30/06/2008

julgamento

O que tem graça em tudo isto? Nada.
Algo demasiadamente complicado para poder ser facilmente explicado, e onde não haveria sequer palavras para proceder a uma explicação efectivamente coerente.
Dói? Yaaah, mas podemos sempre enfiar o dedo bem fundo na ferida para ver se deita ainda mais sangue.
Como pode o inexplicável ter solução? Nem eu sei... só achava agradável existir uma conclusão específica e pormenorizada.
Fica-me sempre a soar aos técnicos da Opel. Quando o rádio deixava de funcionar após estacionar ao sol, eles diziam-me que era normal. Eu retorquia dizendo-lhes que não tinha comprado um carro em que o rádio morria se estivesse ao sol. Eles sempre afirmaram que era uma coisa normal, porque o sensor de calor ficava muito à frente do tablier e que ao aquecer o rádio entrava em safe-mode. O que é certo é que depois de lá deixar o carro, nunca mais voltou a acontecer.
Já lá vai um ano.
Concluo que tudo tem de ter uma explicação. Só que a explicação mais óbvia (e a que defendemos mais vezes) nem sempre é a explicação real.
É um bocado como quando temos a sala de servidores a arder e afirmamos a pés juntos que não se passa nada.
Gosto das coisas bem explicadas. Dói mesmo muito quando vou à Opel e fazem de mim parvo.
De qualquer forma, não me queixo.
O Corsa foi e sempre será uma escolha minha. E podendo voltar atrás, não trocaria o Corsa nem pelo mais vistoso dos Ferraris. Um tipo sabe sempre no que se mete, mesmo que não o assuma.
Hoje, pode não pegar... amanhã, pode ter a centralina marada... mas, no dia em que se dignar a funcionar a 100%... bom... é de aproveitar e de agarrar o volante enquanto se pode.
Suponho que os Corsas sejam como as mulheres. Na volta são as mulheres que são como os Corsas.
Já não sei.
Mesmo que ele nunca o compreenda, partilho a sua dor sempre que o enfio num buraco; sinto um aperto no coração sempre que os seus pneus se esmagam contra um passeio ao estacionar; sorrio com a sua alegria, sempre que o sopro do turbo ecoa debaixo do capot... mesmo que ele não o queira entender, mas as coisas são como são.
Se não tivesse comprado o carro quando comprei... se apenas o comprasse agora... escolheria o mesmo.
De facto, e sempre que o conduzo, não é dos pequenos problemas que me recordo, mas sim dos bons momentos que partilhamos.
Só queria que por momentos também ele constatasse o mesmo.

status

E hoje, no seguimento de uma já longa história de pesquisas e contactos, encontrei algo que me agradava.
Não era um pequeno T2, mas sim um pequeno T1, bem perto da morada actual, sem problemas de estacionamento.
A vizinhança é calma e encontra-se rodeada por um muro. Também tem um jardim e uma igrejinha... não percebi bem o porquê daquela chaminé sempre rodeada de flores junto ao dito jardim, mas pronto... é uma visão fofa. (para quem ainda não apanhou, o imóvel era junto ao cemitério... ah aha ha, eu e estas minhas piadas... é de "morrer" a rir...)
Depois da agente ter achado por bem deixar-me a torrar ao sol durante meia-hora, assim que chegou descobriu que não tinha a chave do apartamento.
Como sou um tipo bem-disposto ainda lhe sugeri que trepássemos pelas varandas, visto que a janela estava aberta e era um 1º andar...
Disse isto com um ar sério e ela ficou a olhar de lado, como se eu fosse completamente passado dos cornos.
Ficaram de me telefonar novamente. Por motivos inerentes a orgulho pessoal, não tenciono ser eu a telefonar caso não me contactem. De qualquer forma foi uma experiência interessante.
Ahhh, é verdade, para não dizerem que sou pessimista... agora encontro sempre um lado bom nas coisas. Na meia-hora que estive à espera, li pela primeira vez o manual de instruções do carro e descobri como activar o trancamento automático das portas. Menos uma na checklist da Opel's Neverending Story.

29/06/2008

lógica

Não posso deixar de sorrir ao pensar na reacção que esta cabra teria se ao fim de uns quantos minutos sem eu responder, desse comigo seco no chão do quarto.
Pensamentos mórbidos? Deus castiga? Mais???

high

ah, e tal

O que é giro nisto tudo, é que por cada nova, aprendemos cinco ou seis lições.
A complexidade das coisas é uma forma simples e eficaz de resolver problemas. Tenho de começar a aplicar essa estratégia na minha vida profissional... pode ser que me leve a algum lado.
O essencial em tudo isto é perceber que sou um idiota. Fantástico...
Afinal é fácil resolver muitas coisas; eu é que nunca me apercebi dessa facilidade.

a vida de merda

Cada vez dou mais razão à minha santa avó.
Não devia ter sido a minha Mãe, devia ter sido eu.
De facto, era de esperar que isto acontecesse.
Como ontem decidi ir fazer o meu almoço de aniversário com amigos, hoje a menina está aborrecida.
Como a menina anda aborrecida, decidiu que seria um belo dia para me foder os cornos.
Como o dia é óptimo para me foder os cornos, a festa começou à hora de almoço, afirmando que o comer estava uma vez mais uma merda, culminando no despejar de um recipiente com água em cima de mim e do portátil.
A questão mais importante no meio disto tudo é o facto do portátil até ser de gama empresarial e, miraculosamente, ter sobrevivido ao ataque.
Efectivamente, devo ter feito uma merda mesmo foleira numa vida passada.
O curioso nisto tudo, é que sou eu que pago as contas e a sustento, pois não é a merda de reforma dela que a leva a algum lado. O curioso nisto tudo é que esta cabra brada aos Céus que não precisa de mim para nada. O curioso nisto tudo é o facto de me ter convidado a sair de casa por uma série de vezes. O curioso nisto tudo é eu andar cada vez com mais vontade de pegar nas minhas merdas, arranjar casa e deixá-la a apodrecer. Quando morrer, lá me avisarão para fazer o funeral.
Convenço-me seriamente que deveria ser eu a estar sossegado no pote de cinzas em cima da televisão.
A bem dizer, não há nenhum feito fantástico do qual me possa orgulhar; não há nenhum feito fantástico de que se possam orgulhar de mim; não há nada que me faça acordar de manhã e sonhar com um dia de Sol.
O Brian cantava na cruz... "always look to the bright side of life..."
Para isso era preciso um gajo achar que a vida teria efectivamente algo de bom.
Há malta pior que eu? Na boa... não sou tão egoísta que ache que tenho direito à merda toda só para mim.
Reservo-me no direito de considerar que tenho uma puta de vida. Reservo-me no direito a acreditar que as coisas não melhoram. Reservo-me no direito de achar que deveria ser eu a ter-me ficado na maca da Urgência naquela noite. Reservo-me no direito a achar que moro com uma puta que só merecia era levar lambadas na tromba até atinar de vez.
Depois fica com o sorrisinho inocente de velhinha amorosa, enquanto diz "chama a assistente social, chama... eu sou uma pessoa doente e tu é que és um malandro"
A vida tem duas metades: o lado bom e o lado mau.
Há uma parte da população que vive no equilibrio; há uma pequena minoria cujas metades da vida são todas boas.
Eu pertenço ao grupo da malta em que a vida não tem metade boa.
Bem-vindos ao Inferno cá na Terra.

28/06/2008

optimismo...

Lado bom das coisas...
Mais um aninho e já posso subscrever o tal seguro dos engenheiros para o carro, aquele que me irá fazer pagar menos 50% do que pago agora.
A questão da penugem branca que começa a aparecer... são detalhes!

27/06/2008

pizzas

Sempre comprei as minhas pizzas na Telepizza da Rua António Pedro.
Ia lá, aproveitava a promoção da loja do "leve duas pague uma" e eram duas refeições...
Certa vez, telefonei para lá para encomendar uma pizza. Fizeram uma grande história, porque era fora do raio de acção, e porque a zona da Graça era da loja das Portas do Sol, na Baixa...
Acabei a telefonar para a Baixa, mesmo acreditando que uma viagem Graça-Baixa é mais longa que Graça-Anjos, mas eles lá sabem...
Há coisa de uns seis meses, fecharam a Telepizza Portas do Sol. Adivinhem quem cobre agora a Graça... Telepizza António Pedro.
Ainda ando com vontade de telefonar para a António Pedro, pedir para falar com a funcionária que me deu tampa para a Baixa e gritar bem alto ao telefone: "AHHHHHHH! Eu tinha razão, eu tinha razão!!!! Podia estar deslocado no tempo, mas a Graça pertence à vossa zona!!!! AHHHH!"

A pizza é um prato que se come frio. Lol.

onda zen...

