa no fundo da rua... até mesmo o alarme do quartel dos bombeiros, algures, cinco quarteirões mais acima.
Apesar de não se ter uma noite descansada e termos de preparar o dia que se segue, com mais 8 horas de código binário a passar-nos à frente dos olhos a alta velocidade, acabamos por perceber que vamos mesmo ficar de barriga para o ar a fitar o infinito da placa do último andar.
Mas ao menos, estamos deitados. Acordamos já acordados, tendo o prazer de ver o nascer do sol que surge, aos poucos, em algum sítio do horizonte que não vemos.
Até conseguia compreender isso.
O que já roça ligeiramente a loucura total, é deixarmos de dormir 2, 3 horas por noite, para passarmos a dormir 0 horas por noite.
Alguém nos chama às 2 e pouco para aquecer água para o saco; alguém nos chama às 3 e meia para irmos buscar um iogurte porque lhe deu o apetite durante a madrugada; alguém vai à casa de banho às 5 da manhã e esborracha-se a ela, ao camiseiro e ao toalheiro no chão da puta da casa de banho. E alguém faz isto dias e dias a fio.
Começo a achar que já não vale mesmo a pena deitar-me. Não dormir por não dormir, e creio que sou bem mais produtivo à frente do computador... mesmo depois de passar aquele ponto em que patinhos pretos (ou serão pontos?) viajam à frente dos meu olhos raiados de sangue.
Durante o dia não tenho sono. A cafeína tem este efeito fantástico numa pessoa. Basta um café bem forte de manhã, antes de ir trabalhar, e conseguimos manter-nos em pé, debaixo do gelado ar-condicionado, cortando as mãos num cabrão de um bastidor carregado de cabos de rede e servidores.
Hoje, temos mais uma noite.
Entre um diz que publica qualquer coisa num blog de merda e a atenta análise de mais uns quantos episódios dos Ficheiros Secretos, conseguimos ainda adiantar mais umas quantas merdas para o dia seguinte (que entretanto já começou) ansiosos para que nos chamem viciados em trabalho.
Estou então algures no carro, fazendo uma visita ao meu segundo Inferno. Se isto hoje correr bem, em breve estarei em casa, pronto para mais uma daquelas noites. E madrugadas. Até à manhã seguinte.
Foda-se.

saladas

Momento alto da noite...
"Patoooooo Marqueeeeeeeeeeeees" (grita a Coisa) "A salada não está temperada!!!"

??????????????????????????????

Tipo... que merda é esta?

the phantom of the opera

work

Dizem que sou viciado no trabalho porque adianto serviço aos fins de semana.
Yah, realmente preferia outra actividade mas, na falta de melhor, dou máximo uso ao Microsoft Terminal Services Console (MSTSC)...
Qualquer dia pego no MSTSC e levo-o ao cinema. Um jantar às luz das velas e, por que não, terminar a noite com um passeio ao luar.
Afinal, já passo mais tempo com o MSTSC que comigo mesmo, portanto, é questão de se dar o passo seguinte.

confusões...










Pois é... para quê Educação Sexual nas escolas...?

kingdom of heaven

Na velha cidade de Jerusalém, todo o exército partiu.
O nobre escudeiro, agora armado cavaleiro, é então a única pessoa que separa o caos do cerco sarraceno da sanidade mental dos sitiados.
E então enfrenta sozinho o exército de milhares, às portas da sua cidade.
Sabe que é a última e única linha de defesa para encaminhar os habitantes daquelas muralhas, sãos e salvos para o encontro do seu destino.
É também o seu destino, o de se sacrificar pelas almas de tantos que esperam por ele.
E não... o verdadeiro nome do Pato Marques não é Orlando Bloom.

07/09/2008

la dernière danse

mais Erasure

Nas palavras do meu bom amigo Afonso:
"Há gajos que gostariam de ter nascido gajas..."
Mas a música é brutal.


CERN














E faltam só dois dias, para a experiência no CERN de colisão de partículas!
Existem grandes hipóteses das merdas darem para o torto e gerar-se uma nuvem de anti-matéria que nos vai engolir a todos! Ahahahahahahah! Wiiiiiii!
Dentro de dois dias estaremos todos do lado de lá das nossas vidas de merda!!!
Vejo-vos lá por baixo!

