31/10/2008

salt salt

Lado A



Lado B

Halo-in

Bem, é noite das bruxas.
Vou então dar um pulinho aqui ao lado, bater à porta do meu vizinho de 80 anos com a capa preta vestida e o facão da carne... "olá vizinho, vim buscá-looooo".
Nunca percebi a ideia da importação da festa do Dia das Bruxas.
Bruxas já cá há com fartura, para quê fazer uma festa e a malta mascarar-se?
É incoerente: então fazíamos também o Dia das Putas, o Dia das Bardanascas, o Dia dos Cabrões... e em todos eles fazíamos um jantar e uma festa manhosa.
Bem, uma coisa é certa... considerando que a Fox vai fazer uma emissão especial dedicada ao Dia das Bruxas, creio que no Dia das Putas isto era capaz de ter piada.
Falando em putaria, o Guy Ritchie recusou 25000000 de Euros da Madonna.
Epa, se não queria podia ter oferecido ao amigo Pato.
Contas rápidas.
Há uns apartamentos com jovens que cobram 500€ a noite.
25000000 a dividir por 500 dá 50000 noites... tínhamos rambóia muito para além da morte. Era só encontrar quem quisesse fazer uma mamada a um cadáver (aqui entrava a piada do firme e duro).
Estou tecnicamente de férias (pelo menos durante as próximas 24 horas); sinto-me tecnicamente um inútil. É um facto que isto vai dar jeito para limpar a casa, mas é altamente irritante um gajo ter férias.
Não podia ficar a trabalhar? Que merda...
Gosto da forma de pensar da malta.
Andamos todos de bicicleta, vamos para o trabalho de transporte público porque assim poluímos menos e andar a pé é que é curtido. Mas depois quando cai a primeira chuva, todo o espírito ambientalista vai dar uma voltinha ao bilhar grande.
É ver os grandes fanáticos das bicicletas e corridas de Verão para o trabalho a tirar os pópós das garagens e a atolarem as ruas.
Yah, parece que só se polui quando faz sol... a chuva lava tudo, até a alma, pelo que na primeira grande molha mandamos o Greenpeace levar na peidola.
Ao menos tenham uma atitude coerente, como eu, que gero C02 durante todo o ano, arrastando o meu rabo em quatro rodas a Diesel.
Para quem não sabe, as vacas (as de quatro patas) são um dos maiores produtores de CO2. Sempre que uma vaca se peida, é mais um buraco que se abre na camada de Ozono. No fundo, trata-se de uma protecção da Terra.
Quando a malta se peida dentro da cama, o que se faz? Afastam-se os lençóis, para dissipar... a Terra faz o mesmo com os peidos das vacas e afasta a camada de Ozono (explicação lógica do dia).
Algo que me ocorreu entretanto... será desta que o Barack, O Abana? (já sei, demasiado imbecil...)
Mesmo para terminar a noite, com uma notícia daquelas que só a mim e a mais duas ou três pessoas irá interessar... já se encontra disponível a Release do Linux Ubuntu 8.10 :D :D :D
Wiiiiii!

ftp://ftp.rnl.ist.utl.pt/ubuntu-releases/intrepid/ubuntu-8.10-desktop-i386.iso

(Já agora, não me passei com o título do post de hoje... é mesmo uma piada por causa de um jogo de computador... Halo; mas os meus leitores são inteligentes e decerto que teriam lá chegado)

30/10/2008

pensamento negro da noite

"Uma foda mal dada, pode foder a vida a um gajo"

(a sério... temos mesmo de reequacionar o que andamos a beber ao almoço...)

29/10/2008

foolish games

don't dream

stress

Há dias em que dá efectivamente vontade de mandar alguém para o caralho.
Logicamente que a vontade assenta necessariamente nisso mesmo, uma vontade. Isto porque não dá jeito andarmos por aí a agredir a malta - infelizmente, a sociedade pune negativamente esse tipo de actos :(
Aliás, é para isso mesmo que servem os blogs.
Como não podemos espancar ninguém brutalmente na rua, vimos para aqui martelar carinhosamente o teclado até o Enter estar a roçar no Escape...
De repente ocorreram-me dois excelentes motivos para aquela dor ocasional nos rins...
Encontrei uma ervilha debaixo do cobertor... era capaz de ser isso; ou então ando a ser enrabado pelo Gato das Botas durante a noite e não tenho dado conta. Ainda não cheguei à fase do sangramento rectal, pelo que estou mais virado para a primeira hipótese.
Até porque o Snoopy não gosta particularmente de gatos.
Está a apetecer-me ser um bocado ranhoso.
Agora que o Natal está a chegar não consigo deixar de pensar que o Pai Natal não visita as crianças da Etiópia porque os meninos feios que não comem a papa não têm direito a presente.
Tive hoje o prazer de levar com uma daquelas admiráveis respostas que dou diariamente aos outros.
Estando eu na posição de cliente, um cromo técnico enviou-me um email de resposta a um pedido que lhe tinha feito:
"Estamos a analisar o sucedido... em breve ficará resolvido"
Às vezes pergunto-me se acharão que sou estúpido (possivelmente, sim). Meu Deus, eu TAMBÉM sou um técnico!!!!
Tradução da resposta politicamente correcta que o troll meteu no email:
"Não faço um boi de ideia do que se está a passar, mas temos alguma fé em que o Pai, o Filho e o Espírito Santo resolvam esta merda pelo melhor..."
É positivo. Faço o mesmo todos os dias.
Há algo de mágico em afirmar que está tudo bem, e enquanto estamos a escrever o email termos toda a sala a nosso redor a ser lambida por chamas.
Ando há duas semanas a perguntar-me por que raio tenho uma bola verde à volta do dia 31 de Outubro no meu calendário. A questão é interessante porque todos os dias olho para o calendário em cima do monitor do trabalho e penso... "Ora esta... por que motivo está o dia marcado...?"
Mas depois volto a distrair-me com o trabalho e esqueço-me.
Acho espantoso quando um gajo tira férias e não se lembra. Não fosse ter aberto o mapa de férias da equipa e na sexta lá iria eu trabalhar.
Bem, considerando que da última vez que tirei férias, acabei de Licença de Nojo... vamos a ver como isto corre.
Estava de manhã parado num semáforo a pensar que efectivamente, há pessoas que parecem inteligentes até ao momento em que abrem a boca (é por isso que a velocidade da luz é superior à do som).
Já repararam que quando um semáforo passa a verde, o primeiro condutor avança imediatamente; o segundo, irá aguardar uns segundos até arrancar; depois o terceiro irá demorar o dobro do tempo e por aí fora...
Isto deve-se ao fenómeno da transposição do tempo pois, como os nossos tempos de reacção a um determinado acontecimento são diferentes de pessoa para pessoa, e definindo como acontecimento o arranque do veículo da frente, será lógico assumir que se for o décimo de uma fila, ainda irei esperar alguns segundos até poder arrancar, mesmo que o sinal já esteja verde há algum tempo.
É exactamente o mesmo que acontece na auto-estrada... basta um gajo abrandar que a exponenciação do tempo de resposta dos automobilistas que circulam atrás dele irá aumentar, até chegarmos ao ponto de um gajo ter de parar e, de repente, a fila desaparece sem rasto.
Eu já não queria que toda a gente entendesse um mínimo de física mas, era mesmo necessário aquela doida estar às 8.40 da manhã a buzinar atrás de mim no fundo da rua, só porque a merda do semáforo tinha passado a verde (100 metros e dez carros à frente)??? Estas cenas antes da dose recomendada de cafeína fazem um gajo ter vontade de sair do carro e rebentar a cabeça de alguém com uma chave de rodas.

28/10/2008

stayin' alive

Aí está. Para deprimir os velhotes, outra mais velha que eu.
(no meio de tudo isto, acho o "stayin' alive" altamente irónico, rotfl)

cráu!

Não deve haver nada mais agradável que andar a correr atrás da puta de uma osga às 7 da manhã...
É bom começar assim o dia.
Há quem esgalhe o pessegueiro, outros vão largar o repolho na sanita, e eu caço osgas.
As osgas são seres estranhos. Ficam ali, a olhar para nós, de forma estupidamente atenta.
Um gajo acorda e, no percurso habitual para ligar a merda do esquentador, depara-se com uma osga (ou osgo, sabe-se lá) a meio da sala... a ideia inicial é acender a luz, mas logo se percebe que não é grande ideia, porque a puta vai para um local escuro, debaixo do sofá.
Fico com a sensação que a osga tem sentimentos. Na realidade, é um ser-vivo, e eu estou a matá-la. Devia ser a filha de alguém, ou então a mãe. Vá lá saber-se quantas almas de osga deixei eu de luto, por não ter permitido que a bichinha assentasse praça na minha sala...
O que é chato é capturar esta bicharada sozinho.
Um gajo arrasta o sofá para a frente e o cabrão do animal foge novamente lá para baixo. Depois move-se o sofá para o outro lado. E o cabrão foge novamente.
A custo, matei o pobre animal.
Não o consegui apanhar à mão, pelo que me vi forçado a causar-lhe um traumatismo craniano com uma vassoura. É espantoso, porque consegui dar-lhe uma paulada valente sem lhe rebentar as entranhas (o que iria estragar o flutuante) e causar-me uma série de aborrecimentos com a certidão de óbito e a autópsia.
Há coisa de dois anos também tive a visita de uma osga durante um mês, na parte de fora da janela da casa de banho. Quando se acendia a luz, lá estava ela, alimentando-se sofregamente dos pequenos seres que se aproximavam da abertura da ventax. Engordou que nem uma vaca... quando foi embora já estava do tamanho de um sapo. Eventualmente por esse mesmo motivo, não se aguentou mais de um mês na vertical, colada ao vidro.
Lado positivo: deve ter sido o único ano em que não fui mordido por melgas, na casa de banho. É violento, porque elas têm a capacidade de abocanhar as zonas mais sensíveis do nosso ser (ou as mais doces, sabe-se lá) quando estamos a tomar banho tal como viemos ao mundo.
No meu delírio habitual, veio-me à cabeça uma cena importante.
Creio que nunca chamei avô ao meu Avô.
Talvez por ele ter sido mais meu Pai que o meu próprio pai, não me lembro de alguma vez lhe ter chamado avô.
Lembro-me sim, de o tratar sempre pela alcunha que lhe arranjei desde pequeno. Estupidamente, por ele ser um homem forte, sempre o tratei por Gordo.
Talvez por ele ter sido mais um amigo que um simples avô, e sempre o tratei como se fosse isso mesmo. Ironicamente, nunca me recusei a tratá-lo pelo nickname, nem mesmo quando estava já imensamente magro, fruto da doença que o levaria em breve.
De facto, fui uma besta. Não me teria custado nada chamar-lhe avô, nem que fosse quando o fui ver ao hospital... mas não, era demais para a minha ilustre pessoa, que nem a um doente à beira da morte diz o que sente.
Agora parece tarde para isso.
É altamente provável que esteja já mais passado e queimado que um simples louco, mas não me parece normal que ainda consiga ver a cara do meu avô a levar-me à escola, primeiro no Carocha, depois no Ford Escort e até mesmo naquela Fiat ranhosa que lhe davam no trabalho, e não consiga lembrar-me da cara da minha Mãe sem olhar para uma foto.
Devia ter estado mais tempo com ela, quando esteve no hospital... mas estava muito ocupado a tentar manter o emprego de merda que acumulava com o último ano de faculdade.
As escolhas que fazemos fodem-nos em grande.
Para quem gosta de banda desenhada, recomendo vivamente Luís Louro. Em particular, as aventuras do Corvo.
Emprestaram-me uns livros e tenho lido, tendo ficado positivamente impressionado. Agora, sempre que penso que só faço merda e que estou enfiado nela, lembro-me do Corvo. Meu Deus, haja alguém que consegue bater a minha marca de pontos de merda consecutivos (mm sendo uma personagem de banda desenhada).