A minha santa avó desenvolve estranhas teorias acerca da sua relação para com o seu neto.
Estava eu ainda no Purgatório, em plena avenida com 40ºC e ela telefonou-me.
"Opaah... estranho!", pensei eu.
A frase que esta santa alminha me dirigiu, após ter arrotado com uma chamada em roaming, foi apenas: "És tu? Ontem faltou a luz... e o relógio ficou a zeros. Que horas são?"
Epa, de facto, posso ser eu o tipo que está enganado. Na minha perspectiva, se telefono a alguém que fez uma viagem (mesmo que pequena), e não se encontra ao pé de mim... bem, o mínimo que posso perguntar como início de conversa será qualquer coisa como "estás bem?".
"São três e meia, 'vó..."
De qualquer forma, ainda fiz o meu último remate, no raiar dos 90 minutos, para ver o que lá vinha...
"E então, está tudo bem contigo?"
"Ahhhh, tenho dooooooores... vou morrer..."
Ok, o habitual... de qualquer forma não me perguntou como eu estava, o que foi um gesto simpático. É sempre bom saber, que para todos os efeitos, posso morrer do lado de lá da fronteira que a única coisa que lhe poderá importar quando a polícia for bater à porta é mesmo só as horas.
Esta conversa surreal, deu azo para que mais tarde o meu colega me perguntasse por que motivo odeio eu tanto a minha avó.
Expliquei que não odiava, pelo contrário... se a odiasse enfiava-a num lar e resolvia o assunto. Daqueles lares que fazem passeios onde há sempre um velhote que morre... podia ser por aí.
Tivémos conversa para uns 40, 45 minutos, eventualmente.
Falou-se da minha avó, da minha Mãe e, logicamente, do merdas do meu pai.
Depois de o deixar bem deprimido, o tipo disse-me para eu esquecer a minha avó... e começámos a cantar o Elevation, deixando espaço para comentários relativos aos U2 e aos mamilos da Angelina Jolie no Tomb Raider.
A piada disto centra-se no facto do meu colega achar que a minha maior preocupação é mesmo a 'Coisa'...
Adiante.
Não durmo. Quando durmo, acordo mais cansado do que o que estava antes de adormecer. Ando estoirado.
Estupidamente, depois de dois dias fora de casa, achei que seria interessante ter o dia de hoje de férias.
Bronco! Foi um excelente pretexto para a 'Coisa' me fazer a vida num Inferno.
Bem, do mal o menos, ainda deu para passar no Vasco da Gama e renovar o meu stock de roupa interior.
Beeeemmm... adoro os boxers da C&A. Não são tão macios como os de renda e cetim que uso às quartas à noite no meu show gay... de qualquer forma, só cubro os jardins suspensos com merdas da Levi's ou da C&A... os da Levi's começam a arranhar, ao fim de um tempo. Estes não.
Como explicava, ando estoirado. Então, hoje, decidi fazer algo que não fazia há uns anos... deitei-me a meio da tarde e tentei ronhar numa doce sesta.
É duro... ao fim de meia hora o fantasma vitoriano que me assombra começa a gritar "Monstro, Moooonstro, venha cá!".
Não que me chateie muito a cena do 'Monstro', simplesmente esta cabra tem o hábito de fazer estas merdas quando eu estou prestes a entrar no Universo do João Pestana. Invariavelmente, ou caio da cama abaixo, ou mando uma marretada com os cornos na merda do estúdio.
Fiz uma sopa de espinafres antes de ir para fora. Isto já a prevenir que ela não quisesse fazer de comer.
Hoje, veio chamar-me demónio e acusar-me de que a tinha feito passar fome. O frigorífico está bem mais vazio agora que há dois dias atrás... mas ela passou fome. E depois é a cena de que a sopa de espinafres tem couve... ya, é isso, os espinafres são couve.
Então, fez-me sair do Mundo da Sesta para lhe ir comprar uma Canja de Galinha instantânea...
Já nem sei para que me dou ao trabalho de comprar os legumes, descascar a abóbora, batatas, cebolas, triturar tudo e cozer a merda dos espinafres... Esta mula quer sopas instantâneas...!
O gajo do restaurante deve querer estar a dar comigo em doido.
"18 pessoas? De certeza que são 18 pessoas? É que é importante que sejam 18 pessoas...!"
Depois de ter confirmado (três vezes) que eram 18 pessoas, ia já a sair quando ele me chama...
"Ó amigo... por acaso amanhã alguém vai querer sardinhas assadas?"
"Epa... não sei... é possível..."
"Então faça-me um favor. Confirme-me isso e dê uma apitadela logo à noite para saber se meto as sardinhas na montra ou não..."
Pelo amor de Deus!!!!! É um almoço de aniversário... com 18 pessoas!!!! Não é um copo de água!!
Agora ando a mandar emails e sms's à malta para perguntar se estão a pensar em comer sardinhas...
A minha avó entende que a minha hierarquia de prioridades deveria colocá-la no topo. Ou, pelo menos, colocá-la acima do trabalho.
Eu não deveria procurar progredir numa carreira, mas sim ser o enfermeiro de serviço.
Pode parecer um bocado cruél... mas de facto, ela não parece compreender.
A minha ideia baseia-se em trabalhar e encher a poupança o mais que puder para poder casar e sustentar uma família. Para poder comprar aquela casinha de dois pisos fora da cidade (com o alpendre em madeira do Brasil nas traseiras) e ter os meus três filhos (que já agora, serão um casalinho de gémeos e mais uma miúda) a saltar em cima da barriguita do Pai, no jardim. Ela não parece perceber que não está exactamente incluída nestes planos.
Tipo... a ideia de casar e ter filhos é poder fazer alguém feliz. A felicidade não passa por ter um fantasma vitoriano a fazer a vida num Inferno à malta. Isso é karma meu.
Vim para a informática a pensar que podeia trabalhar a vida como trabalho um computador. Ainda não descobri como desligar e voltar a ligar.
Merda.

é 'pra rir ou 'pra chorar...?

Ainda ando a inteirar-me de todas as notícias...
No dia 25 deste mês, durante uma apresentação de um estudo da OCDE, José Sócrates terá dito que "O País está diferente e melhor...".

Um segundo para digerir isto...

Ok, posso começar:
Ahahahahahaahahahahahahahahahahaahah ahahahahahahaahhahahahahahahahahaa ahahaahahahahahahaha ahahaahahahah ahahahaahahahahahah!!!!!!!!!! (arf...) Ahahahahahahahahahahahahhaaa ahahaah ahahahahaha ahahahaah ahahahah aha ahahaaa aha aha aha aha a ahahahahahahah ahahahhaahahahhahahah ahaaha ahaaahahahahahahha aaahhahahahhahhahaa ahaahha ahahahahahha ahahahahha ahahahhaa aahhahahahahhaha ahahahahaha ahahahhaahahahahahahahaha aahahahh aha (arf... arf...) Ahaaahahahahahahh ahahaahha ahahaahah ahahahaha ahahhaahahha aahaahaha ahahahhahaahahahaha hahaa ahahaha ahahahah ahahahaha!!!!!!

brutal

26/06/2008

coisas sem piada...

Este é o primeiro post que faço após ter regressado de terras de Espanha. Contudo, esta brilhante história diz respeito ao primeiro dia de viagem... e como agendei alguns posts, este sairá meio deslocado no tempo.
De qualquer forma, penso que vale a pena a referência.
São 23 horas em Madrid. Eu e o meu colega acabámos de chegar após uma longa e dura viagem de carro Lisboa-Madrid.
Entramos no hotel... estando eu ao telefone com a 'Coisa', o rapaz faz questão de fazer o check-in.
A jovem da recepção, espanhola aporcalhada típica, olha para os dois e faz um sorriso.
Como o meu colega já não é novo, deduzi perspicazmente que se trataria de um sorriso de agrado aqui para com o Pato.
Ah, um pormenor importante... a ideia seria, para minimizar gastos, partilharmos um quarto... isto implicaria duas camas, ok?
Bem, subimos ao último piso e assim que o gajo abre a porta e acende as luzes, ouço um vago 'foda-se... que merda é esta...?' a ecoar no quarto.
Rapidamente percebi que o sorriso da recepcionista não se devia aos meus lindos olhos, mas sim a um pensamento do género "paneleiros de merda".
Pois é... deram-nos um quartinho de casal, um autêntico ninho de amor...
Bem, eu já estava na onda de 'completamente perdido de riso segurando os intestinos para não me borrar completamente'... lá voltámos à recepção e o meu 'colega de quarto' fez questão de dizer à jovem:
- Sabe... até podemos parecer um casal, mas queríamos mesmo era um quarto com duas camas.
Situação engraçada.
Eu, vermelho e não conseguindo parar de rir; a jovem, vermelha e completamente envergonhada com a cagada que tinha feito; o meu colega com o ar orgulhoso de vitória...
Agora o gajo foi lá abaixo e encontro-me sozinho no quarto à espera das pizzas. Aproveito para preparar este post que, já só será publicado quando voltar a Portugal, quinta-feira à noitinha.
Deito-me aqui a pensar... caramba... a malta deve mesmo ter um problema qualquer comigo. Terei um ar assim tão... tão... gay?
Última situação da noite. Agora mesmo a jovem telefonou aqui para o quarto a perguntar se queríamos duas toalhas ou se nos desenrascávamos com a única toalha de banho da zona.
"Nãooooo, claro que nãoooooo... ficamos aqui os dois bem enroladinhos..."
Esta merda não existe...

Cumprimentos patinos!

incoming

São 16 horas em Espanha. 15 horas em Portugal.
Estou neste momento a empacotar o meu servidor de estimação para retornar ao Fundo do Poço.
Que bom... é que nem sei o que é melhor.
Vou abandonar este agradável país, onde os unicórnios cor-de-rosa pastam nas margens floridas dos rios cristalinos, e onde todos acham que vivem no Céu (porque Deus só pode ser espanhol, não é????!!!!) para voltar à minha adorável vida de merda no mar do impossível.
Tenho tantas saudades da 'Coisa'... Estou ansioso para ouvir uma daquelas pérolas intemporais que só ela sabe dizer.
Foda-se.
Amanhã ao menos estou de férias... QUÊ??? DE FÉRIAS?? QUER DIZER QUE VOU ESTAR A SEXTA EM CASA??? FOOOOOOOOOOODA-SE!!!!!!!!!!!!

O momento especial da noite, bem a propósito do local onde me encontro:
- Mãe, Mãe - grita a filha soluçando - fui violada por um espanhol!!!
- Mas, filha... como sabes que era um espanhol?
- É que... ele no final obrigou-me a agradecer...

25/06/2008

outgoing

Quando os meus estimados leitores lerem estas linhas, já eu estarei para lá de meio caminho do meu destino de viagem.
Afinal, o agendamento da merda dos posts sempre serve para alguma coisa.
Devo estar algures a chegar a Madrid, também vulgarmente denominado por "raio que me parta".
Tendo em conta que eu e um colega do trabalho estamos a fazer a viagem de carro, vamos acreditar que a esta hora não estou a ser violentamente sodomizado na berma da estrada por um qualquer camionista chamado Armandão!
Felizmente trouxe o cremezinho de noz-moscada...
Adoro estas viagens de trabalho. Tanta merda para fazer na sede e vou fazer de ama-seca a um grupo de cromos que nem sequer falam inglês... e cujo português se assemelha bastante a uma espécie de dialecto indígena.
Ao menos desta vez não fico sozinho num quarto de hotel. Sempre dá para a malta falar um bocado. Da última vez não preguei olho.
A merda do quarto era assustadoramente sinistro e só me lembrava daquelas cenas da série Sobrenatural. Ainda consegui escrever uns emails para enviar no dia seguinte, mas depois de apagar a luz a insónia chegou (note-se que 'insónia' não era o nome da recepcionista do hotel).
É que em casa um gajo tem insónias, mas ao menos tem televisão semi-normal e internet... não foi o caso. Então abri o portátil e desatei a escrever em offline, enquanto os gnomos saltavam nas almofadas.
Assusta-me um bocado pensar que se nos espetamos na auto-estrada e caímos a um ribeiro, só deverão dar pela nossa falta daqui a uns dias (se derem...); e se desaparecermos, bem... eu não queria mesmo ir para a vala comum. Ainda para mais em Espanha.
Sou alérgico a essa terra... nem a terra me haveria de comer.
Iria acabar semi-decomposto, fossilizado nos meus próprios ácidos. Que merda.
Tipo, tirei dois dias de férias do Inferno e vim parar ao Purgatório.
Vou tentar controlar o meu humor de merda para não deprimir o meu colega. Senão gajo passa-se e ainda nos mata.
Arranjar umas piadas maradas para a viagem e evitar o meu riso-ronco. Isso deve bastar.
De resto, basta-me inventar umas graças à pressão metendo espanholas e javardice para que isto funcione.
Amanhã, por esta hora, estarei a sair do Purgatório, regressando ao Inferno. Deve ser uma viagem bem mais fácil, pois já o poeta afirmava ser fácil descer aos infernos.
De Espanha até ao Fundo do Poço é sempre a descer. É fácil seguir o caminho.