Cumprimentos fofos!

aromas

Alguém se lembra do Smelly Cat?
Pois, era a música preferida da Phoebe, de uma série famosa que passou repetidas vezes nos nossos ecrãs.
Continua a assombrar-me a cena de termos cheiro.
Ao que parece, cada um de nós, nas nossas miseráveis e inúteis vidas, possui um cheiro característico que o faz distinguir-se dos restantes.
Acontece que para um animal com rinite alérgica que não tem olfacto na narina direita durante metade do ano, é deveras complicado conseguir farejar os outros.
Para mim, cheiro sempre teve aquele tipo semi-enlouquecido que se coloca à porta da Caixa Geral de Depósitos da Graça a berrar a quem passa: "Sinhoooooor, uma moeda, uma moeda, uma moeda, uma moeda..."; de resto, nunca consegui detectar esse tipo de odor. Quer dizer, até sinto o leve aroma de quem está enfiado na merda, mas não consigo por aí além andar a sniffar a malta. Muito embora tenha a certeza que cheirar um sovaco às 7 da manhã na carreira 26, seja bem mais mentalmente castrante que maconha...
Contudo, o gajo é mesmo chato. E depois anda com um sobretudo que cheira a urina semi-apodrecida, com um toquezinho agradável de vinho tinto de 16ª qualidade; isto é aprimorado com uns pequenos vermes que navegam na sua farta cabeleira.
Foda-se! O gajo no outro dia tocou-me! Será que cheiro a ele????
De facto, a ideia de cada um de nós ter um cheiro é algo que me leva a pensar se efectivamente tenho um cheiro agradável ou não. Tipo, não me vejo a cheirar a morangos caramelizados, ou a noz-moscada. Sempre pensei que cheirava a Polo Sport... ou então ao creme de barbear da Nivea (quando faço a barba). O que é arrepiante é a ideia de que largamos o nosso cheiro por onde passamos.
E depois um tipo leva uma vida minimamente saudável e não fuma. Mas a malta quase toda fuma. E então ficamos com o odor de tabaco nas roupas. E o odor passa para os bancos do carro. E vem até casa. E foda-se! Quero tirar a merda do cheiro do carro e ando com uma árvorezinha no espelho que supostamente cheiraria a morango mas que na realidade cheira é a mijo de gato! Sei, porque é o mesmo cheiro que emana dos pneus do carro, e tenho a certeza que não atropelei nenhuma caixa de morangos...
Será que a minha cama cheira a mim?? E a minha toalha de banho? E eu?? Cheiro exactamente a quê? Cheirarei ao ar-condicionado semi-filtrado da sala de servidores? Será que o meu aroma é mais o de cabos de rede que se foram roçando na minha pele? Afinal, qual é exactamente o cheiro a Pato Marques?
Sabem que alguns animais esfregam-se nas árvores e rochas para demarcarem o seu território?
Eventualmente vou começar a esfregar-me nas portas cá de casa...
Tento cheirar a minha pele e não noto nada de manhoso. Será que só os outros notam? Estaremos imunes ao nosso próprio cheiro?
Grande merda.
A Phoebe estava enganada. A música era mesmo Smelly Duck.

killing me softly

O meu momento favorito do About a Boy.
Na falta de melhor, o Hugh Grant liberta-se do medo de assumir um compromisso e ajuda o puto que precisa mesmo de um Pai... mesmo sabendo que se vai enterrar nas teias de uma série de sentimentos não-autónomos e incontroláveis.
Muito bom, mesmo.

cenas ranhosas

Às vezes perguntam-me porque larguei o meu trabalho como programador numa financeira mundial, para ser administrador de sistemas numa empresa de viagens.
A resposta é simples e assenta num email que recebi esta manhã:
"Alerta do Servidor! A sua caixa de correio está quase cheia!"

O programador, teria de limpar a caixa de correio; o administrador, amanhã vai ao servidor de email e aumenta o espaço em disco para a respectiva mailbox.
Não é para quem quer, é para quem pode.
O programador não pode.

putos

E os Estados Unidos estão amuados, porque a Rússia não pediu desculpa à Geórgia por não a ter convidado para jogar à apanhada com a Ossétia e porque a Europa estava lá e não fez nada, com medo de levar também...
Se fosse a eles ia era fazer queixinhas à professora, para ver se ela chamava os pais da Rússia que era para ela ver como é!
Senão digo eu! Vou dizer, vou dizer, nhaanhaanhaanhaaa!

Foda-se...

touch me

Porque os meus leitores são os melhores leitores do mundo...

the winner takes it all

06/09/2008

I don't wanna lose you

As pernas que habitaram as profundezas da minha infância. E a de muitos outros mais velhos e mais novos.

