30/06/2009

leaving on a bus

Manifesto contra os motoristas da carris que efectuam os transportes a menos de 30 km/h.
Epa, as velhotas não precisam de ir neste autocarro, podem esperar pelo próximo! Não precisamos de ficar de portas abertas nas paragens à espera da velhinha que coxeia de bengala e andarilho e que ainda vem lá ao fundo a acenar para que esperemos.
As grávidas. Gravidez não é doença, certo? Então vão à merda mais o empurrar do carrinho e apanhem o autocarro seguinte, que a malta tem de ir trabalhar e não tem tempo para as operações de levantamento das rodinhas da frente, subida para o autocarro, levantamento das rodinhas de trás e estacionamento do dito cujo mais a mamã no local destinado para o efeito (e só depois arrancamos).
Quando andamos no nosso carrinho, aceleramos no amarelo. Por que raio o animal do autocarro trava quando ainda está no verde? Dá a sensação que gostam de ficar parados nos semáforos. É mais calminho assim, não é, cabrãozinho?
Rookies. Insistem em meter os motoristas recém-formados nas carreiras de hora de ponta. Entendam: UM GAJO TEM PRESSA, OK??? METAM OS NEWBIES FORA DA HORA DE PONTA, PARA NÃO ANDARMOS A STRESSAR COM OS GAJOS A ANDAR DEVAGAR E A SUBIR PASSEIOS!!!!
Será que passa? Será que não passa? Hum... se calhar não dá. É melhor começar a buzinar. Mas e o senhor da carrinha mal-estacionada? Depois chateia-se... é melhor não buzinar. Vou tentar passar. Ou não.
ANDA COM ESSA MERDA, CARALHO!
E aqueles cromos que insistem em parar na paragem mesmo que ninguém tenha dado a ordem de stop e que ficam ali por momentos, não vá alguém aparecer? "Foda-se, chouriço! O que raio tás a fazer?? Anda-me com essa putanhice!"
Alguém avise aquela malta. A farda azul e amarela já é suficientemente horrível (mais do que os cortinados aqui do trabalho), não precisam de andar com as pochettes à tiracolo a passear o mp3, o telemóvel e a carteira. Há bolsos, sabiam? É uma invenção recente, mas estão lá.
Mau-humor é algo proibido. Foda-se, um gajo já está a sair de casa cedo para caralho e ainda tem de levar com o focinho grotesco do animal que nos leva ao trabalho? Sou eu um dos animais que te paga o ordenado, ok?
Por outro lado, o ar estupidamente sorridente e imbecil daqueles broncos que já foram buscar o autocarro ao parque com um sorriso imenso de orelha a orelha também é evitável. Caramba, logo de manhã com um sorriso daqueles no focinho e uma vozinha doce a dar os bons-dias enquanto passamos o passe no sensor... dá vontade de arrancar o sensor e afocinhá-los ali como se não houvesse amanhã.
E depois os gajos agora sentem-se mesmo tecnológicos.
"Ah, é um bilhete"
Clicas aqui, um bip daquele lado, mais um botãozinho acolá, e logo o talão impresso sai naquela cena pequenina com a hora e a carreira. Mas no meio de tanta merda, ainda conseguem andar a lixar o juízo a um gajo porque não tem trocados. E depois ficam horas a contar as moedinhas para darem o troco. Parece que os tipos não têm moedas de valor superior a 0.20€. Aliás, a Carris parece subsistir com moedas de 0.05€, 0.10€ e 0.20€. Se lhes damos uma moeda de 0.50€ já lhes lixa o esquema todo. Parecem máquinas de Turing.
Giro é que nunca encostam o raio do autocarro à paragem. Não, preferem ficar no meio da estrada e a malta que se foda a sair do autocarro. Depois se um tarado qualquer se lembra de ultrapassar o machimbombo pela direita, abafa logo metade do corpo a um macaco. É uma forma fixe de nos dividirmos. "Consigo estar em dois lugares ao mesmo tempo. Dentro do 26 e no retrovisor daquele gajo que vai ali ao fundo"
O mais enervante é mesmo a cena dos palhaços lá dentro no dia da criança e do Pai Natal em Dezembro. ARGHHH, mas que vontade de rebentar o focinho aqueles gajos todos!!!
Vou pedir à minha caixa mágica que aniquile os parcómetros de Lisboa. Do mal o menos, se levo o meu carro só tenho de me aturar a mim.