sucata e usados

Há um tipo (se calhar até são mais...) que tem o hábito de prender uns papéis nos limpa pára-brisas dos carros a dizer "Compro Sucata e Usados".
Devo dizer que me fode um nadinha de nada o juízo... sou capaz de aguentar as papeladas das imobiliárias, tenho alguma resistência psicológica aos anúncios da pizza, e até suporto ter o folheto da Igreja Evangélica preso na porta do carro. Agora... num carro com um ano e meio, ter uma merda a dizer "Compro Sucata...". Pode não ser o melhor carro do mundo (aliás... já deu para se perceber) mas é o meu carrinho! Vai chamar sucata ao que tens pendurado abaixo do umbigo!
Fernando Pessoa elogiava o rio que passava na sua aldeia, porque era o rio da sua aldeia e, consequentemente, era o melhor rio do mundo... uma merda assim.
Eu não vou tão longe, mas é o meu popó.
De repente lembrei-me daquilo que me faltava. Ir meter os cobertores na lavandaria. Hum... acho que vão passar mais uns dois dias na bagageira do carro. Mas isto também é coisa que nem ao Menino Jesus interessa.
Devem lembrar-se da Teoria da Condição Automóvel... pois... o meu carrinho, pode não ser um Ferrari, mas para mim é como se fosse! Com a vantagem de ter uma bagageira bem maior, onde cabem quatro cobertores.
Meu Deus... estou a falar de carros e cobertores... talvez seja melhor remeter-me ao silêncio.

malta complicada...

24/06/2008

concursos

Hoje recebi um email a confirmar a participação deste blog no Super Blog Awards...
Fiquei surpreendido. Então e aquelas restrições a linguagem obscena e conteúdos manhosos...?
Tenho a certeza que não devem ter visto aquelas imagens que tenho no primeiro mês do blog.
LOL
De qualquer forma, e pelo que percebi... agora é só a malta começar a carregar no logotipo que está algures no lado direito do ecrã para eu ir acumulando votos.
Li as coisas na diagonal, mas creio que o prémio era um vale qualquer duma loja de electrodomésticos. Já sabem... se eu ganhar, há torradeiras para todos.

unix

A vida sem Unix, nem sequer seria vida.
Só a emoção de configurar a merda de uma firewall que teima em não abrir os portos 80 e 110, é uma experiência aterradora. E o que dizer da eliminação proactiva de ficheiros que lixam a indexação de um sistema de emails...
Há coisas bem piores, com os problemas existênciais do Unix podemos nós bem.
Aqui entre o meu confidente e sempre presente blog e eu, devo dizer que a capacidade de distorcer o que fazemos, é sempre algo que me assombra.
A teoria dos 'se' é algo que adoro.
Se eu não fizesse isto, teria feito aquilo.
Se eu não me armasse em idiota, evitava problemas.
Se eu fizesse as coisas bem feitas, não precisaria de corrigir erros técnicos.
Epa, vamos a ver... que erros técnicos? Tanto quanto percebi, não havia nenhum problema... falhei na atribuição de permissões a uma pasta... e??? Mas como não sabem o que dizem, é fácil dizerem-no por alto.
Também não interessa. Depois da célebre referência ao facto de eu me encontrar abaixo de um cão, já estou por tudo. O importante é gostar do que se faz.
Ah, e controlar os instintos homicidas... é sempre bom.
Se me perguntassem há uns anos, onde me veria agora, muito possivelmente acertaria. Afinal, consegui...
De uma forma ou de outra, chegou-se lá... agora é só limar arestas.
Dei-me conta que não ando a prestar tanta atenção a alguns amigos como deveria. Às vezes até mesmo um pato se perde... entre trabalho e... trabalho, esquecemos que o pessoal está ali. Partimos do princípio que basta que nos lembremos deles para que tudo esteja bem... ok, os amigos, apesar de serem amigos, têm sentimentos... e se não somos nós a acompanhá-los enquanto estão aqui, quem o fará? Vou começar a corrigir isso; efectivamente, se há uma rotina diária de casa e trabalho, porque não podemos criar uma rotina, vá lá, semanal, para um café ou imperial...? De repente começa a fazer-me sentido.
Há tanta coisa que começa a fazer sentido...
Não percebo qual o fundamento da ideia mais recente que circula por aí... "ah, porque o Pato Marques não tem vida social...".
Epa, o Pato Marques tem a vida social que pode, neste momento. Trata-se de um ecossistema onde gerimos a vida. Desiludimos muita gente, somos desiludidos por outros tantos e, no saldo final, temos um círculo onde nos encontramos. Agora, só há que manter esse círculo. Mas os círculos não são exactamente estruturas democráticas... pelo que por vezes damos mais atenção a algumas pessoas desses círculos que a outras. Não é uma questão de serem mais ou menos importantes... é mais uma questão de onde pretendemos chegar com elas. Os que pensam que estão mais distantes, que têm menos atenção, encontram-se nessa situação porque estão fundeados no cais. Tipo... a malta nunca os esquece... mesmo quando nos recusamos a uma imperial, porque estamos mesmo a trabalhar em casa a altas horas da noite. Outros elementos há, que têm uma importância diferente. Não é que estejam num patamar hierárquico superior ao dos outros mas, de certa forma, estão... Complicado de explicar a esta hora da manhã... amanhã, talvez... Mas que por esse motivo têm uma atenção diferente da nossa parte.
Tenho andado a pensar num novo sistema de fraldas descartáveis... hoje cheguei à conclusão que o ideal é meter o rabo dos putos em cones de lista telefónica, como as castanhas assadas. Fácil de trocar, fácil de limpar... parece-me ser uma boa ideia. Talvez possa colocar em prática quando for Pai.
Detalhe final da noite.
Era interessante arranjar um portátil que não vaporizasse o ar quente do processador para os jardins suspensos, sempre que o tenho ao colo... sinceramente, é chato.

23/06/2008

votação

Sei que vão ignorar isto e não vou obter respostas mas, a respeito de uma pequena troca de argumentos, peço que colaborem...

Se tivessem de escolher, optavam por qual das duas?
Rita Redshoes ou Soraia Chaves?

Pessoalmente prefiro a primeira, mas aguardo comentários.

última hora, última hora

E finalmente uma boa notícia...
Sou um Pato-Tio!!!!
Wiiiiiii!

:P :D:D:D:D

22/06/2008

shuffle all

Ligo o leitor de mp3 para ouvir uma música.
Vamos considerar que tenho cerca de 300 músicas. Como tenho o hábito de manter a mesma lista de mp3 durante meses a fio, acabo por decorar a ordenação normal das músicas. Assim, ainda estou a acabar de ouvir uma e já sei qual vem de seguida.
Isto torna-se arrepiante, a sério. Com o tempo começo a sentir que sou um perfeito atrasado.
Então... ligo o "shuffle all".
O Shuffle All tem a particularidade de pegar em toda a lista e baralhá-la... desta forma, a música que toca a seguir é sempre uma surpresa.
Estupidamente, e ignoro qual seja o algoritmo utilizado para desenhar o Shuffle All, é possível ouvir a mesma música várias vezes no espaço de uma hora.
"Ah e tal... coincidência..."
Ok... uma vez, sim... e já estou a ignorar a reduzida probabilidade de isso acontecer. Mas quando acontece todos os dias, começa-se a pensar que o leitor de mp3 está possuído e quer comunicar connosco.
Vamos a ver... não tenho nada contra Savage Garden; de facto, se tivesse, não o teria colocado no leitor.
Mas quando a mesma música dos gajos toca em "modo aleatório" a cada 15 minutos... bem, algo de estranho se passa.
Já me passou pela cabeça apagar a música de lá, mas depois nunca mais a irei ouvir, o que é chato.
Portanto, podemos considerar que o Shuffle All não é mais que um componente teórico que, a par do medidor de consumo instantâneo do carro, serve apenas para dar comigo em doido.
Epaaaaa! Eu não tenho culpa de morar numa descida. Todos os dias acabo por estacionar na rua e, todas as manhãs acabo por ter de iniciar a marcha na subida. Passo-me com a porcaria do consumo instantâneo... dá a impressão que está ali só para se rir um bocado de mim.
O pior é que não consigo tirar aquilo do computador de bordo.
É isso e o "alcance". O seu depósito aguenta mais "100 km"; afinal são "130 km"... não, afinal são "75 km"... olha, afinal, a luz de reserva acendeu...
A ideia que me dá é que também o "alcance" no computador de bordo do carro deva estar em modo "Shuffle All".
Aliás... mas haverá alguma coisa que não esteja em modo Shuffle All????
Caramba! Azul, Verde, Vermelho, não... Preto, sim, não, não... sim, liga, desliga, liga, desliga, liga... ok, mantém ligado... ahhh, não, desliga, desliga.
Também não percebi muito bem qual é a ideia do meu computador no trabalho. O problema é que todos os dias às 18 horas envia-me uma mensagem de erro.
Já limpei o computador todo... não tem vírus, não tem spyware, não tem nada de manhoso lá instalado, o Registry está como novo... mas o erro permanece. Já pensei que fosse a máquina a mandar-me para casa. Talvez esteja a querer comunicar comigo. Mas continua a ser altamente manhoso.
O grave da situação é que dou por mim todos os dias sem excepção, a parar às 17:59 e a aguardar 60 segundos interminavelmente longos, só para ver se a mensagem continua a aparecer às 18:00.
Ela aparece sempre... essa sim, poderia trabalhar em Shuffle All e aparecer sempre a horas diferentes. Ao menos aumentava a emoção.
De facto era como nas aventuras do Flash Gordon em que faziam Shuffle All a um monstro qualquer que se escondia dentro de uma rocha... e o tipo ia metendo as mãos nos buracos da rocha em que pensava que o monstro não estava.
Hoje percebo que a minha conversa se mantém inconsistentemente incoerente.
Começo em mp3 e acabo no Flash Gordon.
Amanhã parece que começa outro dia (ena...) e se o paralelismo universal não implodir esta noite, cá estaremos amanhã a fazer o mesmo de sempre.