água gourmet

Subitamente, o país acordou para o maravilhoso mundo das águas 'gourmet'.
Andamos a exportar para todo o mundo e somos campeões de vendas desta pequena e singular maravilha.
Passamos então à parte mordaz.
Há muitos anos, andavam os Romanos nesta província que é hoje Portugal, e descobriram uma fonte, no actual Algarve (ou All-Garve, segundo se diz agora), cujas capacidades mágicas de cura da sua água relativamente a problemas de estômago a tornaram famosa em todo o mundo romano.
Os tipos ainda não sabiam mas, séculos mais tarde, percebeu-se que a água não era mágica mas sim bicabornatada-sódica que, para quem não sabe, é um bálsamo para os problemas de estômago.
Então, os nossos amigos romanos fizeram uma estrada (giro... pareciam o Cavaco nos seus tempos de Primeiro-Ministro) e construiram umas termas na região.
Estavam então na Serra de Monchique, pelo que foi coerente darem o mesmo nome às Termas e, consequentemente, às águas.
Séculos depois, já na Era da Abundância Norte-Ocidental, andavam os putos na Etiópia a voar, arrastados pelo vento, e os mancebos congoleses a matarem-se uns aos outros com a falta (imagine-se!) de água, quando as Termas de Monchique se tornaram num ícone capitalista e começaram a sua guerra de distribuição contra os clãs do Luso, Gerês e afins.
A água, curiosamente, era mesmo muito boa.
As suas características particulares conferem-lhe um gosto único, ligeiramente adocicado, muito semelhante ao conseguido quando bebemos pelo gargalo de uma dada garrafa muitas vezes seguidas sem a lavar. Sabe a lábios. E a língua. Mas se não pensarmos muito nisso e ignorarmos a malta de África, a água até consegue ser boa.
Também muito curiosamente, era das águas mais difíceis de encontrar no mercado.
No All-Garve abundava mas, em Lisboa, era uma merda para a encontrar. Ah, e os putos em África continuavam a morrer de sede.
Mas, ao que parece, os chefes do clã de Monchique não estavam muito virados para o comércio geral e decidiram lançar-se no infinito.
Fizeram umas garrafinhas fofas, encheram-nas da mesma água que outrora era despejada para garrafões plásticos de 5L e pumba: água gourmet.
Uhhhhhhh! Brutal!
Então, começaram em apoteose a heróica luta de levar a dita água aos países mais desenvolvidos e ricos do planeta. Aparentemente, parece que é mais rentável adocicar a boca a um qualquer cabrão que vive à conta do trabalho de 300 putos enfiados numa fábrica durante 20 horas do dia, que matar a sede a uns milhões de desgraçados (deve ser a Justiça Divina a funcionar no seu melhor).
Ignoro o value-by-bottle, mas sendo a água a mesma, mandava os gourmet levar na peida e ia buscar a água eu mesmo as termas...
Entretanto, os putos africanos podem sempre aguardar ansiosamente um vento de sul que os traga até Monchique para matar a sede. Irónico seria o vento mudar a meio caminho e morrerem afogados no Atlântico...
Portanto, a água é a mesma, o que a torna especial é a embalagem.
Esta forma de pensar é triste. Devo ter passado 24 anos enganado...

pesadelo em Castelo-Branco Street

A reportagem da SIC relativamente ao lançamento do álbum do Mr. José Castelo Branco:
"Na sua casa de Sintra (blá, blá) o apreciador de arte, o apresentador, a estrela, o ex-travesti (blá, blá) e agora cantor..."
Logo de seguida, a "estrela":
"Sabem, eu sou uma pessoa muito séria, eu levo tudo tudo muito a sério" (enquanto arranjava o diz que é uma espécie de robe, com forrados de 'tigresa')

Agora tentem ler isto sem rir.

goodnight moon

05/09/2008

exercício nocturno

Um estrondo.
Dois estrondos.
A Coisa acordou, decidiu que queria um iogurte a esta hora, foi à casa de banho, encheu-se de merda e espalhou-se no chão. Não necessariamente nesta ordem.
Aproveitei para vir aqui no intervalo.
Noite fofa para todos.

