30/04/2009

enchendo chouriços

Todos os dias conheço gente nova.
Isso assusta-me.
Todos os dias conheço mais duas ou três pessoas que nunca vi mais gordas; por outro lado, todos os dias descubro mais duas ou três personagens que poderia mandar para o caralho profundo.
Se a minha capacidade de mandar malta à merda se começa a processar mais rapidamente que a cadência de malta nova que chega, estou fodido porque não sei o que fazer.
Hoje descobri um gajo que me queria tirar a roupa.
Seria normal, não fosse ele meio abichanado, por assim dizer. Ou completamente. É complicado segurar as calças quando as tentam puxar para baixo. Mesmo que apenas com o olhar.
O cromo estava a abusar e por momentos consegui visualizar um teclado a rebentar-se sucessivas vezes na tromba dele.
Da próxima vez estarei mais atento quando me sugerirem que devo ter cuidado com alguma coisa.
Reparei hoje que o único pessoal que se senta ao meu lado no autocarro é precisamente aquele tipo de malta que liberta um aroma quase tão agradável como o aspecto que tem.
Pergunto-me se pensarão o mesmo de mim.
Estava também hoje a pensar na relação entre os cães e os sistemas operativos.
A sério.
O XP é como um perdigueiro, sempre a bombar, não pára um segundo quieto e chafurda nos próprios ficheiros de sistema como quem procura o universo num pedaço de papel.
O Vista é tipicamente um são-bernardo. É pesado, lento e consegue ficar horas a fio a contemplar a própria estrutura. Melhor só se tivesse acoplado um garrafãozinho de tinto para acompanhar as horas de espera sempre que se passa.
Tenho uma ninhada de são-bernardos à minha espera, daqui a umas horas. iupi.

27/04/2009

the boy does nothing

É... já não há gajos como antes...

o lado negro de qualquer coisa

Talvez a coincidência permita que por onde quer que ande, consiga sempre recuperar uma pequena história. Ou então, ainda se pode dar o caso de eu complicar de tal forma as situações, que consiga encontrar uma réstia de humor e transformá-la numa situação marada no mais insignificante dos acontecimentos.
Fiquei a olhar para um empregado de um café.
Deve ter-me achado com cara de parvo ou então com ar de paneleiro, e decidiu fazer uma brincadeirinha...
Vamos lá a ver uma cena. Creio que é normal, pelo menos no universo paralelo em que vivo, pedir mais um garfo, mais uma colher, ou até mais um copo.
Creio que faz parte da natureza humana ter este tipo de pedidos.
A única coisa que pedi, foi mais um garfo.
E o idiota, olha para mim com um ar muito sério e diz qualquer coisa como ser necessário pagar mais qualquer coisa para poder ter o segundo talher. E como não liguei muito, no espaço de segundos começou a rir estupidamente e a dizer que estava a brincar.
Ah, ah, tão giro que és. Mais engraçado só com o garfo pela traqueia abaixo, não era?
Ok, consigo esboçar um sorriso e fazer que estava a achar piada.
"Ah, ah, ontem fiz isto a uma cliente e ela ficou mesmo nervosa e vermelha..."
Yah, ontem tentaste engatar uma cliente com a história do garfo, e hoje achaste que eu tinha ar de paneleiro e tentaste fazer o mesmo...
Eventualmente estarei a ver mal as coisas. Eventualmente terei alguma falta de sentido de humor nestas ocasiões. Eventualmente continuarei a achar que o garfo teria ficado imensamente bem se fosse cravado no focinho do gajo.
Por outro lado, compreendo a figura imbecil que faço sempre que tento convencer alguém que a alteração de uma password está dependente dos formulários 84A e 32C disponíveis na rede interna, assim como a autorização 8F preenchida pelo superior (há quem anote...).
O deprimente é que o idiota do café parece fazê-lo para o engate... eu faço-o apenas por gozo pessoal, para me ficar a rir sozinho com os meus pensamentos durante mais um par de horas.

24/04/2009

Queen Bohemian Rhapsody Old School Computer Remix

O autor deste filme, é um gajo tipicamente geek.
Para fazer esta merda, ele de facto deve ter consumido algumas horas da sua vida... ou não tinha mais nada para fazer, ou então é mesmo falta de sexo.

Encontrámos isto no YouTube.
Basicamente, trata-se de tocar o Bohemian Rhapsody dos Queen com merdas electrónicas.
Segundo o que li, o artista usou uma Atari 800XL para o piano, uma Texas TI-99/4a como guitarra, uma drive de disquetes a servir de baixo, um disco rígido de 3,5'' como gongo e um HP Scanjet 3C para as vozes.