Vou fazer Shuffle All às despedidas...
pri!ino atmsCnPtemous

coisas curiosas

O que acaba por ser curioso é o facto do patriotismo parecer ser uma ténue linha, ali perto da fronteira do ser ou não eliminado do Europeu.
Tiraram-se as bandeiras das janelas, arrumaram-se os cachecóis e camisolas nos armários, já ninguém fala de futebol nem de Selecções.
Não estou a tentar ser irritante, porque o Europeu até estava a ser engraçado. O que chateia um bocado é esta mentalidade: "Sim, gostamos da Selecção e somos Tugas enquanto ganhamos... depois da malta perder, adeusinho, que já não servem para nada!"
Agora é mesmo só para falar mal.
Estive há bocado a ver atentamente o telejornal. Tipo, só faltou o jornalista cair em cima dos holandeses a gritar "AHH AH AH AH AH!!! Perderam!!! AH AH AH!. E com a Rússia!!! AHAHAHA!"
Epa, que tipo de jornalismo é este...?
O assustador é que expressa a motivação e mentalidade de um povo. A malta não é capaz de ver isto como um espectáculo saudável... não, é preciso andarmos a comer-nos uns aos outros e a rir da desgraça alheia.
Enquanto isso, o patriotismo de janela voltou a arrumar-se no armário.
Acho isto altamente idiota.
Enquanto tudo corre bem, somos os maiores; quando as coisas dão para o torto, mete-se num saco e deita-se ao mar.

the beginning song

Outra de Rita Redshoes.
Cheira-me que a jovem é capaz de ir longe.

concursos de blogs...?

Acabei agora mesmo de inscrever este blog numa espécie de competição de blogs...
Eu não sei, mas depois de ler atentamente o regulamento, com tanta asneira que escrevo por aqui, cheira-me mesmo que nem sequer passo a fase de selecção dos blogs, lol.
Hummm... nãaa...!
Em breve o logo do concurso vai voar para fora deste pequeno universo paralelo online.

21/06/2008

barba e cabelo

De manhã regressei ao barbeiro.
O cabelo comprido num gajo que já tem algum ar de alucinado é meio caminho para estar na prisão.
Já devo ter referido algures neste canto nojento online, que o meu barbeiro, é uma 'barbeira'.
Tipo... a mulher não se cala.
Quando um gajo pensa que vai poder fechar os olhos e manter-se no seu pequenino mundo, isolado de tudo o que o rodeia... ela faz uma pergunta.
EU SÓ QUERO CORTAR O CABELO!!!!!!! DEIXA-ME SOSSEGADO COM AS MINHAS CENAS!!!!!
NÃO ME FALEM DO SPORTING OU DA SELECÇÃO! QUERO 10 MINUTOS SEM POLÍTICA E SEM NOTÍCIAS DE PORTUGAL E DO MUNDO! QUERO APENAS UMA TESOURA DE CORTE E UM PENTE 2!!!!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!
Pego na tesoura de corte e enfio-lha na traqueia. Ela, como boa profissional, esvai-se em sangue mas termina o trabalho antes de cair no chão, torcendo-se em convulsões no monte de cabelos.
Entretanto, regresso do meu universo paralelo e vejo que ela continua a falar; eu mantenho o sorriso amarelo de um diz que é uma espécie de conversa. Honestamente, não faço cú de ideia do que ela esteve a comentar durante os 20 minutos do corte... fui dizendo que sim, evitando abanar a cabeça, e rezando para que o raio da mulher terminasse de recolher a lã.
Agora só daqui a um mês... (felizmente)

coisas positivas

O que vale é que nesta casa, cada dia é um dia, cada noite é uma noite.
Se eu tenho uma rotina de pensamentos e memórias, já a 'Coisa' vai variando...
Hoje, sou um "Atrasado Mental".
Um atrasado que ainda não lhe deu nos cornos de lhe aviar com umas marretadas no focinho e de abandoná-la... mas não deixo de ser um atrasado.
De certa forma, até tem alguma razão. Sou obrigado a concordar.

cruzamentos

Não sei se os meus estimados leitores já se depararam com este tipo de situação.
Tipo... estão a ver aqueles cruzamentos em que os semáforos estão avariados, não existe sinalização vertical, os peões andam loucos a atravessar e, para animar ainda mais... estamos em hora de ponta. Apanharam a ideia? Fixe!
Basicamente é aquele caso típico que ensinavam na escolinha de código, em que não existindo sinalização, e havendo quatro carros nas quatro entradas, como cada gajo tem sempre um outro gajo à sua direita, qual deles vai avançar em primeiro...?
É uma crueldade porque o gajo que avançar em primeiro vai deixar o gajo imediatamente à sua esquerda com o sentimento de que é um frouxo... foi o primeiro a ceder.
Acontece que quando o primeiro decide avançar, todos os outros não se querem deixar ficar para trás e avançam também.
Ora, no sentido ético das coisas, o primeiro gajo que avançou (porque o tipo imediatamente à sua esquerda, fraquejou) vai pensar: "Ora bolas... agora seria simpático deixar o gajo à minha direita avançar também"; no sentido de rotação natural das coisas, e sentindo todos o mesmo, acabamos por ter a mesma situação, mas desta feita, mais próximo do centro do cruzamento.
E, entretanto, com a travagem semi-brusca do primeiro gajo a avançar, já dois ou três se espetaram na traseira. Como agora a malta está parada no meio do cruzamento... foda-se... já nada mexe.
Já toparam a reacção da malta que está parada no semáforo e começa a ouvir uma ambulância ao longe...?
Os gajos da frente tomam a iniciativa.
O da esquerda, desvia-se para a esquerda; o da direita, encosta normalmente à direita; o da faixa central, avança a medo pelo cruzamento.
Decisões, decisões...
Toda a faixa da esquerda, à imagem do primeiro, começa a encostar à esquerda; toda a faixa da direita, encosta à direita; a malta do meio, começa a dispersar pelo meio do cruzamento, onde encontram a malta que seguia normalmente o seu percurso.
O irónico no meio disto tudo é que muitas das vezes, já a ambulância seguiu o seu caminho por uma outra rua que se encontrava antes do cruzamento.
Sendo um pato informático, tenho de me considerar uma espécie de padre. Bem, também não abusemos... na minha profissão não há freiras noviças. Talvez um médico... e ignoremos todo e qualquer tipo de trocadilho com enfermeiras.
Um gajo é obrigado a saber muita coisa acerca de muita gente. De tal forma, que ganha uma casca de paciência, prudência e silêncio que nos segue para todo o lado. O ideal é não ter opinião acerca de ninguém. Bom, bom, era nem sequer saber nomes! Cada pessoa seria um IP... e os dados recolhidos seriam atribuídos a um número de série, associado a esse IP.
Era mais fácil.
Os meus ideais éticos e a coerência que acho que devo anexar à minha profissão, fazem-me estar calado. Aliás, é melhor dizer merda que dizer o que não devo.
Por outro lado, obriga a manter um stock algo elevado de gotas (que já estão em falta há um bom tempo) para controlar os nervos. Tratamento psiquiátrico precisa-se.
Às vezes tenho medo de falar durante o sono. Não que ultimamente haja quem ouça... só se for mesmo o Snoopy. Mas dormindo com a janela aberta, e os vizinhos logo ali ao lado... hum... assusta um bocado.
Como informático, a malta espera algo de mim.
É frequente fazerem-me pedidos. Uns mais habituais... outros nem tanto.
Às vezes penso com o meu cérebro pequenino... até tem alguma piada ser requisitado para fazer determinadas cenas; quer dizer que o pessoal acredita nas minhas capacidades. Por outro lado, preocupa-me que partam do princípio que sou efectivamente capaz de fazer essas coisas. Não que não seja, mas o óbvio do sujeito do pedido é assustador.
Eventualmente, neste ponto, nem sequer eu faço a porra de ideia do que estou aqui a escrever. Estou a flipar, simplesmente. O que é agradável.
Quanto aos cruzamentos... de facto, não estou a ver porque comecei a falar nisso. Mas suponho que tenha um mínimo de razão no que referi.
Praia. Ultimamente não me sai da cabeça levar a 'Coisa' à praia. Um daqueles colchões insufláveis, com ela lá deitada em cima... e largado ao sabor das ondas.
Isto do largar, leva-me ao ponto fulcral do problema. Um gajo já tem um pacotinho de bolos no trabalho, para poder sair de casa a correr sem pequeno-almoço. Assim que chega e pega num bolinho, começa o telefone a tocar...
Conclusão: hoje caguei a mesa toda.
Há coisas bem piores ao longo do dia, mas não gosto mesmo nada de andar a lamber o tampo da mesa, o telefone e os teclados para retirar o açúcar em excesso e as migalhas...
E entretanto, já é dia 21. A minha Mãe faria hoje anos. Porreiro. Os meus parabéns.
Até é para admirar como o palhaço do meu progenitor ainda não disse nada. Só se deve lembrar de algumas datas.

Assim, janela e, bem alto... foda-se!

20/06/2008

bubbly

espírito técnico

As expressões mais utilizadas:

FUBAR is an acronym that commonly means "Fucked Up Beyond All Repair" (used to describe the state of some equipment) or "Fucked Up Beyond All Recognition" (used to describe a situation or scenario), which now exists in many variations.

SNAFU is an acronym meaning roughly, "things are in a mess — as usual". The most commonly accepted rendering is "Situation Normal: All Fucked Up". In computer jargon, it sometimes is intended to mean "Systems Neatly All Fucked Up".

Então... é isso que querem dizer essas siglas, junto ao número de série dos servidores...
Hummmmm, logo vi que estava enterrado até ao pescoço.
Vou arranjar um ferro com as letras FUBAR, meto-o em brasa e marco o meu pernil. Se não infectar... é capaz de ser algo com piada.

star wars

Este é já um vídeo mais que batido no YouTube.
De qualquer forma, pergunto-me se serei a único a torcer para que o gajo mande um tralho brutal...
E ainda há quem ache que eu tenho problemas mentais.