27/10/2008

jogos de guerra II

Aos 15 minutos da primeira parte, o jogo foi interrompido por causa das meninas que não queriam jogar à chuva...
Empate técnico. Zero golos para eles, zero golaçoooos para nós.

26/10/2008

palavras ocas

a passar-me...

MUDOU A HORA!!!
AHAHAHAHA! HOJE, AINDA É ONTEM!!! MAS JÁ ESCREVI ISTO AMANHÃ!!!
LOLOLOL

25/10/2008

sonnet

lost

Efectivamente, depois de perdermos o que temos, é que damos o devido valor.
A minha mulher a dias anda tão distante...
Tipo, é um facto que não gosto mesmo nada que me meta as mãos nas cuecas, mas aqueles bilhetinhos de sexta ao final da tarde até eram fofos.
Agora já não são bilhetes, mas sim simples notas que deixa na mesa da cozinha :(
"Oi, hoje foram X Euros; Bjs"
Eu acho que foi por ter começado a esconder os boxers que ela ficou assim. As pessoas não entendem que todos precisam do seu espaço; o meu fica na gavetinha da roupa interior.
As conversas, mesmo as de família, são sempre brutais...
Um gajo fica sentado a olhar para tudo e para todos; não se sabe ao certo o que dizer... e então alguém se lembra que tem um problema qualquer de informática.
"Ahhhhh, pronto, mas isso muda tudo"
A informática é um quebra-gelo do melhor... até o rebento do Pato Afonso gosta daquelas longas dissertações de Microsoft Sharepoint Portal Server...
Eu francamente, preferia falar de outra coisa qualquer, mas como de uma forma geral, a malta pensa que sou um tarado que só pensa em computadores, arranjam sempre forma de me puxar pela língua da pior forma possível:
"Então e tu, em que sistemas operativos trabalhas?"
Pronto, comecem os festejos que o Pato Marques vai abrir o bico para não se calar mais :(
Epa, falem comigo de culinária, do tempo, dos ciclos migratórios das andorinhas e outros que tais. Parem é com a cena da informática.
Entendam que só ando nisto até poder abrir o meu restaurantezinho à beira-mar, com o bar na parte de baixo e um terraço decorado como uma tenda árabe com a cozinha no centro!
Está a dar o "Frequência", num canal qualquer.
Está a apetecer-me ser um bocadinho deprimente.
Aqui sozinho, a esta hora, não posso deixar de pensar que a minha Mãe, de alguma forma, poderia entrar no messenger e falar um bocado comigo.
Acho que ficou muito por dizer entre ambos. Calculo que sempre posso fazer um monólogo com uma foto, ou mesmo com as cinzas... mas talvez fosse demasiado macabro.
Ou então tentar dizer qualquer coisa que a ajudasse e de repente olhasse para aqui e afinal ela ainda cá estava ao pé de mim.
Acho que o número já foi cancelado, senão sempre podia tentar dar-lhe uma apitadela.
Hollywood tem este efeito na malta. Acreditamos que há merdas que são possíveis, mas acabamos é sozinhos na nossa febre de sábado à noite.
Wiiii.

teoria fundamental do cálculo

Já se sabe que tenho um cérebro relativamente pequeno e estúpido para expor este tipo de teorias... ainda para mais quando são teorias que me são expostas e as quais procuro enfatizar de forma altamente interesseira de forma a arranjar audiência para este canto da web.
Vamos então a ver se nos entendemos.
Os seres-humanos, de uma forma geral, têm qualidades e defeitos. Certo?
Errado.
Nós, não temos defeitos. Pelo menos para nós.
Reparem num pormenor importante: ninguém quer ter defeitos.
A partir do momento que identificamos um defeito, temos a vontade de o corrigir... e se o corrigimos deixa de ser um defeito. Ou se torna insignificante, tornando-se em mais uma das nossas propriedades ou, por outro lado, destaca-se de forma tão arrepiante que se torna em mais uma qualidade.
Bom, mas se corrigimos todos os nossos defeitos, acabamos por tornar-nos quase (pelo menos quase, perfeitos); e, se não os corrigimos, é também porque não os conseguimos considerar como defeitos, mas sim como uma forma de estar na vida, que se traduz por seu turno numa qualidade tal como a observamos e sentimos.
Porque, na realidade, não pretendemos agradar a ninguém, pois a ideia base é que gostem de nós tal como somos. E, como estamos em constante evolução, também encontramos os nossos defeitos a toda a hora e procuramos evoluí-los ao estágio de qualidade... com ou sem a aprovação técnica e social dos outros.
É uma forma de mandar o mundo levar no rabo.
De facto, não tenho jeito para explicar toda esta questão. Acontece é que, de repende, tudo isto faz imenso sentido.

24/10/2008

Baby, I love your way

voltando ao mesmo

Yah... recomeçam as comparações ranhosas; isto porque os inspectores da polícia já não podem dar uma valente carga de porrada nos criminosos e criminosas que, coitadinhos, são vítimas inocentes da sociedade má que os rodeia. A malta dos direitos humanos devia dar um pulinho ao mundo real para ver como são as coisas...
Haja agentes e inspectores que ainda tenham tomates para ir à tromba desses filhos e filhas da puta que andam cá só para foder o país. A malta está cá para os apoiar.
Se os tribunais não funcionam, valham-nos os polícias que se dignam a limpar este Fundo do Poço.

Abraços fofos!

fall for you

o efeito Magalhães

Quando era pequeno, a minha santa família não tinha rendimentos para me dar um computador. Então, o meu primeiro computador foi ganho ao entrar no secundário.
Passei então a infância a curtir com Legos e livros.
Quer isto dizer que até aos meus 16 anos, altura em que comecei a ter aulas de informática na escolinha, não via um boi de computadores.
Durante o secundário, e apesar de ir brincando com os computadores, o que me dava mesmo, mesmo gozo era a matemática e a física... sendo que o computador era mesmo só para jogar.
Considere-se ainda que o meu primeiro ano de faculdade foi passado a estudar Engenharia Mecânica, sendo que só ao final de uns meses dei conta que teria mais futuro (ou não) na informática.
Assim, e em poucos anos, com esforço e trabalho, tornei-me mais um dos cromos que vivem rodeados de cabos e tecnologia de ponta, contribuindo para um mundo melhor - pelo menos gosto de me convencer disso.
Outros tempos, em que não haviam Magalhães; não havia banda larga, e tinha de desligar o telefone cá de casa sempre que queria ligar a internet, o que fazia a minha Mãe passar-se.
Desta forma, e considerando de forma muito egocêntrica o meu caso, não percebo como pode o país evoluir positivamente por gastarmos milhões em computadores para os putos irem ver pornografia mais cedo. Eu comecei tarde e cheguei lá (não me referia ao porn...). Contribuo positivamente para o desenvolvimento económico do nosso país... e o Estado a mim nunca me deu um computador. Para quê começar agora?
Depois, hoje à tarde, passei na mercearia cá do sítio para comprar umas coisitas para o jantar e encontrei uma vizinha minha que estava a comprar uma fatia de fiambre, fiado.
Reparem que não estou a tentar exagerar... ela comprou mesmo uma e só uma fatia de fiambre, afirmando que depois passava lá para pagar.
Agora ponho-me a pensar.
Em nome do desenvolvimento económico, gastamos milhões em computadores supostamente 'produto nacional' (o que é uma valente tanga, já agora... a Intel é tudo menos portuguesa) e deixamos a malta a morrer à fome.
É, com toda a certeza, o verdadeiro espírito de um governo socialista... a malta morre de fome, mas morre culta.
Possivelmente a ideia será a de que dentro de uns anos já não haja malta a morrer de fome e frio... mas entretanto sacrificam-se os desgraçados que ficam por cá.
É positivo.

22/10/2008

leitores

Hoje, alguém mais marado que eu descreveu o meu blog como sublime.
Confesso que fiquei tocado.
Estas coisas deixam-me comovido.
Não há muita gente a ler isto (felizmente) e uma pequena percentagem dos que o fazem ainda são capazes de um ocasional comentário amoroso.
O meu blog é como uma grande omeleta feito com as cascas dos ovos. Uma grande omeleta que, estranhamente, até sai estupidamente saborosa.
Se os ovos fossem em pó, se eu andasse a raspar pedaços da minha nobre e abominável vida para aqui, não teríamos uma omeleta mas sim um granulado mucoso rico em mau colesterol.
E não há que ter pena dos cabrões dos meus vizinhos.
Há bocado bateu-me um cromo à porta... "Sou o Engº Cócó da Seguradora do Condomínio..."
Epa, pelo amor de Deus, o gajo não era mais velho que eu e já vem na onda de exibir o título. Deves pensar que és mais por causa do cano...
Veio fotografar-me a pia. Não a minha, mas a da cozinha... vou ganhar obras à borla, parece-me. O vizinho de baixo parece o Abraracourcix (acho que era assim); olha para o tecto e tem medo que o céu lhe caia em cima da cabeça. Eventualmente podia era cair-lhe um informático mais a sanita em cima dos cornos... isso e uma chuva de merda...
O ano novo está a chegar e, com ele, as resoluções.
No próximo ano, e conforme combinado, vou montar-me num skate sem rodas e cavalgar o túnel de Entrecampos como se de uma onda se tratasse, vestido de iguana.