Agora, ouçam o trabalho de um louco:

23/04/2009

só para ti, roger

...

amo-te Teresa

Quem não se lembra do filme em que uma professora mantinha uma relação proibida com um jovem inocente?
De facto, estava aqui a lembrar-me do filme, e nem sequer era pelo argumento, mas pelo nome em si.
Esta manhã, reparei que alguma pequena - ou um pequeno, não estamos aqui para julgar ninguém - escreveu discretamente no banco mais recuado do autocarro qualquer coisa como "amo-te David".
Bem, toda esta questão me levantou algumas dúvidas. A primeira, e mais óbvia, seria "Quem é o David?". Pois a modos que também não sei. Davids há muitos, conheço poucos, e em nenhum deles me parece que as namoradas (ou não) lhes deixassem mensagens no autocarro.
Partamos do princípio que ela não iria com ele. Sim, porque seria uma grande cretinice da parte dele, se ela logo ali ao lado lhe escrevesse no banco, para o mundo saber, "amo-te David" e ele não deixasse no banco seguinte qualquer coisa como "amo-te Maria", "Francisca" ou o que quer que fosse.
Assim, assumiremos que ela estaria acompanhada pelas amigas, largando o marcador ao mundo num jeito de desafio ou então sozinha, transpondo os seus sentimentos para um pequeno banco já semi-riscado.
Em qualquer dos casos, é necessária alguma coragem. Isto por um motivo muito simples: é que é preciso acreditar muito - mas mesmo muito - que o facto de andar a lixar bancos de autocarro vá resolver alguma coisa.
Começa logo com o facto de não se saber ao certo se o David anda ou não de autocarro. E mesmo que ande, considerando que andará sempre em hora de ponta (à saída do trabalho ou das aulas), as hipóteses reais de conseguir sentar-se - em particular naquele banco - serâo mínimas. E mesmo tendo ela (ou ele), tendo o esforço e convicção de deixar até o apelido do tal David, não creio que se por algum motivo o gajo se sentasse ali, desse conta que se referiam a ele. Eventualmente, a primeira reacção seria... nenhuma. Acho que mais facilmente olhamos para a janela que para o banco. Bem, mas eu olhei, também é verdade. Infelizmente, o nosso amigo David ficaria na mesma. Se a ideia era uma declaração anónima, resultou muito bem. Dificilmente o rapaz a irá ver e, mais divertido ainda, na eventualidade de a ver, nunca saberá o nome da autora.
Isto gera automaticamente um problema para o David - que nunca saberá - e para a sua admiradora, que cairá na condição associada a uma paixão platónica ou algo semelhante.
Ignorando todos e quaisquer motivos que a tenham levado a tal, pergunto-me se, com toda a capacidade de investigação que a levou a escrever tal coisa naquela carreira específica, e sabendo até o nome e apelido do rapaz, seria assim tão complicado arranjar o número de telemóvel dele... no fabuloso mundo das novas tecnologias, talvez fosse mais fácil mandar-lhe uma sms. Um telefonema também não caía mal. Ou então, numa visão mais romântica e conservadora da coisa, um bilhete perfumado. Com sorte, o David teria jeito para a coisa, como o Al Pacino no 'Perfume de Mulher', e conseguiria identificar a autora apenas pelo aroma das suas palavras.
Ou então estou enganado e as palavras mágicas no banco do 30 fariam todo o sentido, contrariamente a este post que, nessa condição, acabou de perder todo o significado.
Nesse caso, em vez de um 'Perfume de Mulher' teríamos certamente um "As palavras que nunca te direi".

22/04/2009

o melhor amigo do cão

pouca terra

Sequestraram um comboio na Índia. O maquinista tentou fugir mas não conseguiu.
Não é para admirar, na Índia qualquer coisa anda mais rápido que o comboio...
Do outro lado do mundo, José Sócrates afirmou que o Freeport é uma cruz.
Epa, Socas, a ver... larga lá o Freeport. TU, é que és uma cruz, tá bem?

pequenos mundos II

Água entornada.
Raras mas não improváveis vezes, a tal matéria que compõe os copos e que se desagrega, parte-se.
Ou melhor, limita-se a proceder à sua decomposição molecular noutra coisa qualquer, só que invalida a teoria e deixa de se retransformar no produto inicial.
O grande problema do vidro é ser inorgânico, homogéneo, amorfo, inerte e biologicamente inactivo. Nem a porra de uma bactéria a contaminar! Nada! É duro, inabsorvente, duro e, curiosamente, abunda na natureza.
Por essas e por outras, cada vez uso menos os copos. Mas acho que todos os nossos utensílios deveriam ser feitos de vidro.
Acho que o corolário da minha carreira será montar um portátil em vidro. Já o da minha vida será um caixão de vidro (influências CSI...?).