28/06/2009

25

Entretanto dei conta que fiz 25 anos.
Acabei de nascer há momentos. Tecnicamente, acabei de viver parte de uma vida.
Considerando que o testezinho que fiz no outro dia no Facebook dizia que eu deveria morrer lá para os cinquenta e tal, quer dizer que acabei de atingir mais ou menos metade da minha vida. O que é brutal, porque não é toda a gente que aos 25 consegue ter a crise da meia-idade! Aliás, crise da meia-idade e ainda não atingi a andropausa.
Mas o teste da morte é porreirinho. Fuma? Não. Bebe? Raramente. O que faz? Informático. Ahhhhhhhhh, tás condenado! Parece positivo.
A bem dizer, a aturar utilizadores compulsivamente loucos durante anos a fio, é efectivamente provável que um gajo não dure muito.
Vote-se no cargo de informático como profissão de risco.
O que é chato nisto é que o Michael Jackson já tinha confirmado que ia aos meus anos, mas como morreu entretanto parece ter-se visto negro para cá chegar.
A partir de uma determinada idade, o tempo passa a ser medido em unidades de trabalho.
A única coisa que me ocorria acerca do meus anos na sexta-feira, é que iria sair do trabalho com 24 e voltar a ele com 25. É triste.
A malta não deveria ser obrigada a trabalhar! Devia haver pedras mágicas, que atirávamos à água gelada mesmo junto dos rins dos parvos que por lá andassem e depois pedíamos chuva de ovos Kinder... e a surpresa podia ser dinheiro!
Aliás, por cada três ovinhos que caiam, um deles ia parar ali ao Ministério das Finanças. Assim já escusavam de chagar os cornos a um gajo com merdas e merdinhas. Às vezes pergunto-me se o IRS não será apenas uma forma de uma centena de macacos terem emprego assegurado todos os anos.
É que os buracos na rua mantém-se, e os hospitais a cair também. Mas o bacano que me manda os mails a dizer que tenho de passar pela repartição continua a ser o mesmo.
Agora que o Rei da Pop morreu, há que encontrar um substituto.
Após uma luta deveras renhida entre o Quim Barreiros e a Ágata, o vencedor por unanimidade acabou mesmo por ser o Toy.
Depois de ver o Estupidamente Apaixonado cantado de olhinho fechado fiquei fascinado. Bateu mesmo tudo. Empurrou o andar sem sair do mesmo sítio do Miguel para um cantinho; e nem mesmo as pernas da Tina conseguiram bater o guincho estridente do Hobbit da Margem Sul: "Estupidameeeeeeeeent'aaaapaixonaaaaaaaaaaadoooooo..."
Para terminar, visto que o dia de aniversário aproxima-se rapidamente do fim... começo a meio do ano a treinar para as festas familiares de Dezembro. A família biológica telefonou a perguntar se eu estava feliz por ter nascido, mandei-os à merda. Porque ao menos os amigos conseguimos escolher.
Claro que estou feliz! Quer dizer, não estando, JÁ TIVE 25 ANOS PARA PENSAR NESSA MERDA, NÃO É??? É TEMPO DE SOBRA!! Ou te seguras ao pau ou então matas-te, é essa a lógica. Agora estou curioso por saber como serão os próximos anos.
Daqui a nada vou dormir, a pensar no paneleiro que na semana passada me apalpou os mamilos no trabalho.
Considerando que era de facto um gajo, antes os mamilos que outra coisa qualquer, mas não deixa de ficar registado na lista negra para um dia destes lhe atirar com um monitor de 19'' à tromba.
Nem foi pelo apalpar dos mamilos, foi pelo sorriso estúpido de prazer que me lançou quando olhei assombradamente raivoso para ele.
Do mal o menos, a malta levou-me a Playboy deste mês para o almoço... sempre posso abafar a banana a pensar noutra coisa sem ser o cabrão dos mamilos.