Abraços fofos! (tenho de desenvolver a cena da iguana, um destes dias)

21/10/2008

crash

batatas

Estava agora a ver um programa fantástico num daqueles canais que passam o dia a dar cenas para manter os bebés colados à televisão, evitando assim que façam muito barulho.
A imagem é a da savana e andam antílopes a pastar, enquanto leopardos se esticam e leões se lambem.
Para quem está habituado a ver o BBC Wildlife, topa-se logo o que vai acontecer aos antílopes... os leões e outros que tais, vão largar a correr e abocanhar o mais fraco, numa lógica felina de 'lei do mais forte'.
Mas entretanto, os putos não fazem a mínima do que vai acontecer e acham um piadão aos leõezinhos a abrir as boquinhas serradas, nos momentos que antecedem o ataque.
Acho que seria mais eficaz dizer de uma vez por todas às crianças que o mundo não é cor-de-rosa com bolinhas azuis (a não ser que fumem umas merdas maradas) e que a ideia base é serem fodidos na primeira oportunidade.
Ainda me lembro quando descobri que o Pai Natal não existia.
O estúpido nisto tudo, é que sempre tive a capacidade de afirmar que era uma imbecilidade acreditar no Coelho da Páscoa, porque os coelhos eram animais irracionais e como tal, não andariam por aí a oferecer ovos (creio que já escrevi algures acerca da problemática dos coelhos não porem ovos por não terem cús de galinha); por outro lado, renas que voam sim, seria algo perfeitamente natural... isso e o Pai Natal dar a volta ao mundo numa única noite, arrancando e parando diversas vezes para colocar as prendas na chaminé (ou no exaustor... no meu caso), sendo assim sujeito a forças G que iriam além do limite do aceitável, transformando-o num bloco de puré de batata.
Quanto a isso (à Física do não-natural), batatas!
Voltando à ideia do programa dos bebés, devo dizer que é algo com potencial. Obviamente não é tão estimulante como a putaria que vai passando, mas a musiquinha de embalar com os antílopes e leões no fundo, consegue ser tão estúpido como inconsistente. Isso e a capacidade inata de conseguir observar o mundo a preto e branco.
A malta engana-se. O mundo não é uma merda a cores. Dizem que o final do arco-íris só existe na nossa imaginação... epa, o arco-íris em si é um conjunto de pontos pretos num céu branco, iludindo-nos a mente ao ponto de acreditarmos que aquela merda é mesmo colorida.
E viva o fabuloso mundo do espectro de luz :S

20/10/2008

blocos

Dizem que os braços de Deus chegam a todo o lado.
Acredito positivamente que sim.
Em África, por exemplo, Deus abraça as crianças com tanta força e amor que elas morrem sufocadas. E o mesmo deve acontecer com uns quantos desgraçados por esse mundo fora.
Como digo, é um sentimento positivo.
Assim de repente, não é altamente irritante quando tentamos ser simpáticos e até dizemos "bom dia" e a resposta é um grunhido qualquer imperceptível?
Não que me chateie muito, mas fico um bocadinho de nada fodido quando até tenho uma postura meio zen, evitando atar um cinto de explosivos ao rego e rebentar com qualquer coisa - começando por mim - e não levo resposta.
Agora perguntava-me por que raio o cabrão daquele servidor me estragou o House mesmo a meio.
Deve ser perseguição. Amanhã vou rebentá-lo à paulada.

19/10/2008

cenas sem piada

Eu sou o que vulgarmente se denomina caucasiano (tenho de lavar-me a 40ºC sem misturar sabonetes de cor) e tenho um opel preto com um pato amarelo atrás.
Hoje, no caminho para casa... vi um africano, num opel branco, com um pato amarelo atrás.
Achei brutaaaaal! Serei o único a apreciar a grandeza irónica da situação?
LOLOLOL.

Pergunta: o que fazia o animal com um pato amarelo na chapeleira??? Isso é imagem de marca!

as time goes by

woooof!

Agora que o sofá novo chegou, a sala deve ser a divisão da casa onde passo mais tempo.
Já só preciso de meter lá um frigorífico e um penico e só o trabalho me fará levantar.
Era capaz de passar horas a esfregar-me nos almofadões. E, no seguimento da cena dos cães, era o local ideal.

inquilinos

Sempre que tenho de ir à minha propriedade recheada de merda em todos os aspectos, penso que os meus inquilinos de uma forma geral são um monte de putas e filhos das mesmas.
Acho engraçado quando a malta diz que os senhorios são porcos capitalistas cheios de papel... yah, era bom, sim.
"Ah e tal, é melhor o senhor vir cá... acho que este mês me vou recusar a pagar a renda porque o estendal da vizinha está 10cm mais acima que o meu; e no tempo do seu avôzinho e da sua mãezinha isto não aconteceria"
Eu procuro levar as coisas na desportiva... mesmo que possa ser espancado e largado na valeta quando lá for no próximo dia 8 gosto de marcar a minha posição e referir que não aturo putarias; e que têm toda a liberdade em não pagar a renda, porque eu sou mais tarado que elas e vou lá quando não estiverem em casa e meto-lhes a merda toda na rua.
A legalidade destas coisas é duvidosa, mas como já estou habituado a que a Lei não proteja o cidadão honesto, quero é que vão todos levar nas profundezas do olho do cú.
Tentem arrancar a renda a um negrão do dobro do vosso tamanho num dia em que o gajo não quis bater na mulher. Depois conversamos.
Mas o que importa aqui é pensar que sempre que duas cabras se estão a matar, é a mim que telefonam.
Epa, liguem para a polícia ou para o raio que os parta! Para quê andarem a foder-me os cornos?
E sim, no tempo do meu avô era diferente, porque ele era um coração mole que tinha pena de todos aqueles cabrões; e a minha mãe era preocupada demais e morreu stressada com aquela merda... eu sou um tipo bem mais prático.
As pessoas passam a vida com comparações estúpidas em relação ao que o meu avô e a minha Mãe eram e aquilo que eu sou.
Tipo... eu sei que posso não ser grande coisa, mas tento melhorar. Não tenho o brilhantismo do meu avô nem o amor e genialidade da minha Mãe. Infelizmente sou um humano que, como todos, erra e não é perfeito.
Nunca vou chegar aos calcanhares dos dois, mas são merdas que me irritam bastante.
Quem me conhece minimamente sabe que sou meio bronco.
O mais indecente nisto tudo é ser uma vaca de merda a dizer-mo, ameaçando não pagar a renda. Puta.
Quero que se fodam todos, porque a única coisa que aguardo é pela morte da santa senhora de cento e tal anos que tem um usufruto de uns metros quadrados daquele poço sem fundo, para poder vender aquilo e investir noutro local.
Pode ser a minha falta de sensibilidade a falar. Ou então é o peso que aquilo já me faz no bolso.
Ah sim, e na sexta chegou mais um trigésimo do IMI para pagar... que é como quem diz, mais um terço do salário...
Foda-se.

trunfas!

Quando me contaram achei excelente. É uma opinião, claro...

"Todos os dias o homem apanhava porrada da mulher.
Certo dia, um barman a quem ele se queixava sugere-lhe que, da próxima vez que levasse da mulher, pelo menos começasse a gritar "Toma, toma, toma" para que os vizinhos pensassem que era ele a bater nela.
Dito e feito, o homem embebeda-se para ganhar coragem, chega a casa, a mulher começa a bater-lhe e ele começa a gritar:
- Toma! Toma! Sua vaca! É para aprenderes! A partir de agora quem manda aqui sou eu!
Quanto mais lhe bate mais ele grita e a mulher, de tão irritada que fica, agarra nele e atira-o pela janela do vigésimo andar.
Conforme cai e passa de andar em andar, o homem continua a gritar:
- E vou-me embora! E nunca mais me procures!"

javardices

Dizem que a borbulhagem que as mulheres possuem à volta dos mamilos é braille.
Significa 'lambe-me'.
Ou então é mais uma piada porca desta mente suja e obscura.

18/10/2008

unforgettable

Mais uma fantástica...


pensamentos

Às vezes, acordo de madrugada e penso... não percebo porque se diz que uma vida de merda é uma vida de cão.
Tipo, os cães têm a possibilidade de fazer merdas que não nos passam pela cabeça.
Quantos de nós têm a capacidade de se deitar de lado durante a noite e lamber os próprios tomates? Epa, deve ser porreiro, um gajo conseguir roer o próprio escroto e estar ali entretido quando não há nada para fazer. Sobretudo, se conseguirmos fazer isto sem retirar duas costelas.
Mais! É que os gajos para além de laberem os tomates deitados, conseguem ainda coçar os ouvidos com a cauda enquanto estão naquela posição!
Talvez tenha a sorte de ser um cão noutra vida (haja algo que corra bem, lol). Vou passar os dias a trincar-me.
Só espero não vir a ser um cão carregado de pêlo... senão ando a cuspir bolas de pêlo a toda a hora.

stand by me (again)

