07/10/2008

mais um lindo momento

Lembro-me de ouvir o Sting uma vez num programa do Herman José a falar de sexo tântrico.
O gajo dizia que aguentava três ou quatro horas... aquilo durava mais que o orgasmo do porco, que é de 30 minutos.
Nessa altura lembrei-me que, a par com o sexo tântrico, talvez se pudesse fazer também a masturbação tântrica.
Que se lixem as quatro horas do Sting. Aguentei um mês naquela merda...
Foda-se. Ao fim de quatro semanas o escroto parecia um saco de batatas. Desconfio que nessa altura, bastaria que uma folha caída, na sua perspectiva sazonal, me caísse na tromba para me desfazer em fluido seminal.
Não deveria ser um espectáculo muito bonito... eu a rebentar tipo balão-carbonara.
À medida que um gajo envelhece, fica cada vez mais deprimido.
Até aos meus seis anos, passava os dias em casa a acariciar-me debaixo da mesa da sala.
Depois, entrei para a escola e, durante doze anos, ansiava voltar para casa, por volta das seis, para ter os meus quinze minutos de reflexão.
Na faculdade, como entretanto um gajo começa a trabalhar, começa a ser mais complicado perder tempo com estas coisas. As casas de banho do emprego eram demasiado nojentas para um gajo enojar ainda mais aquilo e, a perpectiva do cagalhão do cliente anterior a boiar lá no fundo da sanita não trazia imagens animadoras para a festa... seguia-se a corrida para a faculdade, no meio do caos de final de tarde, sendo a cereja no topo do bolo a aulinha de estatística às oito da noite. Um gajo chegava a casa à meia-noite e ainda ia jantar, sabendo que no dia seguinte tinha de levantar o cú da cama às sete da manhã... nem dava vontade; morria pelo fim-de-semana, momento em que poderia podar a árvore à vontade.
Agora um gajo já se conforma.
A faculdade acabou, é só o trabalho, mas não há tempo nem para cumprimentar os tomates.
Quero voltar aos meus seis anos! A vida é injusta.

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