04/09/2008

antes e depois

a lenda

paralímpicos

Não sei se já repararam, mas não temos visto as notícias a respeito dos jogos paralímpicos.
Suponho que as reportagens só passem em edições especiais para cegos, surdos e mudos. Aí já explicava algumas coisas.
Deve ser uma emissão durante a madrugada, em banda estreita.
Há quem afirme que há algumas emissões a passar em cabo e satélite, numa versão em braille, mas acho que se trata de um mito urbano. Quer dizer... se tivesse de andar a apalpar o televisor para ver os paralímpicos, para isso tínhamos a Playboy Braille, que seria um apalpão bem mais interessante.

medicina no trabalho


Há já duas semanas que não meto nada na veia porque sabia que hoje ia fazer análises à urina. Resultou, e ninguém descobriu que sou um viciado...
Entretanto, fiz uma descoberta fabulosa. Sou aquilo a que se chama um "cego da cor". Yah, mais uma... agora parece que sou daltónico.
Não sou um caso extremo, ainda distingo as cores normais, mas não vejo um número azul-claro num fundo cinza.
"Então diga lá os números que vê dentro dos objectos de cor..."
(pausa prolongada)
"Foda-se... você está a gozar comigo?"
A questão que agora se impõe é qualquer coisa do género... o fundo deste meu blog é mesmo preto, não é??? Na volta tenho um carro cor-de-rosa e nunca tinha dado por isso.
Do mal o menos, é dos poucos momentos do ano em que uma jovem de bata branca me manda tirar a roupa e deitar no colchão... segundo ela, tenho um "coração para a vida".
Fico contente. Não queria um coração para a morte.
Acho que seria manhoso. Aliás, mais preocupante seria o facto de não ter de todo um coração para a vida.
Para além de ser altamente incoerente, deixaria de sentir o violento batimento cardíaco a animar os meus fins de noite, enquanto olho para o vazio do tecto do meu quarto.
"Sabe... é que o seu coração é um músculo..."
A sériooooo???? Sim, e deve ser só o meu, porque eu estava convencido que o coração era uma cebola.
Portanto, se no coração encontramos os olhos da alma... mas os olhos não distinguem bem as cores... Deve ser por isso que o coração anda tão bem...
Ao menos está no sítio certo.
Ou não.

algo diferente

E agora, algo completamente diferente do que habita normalmente as profundezas do meu blog.
Ou se gosta, ou se odeia.
Mas isto tem sempre outro som quando se caminha pelos recantos que o Eça referia...


consegui!!!!

Os comprimidos fizeram efeito!
A Coisa ressona que nem um porco! Hoje não me fode o juízo!!!