Cumprimentos Patinos!

billie jean

25/06/2009

24/06/2009

fiesta



I am Francisco Vasquez Garcia
I am welcome to Almeria
We have sin gas and con leche
We have fiesta and feria
We have the song of the chochona
We have brandy and half corona
And Leonardo and his accordione
And calamari and macaroni

Come all you rambling boys of pleasure
And ladies of easy leisure
We must say Adios! until we see
Almeria once again

There is a minstrel, there you see,
And he stoppeth one in three
He whispers in this one's ear
"Will you kindly kill that doll for me"
Now he has won chochona in the bingo
All the town has watched this crazy gringo
As he pulls off the doll's head laughing
And ­miraldo! throws its body in the sea

El vienticinco de agosto
Abrio sus ojos Jaime Fearnley
Pero el bebe cinquante Gin-campari
Y se tendio para cerrarlos
Y Costello el rey del America
Y suntuosa Cait O Riordan
Non rompere mes colliones
Los gritos fuera de las casas

comentários

Já repararam na expressão "sem comentários?".
Não é curiosa? Estamos sempre a levar com o 'sem comentários', quer seja escrito ou oralmente. Até há uma cena no Euronews com o mesmo nome.
Mas o facto é que não faz qualquer tipo de sentido. Por que dizemos 'sem comentários' quando o que se pretende efectivamente é não fazer qualquer tipo de comentário? No fundo, só o dizemos porque queremos efectivamente comentar algum tipo de acontecimento ou situação que por diversos motivos não desejamos que fique refundida nas profundezas do nosso ser.
Na realidade, se não fosse a nossa ideia tecer qualquer tipo de comentário, nunca diríamos 'sem comentários'. É como aquela brilhante do "o que te devia dizer sei eu; mas não digo."
Epa, sem comentários.
As praias portuguesas andam cada vez mais sujas.
No outro dia vi um cagalhão a boiar na praia. Pelo menos era bem preto. E as pernas e braços que ele tentava dissimular, os óculos de mergulho e o sotaque acentuado não enganavam ninguém. Era um cagalhão mergulhador. Os risinhos e a vozinha eram apenas um pretexto para se poder confundir com um qualquer ser-humano de tonalidade mais escura.
Eu assustei-me. Mergulhei e, quando vim à superfície lá estava ele. "Foda-se, um cagalhão".
De facto, ocorreu-me que um dia a terra será inundada pelos oceanos, todos morrerão, a vida deixará de existir, mas aquele gajo sobreviverá… porque a merda boia.
Häagen-Dazs. O gelado até é porreiro, não é?
Mas alguém me explica por que raio os nomes estão sempre escritos em inglês? Não podemos considerar que o Lemon Sorbet é simplesmente a porra de um sorvete de limão? Ou que o Nut Caramel and Cappucinno Icecream seja simplesmente um geladinho de caramelo e nozes com um toque a café?
Essa merda desvirtua toda a nossa individualidade terceiro-mundista que nos obriga a puxar pela língua e a tentar dizer o nome da merda dos gelados como se já tivéssemos a língua dormente do mesmo.
Entre outras coisas, estava para aqui a pensar nas Legislativas. Epa, li algures uma coisa linda.
"A diferença entre Portugal e a República Checa é que esta tem o Governo em Praga e Portugal tem a praga no Governo".
Mas praga?? Foda-se! Peste! Portugal tem a peste no Governo! As ratazanas que habitam por S.Bento assemelham-se bastante aos seres predatórios e peludos que vagueiam incansavelmente pelos recantos mais obscuros do Convento de Mafra.
O mal das pestes é serem estupidamente resistentes aos venenos existentes. Proponho a incineração colectiva. Depois transformamos isto num kibbutz pseudo-israelita com uns aromas de Palestina e mandamos a economia mundial às couves e urtigas. Literalmente.
Estou muito contente. A sério. Não, mesmo, podem acreditar.
Trabalhar numa empresa com origens nortenhas é do melhor.
Quando os dias não correm bem, podemos mandar toda a gente para o caralho que ninguém se chateia. Aliás, passam o dia a fazer-me o mesmo. A reciprocidade é algo místico e genial.
Eu cago, tu cagas.
Eu grito, tu gritas.
Eu mando-te para o caralho... e tu fazes o mesmo.
Brilhante!
Se pudesse passaria os dias a jogar ao jogo que fazíamos na quarta classe.
"Tás tu"
"Não, tu é que tás"
"Não, tu é que tás"
"Não, tu"
(...)

póing

"Um jovem casal de namorados caiu, ao início desta manhã, ao rio Douro (...) O casal caiu na zona da Rua do Ouro, «por baixo da Ponte da Arrábida». «Com a maré vaza, caíram nas rochas», contou a mesma fonte. A rapariga, de 14 anos, está «em estado muito grave», «com múltiplos traumatismos»"

Pois é... o amor dói. E estes parecem ter queda para a coisa, lol.
É caso para dizer que ele a partiu toda.