19/04/2009

in the shadows

a malta da IT

Um informático é sempre um informático em qualquer parte do mundo.
Perguntava-me durante o sono a respeito da diferença entre o meu último trabalho e o actual.
Então, tive uma revelação.
Faço exactamente o que sempre fiz. A grande diferença é que quando era informático numa agência de viagens, a malta olhava para os meus braços e perguntava:
"O que é isso?" E depois eu fazia o diagnóstico e já toda a gente sabia de que se tratava.
Agora, no hospital, é muito mais divertido, porque não tenho sequer que abrir a boca. Limitam-se a olhar, apontam merdas nos caderninhos e depois afirmam:
"Ena, você tem psoríase!"
Portanto, o objecto é o mesmo, a abordagem é que é diferente! Mas o problema no Outlook, curiosamente, é idêntico!

all the small things

18/04/2009

pequenos mundos

Penso que já falei várias vezes de uma teoria marada que está relacionada com a desagregação molecular.
Pelo muito que li (e pouco que entendi) será algo relacionado com o facto da matéria estar em constante transformação. Tecnicamente, nada se perde e tudo se transforma. Isso implica que a nível atómico, ocorram uma série de transformações que obrigam as partículas a desligar e a ligarem-se umas às outras.
Certo? Eu também não entendo isto muito bem.
Acontece que isto acontece a uma escala muito pequena, quando comparado com a dimensão do universo. É por esse motivo que não será vulgar que andemos a trocar em permanência de braços e cabeças com a malta que nos rodeia. Ou será?
Bem, segundo o que percebi, até é possível. Só que para tal acontecer, isso implicaria a movimentação de uma quantidade extremamente vasta e localizada de partículas num determinado intervalo de tempo, algo que seria probabilisticamente improvável.
Então, há uma teoria qualquer que afirma que se tivermos um copo de água, é possível que num dado instante do tempo as moléculas que compõem o copo se espalhem por outras partículas próximas, e destruindo a existência do copo. Sem copo, a água entorna-se e, por mais extraordinário que possa parecer, no instante seguinte, as moléculas voltarão a reagregar-se no formato inicial do copo. E então, ficamos a olhar para um copo inteiro, para a água entornada, e não sabemos o que aconteceu.
A teoria diz também que para tal acontecer, seria necessário um intervalo de tempo tão grande, que implicaria que esse mesmo intervalo fosse superior ao próprio tempo de vida do universo.
Logo, acho que fará sentido afirmar que, sendo o tempo uma linha contínua e de sentido único (por muito que tentemos, ainda não é possível passar duas vezes no mesmo ponto), se a própria existência for algo também de contínuo (o universo morre e nasce em permanência), e se o tempo necessário a tal fenómeno for o correspondente à vida de dois ou três universos, o mesmo acabará por acontecer, embora não saibamos exactamente quando.
Quero com isto dizer que não sei ao certo em que par morte/nascimento de universo vamos. Isto, porque se o universo já tiver morrido e nascido umas três vezes, a probabilidade de poder ver o copo a desaparecer e a reaparecer será também bastante mais elevada.
Por esse motivo, sempre que olho para um copo com água, fico sempre impaciente, porque, não sabendo em que universo vou, e sendo algo tão raro, seria uma história fabulosa para contar a um possível filho ou filha: "Filho/a, o vosso pai viu o copo desaparecer" - diria eu com os olhos em lágrimas.
Acontece que tive uma revelação. Já posso contar aos meus filhos que assisti a tal acontecimento.
Uma colega no trabalho teimava em colocar merdas num saco de plástico, que teimavam em surgir logo depois no chão. Ainda lhe tentei explicar que se tratava de uma desagregação molecular, e que estávamos a assistir a algo único que aconteceria uma única vez em muitas das nossas vidas! Mas ela, insensível a tal facto, preferiu mandar-me à merda e desculpar-se dizendo que o saco estava era roto.
Fiquei com alguma vontade de referir que roto estaria era o cú dela, mas como prometi a mim mesmo começar a controlar tudo o que digo - porque tenho tendência a falar demais - optei por fazer um sorriso parvo e pensar com os meus botões que ela estaria enganada.
É possível que os pensamentos sejam como os universos. Caminham paralelamente a uma existência que não sabemos exactamente qual é.
Quando eu for grande, o que quero mesmo é ser uma fatia de pizza.
Às vezes acho que o pessoal ignora completamente o que digo. Como se só dissesse merda, o que também não anda longe da realidade.
Gosto de acreditar que a velocidade da luz é superior à do som, porque até os burros parecem inteligentes até ao momento em que abrem a boca. Se calhar aplicam a mesma teoria a mim.
Dizem que o tempo universal não é medido em linha recta, mas sim segundo uma curva.
Isto implica que se o tempo se puder representar como o rebordo de uma pizza, se fatiarmos a mesma e seguirmos o percurso do novo rebordo em direcção ao centro e voltarmos, estaremos a fazer um percurso maior no mesmo intervalo de tempo, porque caminhamos para fora do verdadeiro sentido e lógica temporal. Seguindo essa mesma lógica, é possível viajar no tempo.
Ocorre-me muitas vezes perguntar... se o fizesse, alteraria alguma coisa?