03/09/2008

entre as memórias e o sonho

E para esta noite de merda, recomendamos... Rádio Macau


petzi

Algures na imensidão de livros que habitam a minha casa, devo ainda ter a colecção inteira do favorito da minha infância.
Os que pensavam que me deliciava somente com o Tio Patinhas, estavam enganados. Bom, obviamente que era completamente doente pelos livrinhos da Disney, estrategicamente traduzidos e vendidos pela editora brasileira Abril... sofria com o Tio Patinhas sempre que ele chorava ao pagar os impostos sobre o capital da sua Caixa-Forte, suava com as aventuras do Huguinho, Zezinho e Luisinho, delirava com o eterno namoro da Margarida e do Pato Donald.
De qualquer forma, a minha infância foi também populada por outras personagens. O meu favorito sempre foi as Aventuras do Petzi.
Ora, o Petzi, era um urso marinheiro que tinha construído um navio chamado Mary (mais tarde, a meio da colecção, o Mary afunda-se e ele constrói o Mary II). O urso tinha uns calções vermelhos com bolinhas brancas que tinham sido feitos pela mãe dele a partir de uma toalha de cozinha; a adicionar a isto, possuia um gorro azul.
As aventuras dele rondavam sempre o absurdo mas, do mal o menos, era sempre acompanhado pelos amigos (ainda mais bizarros que ele): o Pingo, que era um pinguim; o Riki, um pelicano que metia toda a merda no bico; e, finalmente, o Almirante, uma foca que andava sempre de mãos nos bolsos a falar das suas aventuras no Golfo da Biscaia.
A juntar a isto, havia o avô do Petzi, um grande inventor que morava numa ilhazinha e a mãe do Petzi, que aparentemente só sabia fazer panquecas.
Os gajos gostavam todos imenso de panquecas, de forma que caíamos sempre invariavelmente na música do "eu não gosto de sopaa, opaaa, opaaa... eu gosto é de panquecas..."; enfim, foi a dirty joke da noite.
Para os parcos leitores que devem já estar a bocejar com esta merda que não interessa a ninguém, prometo que se lerem até ao fim são capazes de encontrar um motivo para estar a descrever a fundo as aventuras do Petzi.
Voltando ao enredo, sempre achei um bocadinho estranho a cena familiar envolvente a todas as personagens.
O Petzi tinha mãe e avô... nunca se ouviu falar do pai; o Pingo só tinha irmãos...; o Riki e o Almirante, aparentemente, nem sequer tinham família. E depois pareciam ser todos bem putos, iam à escola e esta ocorria apenas uma vez a cada cinco ou seis aventuras...
Já o Mary, assemelhava-se bem mais a um avião a jacto que a um barco a gasóleo; nunca percebi como é que os gajos faziam o percurso Europa-América-China num só livro de trinta e tal páginas.
Mas o que importa é que aquela merda era brutal. E passei grande parte da infância, a levar os meus intestinos a lugares nunca antes visitados sempre que ia comer panquecas à cafetaria Mexicana, na Guerra Junqueiro... aos anos que lá não vou :(
Efectivamente, os amigos do Petzi eram aos pacotes mas, há ainda dois que não referi: os gajos tinham duas mascotes. Um papagaio cor-de-rosa e uma tartaruga.
O papagaio era supostamente macho mas, parecia um bocado apaneleirado com as penas cor-de-rosa... já a tartaruga, carregava pesos brutais, fazia cenas que nos faziam lembrar que só poderia mesmo ser um gajo e, no final, chamava-se "Carolina".
Isto era um problema.
Com as minhas crises existenciais e anomalias sociais a revelarem-se já aos 6 anos, eu sempre tive um medo de morte da letra R.
Acordava durante a noite e imaginava que o R me ia matar. Depois era um berreiro brutal e lá aparecia alguém que acendia a luz e me dizia que não, não havia problema... mas logo depois, a letra voltava a aparecer debaixo da cama, luminosa, fulminante e pronta a arrancar-me as entranhas e a devorar-me à minha condição de ser vivo.
Talvez por esse motivo, vários anos se passaram sem que conseguisse dizer os R's... Ora, a malta sabia perfeitamente que eu não era capaz e, qual palhaço se tratasse (ah, vá lá... para quê mentir... era mesmo um palhaço! ainda sou...) adoravam pedir-me para dizer as personagens do Petzi. E o otário, cabrões de merda, lá dizia o nome de todos até chegar à puta da tartaruga.
"Ah, e como se chama a tartaruga do Petzi, diz lá...?"
E o bronco dizia todo contente, como se estivesse a dizer a merdice mais lógica do mundo:
"Uhhh, é a ta'tauga Caliiiiindaaaaa"
Foda-se, isto é mesmo deprimente.
Agora que penso bem nisto, percebo que durante anos fui também eu uma mascote que animava a malta nas noites de Natal.
Agora que penso bem nisto, entendo perfeitamente que sempre tive excelentes capacidades para ser o palhaço da zona.
Agora que penso nisso, devia era ter mandado a malta para o 'caálho sempre que me pediam para dizer o nome da tartaruga.

the pursuit of happyness

Um dos melhores filmes que já vi.
A história de um tipo que é abandonado pela mulher e fica sozinho com o filho, no momento preciso em que muda de emprego e tem de passar uns meses por um estágio não remunerado.
A prova de que tudo aquilo em que acreditamos é possível.
Momento optimista do ano.



(nota: é mesmo "Happyness"; também andei à procura e tem a ver com algo que aconteceu durante as filmagens, envolvendo o filho do Will Smith... poderia revelar, mas seria quebrar a magia disto)

por quem não esqueci

O original disto é dos Sétima Legião.
Os Sétima Legião foram uma banda fundada por Rodrigo Leão em 1982, sendo que o nome advinha da Legião Romana enviada à Lusitânia no século I.
Este, é uma versão interpretada pelo Tim (Xutos rules)
De resto, é fantástico.