O YouTube tem destas merdas; acabamos sempre por encontrar uma coisa mais engraçada e fofa que a anterior... como esta versão :P


stand by me

motivação

Na fabulosa e mágica odisseia da cura da psoríase, o meu adorável e caro doutor achou por bem receitar-me a pílula.
Pelo menos assemelha-se bastante a isso.
Devo dizer que até têm um sabor agradável, tirando o facto de me secar a puta da pele ainda mais. Agora tenho como acompanhantes diários (a juntar ao portátil) um batonzinho fofo e um spray hidratante... mas que se foda, a malta até acha piada.
Simplesmente estive a ler os efeitos secundários dos comprimidos e parece que pode causar distúrbios psicóticos a quem os toma. Bem, no meu caso, não deveria haver sequer novidade... os meus cornos já estão queimados q.b.
"Se sentir distúrbios psicóticos, pare imediatamente a medicação"
LOL, é que é mesmo! LOOOL... assim que eu começar a sentir distúrbios psicóticos aviso. Hum, o melhor é não dizer nada, ainda alguém avisa a CIA e o FBI e depois começam a seguir-me, porque eles já andam aí e sabem o que eu faço; até a minha vizinha me anda a espiar...
As revelações continuam. Hoje descobri que a minha avó materna pinta quadros. E afinal, o quadro que tenho na sala e do qual gosto bastante, foi um presente dela há muitos anos atrás. Confesso que sempre me questionei quem seria o autor da obra, mas também nunca me preocupei muito com isso... agora que me aproximo... yah, está lá o nome dela, sim... é uma novidade.
E, para além da psoríase, pareço ter herdado do meu pai também a doença do chocolate. Eu pensava que a minha loucura por tudo o que era chocolate tinha a sua razão na carência afectiva, mas afinal parece que é coisa de família :(
Mantenho-me sem saber exactamente o que fazer mas, acredito que toda a gente merece uma oportunidade e, como tal, tenho feito umas visitas. Desconfiado, é um facto, mas procuro alargar horizontes. Mas tenho medo, ao mesmo tempo.
A vida é uma boa merda e aguardo pelo momento do pontapé no rabo. Até ver...
Um problema que me afecta é o facto de a minha avó paterna não me conhecer há mais de duas semanas e induzir-me já a problemas existênciais (como se não bastassem os que já tenho); "a felicidade assenta em três coisas: amizade, honestidade, sinceridade"... ora foda-se, que merda é esta? Não é justo andarem a fazer-me isto aos cornos!!!
Um filho da puta de um anormal qualquer, lembrou-se de fazer um buraco que atravessa toda a via rápida junto ao Estádio de Alvalade (essa grande obra e mítica construção lisboeta, que todos deveríamos venerar); agora imaginem seis faixas de trânsito a convergir em duas, num dia de chuva, culminando na frágil passagem por um buracão cheio de água. O país está a afundar e isto é mais uma prova.
Creio que hoje não passei por uma rua que não tivesse água e buracos... ainda por cima pareço ter desalinhado novamente a direcção quando tive de me desviar do cabrão de um taxista descontrolado para cima de um passeio. Esses gajos são como cães vadios que nos querem apenas extorquir dinheiro... deviam fazer um 'taxil' para meter essa malta.
O sofá novo já cá está... o meu rabo tem agora finalmente um pouco de paz e carícias macias embrulhado nos almofadões.
Às vezes a informática desmotiva-me. Passamos horas e horas a resolver problemas que ninguém sabia que existiam; somos os primeiros a ser chamados quando há merda... mas é raro lembrarem-se de nós quando tudo corre bem. Somos os anormais que estão atrás de uma secretária e que não fazem corno.
Para a sociedade em geral, é assim que as coisas são.
Às vezes irrito-me porque pensam em nós como cromos, geeks, e não se lembram que somos de carne e osso, que temos sentimentos... que não vivemos apenas para o mundo virtual.
Sensação contraditória. Detesto que me agradeçam, mas às vezes é bom um bocadinho de reconhecimento. Só para sentir que existimos.
Hoje estive um bocadinho ao telefone com uma amiga que tinha problemas numa rede doméstica... é brutal a sensação que se tem quando ouvimos e percebemos que uma pessoa passa do estado de nervos e desespero, para o estado de alegria. Sinto-me como um médico na urgência a salvar mais uma vida.
Adoro dar suporte, fazia isto o dia todo se fosse possível.
Melhor que o obrigado, foi a sugestão de que deveria pensar em abrir uma daquelas clínicas de computadores que andam agora tão na moda.
São estas pequenas coisas que nos devolvem a motivação. Não somos inúteis, não somos invisíveis. Somos apenas informáticos.

17/10/2008

ironic

sofás

Finalmente, o tipo dos móveis telefonou-me.
Amanhã, vem colocar o sofá novo.
Nem morto me sento neste... isto chega a ter alguma piada, porque efectivamente este sofá é meio macabro. Ando há muito com dores no rabo e no pescoço porque ando a ver televisão num ângulo de 45º, sentado numa cadeira da mesa da sala.
Obviamente que morto já não me sentaria. Só que depois de vermos a nossa Mãe a morrer naquele sofá e a avó morta também no mesmo sofá, ficamos com uma imagem da merda do sofá que não dá...
O lado positivo disto é que amanhã já sento o rabo em algo mais macio.
O filho da puta do sofá ainda tem as covinhas de quem lá esteve sentado; ainda tem o cheiro e a imagem.
É impressionante a visão tétrica que esta merda implica.
Da mesma forma, não deixo que as visitas se sentem neste sofá. É uma espécie de superstição.
Pode ser estúpido, mas dizem que não há duas sem três; não quero um terceiro.

blog awards

Previsivelmente... nem eu próprio votei no blog. Mas acho que deve ter dado para marcar a minha posição, lol.

excrescências

A minha relação com a jovem que passa a roupa a ferro, evolui de semana para semana.
Inicialmente, deixava-me papelinhos a dizer quando voltava (foda-se, podia telefonar); depois, passou a assinar com o mítico "beijos"; agora, não só assina "beijinhos", que é muito mais fofo, como o faz em guardanapos e adiciona um smile.
Estou desconfiado que na próxima semana deve juntar uma marca de batom.
Não percebi qual é a tara dela com as minhas cuecas.
Lavei-as e pendurei-as na casa de banho; não gosto de pendurar a roupa interior na janela... depois a malta fica toda a saber que tenho uns boxers do Pateta.
A santa senhora fez o favor de pendurar toda a cuecada na janela (pareciam bandeiras ao vento) e deixar uma nota PS no bilhetinho: "olha, deixei a roupa pendurada no estendal"
Agora já toda a gente sabe quais os bonecos estampados nos boxers do Pato.
Até aprender a passar a ferro isto terá de continuar. Nem me ajeito mal, mas as calças são mesmo o pior: da última vez que tentei, fiz dois vincos. Em cada perna.
Ontem fui ao médico.
Cada vez mais acredito que deveria ter ido para Medicina em vez de ir para Engenharia.
Paguei mais uma consulta a dar o cú e volto lá daqui a cinco semanas.
É espantoso como um gajo nos consegue dizer que não estamos grande coisa e atirar com uma receita em apenas cinco minutos. Estive meia-hora à espera e o gajo despacha-me em cinco minutos. O valor da consulta não foi proporcional ao tempo da mesma. Quer dizer... na volta paguei também o aluguer da cadeira na sala de espera.
Um dos meus sonhos é ter um consultório de computadores. A malta vai lá com um problema e eu, na minha imensa sabedoria, passo-lhes um papel com um selo. "Olhe, você vai ligar e desligar o computador de 8 em 8 horas e meter-lhe isto na drive a cada 12. Se não resultar volte cá para a semana. Ah, e olhe, o cabo de rede precisa de muito, muito carinho."
O meu pai agora é uma pessoa muito preocupada.
Telefona-me para saber se estou bem.
Yah, estou óptimo, estou que nem um unicórnio amarelo com bolinhas roxas a pastar nas margens verdejantes de um lago onde abundam seres fantásticos. A começar por ele.
"Era só para saber se tinhas aguentado bem o almoço de sábado..."
Não, não aguentei... desfiz-me em merda e muco, que tal? Era suposto que tivesse sido assim?
Por que foda não teria aguentado? Era suposto ter tomado veneno para patos?
Esta merda continua a ser demasiado complicada. Não sei o que pensar, não sei o que dizer ou que fazer.
O mais certo é isto ainda dar merda, como sempre.
Tenho de manter o período de reflexão. O que é certo é que ainda é coisa para durar.

16/10/2008

arrivederci, Roma

Hoje estava a ver mais um episódio dos Simpsons e esta música veio à baila.
Agora não a consigo tirar da cabeça.
Eventualmente, estarei a ficar louco e é certo que amanhã vou enlouquecer os que me rodeiam, ao cantarolar isto durante todo o dia...


sozinho

mas qual papel?

Eu tenho o meu mundo pequeno e seguro, e gosto dele.
Chamam-me tarado mas, gosto de ter uma representação simbólica do que sou; gosto de manter o meu universo, gosto de o levar para todo o lado.
Tenho um papelinho ou melhor, um pedacinho pequeno de um papelinho, que anda sempre comigo na carteira.
Sempre que estou prestes a passar-me completamente, sento-me, tiro o pedacinho de papel da carteira e olho um pouco para ele. Aquela merda representa o meu lugar no universo.
Há que haver uma simbiose entre a minha pessoa e o universo.
O universo precisa da minha matéria viva e eu preciso do universo para viver; sento-me, olho para o cabrão do papel e encontro novamente o meu lugar no mundo.
É o meu canto, o meu lugar especial, o sítio mais calmo do mundo e, acima de tudo, é meu.
Gosto do meu papel branco e empoeirado, fruto de horas na zona mais tesa da carteira.
O meu pequeno espaço, o meu pequeno mundo.
Estupidamente, rasga-se tão facilmente que, todos os meses tenho de arranjar mais um papelinho de substituição. Ainda não percebi bem, mas dá-me a leve sensação que, de mês para mês, o papel fica cada vez mais pequeno.