20/06/2009

wild world



Now that I've lost everything to you
You say that you want to start something new
And it's breaking my heart, you're leaving
Baby, I'm grieving
If you want to leave, take good care
Hope you find a lot of nice things to wear
Then a lot of nice things turn bad out there

Oh, baby, baby, it's a wild world
It's hard to get by, just upon a smile
Oh, baby, baby, it's a wild world
I'll always remember you
Like a child, girl

You know I've seen a lot of what the world can do
And it's breaking my heart in two
Cause I never wanna see you sad, girl
Don't be a bad girl
Now if you wanna leave, take good care
Hope you make a lot of nice friends out there
Just remember there's a lot, I'd beware

16/06/2009

snake

E quando eu pensava que nunca mais iria ser afectado pela mesma doença, quando eu julgava que já me tinha passado o vício e que era um pato novo... quando eu julgava que não iria cometer os mesmos erros, eis que me atiram com aquela fabulosa peça de arte denominada 'telemóvel da empresa'. Mas isso não é grave... chato é darem-me um modelo daqueles Nokias marados, bastante semelhante ao primeiro ou segundo telemóvel que tive... daqueles que quando vamos à tentação de ver o que anda na secção dos jogos, encontramos o mítico Snake.
Porra. Pensamento básico: "Ena, o Snake.! Há tanto tempo; deixa ver se ainda sei jogar..."
Pois. Acabo de voltar aos meus tempos de qualquer coisa, em que me enfiava todos os dias na casa de banho durante 10 min para tentar passar mais um nível.
Há qualquer coisa de hipnótico na merda da serpente, que anda para cima e para baixo, controlada estupidamente pelas teclazinhas dos números pares, a comer algo ainda mais estranho. E o carácter discriminatório do Snake, claramente homofóbico, em que a serpente não pode comer o rabo, transporta-nos para uma realidade paralela em que nos encontramos na casa de banho a gritar "Putaaaanheiro! Vá! Come a merda da bolinha!!!" enquanto os colegas nos julgam loucos, no lado de lá da porta.
Sempre achei que o conjunto de actividades que um gajo desenvolve enquanto se liberta é deveras interessante. Conhecia um gajo que todos os dias à mesma hora, levava uma maçã para o privado e deixava o caroço no fundo da sanita. Note-se que não estou a projectar nenhuma metáfora esquisita; era mesmo o caroço de uma maçã.
Já outro havia que tentava passar o nível 10 do Sudoku... foi uma merda para o acabar. Literalmente.
Eu, preferia sempre os filmes... e no secundário, passei 6 horas a ler os Maias. Foi a única vez que deixei de sentir o rabo. As 'nalgas' incharam e ficaram presas no ambientador enquanto o Ega e o Carlos corriam atrás do americano. Tive de meter uma merda de lado para conseguir sair de lá, à boa maneira de Arquimedes.
O que me deixa fascinado e surpreso relativamente ao ser-humano é a confiança que estabelecem relativamente a um gajo. Lembram-se do Círculo de Confiança do Robert De Niro? É semelhante.
Um tipo que ontem era facilmente identificado como um depósito de tijolinhos de confiança, hoje não passa de um bloco de merda com quem é melhor manter alguma distância. Acaba por ser giro.

12/06/2009

aria

momentos de orgulho

Portugal no seu melhor.