02/09/2008

baby, I love your way

o corredor


















E aquela luz sombria, no corredor da empresa, deixou de piscar.
Aquela luz, semi-ofuscante e intermitente, que me fazia sentir como que dentro de um shooter dos que jogo no PC.
Uma luzinha que fazia despertar em mim os mais obscuros e sinistros pensamentos, dando-me alento para pegar numa machada e começar a despachar quem me aparecesse à frente.
Aquele piscar, acompanhado do zaaap zaaap de uma lâmpada que anuncia o seu fim, que me transportava para um mundo onde envergava uma armadura de couro e bronze com um machado nas mãos, pronto a proteger o universo de males de dimensões distantes... o pisco-pisco da lampada deve ter terminado esta noite.
Hoje de manhã, a lâmpada já não existia, a intermitência deu lugar a um recanto escuro no corredor onde se imagina agora uma espécie de Resident Evil, prestes a saltar-me para cima e arrancar-me a espinha à paulada.
Agora não sei o que fazer. O desaparecimento da lâmpada reconduziu-me à minha insignificância. Já não sou o gajo da armadura de couro, já não tenho um arsenal à minha disposição para matar dragões, resgatar princesas e salvar o mundo. Volto a ser o técnico de informática que passa simplesmente num corredor frio e escuro.
Amanhã, as coisas piorarão. A lâmpada é reposta e o corredor frio e escuro, outrora demoníaco e sombrio, dará lugar a um simples corredor por onde sou obrigado a passar.
Querem destruir a minha imaginação.

assim são as coisas

Temos sempre uma forma muito peculiar de demonstrar o quanto gostamos uns dos outros.
A Coisa passou uma noite em branco, preocupada com a mulher-a-dias, que ontem não apareceu.
Tipo... vamos a ver... se chego atrasado para fazer o jantar porque estive a trabalhar fora de horas na puta da Central Telefónica, sou um cabrão assassino; se tenho de ir para fora do país em trabalho, sou um reles; se saio com um amigo para o habitual café e, por algum motivo, me atraso, sou um porco paneleiro.
Mas a mulher-a-dias faltou um dia e ela perdeu o sono...
Bom dia de trabalho a todos.

there she goes

waterworld

Andava eu na primária e alguém da família (enquanto ainda era família, ou coisa que o valesse) achou por bem inscrever-me na natação.
Possivelmente achariam que eu desenvolveria bastante melhor as capacidades sociais se tivesse algum tipo de contacto com outras pessoas, completamente despidas, com coisas que ainda não sabíamos ao certo para que serviam.
Eventualmente, se tivessem a capacidade de prever o futuro, teriam poupado algumas economias porque, na realidade, aquilo era uma grande merda.
Para já, tínhamos de ir até às piscinas da Avenida de Roma, depois das aulas, perto das 17 horas... era sempre à quinta-feira, pelo que o animal do meu pai tinha de fazer um desvio à saída do trabalho, para me ir buscar... e depois, tornei-me um porco anti-social que pouco mais vê à frente que teclados e monitores, sendo que também de atlético pouco tenho: basicamente, para além de saber mergulhar, de nada mais me serviu a merda da natação.
Possivelmente, para o cloro me foder a pele toda... seria uma justificação aceitável.
Então lá íamos nós, o grupinho de 6 broncos e trolls, acompanhados pela D.Amélia (não a rainha... a cozinheira) que acabou por me ensinar - a custo, diga-se - a atar os ténis. A cena do coelhinho que saltava, dava duas voltas e metia-se na toca, enfim... essa merda comigo não resultava... eu queria mesmo era uma visão geométrica de como poderia atar os atacadores.
E era uma cena deprimente, porque depois a D.Amélia ajudava-nos a vestir e ficava ali a tratar de nós.
Ainda hoje tento ultrapassar a cena de levarmos as réguas dos estojos (aquelas pequenas, de 15 cm) e medirmos religiosamente a nossa instrumentação para verificar se tinha crescido mais qualquer coisa comparativamente com a semana anterior.
Havia também sempre um bronco qualquer que se lembrava de perder os calções ou vomitar-se todo com o cloro da piscina.
A paranóia atingia níveis extremos quando não largávamos o dinheiro.
Ok, possivelmente, já o meu instinto sociopata de fissão cerebral a revelar-se... o facto é que todas as quintas-feiras, alguém na 'qualquer coisa chamada família' me dava 100 escudos para gastar depois da natação.
Invariavelmente, acabávamos sempre na barraquinha das batatas fritas que fica em frente às Piscinas do Areeiro... ou então na famosa Casa do Gelado, logo ali ao lado...
Como custava a ganhar e tinha um pânico tremendo de perder a moedinha, passava o dia inteiro a agarrar na moeda com a mão esquerda. Era uma quinta-feira sempre um bocado fodida porque com o suor, a mão ficava a cheirar a metal e, ao chegar à tarde, aquilo era nojento. Quase que se podia dizer que a moeda amolecia e se podia comer...
De repente isto está a soar-me a repetição; não sei se já tinha referido algures no blog, mas paciência.
De facto, os posts no blog andam a multiplicar-se exponencialmente... se a Comissão Europeia começa a definir quotas de produção para os posts, como já faz com o leite, isto fode-se.