19/06/2008

futuro

Há uma dada sensação de impotência que rompe barreiras e ecoa no horizonte.Aquele suave 'foooda-se', dito de forma quase imperceptível e que é ouvido apenas por nós.Apesar de ter muita pena, isto não respeita ao rabanete que Portugal acabou de levar da Alemanha.
Cada vez mais me convenço de que estou velho.
Bom, tecnicamente, estou 24 horas mais velho que há 24 horas atrás (and counting...).
Hoje lia uma notícia a respeito de dois jovens de 16 e 17 anos que mataram uma jovem de 36 com cem facadas... só para começar, a notícia peca por um erro brutal. Ninguém mata uma pessoa com cem facadas. Muito possivelmente à quarta ou quinta já estaria morta... as restantes foi apenas um qualquer tipo de diversão sádica. Não satisfeitos com isso, ainda procuraram o filho da senhora e esmagaram-lhe o crânio com um televisor.Epa, no meu tempo (e ouso dizer... "no meu tempo"), o pessoal de 16 anos juntava-se era para ir jogar Pacman e Tetris no salão de jogos mais próximo; as dúvidas rondavam o gastar ou não mais uma moeda para bater mais um recorde de zona; o mais semelhante que tínhamos a uma arma seria o joystick da máquina. Esta malta hoje em dia, com merdas que eu não tinha no meu tempo (vejamos... Wii, PS3, PSP, mp3, computadores bem mais potentes...) divertem-se a espancar o pessoal!
"Ah, o que vamos fazer hoje?"
"Que tal matar um puto atirando-lhe com um televisor aos cornos?"
"Yaaah, fixe...!"
Estes gajos não podem ser normais.
À conta deste pessoal, temos a vidinha toda fodida.
Apercebo-me que estou naquela fase em que se começa a questionar o porquê do futuro.
Cada vez mais acho um piadão aos putos e, mais tarde ou mais cedo, acabarei por ter também filhos.
Vamos supor a situação limite... normalmente, as mulheres para terem alguma segurança no parto, terão de ter a criança até aos seus 30 e poucos (digo eu, posso estar a dizer uma grande asneira... sou informático e não ginecologista). Assim, considerando o período recomendável, tenho qualquer coisa como 6 anos para tratar do assunto.Seis anos parece um período sustentável para se conseguir a subida na carreira, a consequente subida orçamental necessária para casa, casamento e filhos, etc, etc...
A questão fundamental prende-se com o que estes putos de hoje andam a fazer. Cem facadas??? Um televisor???
Tipo... quando eu tiver 30, terão aqueles gajos 23 anos. Considerando que com essa idade já ia eu no meu terceiro emprego (fora trabalhos de férias), é uma idade na qual já terão alguma experiência técnica para conseguirem projectar... não sei... um holocausto nuclear, por exemplo!Agora pergunto-me também: quer dizer... planto a árvore, escrevo o livro (ou o blog) e depois não posso ter filhos porque faço parte das vítimas do projecto de um louco que passava pela aniquilação total da espécie???????
Na volta o melhor é enviar algumas das minhas células para outro planeta, enfiadas estrategicamente num recanto de um Arianne ou Space Shuttle. Sempro posso ter a esperança que encontrem o seu lugar nalgum canto do Universo e que possa assim dar continuidade ao meu nome.
Será pedir muito que estes putos se mantenham sossegados a jogar PS3 ou coisa que os valha, e deixem o pessoal residente levar uma vida normal?
Da minha parte, agradecia.

Nota: passará a solução por uma boa tareia naquele lombo quando ainda são pequenos e quiserem começar a sair dos eixos? Na minha geração parece ter resultado... mas é apenas uma opinião.

Cumprimentos patinos!

merda

Aqui temos um bom exemplo da capacidade patina para fazer merda...



18/06/2008

revolta

Há uns bons meses, passei-me.
Fartei-me das cartas dos astrólogos, dos panfletos do Prof. Karamba, da publicidade das pizzas, do supermercado e do bairro; fartei-me dos anúncios da oficina da esquina, do canalizador e até mesmo das revistas grátis...
Tomei a decisão de não tirar mais a publicidade da caixa do correio.
Desde essa altura que me limito a retirar as cartas importantes e a deixar por lá tudo o que é publicidade.
Acontece que já passou um ano.
Tenho a caixa de correio a rebentar; já é difícil fechar a porta e ainda mais difícil é retirar as cartas sem ser inundado com um mar de 12 meses de publicidade.
É uma cena irritante. Tenho todas as faces interiores da caixa forradas a papel de publicidade... que merda!
No fim-de-semana vou transformar a caixa de correio num assador para sardinhas...

bolas anti-stress

As bolas anti-stress são fixes.
Um gajo aperta, vai apertando, aperta novamente... bom, a ideia base é mesmo apertar.
Supõe-se que apertar seja relaxante logo, as bolas de aperto são bolas anti-stress...

Gostava de deixar aqui um aviso para todas as crianças cujos pais ainda não lhes explicaram para que servem as bolas anti-stress.

Tipo... as bolas anti-stress servem para apertar com as mãos. Não vale apertar com os maxilares.
Não é suposto morder violentamente as bolas anti-stress e arrancar-lhes pedaços.
A malta aperta as bolas anti-stress para não ter de morder.
Estamos esclarecidos?
Porreiro...

(Pato Afonso... não resisti...)

o tempo

Belo tema para esta hora da noite.
É algo extenso mas anda-me atravessado na traqueia desde a hora do almoço.
É que o próprio post é paradoxal, visto que são 00:11 da manhã e enquanto escrevo penso no tempo que vou demorar a concluir o universo de disparates que sairão projectados da minha imunda pessoa durante este bocado.
Bem, falava-se então ao almoço - fruto, decerto, das imperiais ou do óleo de alho que embebia a carne... - da problemática do tempo.
A definição de tempo é só por si complexa, visto que não se consegue utilizar um conceito universal e standard para a sua execução. Por exemplo, se o tempo que demora a passar um minuto depende de que lado da porta da casa de banho nos encontramos, isto só sugere que a relatividade temporal é, obviamente, relativa.
Mas a questão é ainda mais assustadora se pensarmos em tempo como 'momento'.
É que definindo o tempo desta forma, separamos esta merda em passado, presente e futuro.
Acontece que enquanto defino 'presente', ao acabar de escrever a palavra, já o meu tempo 'presente' foi projectado para o 'passado'; ou, se preferirmos, encontro-me já no futuro.
Isto é uma grande merda porque, na prática, o presente não é algo que se consiga definir. Por muito pequena que seja a unidade escolhida, sempre que tentamos definir 'presente', já esse é 'passado'.
Ok... é então lógico pensar que o 'presente' não é mais que uma indefinição que ocorre no momento imediatamente a seguir ao passado, antes do acontecimento futuro.
Isto resolve a maior parte das dúvidas existenciais, visto que consideramos desta forma que o 'presente' não passa de uma anomalia programática no universo da nossa existência.
Mas vamos supor agora (os meus professores de física vão odiar-me...) que conseguimos viajar à velocidade da Luz. Se conseguirmos viajar à velocidade da Luz no sentido contrário ao movimento de rotação da Terra, na prática, estamos a viajar para o passado.
Paradoxal é ainda o facto de que se nos acontecer alguma coisa no passado com o sujeito presente, a vida futura ficaria condicionada pela acção do presente que, existiria no passado (eu cheira-me... que tenho de começar a cortar na imperial e sangrias ao almoço...).
Na lógica de um dos interessados no assunto, se tivermos dois comboios a viajar em sentidos opostos, à mesma velocidade, e começarmos a correr no sentido inverso ao do movimento dentro de um deles, conseguindo aproximar-nos da velocidade da Luz, se conseguirmos laçar um gancho ao comboio do lado, viajaríamos para o passado (ou, na minha humilde opinião, às Urgências mais próximas).
Há também por aí um gajo que anda a montar uma máquina para viajar no tempo (a sério, não é piada); só que segundo a sua teoria, ele não faz porra de ideia de como a sua teoria funciona. A ideia dele é ligar a máquina e, quando isso acontecer, o seu 'Eu' no futuro enviar-lhe-á a informação necessária para que ele, no presente, saiba como chegar ao passado.
Giro... na volta o gajo liga aquela merda e todo o Universo é sugado para um poço de anti-matéria... Opção deveras interessante, porque me leva a perguntar por que raio ando eu a escrever para aqui merdas que irão ser aniquiladas juntamente comigo.
Temos ainda um outro tipo que faz uma demonstração da possibilidade da viagem no tempo com uma pizza. Na realidade, faz algum sentido, porque me cheira mesmo que não passamos de uma azeitona numa pizza, pronta a ser trincada por um qualquer ser num Universo paralelo ao nosso.
Mas o que me preocupa, é que se o tempo tem uma intemporalidade relativa, então como posso eu assumir que estou atrasado? Ou adiantado? O que gera o tempo, afnal?
Outra... se em Espanha é mais uma hora que em Portugal, quando viajo de Madrid para Lisboa, estou efectivamente a viajar no tempo. Ou, pelo menos, a manter-me no mesmo espaço temporal do meu universo (como referi, a malta de física vai odiar-me...).
Um ano, um mês, uma semana... poderá uma destas unidades de tempo ter significados diferentes para várias pessoas? Claro que sim! Um ano pode ser para alguns uma eternidade; para outros, serão 12 meses a saltar em conta-relógio. Então, tendo a mesma unidade de tempo sentidos diferentes, validamos as teorias de merda todas porque o tempo não é coerente... não existindo uniformização, está tudo fodido.
Em que vamos acreditar???? No Tempo?????????
O Tempo não consegue gerar-se a ele mesmo... assim sendo, como podemos confiar nele?
Na prática, o tempo dá merda em formato teórico.

17/06/2008

00:41

'dassssseeeee... que Inferno!

procura-se

Entre outras coisas, procuro o camelo que entrou nos MEUS SISTEMAS, NOS SERVIDORES QUE PERTENCEM AO MEU DOMÍNIO, durante o feriado do 13 de Junho e andou a fazer merda nas bases de dados.
Procuro o FDP QUE FEZ A MELHOR EQUIPA DE TI DO MOMENTO FICAR ATÉ ÀS 20 A LIMPAR A MERDA QUE ELE DECIDIU FAZER!!!!!!!!!!!!!

Como eu gostava que fosses o mesmo sacana que me partiu o vidro do carro... Adorava esborrachar-te os cornos nas entradas de ar do servidor de email e queimar-te o focinho no tubo de escape.

palavra da noite

fedúncio

adj. e s.m.,
enfadonho;
aborrecido;
impertinente.

15/06/2008

o porco

A pedido de alguns dos meus estimados amigos, aqui publico a foto que tirei no restaurante.
Chamo-lhe... "A cabeça do porco"

14/06/2008

problemas de expressão

Começo a perceber que existem uma série de expressões que os outros utilizam recorrentemente comigo...
Todas elas são igualmente irritantes, dando apenas vontade de pegar numa marreta e rebentar brutalmente com a cabeça de alguém. De facto, é uma cena tão merdosa que deixo aqui os vários momentos para que deixem de me foder os cornos.

Momento 1: A primeira vez que alguém estabelece contacto comigo

Após um longo momento de silêncio, surge a pergunta da praxe.
- Essa coisa que tens nos braços... é alergia?
E logo de seguida, em 90% dos casos, surge a segunda questão (ainda mais fixe):
- Essa merda pega-se?
Ah, e nos momentos em que o observador está inspirado, ainda vem a cereja no topo do bolo:
- Nunca te sentes incomodado na praia ou quando estás ao pé de uma rapariga?