15/10/2008

I shot the Sheriff

espaço

0 <- este é o meu espaço no Universo, lol

horizonte longínquo

Quando eu chegava a casa, independentemente das horas, a minha Mãe arranjava sempre forma de me dar um beijo e fazer uma festa na cabeça.
Aliás, tinha um jeito brutal para olhar para mim e sem eu dizer uma palavra, dizer-me que eu estava preocupado, identificar o problema e expor cinco ou seis soluções distintas. Era brutal. Já conheci muitos técnicos de informática, mas nenhum era capaz de fazer tal triagem em tão pouco tempo. Uma capacidade exemplar, para quem nem sequer era informático... arriscaria a dizer que talvez fosse por ser simplesmente Mãe e conhecer-me melhor do que eu próprio me conheço, mas de facto, não sei.
Às vezes acho que ela é capaz de conseguir ver o que faço e de estar sempre por perto... mas são pequenos momentos de delírio, logo seguidos pela admirável lucidez de quem percebe que já não há beijo na testa para animar.
De facto ela até está por perto... num pote de alumínio algures atrás do sofá.
Há pessoal que olha para o que escrevo e percebe de seguida se algo se passa comigo; ela olhava para mim e adivinhava o que eu ia escrever no blog.
Confesso que tinha um humor um bocado negro. Ao menos tenho a quem sair nessa área.
Quando eu era pequeno às vezes fazia-se de morta... e quando eu estava já mesmo em pânico e me aproximava, levantava-se e começava a dar-me beijos.
Claro que isto foi compensado pelos meus telefonemas, anos mais tarde, dizendo que era da Polícia Judiciária e que o Pato Marques tinha sido encontrado morto.
Houve um cruzamento de pensamentos que surgiram na minha pessoa durante o velório. Por um lado só queria que ela se levantasse do caixão, na capela; por outro, fiquei sempre com a ideia que se ela fizesse isso seria eu a cair para o lado imediatamente, com o batimento cardíaco reduzido a zero.
Se é efectivamente suposto a vida fazer algum sentido, não sei exactamente qual é.
Isto é horrível, mas às vezes tenho de fazer algum esforço para me conseguir lembrar da cara dela.
Consigo lembrar-me de como ela era mas, da mesma forma, e em certos momentos, deixo de conseguir. Ou então talvez seja ao contrário, mas que se lixe.
Farto desta merda. Isto começa a ficar mais deprimente que o Orçamento de Estado para 2009. Ena, fiz uma pseudo-piada. Vou é fazer qualquer merda mais útil.
(Morrer longe seria uma merda útil, lol; mas prometi a mim mesmo que ia começar a cortar com estas piadas anti-tetânicas).

13/10/2008

arrefecendo

Agora já estou mais friozito.
Não sinto as pernas, os braços, o rabo, os rins... e nem sequer pica tenho para me acariciar...
Gostava de saber onde estava com os cornos quando decidi ir para o jogo.
Devia era ter vindo para casa, para o batido de fox e internet.

fun, friends, chemistry...

Tinha um amigo porreiro na primária.
Acompanhou-me durante nove anos, nos bons e maus momentos.
O Hermenegildo (chamemos-lhe assim), foi o meu primeiro colega de secretária.
Fomos o típico dueto de cromos.
Todos as escolas, têm sempre um par de gajos que leva nos cornos.
Normalmente é o puto irritante das boas notas e o amigo que, também invariavelmente, é o tipo mais bronco. A sério, eu adorava o Hermenegildo, mas o gajo era mesmo cromo.
Uma vez, já mais tarde, referiu numa aula de matemática que os ângulos podiam ser Agudos, Graves e Esdrúxulos... ao que o professor achou por bem responder:
- Hermenegildo, às vezes és mesmo obtuso...
Bom, não estou aqui a dizer que o gajo era um estúpido de merda, o que faria de mim um nerd arrogante... mas o Hermenegildo tinha mesmo os seus momentos de brilhante estupidez, como da vez que meteu as cábulas dentro das cuecas, levantou-se a meio do teste e deixou cair aquela merda toda...
Até porque também tive os meus grandes momentos de ignorância, como na quarta classe, em que respondi num teste que um dos grandes centros comerciais e agrícolas do país era o Jumbo...
Mas, de facto, o gajo foi mesmo um tipo impecável. E, se calhar, não lhe dei a devida atenção na altura... Ainda para mais, fomos fósseis numa época em que ainda não era vulgar a globalização dos telemóveis, pelo que quando queríamos falar um com o outro (morávamos longe, só falávamos na escola) quase que tínhamos de telegrafar ou mandar um pombo-correio.
Até ao nono ano andámos juntos. Bom, juntos de uma forma não-gay... embora o gajo falasse falasse mas nunca o tivesse visto com uma rapariga.
Mas, na realidade, até ao secundário sempre fomos os gajos que ninguém queria, nem que fosse para passear ou ir ao cinema. Que se lixe, na realidade...
No décimo ano, ainda andou uns meses comigo... antes de mudar de ramo de estudo e ir para outra turma, outra escola, e deixar de dar notícias. Ainda o tentei procurar, mas nada...
De qualquer forma, nos primeiros meses do secundário, tivemos uma professora excelente de físico-química (FQ).
A bem dizer, nunca percebi se era uma boa professora ou uma professora boa...
Tinha coisa de vinte e tal aninhos, mesmo na onda de estagiária e vestia sempre umas saias tipo colegial.
Não explicava mal mas exigia que tivéssemos o dobro do trabalho em casa, porque passávamos as aulas a ver quando a tetaria saltava toda cá para fora... ainda me lembro do nome dela :P infelizmente, não posso dizer o mesmo do email, lol.
Um dia, o meu bom amigo Hermenegildo, que estava sentado ao meu lado numa aula de FQ, decide tirar o nabo para fora das calças e começar a podar o arvoredo... quando me apercebi, já o gajo estava prestes a cagar aquela merda toda. Fui apenas capaz de dizer - infelizmente, um pouco alto - "Foda-se, mete-me essa merda para dentro!"
E então a malta olhou toda e, quando perceberam o que o troll andava a fazer, pensavam que eu estava a ajudar e, desde essa altura, o pessoal ficou com a ideia que era rabeta. O passado persegue um gajo...
Mas também não fez grande mal.
Semanas mais tarde, a nossa tutora colegial foi-se embora. A turma designou-me a mim e a um outro bronco para irmos comprar flores.
Chegámos atrasados à aula, com um ramo de flores. Mas a puta de merda marcou-nos falta de atraso. Foi um amor.
Tinha sido bem punida com o taco 32...
Ainda não percebi muito bem qual é a moral do post... afinal, isto tem sempre uma moral qualquer, mesmo que esteja refundida nas profundezas.
Mas que se foda. A colegial desapareceu, o Hermenegildo desapareceu e nem eu sei ao certo se existo.
É o poder.

perfect

jogos de guerra

E envergando a grandiosa camisola laranja, subimos ao local onde os fracos fazem força e os fortes se cagam todos.
E levámos o símbolo da empresa mais alto, mais longe e mais qualquer coisa!
E lutámos com honra, protegendo a nossa baliza e levando o esférico à outra ponta do recinto de cimento.
E, sem medo, enfrentámos as faltas e penalidades sem nunca cairmos...
Epah, foda-se... quem estou eu a querer enganar...
Fomos enrabados a toda a força e ainda tenho os tomates agarrados ao cú. E, curiosamente, ainda estou pior dos rins... mas isso deve ter sido de andar a levantar a central telefónica durante a manhã.
Amanhã devo estar bonito, devo...

12/10/2008

hurts so good

(ignorem a publicidade... o YouTube anda uma verdadeira poça de muco)

active directory

A perspectiva profissional da minha pessoa, ensina-me que a vida é como uma grande Active Directory. Ok, de certa forma, e em casos extremos, é um pouco uma mistura de Central Telefónica com Active Directory...
Os utilizadores entram e saem da nossa AD.
Ocasionalmente, silenciamos uns quantos, bastando para isso inactivá-los na dita cuja.
E depois, podemos sempre migrar uns quantos a categorias inferiores ou superiores e, por que não, desligá-los completamente do nosso domínio.
Definimos grupos de utilização, nos quais categorizamos os utilizadores que realmente interessam e definimos perfis de inserção na nossa vida, perdão... AD. É sempre porreiro dizer que o Manel Trindade (nome que me veio assim de repente; não tenho nada contra ti, pah!) não passa de um cabrão que nunca passará de um guest user com permissões pseudo-representativas numa configuração mais limitada que o meu escroto em dias de tempestade.
Às vezes é mais fácil fazer uma VPN entre nós e os amigos e dizer que somos uma pequena vida de vidas.
Somos um conjunto de sub-directorias que vão interagindo, fodendo, criando e eliminando-se entre si.
Um dia, o domínio expirará. Nesse dia, não seremos mais que um apontador quebrado num qualquer motor de busca com uma indicação dizendo "vende-se".

wiiii!

Ouvia algures na televisão qualquer coisa como o facto da crise financeira ser resultado do consumismo desenfreado, que vai contra os princípios da Igreja.
Epaah... tipo... com a maior e divina capacidade de me dirigir ao cromo de batina que presenteou os meus religiosos ouvidos com tal e brilhante afirmação: suga-mos!
Se fosses mas era para o caralho que te foda mais as teorias de merda...
Se esta alminha andasse a contar tostões no final do mês e tivesse pseudo-poupanças, não alinhava em merdas de crises estuporadas de luta contra o consumismo demoníaco.
Aliás, se o gajo fosse mesmo era levar no rabo, era o ideal.
Ser enrabado pelo sistema e pela sociedade, todos os dias sem excepção. Ter um salário de merda como 90% da malta e sair da casa paga pela Igreja; morar a colhões de distância do trabalho e apanhar o barco, metro, autocarro e comboio para ir receber o dízimo; já agora, e por que não, sustentando duas mulheres e cinco filhos e, só depois, vir falar em consumismo causador da crise.
Olha, vai simplesmente apanhar na peida!

11/10/2008

falling stars

Estas não me lavam a roupa, não... :(


"meet the family" day

Não sei bem.
Hoje, finalmente, e após cerca de vinte anos, fui conhecer a família do lado do meu pai.
Gostava mesmo de fazer agora aqui uma piada altamente marada, daquelas que faço diariamente, incluindo os mais negros momentos da minha vida mas, não estou a ver o que posso dizer.
Eventualmente, por este pequeno cérebro de pato estar ainda a digerir toda a problemática.
Não sei se será por perceber que o meu pai está velho e acabado, se será por perceber que, mesmo estando eu aqui enfiado entre quatro paredes a escrever para um blog num sábado à noite, ele está mais sozinho que eu, ou por qualquer outro motivo.
Ainda estou a processar o facto do meu pai ter decidido fazer uma surpresa de pré-indegestão à família e fazer-me aparecer assim do nada, antes de almoço.
Ainda estou a ver o olhar abismado da malta e da avó paterna que se desfez em lágrimas.
Sinceramente, são momentos que ainda não estou capaz de processar.
Percebe-se agora de onde veio o lado técnico... afinal há malta deste lado da família cujas vidas profissionais assentam em servidores, computadores e companhia.
Ok, e também já se percebeu de onde raio herdei a puta da psoríase.
Estes pequenos momentos de revelação semi-divina são sempre muito agradáveis.
Por momentos, senti-me o Alf.
Lembram-se do Alf? O extraterrestre com forma de urso que caía no meio daquela família americana?