folga

Dia de trabalho entre dois feriados. Sexta-feira. O Verão a chegar.
Faço parte daqueles 10% de malta que hoje não ganhou o dia.
Não me queixo de estar a trabalhar. Queixo-me é de não haver trabalho. Foda-se, nem uma impressora partida, um utilizador bloqueado... epa, um servidor em baixo, que fosse! Onde está toda a gente? Não se ouve a porra do telefone, não cai a merda de um email! Onde andam os utilizadores broncos que me fazem a vida diária num inferno??? Ah, foram de férias, ok...
Sem nada de jeito para fazer, divirto-me a instalar compulsivamente sistemas operativos até chegar as cinco e meia da tarde. O pior é que o processo é automático, aquilo faz-se por si, o que me dá um sono do caraças.
Epa, estou mesmo com vontade de pegar no alicate de corte e dar uma trinca naqueles cabos de telefone... só para me entreter um bocadinho a fazer a reparação.
O meu piso está vazio, o ar condicionado acabou de avariar. Posso estar a ouvir música bem alto, apenas para abafar o ruído do silêncio brutalmente enervante que se colocou. Pergunto-me o que raio estou a fazer aqui.. "Prevenção", diz quem sabe. Foda-se... se não há malta para trabalhar, não há quem se queixe. E se ninguém se queixa, qual o objectivo da 'Prevenção'??? Podia estar a dormir na caminha, a dormir na praia, a dormir algures, à espera que o telemóvel tocasse. Assim não, tenho as nádegas coladas à cadeira, esperando o infinito ou um telefonema de pânico. Será que se for ali à salinha de servidores e mandar umas biqueiradas valentes no servidor de mail, ou no proxy, alguém se queixa e me arranja trabalho? Hum...
Estou em frente a um armário de vidro, e começo a passar-me com o palhaço que está ali reflectido com o headset nos cornos. Que vontade de pegar no telefone móvel e atirar com toda a força aquele gajo do vidro...
Aproveitei para fazer um teste de esperança de vida na net... os tipos dizem que vou durar até aos 54. Que bom...
Estou prestes a passar os 25, o que quer dizer que estou quase na meia-idade, segundo as previsões mais recentes.
Pensava que ia durar até aos 100 anos. Assim, estaria agora a cruzar o primeiro quadrante do círculo trigonométrico.
Depois de fazer o teste já percebi que na melhor das hipóteses passei há 4 anos pela bissectriz dos quadrantes ímpares...
Já é o terceiro mail que a Renatinha me manda esta semana.
Segundo a Renatinha, ela tem fotos nossas lá no motel. Epa, já tentei responder à Renatinha e dizer-lhe que não, não devia ser eu... mas no retorno respondeu a Carlinha a dizer o mesmo. Foda-se, vocês as duas decidam-se...
Mas sempre é melhor que a newsletter que a Evax insiste em mandar-me, com as novidades. Assim de repente, só se for um tampão que se meta dentro da Cindy e absorva toda a merda que ela insiste em deitar cá para fora.
O que é giro é que até tenho merdas para fazer, mas que estão dependentes de outras pessoas na empresa. E COMO ESSA MALTA FOI TODA CURTIR A PONTE, O MACACO É QUE ESTÁ AQUI A OLHAR O INFINITO!!!
Acho que vou carregar no Ok que aquelas instalações estão a pedir e ronhar para a sala de servidores (o pedaço mais fresco aqui da zona).

11/06/2009

era uma vez

Um pato de borracha, sozinho no oceano, sonhava em voar com os patos de verdade...
(sentido das coisas... o que raio faz um pato de borracha no oceano?? E a sonhar????)


coisas

Havia uma anedota que contava a história de um pinto que queria fumar uma ganza.
Então o gajo ia ter com um galo e pedia-lhe uma passa.
"Epa, não, que és muito novo..."
"Vá lá, vá lá, vá lá, Galo!"
"Então, vá, dá lá uma passa..."
E o pinto dá.
"Então, já sentes alguma coisa?"
"Não, Galo"
"Então dá outra"
...
"Já sentes?"
"Não..."
"Dá outra; já sentes?"
"Não, Galo... não sinto as patas, não sinto as asas, não sinto o bico..."
Hoje sinto-me um pato como o pinto. Não andei a fumar ganzas, mas de repente, fui agredido por um peixe-gato e deixei de sentir tudo o que situava abaixo do umbigo.
A parte anterior da articulação média da perna, ao ser catapultada violentamente contra as glândulas da bolsa cutânea do respectivo, tem a capacidade de fazer com que o amanhã deixe de existir e que as estrelinhas do mar apareçam à frente dos olhos invadidos de lágrimas.
Toda a gente me anda a dizer que a minha cadela tem nome de actriz porno.
De facto, fiz uma pesquisa na net e descobri que tinham razão. De qualquer forma, prefiro pensar que tenho uma Cindy Crawford de 4 patas aqui em casa.
De Inglaterra chegam os elogios aos Deolinda. Ao que parece, os ingleses adoram a sensualidade das ancas infinitamente agitadas da Ana Bacalhau.
Foda-se... os ingleses têm sempre uma forma infinitamente cavalheiresca e metafórica de dizer que a rapariga (com o pobre nome) está gorda como uma vaca...
E fazem questão de realçar que quando voltarem a Inglaterra, os Deolinda irão tocar numa sala maior... a ver... ela tá grávida, ok? Aquilo passa! Não é preciso uma sala maior!!
Ando a fugir de um gajo. Todos os dias me pergunta à saída do trabalho se 'é hoje que vamos os dois para o metro'...
Tipo, tu vais mas é para o caralho que te foda, paneleiro de merda! Mas como sou um gajo porreiro e educado, agradeço a amabilidade da companhia e descarto para outro dia, 'porque hoje não me dá mesmo jeito ir para esse lado'. Mas a ver: eu não vou para esse lado, ok???
É que na verdade... EU NEM SEQUER MORO NUMA ZONA QUE TENHA METRO, CABRÃO!!! Todos os dias apanho o autocarro para o trabalho, o facto de me ter cruzado uma vez com ele no metro foi um simples acaso!
"Ah, mas então vamos a pé"
Vais a pé é para a quinta perna de um boi!
Amanhã conto arranjar uma história mesmo muito boa para me escapar novamente... vida dura...