Respostas habituais:
- A sério??? Tenho??? Tipo... ainda não tinha reparado...
- Esta merda não é alergia...
- Esta merda chama-se psoríase e no meu caso está relacionada com factores de ordem nervosa.
- Sim, não tem cura (e se fossem levar na peida?)...
- Yah... há um tratamento na Turquia, numa fonte onde pequenos peixes nos sugam a pele... mas é temporário.
- NÃO, ESTA MERDA NÃO SE PEGA!!! PODEM APROXIMAR-SE SEM MEDO PARA VER O CABRÃO DO MACACO!!!! NÃO QUEREM METER-ME NUMA JAULA, JÁ AGORA????
- Incomodado???? EU???? Claro que não... é um problema de pele perfeitamente normal, e como sou um tipo tão apetecível, é coisa que nunca se me passa pela cabeça... EU? PROBLEMAS PSICOLÓGICOS COM ISTO??? Claro que não... Aliás, adoro quando me perguntam o que tenho... Faz-me sentir tão... diferente... É um espectáculo.

***

Momento 2: A primeira vez que alguém vê o meu carro

- Sim, pois claro... A Opel é sempre uma boa marca... É alemã, é robusta!
- Hummmm... é um carro a gasóleo? Andamos a ganhar bem, hein...?
- Já te disseram que o Corsa é um carro um bocado gay?
- Os materiais são um nadinha rijos.

Certo... boa, alemã, robusta... Tenho a certeza que no próximo mês vou outra vez à oficina. É que das duas uma: ou eles encontraram um problema que têm de corrigir, ou eu encontrei alguma merda que quero ver resolvida.
Sim, pois claro... andamos a ganhar bem... por isso comprei um utilitário... não gosto muito de sujar o BMW que costumo deixar fechado na garagem.
Claro que o Corsa é um carro gay, por isso comprei um!!! Ainda não tinham notado nada de estranho em mim...?
Yah... os materiais são rijos; lamento se ainda não estamos ao nível de interiores completamente forrados a pele! Vou tratar disso assim que receber o subsídio de férias... Enquanto isso, se preferirem podem largar a minha boleia e optar por um táxi!
Custa assim tanto partir do princípio que é um carro simpático e económico para andar num misto de estrada e cidade...?

***

Momento 3: A primeira vez que alguém vê a minha mesa

- Ahahahahaah, tão giro! Parece mesmo a mesa de um informático, ahahahahahaa! Tantos computadores e monitores... ihihhihih

Eventualmente... por se tratar da mesa de um informático, é capaz de ser normal.
Mas podemos sempre mandar 3 ou 4 máquinas às urtigas e ficar aqui a contemplar o infinito da Matrix.

***

Momento 4: Teorias familiares

- Bem... és um informático típico, e ainda por cima andas sempre de trombas! Deves ser o orgulho da tua mãe...
- Boas vidas! E ainda tens a mãezinha em casa para fazer o comer e tratar de tudo...
- Vê-se que és filho único. Deves ter todas as atenções lá em casa...
- O que é que a tua mãe acha disso?

E se enfiassem uma tala pelo cú acima, o que acham disso?

momento cultural

Sim, pois... e já que falamos nisso recomendo também esta pequena pérola cultural.

http://desciclo.pedia.ws/wiki/Foda-se

foda-se.info

Aí temos um site libertador...

http://www.foda-se.info/

drive my car

cenas maradas

Há muito tempo que não faço convites a ninguém no hi5.
Estupidamente, anda-me a aparecer malta a mais no perfil... "O zézinho aceitou o teu Friend Request", "A zézinha aceitou o teu Friend Request".
Foda-se... Que zézinho???? Que zézinha???? Que Friend Request???????
E se fossem para o raio que os parta???

feriados

Com tanto dia, os feriados têm de calhar sempre a uma sexta-feira...?
Um feriado a uma sexta-feira, é como se fosse um segundo sábado. Os sábados são invariavelmente um dia de merda logo, em vez de um, tem-se dois dias de merda.
Acorda-se logo com a sensação que é sábado. Pequeno-almoço, televisão... foda-se! Em vez dos habituais desenhos animados, do Clube Disney e dos Power Rangers, leva-se com uma dose de Cláudio Ramos e de outros tantos como ele.
Caramba, nem o BBC Vida Selvagem dá para ver...
O banho, esse... não parece ser o banho habitual de uma sexta-feira; é bastante mais lento e demorado, na onda de banho de sábado.
Subitamente, damos conta que é feriado. Foda-se!!!
Aos sábados de manhã ainda se vai ao Pingo Doce... mas o que fazer a uma sexta-feira de manhã??? Dava-me jeito renovar o BI... ah, ok, mas é feriado...; ir ao Banco, eventualmente... népia, é feriado; ok, limpar a casa... mas depois o que faço no domingo de manhã...?
Tento convencer-me que um programa matinal de televisão talvez não seja assim tão mau. Devo ser um exagerado... tentemos ver um pouco de Praça da Alegria, para ver se animamos... Meu Deus!!! Mas o que raio é isto???? Uma senhora de cabelo verde e um padre a dançar???? Não, não consigo ver. O meu pequenino cérebro não tem capacidade para estas cenas.
Rua.
Dar voltas intermináveis no bairro até chegar a hora de ir fazer o almoço.
Grande merda. Estão mais de 30ºC na rua, é insuportável.
Vou lavar o carro.
O fresco do Elefante Azul é capaz de dar outro ânimo.
Nop... agora tenho o carro lavado e estou eu coberto de merda. Ajeito-me no banco, procurando não sujar o interior e volto à base.
Está demasiado quente na rua. Está demasiado pesado em casa. Está tudo demasiado e deprimentemente fodido!
Fiél confidente: volto para o computador. Bloggando, jogando, ou fazendo experiências técnicas... isto dará para passar o dia.
Até há bem pouco tempo, os dias começavam a acelerar. Agora estão intermináveis.
Felizmente a sexta-feira acabou. O Sto. António não trouxe novidades e o cooler novo da placa gráfica tem-se aguentado bem.
Já é sábado (o segundo, tecnicamente). São só mais 24 horas e é domingo.
Foda-se.

mr. cellophane

Ben Vereen nos Marretas...


13/06/2008

daydream in blue




Daydream, I fell asleep amid the flowers, for a couple of hours, on a beautiful day.
Daydream, I dream of you amid the flowers, for a couple of hours, such a beautiful day.

I dream a dirty dream of ya baby
you're crawling on the bathroom floor,
you float around the room and you're naked,
then you're flying out the bedroom door,
I dream a dirty dream
I dream a dirty dream

Daydream, I fell asleep amid the flowers, for a couple of hours, on a beautiful day.
Daydream, I dream of you amid the flowers, for a couple of hours, such a beautiful day.

I dream a dirty dream of you baby
you're swingin from the chandalier
I'm climbing up the walls 'cos I want ya
but when I reach ya, you dissappear,
I dream a dirty dream
I dream a dirty dream

I daydream
I daydream
I daydream

Daydream, I fell asleep amid the flowers, for a couple of hours, on a beautiful day.
Daydream, I dream of you amid the flowers, for a couple of hours, such a beautiful day.

Daydream, I fell asleep amid the flowers, for a couple of hours, on a beautiful day.
Daydream, I dream of you amid the flowers, for a couple of hours, such a beautiful day.

passatempos

Sempre que vejo a porta de um prédio com um daqueles papéis que dizem "As campainhas não funcionam" divirto-me a tocar para todos os andares para ver se é mesmo verdade...

pato afonso

Só uma ressalva...
Para quem acha que tenho uma pancada valente nos cornos, deviam fazer uma visita ao profile do Pato Afonso e dar uma vista de olhos nos blogs que ele tem por lá.
É desta!
Adeus Mundo Livre, olá Guantánamo!

patos do mundo

Encontra-se já disponível na blogonet, o mais recente blog do Pato Afonso, do qual serei um sério contributor.
Patos do Mundo é a nova publicação patina de dois gajos sem vida.
Do que iremos falar...? Faço uma pequena ideia. De acordo com as nossas últimas conversas, será algo que fará de nós patos perseguidos; suponho que o Pato Afonso tenha perdido a vontade de viver e eu, como fiél amigo e companheiro patino de aventuras, junto-me a ele.
Como William Wallace's frustrados, gritaremos bem alto 'liberdaaaaaaade' enquanto nos removem as entranhas.
Em última análise... aguardarei visitas em Guantánamo.

Cumprimentos Patinos (e boas leituras)

ub40...

12/06/2008

invariedades

Secção I, cap. 3

O pessoal acha que é fácil, a vidinha.
Vou tentar ser o mais explícito possível.
É uma puta de vida e só dá mesmo vontade de arranjar forma de espalhar os miolos pelos quatro cantos do quarto.
Moro com uma cabra. Já toda a gente sabe.
Normalmente as cabras são animais simpáticos que fazem 'béeeee' e andam por aí a pastar. A minha tem apenas duas patas e acha-se o animal mais infeliz do mundo; sofre do desgosto universal de ter perdido a filha e, porque a ter de escolher, teria sido preferível morrer o neto, faz-lhe a vida num inferno.
Hoje temos novos desenvolvimentos na novela que a malta vai acompanhando.
A 'Coisa' meteu nos cornos que tem de esperar que eu chegue a casa para comer. Então, jejua o dia inteiro... como eu não tenho vida para vir almoçar a casa, arranjar o almoço e voltar para o trabalho.. que se lixe, ela que faça como entender.
O problema é o que este animal exige. Jantar com amigos implica a passagem por casa para arranjar jantar; viagens de trabalho exigem a preparação de no mínimo duas refeições para que se possa alimentar... de qualquer forma, o comer que arranjo é também sempre considerado uma merda e possível forma de envenenamento, pelo que vamos sempre ao mesmo.
Há algumas horas, esta avantesma, que mais se assemelha a um fantasma vitoriano, decidiu ir buscar um martelo que tenho guardado na dispensa. Não me perguntem como tem ela força para agarrar no martelo... deve ser a maldade. A promessa da 'Coisa' é rebentar-me o computador durante a noite ou quando estiver no trabalho.
E, de facto, é algo que não duvido, pois já me fez o mesmo com os CDs que tinha na secretária... tudo fodido e as caixas partidas.
Assim, ao terminar a publicação de hoje, ainda vou ter de tirar a merda do monitor daqui e colocá-lo em lugar seguro, não vá a cabeça dela dar o pifo; vou acreditar que a caixa dos componentes se aguenta e o portátil continuará a andar às minhas costas... e garanto que quase 6Kg na merda da mochila fodem os costados todos a um gajo.
Não sou um tipo violento e não é nesta altura do campeonato que tenho coragem de deixar a velha sozinha aqui em casa... aí sim, não durava uma semana; contudo, hoje estou a ficar com alguma vontade de lhe espetar com qualquer coisa no focinho.
Aliás, é vontade que tenho há já algum tempo. Se há coisa que me faz passar é quando ela ousa ofender as pessoas que maior importância têm para mim... é preciso contar até 50 e respirar várias vezes fundo para não lhe arrancar a dentadura à estalada sempre que ouço uma pérola a respeito.
Já não durmo um caralho e agora ainda tenho de fazer turnos a solo para vigiar o equipamento que tenho no quarto. Custa a ganhar, custa a comprar, custa ver destruído. Se decidir implementar estas ideias manhosas e destruir-me alguma coisa ainda acaba é a apodrecer num lar...