Eu era fanático por esta merda.
Por vezes sinto-me um Alf. Bom, urso já se topou que sou. Embora ainda não me tivesse tentado ver como um ET... bom, agora que penso nisso, é algo que explica muita coisa.
Assim de repente, aqui sentado na sala, começo também a perceber que não foi grande ideia ter ligado a televisão, ontem à noite. Tenho só a leve impressão que se criou mais um viciado na Fox.
Fox, internet, internet, Fox, comer, internet, Fox, Fox, Fox, internet... estão a ver o que se passa aqui, certo? Estou com medo de mim. Ainda me levanto para comer, ir à sanita e tomar banho... mas o fim de semana ainda vai a meio e o canto aqui da sala está a parecer-me algo muito acolhedor.
Voltando aos laços familiares, ainda (estão a ver a quantidade de vezes que já disse 'ainda'? foda-se...) estou assombrado com a cena de todos os meus tios e primos.
Epa, é assustador. Não sei o que pensar.
Gosto do meu mundo. Pequeno, sério e no qual deposito toda a confiança.
Não curto muito jogos com expansões. Nunca gostei.
Após quase um mês, já não sou o único ser-vivo desta casa.
No caminho para o almoço, decidi ser agradável (algo que faço poucas vezes, aparentemente) e parar na florista para comprar umas flores.
Por algum motivo que ainda não topei qual foi, ofereceram-me uma planta.
Agora esta puta está enfiada num vaso, na cozinha... já andei minutos infinitos a olhar para aquela merda e mantenho a minha posição de observador, a pensar para que será aquilo.
Tem flores cor-de-rosa e folhas verdes e peludas.
Já a reguei mas continuo a perguntar-me para que foda tenho uma planta. Acho que consegue ser mais inútil que o estendal da janela em dias de chuva.
Analisando o meu elevado grau de loucura crónica, que tende a piorar, já só me vejo sentado nas escadas do prédio com a planta nas mãos, expondo-lhe as minhas teorias acerca da vida e da morte.
Isto parece estar tudo fodido. Na volta até estou certo.
É melhor enfiar a planta no rabo.

o diâmetro importa

Dizem que sou um tipo pessimista.
Não percebo porquê...
De facto, apenas nasci abençoado com o dom de ver mais além e antever as cenas que poderão vir a acontecer.
A sério, desejo as maiores felicidades ao mundo em geral; mas já repararam que caminhamos para a aniquilação da espécie?
E já viram aquelas lindas árvores de fruto, de folhagem verde e flor perfumada, onde abundam os protozoários que nos vão foder as células e fazer definhar numa morte lenta?
É isso e aquele bonito pôr-do-sol, quando estamos simplesmente a contemplar o horizonte, até que uma onda gigante nos engole completamente.
Gosto de passear à beira-mar, ao início da manhã, quando as gaivotas ainda voam no oceano escuro... momentos antes daquele raio, vindo sabe-se lá de onde, nos atingir em cheio no cérebro e os nossos olhos servirem de petisco para a passarada.
As Leis de Murphy, existem. Quem não acredita, é parvo.
Mantém-se a minha vontade de espetar com uma marreta nos cornos de alguém.
E afinal não tenho apenas um risco no carro, mas sim dois. Gostava de saber o que passará pela cabeça recheada de merda do atrasado mental que curte bué foder-me o carro.
Já vamos num vidro partido, num baleado, dois riscos e, falando de forma muito positiva, talvez seja uma sorte eu nunca me ter cruzado com o cabrão. Mas, a encontrar-me, que fosse no final de um dia, quando estou atestadinho da fossa séptica da vida que iniciou uma vez mais às sete e meia da manhã.
Mas talvez até tenham alguma razão.
Aliás, desafio todos os meus leitores a deixarem como comentário, um momento que considerem fofo. Não é para ser chato, mas garanto que consigo encontrar qualquer coisa de mucoso no meio de tanta fofice.
Deve ser a permeabilidade da minha personalidade...

Esta forma de ser, poupa-me tempo.
No outro dia, umas testemunhas de qualquer coisa vieram bater-me à porta.
Estava a ver um filme qualquer e dignei-me a ir abrir.
"O senhor está interessado em saber como vai acabar o mundo?"
"Foda-se... o meu já acabou há algum tempo, sabe..."
"Ah, então não quer ouvir a Palavra do Senhor?" (como se eu fosse sentir-me culpado)
"Olhe, para dizer a verdade, de momento, estava mais interessado em ouvir a palavra da Liv Tyler ali na televisão da sala... se não levar a mal..."
Tenho de re-adoptar a estratégia do meu amigo, que ia abrir a porta nú a explicar às senhoras que era um filho das trevas...

Hoje a mulher-a-dias não me violou a santa privacidade da minha roupa interior.
Logo hoje, que devo ter uns vinte pares de boxers para dobrar, decidiu armar-se em púdica.
Quando são três ou quatro não se importa de dobrá-las... cabra...

Cumprimentos fofos!

10/10/2008

última hora

Pato Marques para Presidente!

Já está a dar em todos os canais de televisão.

08/10/2008

still the one

Selecção da noite


pensamento da noite

Como é?
Um CD virgem será um CD que não tem o buraco central feito e, como tal, não encaixa na drive?

if you're not the duck

Depois de viciar o Pato Afonso nesta música, achei por bem dedicar-lhe este belo momento.
De uma forma não-gay, claro...!



Abraços fofos!

espetadas mistas

Cheguei tarde a casa.
A bem dizer, seria mais correcto afirmar que não cheguei cedo.
Bom, na realidade, cheguei cedo mas, cansado e demasiado tarde para me meter a fazer jantar.
Então, fiz uma de duas coisas que faço habitualmente nestes dias.
Basicamente, fui à churrasqueira aqui de cima comprar frango assado (a outra é o sempre ilustre telefonema para a Telepizza).
A churrasqueira aqui de cima, chamemos-lhe assim, não é mais do que um pequeno restaurante com um balcãozito de metal à entrada, onde se fazem os pedidos de "take-away" e os taxistas emborcam simples e variadas garrafas de cerveja.
A capacidade destes gajos de beber grandes quantidades de cerveja, dá origem a um fantástico jogo de palavras sempre que abrem a boca.
Basicamente, sempre que vou à churrasqueira, não me falta material para o blog.
Hoje, os donos de dois Mercedes cremes que estavam na entrada, discutiam qualquer coisa que nem eles deveriam saber ao certo o que era...
Pelo que consegui apurar, estavam a querer fazer uma metáfora da economia mundial com a obra "Miguel Strogoff".
"Epaaah, sim, é como aquele gajo..."
"(hic) queeeem?"
"O Strogonoff... o bacano dos olhos"
"(hic, hic) fuosga-se... que olhos, caralho? Isso não era o gajo do molho?"
Um pequenino aparte... talvez ainda não tenham reparado mas, por motivos que transcendem a minha mente pequenina, com toda a sua capacidade obtusa, recta e aguda, os taxistas, eventualmente por passarem o dia a gritar "Foda-se!", quando estão com os copos gritam "Fuosga-se"... deve ser para fugir à rotina, o que é bom.
Quem já leu o Miguel Strogoff, saberá a cena dos olhos a que o gajo se referia... para quem não leu... bom, um dia conto-a aqui. Ou não.
"Fuosga-se, tao o gajo tava d'olhos fechados e n cegou com a lâmina quando foi prá Rússia entregar a carta"
(adorei a explicação resumida do livro... em particular do apelido "Strogonoff")
Agora ainda tenho o estômago semi-empapado pela dose de colesterol à base de "nitro-frangos". Acho que vou cuspir Strogoffs o resto da noite. Pelo olho cego do meu ser, possivelmente.
Lol.

wuthering heights

No seguimento da pancada Kate Bush da noite...

40cm, diámetro 8

Às vezes parece-me fazer sentido mandar tudo para o caralho.
Aquelas manhãs, por exemplo, em que topamos que um cabrão qualquer nos fez um risco brutal no carro e que só dá vontade de encontrar o primeiro besunta que nos passe à frente e partir-lhe os cornos em pedaços.
Não me parece certo que um gajo se esfole para ter um conjunto de coisas e que ainda ature estas merdas de quem vive à conta do subsídio.
Cada vez mais acredito na estratégia de enfiá-los num barco e largá-los a meio do oceano.
Para o problema da sobrelotação das prisões também o remédio era idêntico ao de S.Bento... deixá-los lá dentro e atear fogo aquela merda.
De qualquer maneira, o Outono caiu com toda a sua força. Hoje vi o primeiro vendedor de castanhas na rua e, vá-se lá saber porquê, lembrei-me de quando era pequenino e me iam buscar à escola... havia sempre um gajo a vender castanhas na mota, junto à saída do metro (ou será à entrada do metro) do Areeiro. E, obviamente, ganhava sempre um pacotinho.
Não acredito que os meus filhos tenham o mesmo privilégio.
O mais certo é a malta da ASAE proibir a venda de castanhas assadas na rua e obrigarem-nos a ingerir uma mistura qualquer de castanha industrial enfiada num recipiente de plástico.
Não tenho nada contra o excelente serviço público de quem nos torra os impostos mas, confesso que me chateia um bocado não poder tocar nos enchidos (e não, não é nenhuma piada porca).
A mercearia aqui da esquina, tinha sempre aqueles chouriços rodeados de moscas, atraídas pelo cheiro, e que iam pousando ocasionalmente nos enchidos. Agora, é um facto que não há nada disso... moscas houvessem que não as que ocupam os altos e baixos cargos do desGoverno e não poderiam depositar os seus ovos. O enchido regional é agora embrulhado em sacas plásticas... e entro então na mercearia e deixou de me cheirar a fumeiro para passar a cheirar a plástico.
Dizia então que o Outono caiu e as folhinhas que se passeiam pelos ares até se depositarem fielmente no rebordo dos passeios fazem as delícias de quem as vê.
Talvez por esse motivo, ou então por causa do cabrão que se lembrou de vir lavar a rua às 3 da manhã, acordei hoje com vontade de mandar alguém à merda.
Bem, sejamos honestos. Todos os dias, apetece-me mandar muita gente levar na peida, enfiados na merda, enquanto discutem com o caralho que as foda.
Mas dizer isso seria uma falta de respeito, pelo que me mantenho silenciosamente sorridente enquanto me enrabam. Isto no sentido figurado, porque a minha cavidade rectal tem sentido único.
A sério que ainda não percebi por que raio o meu Banco gosta de me enviar os alertas a dizer que me levantaram dinheiro, mas nunca me anima dizendo que fizeram um depósito.
Acho que o sistema financeiro que gere a minha conta funciona como a multiplexagem das linhas telefónicas. Entra x, sai y, z, w, k, v, e u...
Acho que se convertesse a minha conta bancária para binário e espetasse com aquela merda toda num Mapa de Karnaugh, ainda se fazia um chipzito engraçado. Ou não.
Era o mapeamento biunívoco dos capitais acumulados, lol.
Para dizer a verdade, estou cansado para caralho. E o facto é que ando um bocado para o queimado.
Ainda não percebi ao certo se hoje é terça ou quarta-feira. E parte de mim acredita que é sexta.
Acho que vou deitar o lombo na tábua. A minha conversa de merda mantém-se. A inconsistência piora de dia para dia.
Já agora, o título do post não tem nada a ver com a merda que escrevi. Mas confessem lá, chamou à atenção, não foi?