forever young



Let's dance in style, let's dance for a while
Heaven can wait we're only watching the skies
Hoping for the best but expecting the worst
Are you going to drop the bomb or not?

Let us die young or let us live forever
We don't have the power but we never say never
Sitting in a sandpit, life is a short trip
The musics for the sad men

Can you imagine when this race is won
Turn our golden faces into the sun
Praising our leaders we're getting in tune
The musics played by the madmen

Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever

Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever

Some are like water, some are like the heat
Some are a melody and some are the beat
Sooner or later they all will be gone
Why don't they stay young

It's so hard to get old without a cause
I don't want to perish like a fading horse
Youth is like diamonds in the sun
And diamonds are forever

So many adventures couldn't happen today
So many songs we forgot to play
So many dreams are swinging out of the blue
We let them come true

Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever

Forever young, I want to be forever young
Do you really want to live forever, forever and ever

16/04/2009

rh+

Os gestores de recursos humanos não são muito diferentes dos gestores de tecnologias de informação.
Ok, uns têm mão nos recursos materiais que mexem, os outros, nos recursos materiais que não o fazem.
Na verdade, as pessoas - como assim se denominam... vá lá... humanos, pronto - não são muito diferentes de um qualquer terminal electrónico. Tudo sequencialmente programado, de atitude pronta a disparar, consoante o input que recebem. E não raras vezes nos brindam com uma resposta tecnicamente binária.
Não serão também poucos os momentos em que mais rapidamente um ser humano se assemelha a uma placa de rede que a um cérebro pensante.
Reparem... ligo um cabo a um computador e faço dele o que quero; e é tão fácil levar algumas pessoas a fazer o que queremos... é tipo rebanho. Aliás, prova disso é que continuamos a marrar nos mesmos gajos no (des)Governo vezes e vezes sem conta. A Engenharia Social deixa-me doido.
Um telefonema e remetem-se umas quantas pessoas para o olho da rua. Bem, eu faço um telefonema e desligo uma central telefónica.
Um olhar e tem-se um aumento. Na informática temos os registos da contabilidade controlados pela ponta dos dedos dos pés.
Tipo, é simplesmente brutal!
Acho que uma grande parte da população mundial entra para as estatísticas por não pensar.
Recomendo um site porreiro. Darwinawards.com. De facto, tal como é referido, o nome diz tudo: "Honoring those who improve the species...by accidentally removing themselves from it!"
As histórias de estupidez humana são simplesmente fantásticas. Desde o ex-marine que cola dois jetpacks ao carro para tentar alcançar a velocidade máxima (ou a terminal...) numa recta, até que encontra uma lomba e levanta voo em direcção à montanha mais próxima - foi identificado pelo registo dentário - passando pelo mecânico brasileiro que decidiu desmontar uma mina de fragmentação com um martelo, ou culminando no génio que tentou levantar voo amarrado a uns quantos balões atmosféricos e munido de uma caçadeira para os ir rebentando e poder descer suavemente. Relativamente a este último, consta dos registos de comunicação da caixa negra de um avião comercial para a torre de controlo algo do género: "não sei o que andam a fazer aí em baixo, mas acaba de passar por nós um tipo sentado numa cadeira com uma caçadeira no colo..."; mas a sério, procurem dar um pouco de atenção (não muita) a esse site porque vale a pena. Desde que iniciei a demanda pela sua conclusão que me sinto muito mais normal.
Talvez um dia, quando for grande, possa não constar do registo do Darwin Awards.