Secção IX, cap. 1

Voltei do trabalho um pouco mais cedo.
A ideia seria conseguir estacionar antes de acabar o jogo da Selecção.
Enganei-me. Ruas cortadas, carros parados em tudo quanto era sítio... acabei por ter de deixar o carro a quilómetros de casa.
Saio do carro, tiro o material da bagageira e, como habitualmente, coloco os headphones e ligo o leitor de mp3.
Um gajo só não quer ser chateado.
A vida é um poço de merda... custa muito deixarem um gajo ouvir o seu mp3???
Uma jovem a sair do prédio em frente decidiu meter conversa comigo.
Deve ter pensado: "Olha, um gajo de trombas a ouvir mp3... vou chateá-lo um bocado".
É que nunca a vi mais gorda!!!! Mas obrigou-me a ficar ali uns bons cinco minutos a discutir um jogo que nem sequer tinha visto.
"Foda-se... mas ela não se vai calar e deixar-me ir embora?"
Ironicamente, com quem quero falar, não posso... e estas idiotas abordam-me na rua para falar da Selecção.
De qualquer forma, tentei ser minimamente simpático e tentar mostrar-me interessado pelo assunto. É que ignorar os outros também os magoa... e não gosto particularmente de ferir as pessoas. E quando o faço, tento corrigi-lo... se me deixarem (o que ultimamente não tem acontecido).

Secção LV, cap. 12

Quando ando indisposto, tenho vontade de enfiar o mundo debaixo dos meus pés cabeludos e esmagá-lo.
Como tal não é possível, arranjo formas de foder a malta.
Hoje, e na minha capacidade inventiva de técnico de informática, arranjei mais uma merda que me vai fazer ser odiado por quase toda a empresa onde trabalho.
É a minha resolução de Ano Novo. Até o ano acabar, conseguir que toda a malta que me rodeia, me odeie mortalmente.

Vizinhos - ok
Pessoa Especial - ok
Colegas de Trabalho - ok
Família - ok
Amigos - pendente

Deu algum gozo, pois claro.
Com sorte, alguma das pessoas da lista arranja forma de conduzir um autocarro até ao fim do ano e 'limpar-me'...



(detalhes finais: o monitor está debaixo da cama e o rato óptico dentro da primeira gaveta da secretária... só para não me esquecer; agora vou desligar o portátil e deitar-me de barriga para cima e de olhos bem abertos - hoje, vou passar as primeiras horas de insónia a explorar o quadrante NE, sector 18'' do tecto do quarto)

Como não posso gritar em casa, no trabalho seria estranho e na rua internado... cá vai:
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!
FODA-SE!!!!!!!!!!!!!!

11/06/2008

a Fiona

O Shrek é um filme interessante.
Temos um ogre que acredita que os seres vivos são para ser tratados como cebolas porque, efectivamente, têm camadas que devem ser descascadas aos poucos; temos um burro chamado Burro, companheiro de aventuras do ogre e chato que nem cornos; temos uma princesa de seu nome Fiona que, tal como todas as princesas que se prezam, está presa num local inacessível e guardada por um dragão; ah, esquecia-me... temos ainda pelo meio um peixe chamado Dori que assume diversas vezes o papel do Burro, tirando o facto de ser chato como cornos. (É possível que ande para aqui a misturar histórias...)
A ideia a reter é a de que as princesas às vezes não percebem que não há princípes encantados. Toda a história da Bela Adormecida e do formoso princípe que a ia beijar, não passa de uma farsa.
Vou quebrar a magia dos contos de encantar e explicar de uma vez por todas como as coisas são.
Há efectivamente princesas. As princesas, como seria de esperar, encontram-se na sua posição inacessível, longe dos olhares do mundo e onde apenas alguns privilegiados cavaleiros acompanhados dos seus formosos corcéis conseguem chegar. Ok, teoricamente seriam Ogres acompanhados dos seus chatos Burros; na prática deve ser qualquer coisa como um informático num Opel... por aí...
Acontece que os ogres não são seres perfeitos. Todo o conceito em torno de Princípe Encantado é falso porque implica subjectivamente o conceito de perfeição, o qual não existe, pelo menos no que respeita ao ogre.
Então, os ogres, inatamente desajeitados e com atitudes ogrescas, vão tentando mostrar à sua Fiona que não é necessário serem Princípes porque possuem algo que muitos princípes não têm: um coração (mesmo sendo verde-ogre).
Ok, são verdes e viscosos... em casos extremos até podem cheirar mal... mas o facto é que fazem qualquer coisa para proteger/resgatar a sua princesa. Nem que isso implique entrarem sozinhos num castelo em ruínas no topo de um vulcão e habitado por um dragão gigantesco para a tirar de lá.
Algumas princesas insistem em manter-se em locais inacessíveis, obrigando a esforços redobrados da parte do ogre. Bom, mas os ogres tentam sempre ser optimistas... escalam o vulcão, "limpam" o dragão mas ainda se arriscam a ser ignorados. Mas se os ogres se preocupassem com isso, não seriam verdadeiros ogres. Porque é isso que diferencia a perfeição de um Princípe Encantado da estupidez de um Ogre... o príncipe resgata a princesa que acha que lhe vai dar resposta, porque se não a obtiver vem-se embora e a princesa continuará à espera do seu salvador; o ogre não desiste de cruzar vales pantanosos, expor-se a si e ao fiel companheiro Burro (ou Dori) aos mais atribulados perigos, apenas para ir em busca da incerteza da Princesa Perdida (leia-se, Fiona). O ogre tem a noção perfeita que pode chegar ao cimo da torre e acabar engolido pelo dragão ou, pior ainda, o seu coração pode ser desfeito pelo próprio sujeito, objecto de salvamento (a Fiona)... mas ainda assim, insiste em convencer a princesa que é ele a pessoa - perdão, o Ogre - certo para ela, aquele que a pode fazer feliz.
Assim, e algumas vezes, o conto até acaba bem e fecha-se o livro dizendo "viveram felizes para sempre".
Ao fechar destas linhas, manter-se-á a escalada dantesca do ogre, trepando ao cimo da torre mais alta daquele velho castelo no meio do vulcão, enquanto carrega o Burro às costas e o peixe Dori no aquário na mochila, apenas para chegar junto da Fiona.
E, uma vez mais, mantemos aqui um breve mas não finalizável, FIM.

Cumprimentos patinos (e ogrescos, eventualmente)

10/06/2008

lógica

Definição de Democracia para o (des)Governo:
Façam as greves e paralisações que quiserem! Nós é que mandamos e não arredamos pé!

Definição de Democracia para os Manifestantes:
Amigo, a paralisação é pacífica. Ou encostas o camião, ou levas nos cornos!

É o que digo sempre. O importante, é haver consistência e coerência nos vários discursos.

email

Recebi há momentos um novo email de SPAM.
Obviamente, voou directo para os remetentes bloqueados.
De qualquer forma, o cabeçalho do assunto era sugestivo:

"You look really stupid !"

o momento

A vida é como uma conta bancária.
A merda que nos acontece e que fazemos, são os débitos; o que nos acontece de bom, são créditos.
A ideia base é conseguirmos chegar ao fim da vidinha com saldo positivo...
Resumindo: está tudo fodido.