08/06/2009

last request

overloading

Dizem que a vida se resume a uma metáfora de quatro líquidos.
O biberão de leite, a garrafinha de Coca-Cola, a cerveja e o saco de soro.
Eu era capaz de juntar a isto o recipiente da baba, porque tenho a certeza que os dias vão acabar num lar refundido com a cabeça inclinada para o lado e a língua de fora, sem sequer conseguir controlar a ejecção de fluidos gastro-intestinais que se vão acumulando no chão frio e sujo de tijoleira - isto ou semi-atrofiado, vítima do inverno nuclear.
Ou então foi algum filme que vi e ainda estou meio impressionado com isso.
Acho piada ao anúncio dos telemóveis que diz que já podemos actualizar o perfil do hi5 no metro... foda-se, para que raio quero eu actualizar o perfil no metro? Só se for para preencher a twittice do "what are you doing?" - "a chegar a Arroios"; "a sair nos Anjos"; "enganei-me na linha"...
E no outro dia ligou-me um gajo da TMN para o trabalho. Aquele pessoal tem mesmo uma pancada valente. Os tipo despedem-se mesmo com "até já".
"Até já"? Mas eu conheço-te de algum lado para me dizeres "até já"?? Porco!
É impressão minha, ou o universo está metafisicamente coordenado de forma a que os telefones toquem sempre quando não podemos atender, o trânsito pare sempre que queremos andar, e os despertadores nunca toquem quando queremos acordar?
Há uma merda bastante irritante. O botão de off do despertador.
Tipo, aquela porra começa a tocar às 7. Mas no delírio da madrugada, um gajo levanta-se e desliga o despertador. E depois já só se acorda às 7.30 e temos de andar a correr para chegarmos a horas onde queremos. Tudo por causa da existência de um cabrão de um botão de off.
Proponho que se faça um abaixo-assinado para eliminar os botões de desligar nos despertadores.
Isso ou cortarem-nos as mãozinhas para não termos ideias imbecis. O pior é que mesmo com os cotos aquilo era capaz de se conseguir desligar.
Diz o Homer Simpson que a menopausa é quando a cegonha que traz os bebés leva um tiro de caçadores bêbados. Fiquei a pensar... e a andropausa? É quando a testosterona passa a servir apenas para temperar o café, não?
Eu nunca consigo é perceber por que raio as imagens nas caixas dos produtos congelados, nunca ficam iguais aos produtos efectivos depois de descongelados. Adoro aquela foto com o salsichão geometricamente centrado no meio da pizza... mas depois de ir ao forno, fica sempre com um aspecto tão... tão... salsichesco? É como a merda dos lombinhos de pescada. Quando os cozemos nunca aparece o barquinho a boiar no meio do tacho; mas a verdade é que aparece no prato fotografado.
Acho que os lombinhos e demais são uns dissimulados que se escondem atrás do cartãozinho e plástico do pacote, e que na verdade estão a cagar-se para nós, que os compramos. Nós, que somos fiéis à marca, acabamos a temperá-los no prato. Mas o queijinho derretido, o barco a navegar no tacho e galo do frasco do azeite, esses, nunca aparecem.
Resumindo: o meu carrinho também era preto, quando saiu do stand. Após 2km nunca mais teve a mesma cor.