Asadas patinas!

army dreamers

07/10/2008

mais um lindo momento

Lembro-me de ouvir o Sting uma vez num programa do Herman José a falar de sexo tântrico.
O gajo dizia que aguentava três ou quatro horas... aquilo durava mais que o orgasmo do porco, que é de 30 minutos.
Nessa altura lembrei-me que, a par com o sexo tântrico, talvez se pudesse fazer também a masturbação tântrica.
Que se lixem as quatro horas do Sting. Aguentei um mês naquela merda...
Foda-se. Ao fim de quatro semanas o escroto parecia um saco de batatas. Desconfio que nessa altura, bastaria que uma folha caída, na sua perspectiva sazonal, me caísse na tromba para me desfazer em fluido seminal.
Não deveria ser um espectáculo muito bonito... eu a rebentar tipo balão-carbonara.
À medida que um gajo envelhece, fica cada vez mais deprimido.
Até aos meus seis anos, passava os dias em casa a acariciar-me debaixo da mesa da sala.
Depois, entrei para a escola e, durante doze anos, ansiava voltar para casa, por volta das seis, para ter os meus quinze minutos de reflexão.
Na faculdade, como entretanto um gajo começa a trabalhar, começa a ser mais complicado perder tempo com estas coisas. As casas de banho do emprego eram demasiado nojentas para um gajo enojar ainda mais aquilo e, a perpectiva do cagalhão do cliente anterior a boiar lá no fundo da sanita não trazia imagens animadoras para a festa... seguia-se a corrida para a faculdade, no meio do caos de final de tarde, sendo a cereja no topo do bolo a aulinha de estatística às oito da noite. Um gajo chegava a casa à meia-noite e ainda ia jantar, sabendo que no dia seguinte tinha de levantar o cú da cama às sete da manhã... nem dava vontade; morria pelo fim-de-semana, momento em que poderia podar a árvore à vontade.
Agora um gajo já se conforma.
A faculdade acabou, é só o trabalho, mas não há tempo nem para cumprimentar os tomates.
Quero voltar aos meus seis anos! A vida é injusta.

06/10/2008

"buh!"

Tem sempre alguma piada assustar o pessoal
Gosto particularmente de me aproximar das portas de segurança das escadas quando percebo que vai alguém a passar... depois, é só abrir a porta muito rapidamente, como quem não quer a coisa e acagaçar de morte a pessoa que está do lado de lá.
Uma também muito boa, é tentar afirmar com o ar mais sério deste mundo que um dia levo uma caçadeira para o trabalho e começo a ceifar o pessoal todo, um por um.
Quando um tipo diz isto a rir, percebe-se que está a gozar mas, dito com um ar sério, o pessoal fica sempre a pensar se serei ou não um grande apanhado dos cornos que vai dizimar toda a gente.
Uma cena muito engraçada que costumo fazer nas tardes escuras de Inverno é, ao sair à rua, tentar arranjar uma vítima :P
Basicamente, é muito simples... procura-se uma senhora sozinha ou um puto; colocam-se uns metros atrás deles e caminham à mesma velocidade, tentando fazer barulho com os passos, de forma a que a pessoa sinta que está a ser seguida.
Depois é verem as reacções. Devo dizer que varia muito mas, invariavelmente, e sobretudo se o fizerem numa rua deserta, é ver a "vítima" começar a andar cada vez mais depressa. Procurem acompanhar a aceleração e verão como é tão giro a pessoa a entrar em pânico.
Isto tem ainda mais piada se o fizerem com pessoas de mobilidade reduzida.
Mais engraçado ainda é, nas ruas mais silenciosas, tentarem respirar sonoramente, de forma a que se ouça a uns metros. É fantástico, ver a reacção das pessoas quando alguém caminha atrás delas a respirar bem fundo. Lindo. :P
Ando a pensar em adquirir todo o prédio onde moro com um valor bem baixinho.
Agora que está a chegar o Dia das Bruxas, estava a pensar em meter uma capa preta e uma foice na mão e ir bater à porta de todos os meus vizinhos idosos a meio da madrugada.
Cheira-me que um dia levo com uma porrada nos cornos.

05/10/2008

another brick in the wall

mudanças

De repente, pergunto-me se uma qualquer alteração mental fez o meu pai começar a ler o blog.
Yah, ao fim de meses fala comigo como se viesse em minha salvação.
"Quero que saibas que não estás sozinho"
Epah, vamos ver uma cena... há muito tempo mesmo que me habituei a estar sozinho. Cada vez mais, e apesar de rodeado de amigos, percebo que estou sozinho. É uma solidão controlada e que apenas eu percebo. Apenas um gajo sozinho escreve para quatro ou cinco blogs a meio da noite e ainda arranja tempo para inventar cenas no computador.
Apesar de um bocado farto, não preciso de semi-sermões reconfortantes. Um gajo apercebe-se quando está enfiado na merda... era preciso ser mesmo muito estúpido e não ter olfacto para precisar que o meu pai mo dissesse.
Agora é suposto ir conhecer a família do lado dele.
Uma vez, um tio meu, do lado da família da minha Mãe, convidou-me para um casamento. Exibiu o boneco, que ainda estava no primeiro ano de engenharia, apresentando-o como o sobrinho promissor. Conheci mais gente em quatro horas que em dez anos. Não conheci ninguém de jeito, mas conheci mesmo muita gente.
Depois do casamento, percebi que o gajo não tinha era nenhum parente para apresentar e, para não fazer figura de urso relativamente aos compadres, arranjou o melhor (ou pior) acompanhante que podia encontrar à pressa. Acho fascinante como as pessoas nos usam enquanto precisam de nós. Depois é só dar um pontapé no rabo e deixarem-nos à porta.
O meu tio-avô nunca mais me telefonou. Nunca mais o vi. Já lá vão cinco anos.
Agora receio que o meu único progenitor vivo queira fazer o mesmo.
A sério. Prefiro passar um Natal sozinho que enfiado em exibições familiares.
Um gajo farta-se destas merdas. Um dia destes visito a minha 'família'. Um dia destes.
Vou fazer de parvo durante mais um dia da minha vida.
Conheço a malta, apresentam-me como o filho licenciado e venho-me embora.
Adoro os computadores por isso mesmo.
Tratamos deles e eles devolvem-nos o gesto.
Sabemos sempre com o que podemos contar.
Os seres-humanos são uma espécie que nos desilude e dá vómitos.
Aguardamos ansiosamente o próximo pontapé na peida.
Não percam o próximo episódio porque eu, também não.

certificados

E agora os pastéis de tentúgal vão ter um certificado que atesta a sua natureza, tornando-os únicos.
É preciso um certificado que prove que somos únicos...
Onde posso arranjar um desses para colar no meu traseiro?
Gostava de provar que a minha cavidade rectal é única. Sempre podia dizer que era um gajo especial porque o meu rabo era diferente de o de toda a gente. "Produto Certificado"
Depois até podia arranjar uma t-shirt com um autocolante... "Esta merda é oriunda de um rabo profissional e certificado. Caso note alguma anomalia, contacte os nossos serviços..."

a cidade até ser dia

Ainda tive muitos sonhos molhados com isto, quando era puto.
Aliás, a Anabela ainda tem potencial :P
(tenham paciência com a introdução ao videoclip...)


perfume de bebé

Ontem fui comprar pela primeira vez uma roupinha de bebé para oferecer com um outro pato à nova cria do meu amigo Afonso.
Confesso que as lojas com cenas de bebé assustam-me um bocado.
Tipo... cenas tão pequeninas e semi-microscópicas... e depois ficamos a olhar para tudo e a pensar como ficaria um bebé lá dentro.
É como aqueles filmes de série B, que nos queimam e trituram os miolos dias a fio.
Fiquei a olhar de lado para todas as roupinhas e medidas e sapatinhos e toalhinhas e todas as ceninhas em ponto pequenininho e às tantas só pensava em pegar da carteirinha, ir até à caixinha e pagar com o cartãozinho. MEU DEUS!!! AINDA ESTOU A FALAR EM PONTO PEQUENININHO!!!
Fodassezinho...
Inevitavelmente, tentamos escolher uma peça de roupa como quem escolhe uma placa gráfica.
Só que as roupas de bebé não têm indicações do valor de RAM ou velocidade de clock.
Tentamos imaginar como caberá uma criança dentro daquele casaquinho, mas é demais para o meu pequeno cérebro. A única coisa que consigo ver dentro do vestidinho é uma criança grande. Depois fico a pensar se a roupa é demasiado pequena. Ou se a criança é demasiado grande.
Sim, adoro crianças. Sim, é fantástico. Não, não tenho jeitinho nenhum para circular em lojas de roupinhas :(
De facto, é um mundo brutal.
Um dia volto lá.

i get around

03/10/2008

o axioma da cueca

Há cenas com piada.
Outras, têm uma piada momentânea; ainda há aquelas cujo humor é tão rebuscado para o nosso pequeno cérebro que ficamos mais assustados que divertidos.
Não gosto que mexam na minha roupa interior.
Gosto ainda menos quando é a minha mulher-a-dias a fazê-lo.
Por esse mesmo motivo, já lhe expliquei por diversas vezes que não me passe os boxers a ferro. Por esse mesmo motivo, sempre que tenho roupa seca, separo os boxers e coloco-os num banco, no quarto, longe da roupa para passar a ferro.
Mesmo assim, alguém me pode explicar, porque porra entro no quarto e vejo a cuecada toda em cima da cama, cuidadosamente dobrada e passada a ferro?
Epaaa, há visões aterradoras, e a da minha empregada a cheirar-me as cuecas e a meter-lhes a mão em cima é uma delas.
Reparem que não é uma perspectiva apaneleirada.
Afinal, a jovem é brasileira e tem cerca de trinta aninhos. E bem conservados.
A questão é que sempre a vi com o cano do aspirador na mão... nunca procurei imaginar outro tipo de cano.
Meu Deus... nem quero.
Ainda tenho os boxers em cima da cama. Não me atrevi ainda a tocar-lhes.
Olho de soslaio e procuro desviar o olhar dos pequenos botões frontais que teimam em fitar-me.
Foda-se. Agora não consigo parar de olhar para a merda dos boxers.
Acho que vou voltar a metê-los na máquina.
E acho que também tenho de arranjar um local para os esconder depois de secos.

cócócóricó (é assim que faz um galo?)