08/06/2008

cansado

Parte I

Estou cansado.
Cansado da rotina estúpida de viver a vida num loop contínuo como se de um qualquer erro de programação se tratasse.
Por vezes parece que a Matrix existe mesmo. Somos objectos programáveis que nos escondemos nas profundezas do imaginário e ignoramos o mundo real. De certa forma, bateria certo com a outra teoria que refere que sou uma anomalia, um loop isolado num qualquer segmento de uma função. Seria altamente irónico se fosse algo criado em C.
Estou cansado de acordar de manhã e pensar que o dia vai ser uma merda. E, de facto, é mesmo uma merda. Agora que falamos nisso, também é duro um tipo deitar-se para tentar dormir e aperceber-se que o dia foi efectivamente uma merda.
Nem toda a gente faz aquilo que gosta. Nem toda a gente tem casa, carro e consegue ter comida na mesa. Nesta perspectiva, compreendo que muita gente ache que sou um cretino por me queixar de uma vida que, tecnicamente, não é uma vida de merda.
Por outro lado, estou cansado da pseudo-família. Estou cansado de ter um pai que telefona ocasionalmente (e por ocasionalmente, leia-se mesmo 'ocasionalmente'). Olho à minha volta e vejo potenciais pais que poderiam bem ser os meus. É algo que sei que não posso ambicionar. Mas vejo que há filhos que têm a sorte de ter pais assim. E é algo do qual também não me posso queixar muito... afinal, sou também uma espécie de filho adoptado, não por um, mas por vários pais... e que me parecem os melhores do mundo. E é agradável a perspectiva de ter ganho uns quantos irmãos mais velhos e algumas irmãs também. Dá a sensação que sou um tipo desocupado. Por aí... estou cansado de ter o inferno dentro de casa. Sempre pensei que o Inferno se situava nas profundezas da terra... o meu está bem próximo do Céu, algures num terceiro andar.
O reconhecimento chateia-me. Os agradecimentos deixam-me embaraçado. Mas não custava nada um 'obrigado, está óptimo assim'... mas não, o agradecimento é sempre substituído por 'estou doente', 'vou morrer', 'não venhas tarde do trabalho porque quero jantar cedo', 'és um inútil', 'não preciso de ti para nada', 'quero maçãs cozidas', 'quero peixe cozido', 'andas a envenenar-me o comer'...
Sou o feliz proprietário de um buraco negro. Invariavelmente, dá problemas. Hoje vi pela primeira vez um cano de esgoto a jorrar merda. É mais uma para sair do pote. O resto fica para o Papão.
Invariavelmente, penso que estou fodido... mas não.
A Grande Gansa dizia-me quando era pequeno que se lhe acontecesse algo, ficaria a olhar por mim.
Não sei se é por ter achado que o Pato já era suficientemente crescido, ou se por efectivamente as cenas que ensinavam na catequese serem uma tanga... se está realmente a olhar, eu ainda não consegui senti-lo.
Para a 'Coisa', o tempo mede-se nos meses após a doença; para mim, o tempo mede-se nos 22 anos anteriores.
Apesar de tudo, a 'Coisa' tem alguém que lhe resolva os problemas, alguém que vai tratando da casa como pode, alguém que lhe arranja o jantar... eu só pedia aquele beijo antes de me deitar.
Nos dias mais difíceis, em casos extremos, penso como são irónicas as coisas. E isso cansa-me.
Uma Gansa que viveu a vida a ensinar e que permitiu que muitos se tornassem médicos, engenheiros, polícias... enfim, cidadãos respeitáveis... acabou por terminar essa mesma vida com uma doença no órgão fundamental do seu trabalho. E ainda tinha muita gente para colocar na faculdade.
O Pato, por seu lado, é informático. Não ajuda ninguém. A ajuda que dá é básica, ninguém morre se ele não estiver por perto e... como tantos outros informáticos, o seu trabalho base é inovar, para que se arranjem mais problemas no que estava a funcionar bem, para que seja necessário suporte, para que ele dê suporte, e para que volte a inovar... ciclo vicioso...
A ter de escolher, coloquem na balança.
Estou cansado de ter de ver as coisas pragmaticamente a preto e branco, porque elas não são de todo a cores.
A ideia de que o mundo era colorido acabou há alguns anos atrás. Agora guardo-a na caixa das ideias, algures na mistela de neurónios que se encontra dentro do crânio.
Estou também cansado de fazer merda. Não acerto uma.
Podia ser mais objectivo naquilo que quero dizer, mas como não sou, procuro recursos refundidos para chegar ao fundo da questão. Invariavelmente, sai asneira. Percebe-se o que não quero dizer, entende-se o que não disse e, basicamente, estraga-se tudo.
O meu trabalho engloba uma componente de formação. Uma das partes do meu discurso habitual gira em torno da ideia de que se deve ter muito cuidado ao compilar o texto dos emails. Quando as pessoas não estão frente-a-frente, dificilmente se consegue expressar determinado olhar, um sorriso, uma certa entoação de voz. As palavras escritas podem ser mal interpretadas; as pessoas podem ficar feridas, ofendidas, magoadas. Em suma, ao escrever, ser o mais objectivo possível; guardar sempre as 'ideias brilhantes' para os momentos pessoais. Irónico, sem dúvida...
Por ser um imbecil, ganho a capacidade de ficar na dúvida. As coisas vão resolver-se? Vamos seguir em frente? Estraguei tudo...?
Estou efectivamente cansado de ser um animal.
Ganho o prazer de fazer passeios a solo, refeições a um e constatar que estou sozinho.
Estou cansado de passar as noites à frente daquele que é o meu material de trabalho durante o dia.
Não quero jogar mais a altas horas, não quero passar madrugadas a escrever textos para publicar no dia seguinte, estou efectivamente farto de ver nos canais de Hacking e Tecnologias do YouTube o meu objecto de diversão e não suporto perceber que as minhas ideias de trabalho e de lazer se tornaram numa relação simbiótica que funciona como uma prisão para o sujeito do sistema.
Estou cansado de me deitar e ficar a olhar para o tecto; estou cansado de ver as horas a passar; estou cansado de cozinhar para mim; estou cansado de não me preocupar se devo ou não aparar a produçao filiforme do nariz; estou cansado de viver a vida em períodos temporais regidos pela frequência de relógio da CPU.
Estou a transformar-me num objecto inanimado de plástico e silício.
Constatei que já vivi mais de um quarto da minha vida e que o conceito de felicidade é ainda algo que não está totalmente processado de forma a ser registado no meu disco rígido. É uma expressão que se mantém em memória de acesso aleatório e de forma volátil.
Estou cansado de ter os dados em RAM; preciso de os gravar de forma persistente.
Amanhã é um novo dia. Hoje, poderei deitar-me a pensar como o dia foi uma merda igual ao de ontem.

Parte II

Os patos têm sentimentos.
Os patos raramente falam dos seus sentimentos.
Os patos, mesmo que só tenham vontade de usar o seu próprio corpo para partir tudo o que se encontra à sua volta, mantém-se controlados; podem não estar propriamente sorridentes, mas estão controlados.
O controlo implica poderem escrever compulsivamente e publicar textos como se não houvesse amanhã, ignorando que todas as palavras que estão a usar são indexadas pelos maiores motores de busca.
A necessidade de escrever advém da vontade de meter a cabeça dentro do forno. Mas como o forno é pequeno demais e não temos tomates para ligar o gás... escrevemos.
Ignoramos então que algumas centenas de pessoas acabem invariavelmente neste recanto negro da inter-esfera. Basicamente, a ideia de se ter um blog é um pouco como ter uma caixa aqui ao lado da secretária: vamos escrevendo pensamentos de merda em papel e fecha-se na caixa.
Mas os pensamentos são muitos, temos de proteger o ambiente e a caixa é pequena.
Não censuro comentários, mas fico efectivamente fodido quando os fazem neste tipo de textos. A fim de não haver merda, supõe-se que não me irão falar disto ao almoço ou durante o café.

Parte III

Tentarei arranjar algo mais divertido para amanhã, de forma a que possamos todos dar umas boas gargalhadas enquanto pensamos que o mundo é um copo completamente cheio.

07/06/2008

de empurrão

Há um anúncio deveras interessante a passar na televisão.
Qualquer coisa a respeito da 'energia positiva' da gasolineira nacional patrocinar a Selecção Nacional de Futebol.
Bem, em relação à energia positiva haveria muito material para divagar... mas o que interessa para este post em concreto é o facto de o anúncio mostrar um monte de malta a empurrar o autocarro da Selecção ('tadinhos... o dinheiro não dava para mais, era?).
Fiquei a pensar.
É fácil interpretarmos mal as mais diversas situações... mas neste caso... vejamos: o anúncio da gasolineira; pessoal a empurrar o autocarro; a Selecção, patrocinada pela gasolineira e movida a 'energia positiva'.
De facto, não quero ser chato, mas está-me a parecer que a Selecção não está a ser movida a 'energia positiva', mas sim a 'bolsos dos macacos' que andaram desde o início do ano a levar com aumentos consecutivos no preço do depósito.
É irónica toda a problemática de termos um anúncio de uma marca que vende combustíveis, onde anda pessoal a empurrar os carros...

a present for Elly

Hoje, a minha futura nora faz anos ;)
Bom, na realidade, não sei ao certo se será ou não a minha futura nora, mas é uma potencial candidata. Isto se os pais me retirarem da lista negra, depois de a ter ensinado a acordar às 3 da manhã... De qualquer forma, seria muito interessante juntar duas famílias que conseguem tirar a malta do sério com o sempre disponível 'pop' emitido a qualquer hora do dia. Não é para todos, conseguir passar o dia a imitar ervilhas. 'Pop', 'pop', 'pop'... isto para os pais deve ser um espectáculo.
Enfim... ela revelou ao Tio Pato Marques que gostava de uns bonecos que passam na televisão... o Pocoyo. Acho que a animação dela se deve ao facto de os ditos bonecos terem uma personagem que é um pato... deve-lhe lembrar o tio Pato, que vê ocasionalmente :S
Andei a ver, e achei que este seria o episódio mais adequado. Embora ela não se chame Elly... e também não seja um elefante cor-de-rosa. Mas é uma forma de dar os parabéns :)

Feliz Aniversário!


06/06/2008

agora sim...

Com um cano partido a espalhar merda em todas as direcções e a vaquinha do Euromilhões dissipada no vácuo... se juntarmos ao percurso da semana anterior, sim... pode-se dizer que já ganhei o mês...

04/06/2008

web

Há muita coisa perfeitamente irritante na web.
Grave é o facto de haver malta capaz de as ver.
No outro dia passei 15 minutos da minha vida a ver um filme no YouTube.
Certo, parece algo normal...
Agora vamos ao 'mas'. Há sempre um 'mas', irrepreensível e estupidamente real no meio de tudo isto.
Neste caso, o meu 'mas' vem na forma do conteúdo de um vídeo do YouTube.
Há um gajo que se deu ao trabalho de filmar um porco morto e esticado ao sol. Mesmo na onda de Grissom, naquela de CSI Las Vegas, e temos uma imagem de dias acelerada em 15 minutos.
É brutal... é viciante porque não conseguimos descolar o olhar do ecrã.
"Uhhh, as moscas... o que virá a seguir???"
"Epa, tenho de ir à sanita mas isto é emocionante..."
"Ah, é isso, faltavam as larvas a trincar o porquito"
"Até ia buscar pipocas, mas tenho medo de perder o fim..."
A sério... é deprimente.
O bom nisto é que é uma produção independente que, contrariamente a alguns filmes bem pagos, consegue até ter um início, um meio e um fim.
Previsivelmente, o fim é a clássica redução de um porco à sua condição de composto orgânico.
Depois há aqueles sites que incitam ao suicídio colectivo.
Não tenho nada contra.
Acho apenas que quando alguém se quer matar, deve fazê-lo de forma isolada... para ser diferente! Para quê um gajo juntar-se à carneirada na morte? Para isso fá-lo em vida.
O que não é coerente é o facto dos autores desses websites serem na sua maioria gajos que já se tentaram suicidar...
Ui, esperem lá! Que moral pode ter um gajo que se tentou matar e não conseguiu, ensinar a outros como fazê-lo??? É como termos um professor de matemática que chumbou a matemática... Ok, agora pensando bem até faz sentido, visto que conheço alguns assim...
E os email, chats e afins também são peculiares.
Aquilo que um gajo diz nunca soa ao que realmente se queria dizer; a interpretação nunca sai exactamente como esperávamos e até o aplicar de um simpático smile a uma frase pode fazer entornar o caldo por tudo quando é canto.
Valha-nos o dom da fala, isto quando se consegue pensar antes de abrir aboca. De resto, com o Voice Over IP, uma conversa 'falada' poderá começar a cair perigosamente nos domínios interpretativos de uma linha de código.
Em suma: não há copos meio cheios nem meio vazios... há simplesmente o copo vazio.

01/06/2008

ainda a questão dos vidros

Algo que se me tem passado pela cabeça...
Considerando todos os erros que fiz durante a semana e tudo o que aconteceu, o vidro do carro foi o menos.
Preferiria mil vidros a fazer o que fiz.