05/06/2009

estou vivo

O optimismo semi-induzido dá comigo em doido.
Começar o dia com um gajo que nunca vimos mais gordo a desejar-nos um dia feliz e cheio de saúdinha porque, se Deus assim o quiser, o que importa é saúdinha (reforçando o 'saúdinha') dá vontade de mandar alguém para o caralho que o foda.
Tipo, levar com isto antes das 8 é dose.
Já o Bin Laden é um gajo bastante mais coerente.
Uma vez mais, ameaçou os Estados Unidos por causa das políticas do Barack... epa, o gajo está há pouquinhos meses no poder, e as ameaças surgem de um gajo que já ninguém está certo que exista ou não. O Bin começa a parecer uma daquelas senhoras dos bairros que reclamam de tudo e mais um pintelho.
É irritante. Por mim fazia um sketch dos Marretas em que os Velhotes podiam muito bem ser o Bush e o Bin. Podiam foder os cornos um ao outro e não chatearem quem está literalmente a cagar-se para essa merda.
Será apenas esquisitice minha ou o facto daqueles garrafões de água que metem nos escritórios serem apenas de 18.9 litros é brutalmente enervante? Por que não 19 litros? Os 0.1 litros eram assim tão impossíveis de colocar? Epa, não faz conta certa, é irritante!
E hoje alguém reparou na minha mesa cheia de patos... e com base nisso perguntaram se eu também gostava assim tanto de patas.
"Bem... sim."
"Ah, e das patas com duas patas?"
Tipo, patas com duas patas? A ver... mas há algum tipo de pata que não tenha duas patas? É que das outras só conheço as lésbicas, que andam com mais que as suas duas patas naturais... de resto, uma pata, ou pato, tem sempre duas patas, ou não?
Melhor do que isto só a ilustre que se queixava que em todos os andares, a porta interna do elevador chiava, sugerindo para isso a sua substituição.
Eu não sei em que mundo esta malta vive, mas no meu - que não é muito certo - as patas só têm mesmo duas patas, e as portas internas dos elevadores (exactamente por serem internas) não mudam a cada piso que passa... afinal, estão agarradas ao elevador.
Num mundo perfeito, a porta do elevador não chiava, os patos eram pernetas e o gajo que nos deseja um dia feliz e cheio de saúdinha levava era com o garrafão de 18.9 litros nos cornos. Mas isso era no meu mundo perfeito, onde os pinguins cantam o vira e os elefantes voam baixinho.

01/06/2009

Reparem nos patinhos aos 25s...

love hurts

Dizem que o amor dói, magoa, faz estragos.
Suponho que a minha cadela goste loucamente de mim.
No sábado, decidiu lamber-me as mãos, fazer-me fofas festas com as pequenas e peludas patinhas. Depois a excitação fez com que a língua se transformasse em pequenos dentinhos em agulha. E as patinhas ganharam pequeninas unhas e arranharam-me a mão direita como se não houvesse amanhã.
Percebi que era um amor verdadeiro (como o do Shreck e da Fiona) quando a mão do porco - leia-se, a minha - começou a sangrar.
De facto, o amor dói como o caraças e não faz sangrar apenas o coração. A minha mão é prova disso.
Hoje bem cedo, deram-me um Magalhães para as mãos. Ainda não consigo entender o que tem aquela merda de português.
Uma motherboard espanhola, com um processador made in taiwan, num sistema operativo norte-americano... tipo, o meu rabo é mais português que aquela merda e não é por isso que aparece nos jornais. Deve ser por causa da forma ergonomicamente inteligente como o teclado foi concebido que não permite carregar no Q sem vir o W e o A agarrados (refiro-me ao teclado...). Ou então tenho mãozinhas de porco e não me ajeito com as teclas.
O mais português no Magalhães deve ser mesmo o nome. E vai daí...
Hoje é Dia da Criança.
Talvez por isso me sinta tão livre e solto. Pode ter sido por causa da diarreia, é um facto. Mas só tenho vontade de me sentar aqui e brincar com os peluches que habitam a minha secretária.
Não fosse a malta continuar a insistir que sou grande e a teimar em telefonarem-me a pedir cenas de trabalho (foda-se, já sei que a impressora deu o bafo, já aí vou!!!) e deitava-me aqui no chão a brincar com os dinossauros.
Algo que ainda não percebi... se no Dia da Mãe, os filhos dão prendas às mães... e se no Dia da Mulher, os homens dão prendas às mulheres... quer isto dizer que hoje os senhores padres dão saquinhos de guloseimas às crianças que forem ver a corneta do anjo Gabriel?
Sou uma mente pecaminosa. Ou então contraí raiva ou merda parecida.