Gostava de saber que tipo de amor sádico leva os meus vizinhos a levarem o puto para a rua a estas horas.
Está um ar fresco respeitável que nos manipula os cabelos dos mamilos, é quase uma hora, e o puto berra na rua como se lhe estivessem a pisar os jardins suspensos com uns sapatinhos de salto alto.
O meu vizinho do lado comprou um galo para meter na varanda...
Eu nem me chateava, mas o galo deve ser esquizofrénico ou merda parecida.
Na quarta-feira, cantou das sete às sete e meia... Na quinta-feira, cantou às oito.
Tipo, o animal é tudo menos coerente. Se me vou a fiar no gajo para ir trabalhar, está tudo fodido. Eu até compreendia se o animal cantasse sempre à mesma hora, mas a variação que o tipo dá ao toque, não é muito diferente do meu acordar seguido do habitual murro no despertador, seguida cabeçada na estante e posterior gemido de "foooooda-se!".
Na verdade, o meu vizinho ainda não topou bem o esquema. Em vez de gastar dinheiro com um galo, pagava-me o pequeno-almoço e eu todas as manhãs, em vez de miar baixinho às 7 e tal da manhã um singelo "foda-se", berrava-lhe à janela um valente "FOOOODA-SE!"; ficava o galo contente, porque não tinha de se levantar cedo e podia galar à vontade na capoeira, ficava eu contente porque não me chateava a lavar a loiça do pequeno-almoço, e ficaria o meu vizinho contente, porque a minha voz de sono é bem mais fofa que o cantar do cabrão do galo.
Há pessoal que acha que eu sou ordinário q.b. quando estou a trabalhar... foda-se, um gajo que vive em semi-stress a falar para os computadores a resolver problemas que ninguém sabia que existiam, já não pode chamar filho da puta a um monitor de 17 polegadas. Lembra-me uma moça que dizia que eu era brejeiro... foda-se, caralho para essa merda toda! Agora já não posso dizer o que me vai nos cornos porque ofende a inocência da malta que passa o dia a pensar "foda-se" mas que não o diz?
Se começo a controlar muito o que digo, depois ainda me passo e faço cenas bem mais maradas, como pendurar um coelho com as entranhas de fora na cadeira do serviço. Agora que penso nisso até era capaz de ser uma cena com piada.
Estou a dar uma formação no meu trabalho.
Hoje tive de usar uma sala diferente da habitual. É estranho, mas quando nos mudam o habitat natural, dá sempre merda. Consegui, em apenas uma hora de formação, magoar-me duas vezes no joelho, uma no cotovelo e outra nos tomates. O curioso é que me magoei sempre no mesmo objecto.
Deu-me vontade de rachar aquilo à biqueirada... só que considerando a dimensão e peso do objecto, o mais provável seria arranjar outra porrada dolorosa no pé.
Agora que estou a reler uma última vez as linhas anteriores, apercebo-me da quantidade de merda que escrevo, e o motivo pelo qual tenho uma média de 1 visitante por dia (que invariavelmente, devo ser eu):
Mas é sempre agradável para relaxar.
Agora vou tentar dormir. Ou não. Morro de ansiedade por saber quem vai acordar primeiro... eu, ou o galo do vizinho.
Considerando que a janela da minha casa de banho, dá para a varanda do cromo... um destes dias temos guisado para a malta.

Cumprimentos fofos!

um segredo fechado

02/10/2008

inteligência

Nas palavras de um amigo pato, há malta que tem a inteligência de uma amiba coxa.
Considerando que uma amiba, não é mais que um protozoário unicelular aquático, que muda constantemente a sua forma através da emissão de pseudópodes, visível a olho nu e semelhante a um pequeno ponto branco opaco, podemos efectivamente perceber que andam por aí muitos pontos opacos que são apenas aquilo que se podem chamar de pseudo-bróculos.
Aliás, tomando para a análise, uma qualquer amiba, não se percebe exactamente o porquê da importância da amiba ser coxa mas, na realidade, tem razão de ser.
Afinal, há malta que consegue ser tão imbecil que, comparando-os com uma amiba, que geralmente não tem membros, poder-se-ia dizer que se os tivesse, só podia ser coxa.
E depois temos os protozoários que, apesar de não serem amibas coxas, conseguem ter um grau de estupidez bastante superior ao normal.
Às vezes pergunto-me se serei eu que sou muito otário, ou se é mesmo a mente de algumas saliências protoplasmáticas que é demasiado profunda para o meu pequeno cérebro compreender.
Por vezes sinto que a única forma de me fazer entender é pegar numa marreta e iniciar um procedimento paralelo de destruição em massa de tudo o que me rodeia. Mexe? Levou!
Não sou um cromo violento mas, às vezes, e só mesmo em vezes muito pequeninas, é que me dá vontade de amarrar um conjunto de amibas à frente do carro e ir fazer um corta-mato por um caminho de silvas. O que me chateia um bocado, é o facto de depois ter de limpar a merda do capot, que já anda sempre cagado da merda dos pombos.
Nas vinte e quatro horas que compõem um dia, sou capaz de pensar um bom punhado de vezes na mais bela expressão do mundo (foda-se) sempre que contemplo mais um momento cultural de invariável estupidez malaica.
De facto, compreende-se que existam os Darwin Awards, acerca dos quais já falei várias vezes neste blog de merda mas, acho que era preciso mais.
O mundo merece mais!
Devíamos premiar os mais queimados cornos, os cérebros mais recheados de muco, a malta mais bronca à face da Terra.
Creio que mereciam.

01/10/2008

smoke kills

cenas da catequese

A minha Mãe passou anos a tentar convencer-me a ir para a catequese.
A família sempre foi católica, mas eu era um gajo que fazia perguntas demais para ser inteiramente dedicado à Fé.
Mas tinha pena. A minha Mãe fazia tanto e esforçava-se tanto por mim que, o mínimo que eu poderia dar era mesmo fazer-lhe a vontade.
Carregado de dúvidas e de certezas, lá rumei eu durante sábados a fio para a Igreja da Graça. Havia uma pequena porta atrás de um dos santos que nos levava para uma pequena sala onde tínhamos as ditas aulas.
Era uma coisa semi-tortuosa porque ainda íamos assistir à missa. O padre, italiano, era um gajo porreiro e conseguia manter a malta minimamente acordada. Ok, conseguia manter-me acordado, visto que parecia ser o único que não tinha despertado para os prazeres da Fé.
Lembro-me que tinha uma colega que dizia para a senhora que nos dava as aulas: "sabe, todas as noites agarro na minha Bíblia e abro uma página aleatória... e encontro sempre uma história mais linda que a outra"
Eu não sei, mas sempre pensei que a gaja era completamente passada. Ou queria levar com o nabo ou então era doida. Eu só dizia para com os meus botões... "foda-se... filha, deves andar é a fumar o livro..."
E depois o Padre veio convidar-me para ser acólito... e eu disse-lhe que não podia porque era um puto ocupado. E ele perguntou-me o motivo e eu disse-lhe que precisava de melhorar as minhas capacidades no jogo online.
"Mas filho, o Senhor chama-te...";
"Senhor Padre... a comunidade online também me chama".
Creio que não preciso de dizer que o Senhor Padre me ia matando...
E depois a Primeira Comunhão exigia que passasse uns cinco anos na catequese... mas quando me decidi a fazer a vontade à minha Mãe, já era velho demais; então, fiz apenas um ano de catequese.
No dia da Primeira Comunhão, mandaram-me fazer uma leitura... quando voltei ao banco de madeira, uma gaja ao meu lado vira-se no meio da missa e começa a falar compulsivamente acerca do meu pequeno momento na Igreja da Graça. Foda-se, a rapariga não se calava... parecia uma cena do American Pie.
A senhora que nos dava as aulas tinha uma loja de sapatos na Graça.
O que me levou a tornar-me mais católico foi o momento em que vi as ajudantes da senhora... na altura, eram moças para uns vinte e poucos aninhos, bem guarnecidas e atadas, como as alheiras. Uma era loura, a outra morena.
Com tanta santidade, sempre parti do princípio que eram virgens, mas na verdade tinham aspecto de ser duas grandes doidas. Como aquela do American Pie, que fazia a festa toda com a flauta...
Desde essa altura que prometi a mim mesmo que não me metia noutra.
Por outro lado, fiquei para sempre seriamente afectado com freiras. E fardas.

e-xistências

José Sócrates diz que o sistema financeiro nacional está sólido e resistente.
É natural. O Shire também não foi afectado pelas Grandes Guerras.
Basicamente, como podemos afectar o que não existe?
Lógica do caralho...
E já agora, não é um bocado estúpido dizermos todos os dias que a Euribor atingiu um máximo histórico? É que tipo... se ontem houve um máximo histórico e a taxa de hoje for superior à de ontem, parece-me óbvio que seja um novo máximo histórico portanto, para quê reforçar o 'histórico'?