quando o telefone toca

Porque de facto, uma música e um telefonema são pequenas acções, quando se pode fazer muito mais, é sempre mais significativo deixar pequenos posts isolados no blog.
Até porque se trata de algo importante, ainda para mais quando falamos da repetição do dia e de um mês em que ocorreu acontecimento tão simbólico como o nascimento de alguém.
Confesso que não sabia ao certo como escrever este post. Aliás, nem sabia ao certo se era suposto escrever ou não. A bem dizer, a ideia só me chegou quando mandei o chefe à merda (metaforicamente, claro) para atender o outro telefonema. Prioridades, acho.
Bem, mas cá estamos.
A questão que coloco para com os meus botões é algo relacionado com a forma como será possível desejar um feliz aniversário à representação gráfica do cruzamento de duas semi-rectas inseridas numa circunferência de diâmetro tanto maior quanto maior o comprimento das tais semi-rectas.
Demasiado complicado? Possivelmente.
O facto é que é efectivamente complicado desejar um feliz aniversário que seja. E como o faço mesmo mal por telefone e ainda pior frente-a-frente, talvez a melhor forma seja mesmo a escrita, algo que avaliaremos brevemente (ou não) e algures (ou também não).
Então, como fazer algo da melhor forma possível, sem margem para falhas e, ao mesmo tempo, sem deixar que as velas do bolo se apaguem por uma qualquer correntezinha de ar?
Bem, mais dificilmente, como o fazer quando é exigida a imparcialidade técnica que não consigo dar e a indiferença provável que terei de assumir?
Ah, e mais importante ainda, como o fazer sem designar qualquer tipo de cliché que me torne estupidamente repetitivo, remetendo-me à condição de ser comum e igual ao resto do planeta?
Acho que demasiado do que seria capaz de escrever, será para ser transposto para uma linearidade de pensamentos paralelos que ocorrerão bastantes vezes.
E porque possivelmente seria apenas mais lógico declarar um grau de prioridade e de importância, acima do que mais prioritário e importante é, acho que seria altura de começar a mudar mais um bocadinho e libertar a escrita passiva para a voz activa... aliás, não consigo encontrar outra utilidade para um tarifário de telemóvel que tem uma só finalidade.
E porque é pelo motivo que assenta única e exclusivamente no mais importante dos motivos, seja ele irrelevantemente vegan, tripeiro ou etário, e fascinantemente exclusivo e egoísta na forma como se tenta ocupar uma linha para sermos os primeiros a desejar um feliz aniversário (e mesmo assim não consegui, lol), que te exponho que acho muito mais brutal ouvir um sorriso em tempo real que um qualquer comentário após a leitura que vais fazer. E era mesmo apenas por isso que apenas uma música (vá, o Harry Potter Show até foi original...) estava publicada, isolada e registada.
Não por se ser mais ou menos importante (porque está num top exclusivo), não por não se dar a devida importância (porque maior seria impossível) ou porque a melhor e mais admirável coisa do mundo é mesmo algo entre um café e um telefonema nocturno (sim, mais do que a culinária ou a informática).
Ok, e também porque apenas eu consigo estar meia-hora a tentar arranjar uma forma de desejar um Feliz Aniversário e uma contagem síncrona do mesmo por muitos e muitos anos a alguém muito especial - no mínimo por mais 50 anos, altura em que conseguirás finalmente desfazer o pinguim à paulada.
Já agora, e por que não, um agradecimento a quem te trouxe ao mundo.
(Prometo fazer melhor, mas ao vivo; acho que me bloqueias a escrita)

Parabéns!

The Happy Happy Birthday Song

13/04/2009

no chão

Tenho um amigo que fica surpreendido com a forma eficaz como eu mudo o contexto de um post.
No fundo os meus posts são como coelhos num programa de magia: agora vêem-se, agora não.
Por outro lado, a Páscoa terminou e notou-se aqui uma grande lacuna no que respeita a coelhices e coelheiras. Possivelmente por causa da crise que se faz sentir, o Coelhinho da Páscoa terá ido pregar para outras freguesias. Nem anúncios com telemóveis ou produtos bastante mais substanciais, como os relacionados com grandes superfícies. De facto, o coelhinho... sumiu-se.
Como não há coelho, não existe também necessidade de imitá-lo. Assim, este ano, evitei enfiar um rolo de papel higiénico no rabo (a imitar o rabinho fofo dos coelhos, claro está) e ir dançar a música da coelheira.
Talvez os leitores mais atentos já tenham reparado... mas já viram há que porradão de tempo eu não largo um grande "foda-se"?
Não que não me apeteça, mas poderia ser encarado como um pecado e como estamos na Páscoa achei por bem controlar-me. Ou então não.
Os coelhos assustam-me. Bom, as coelhas um pouco mais. Recordo-me de certa vez em que fui com a minha Mãe a uma daquelas feiras regionais... e então ela comprou um coelho que, supostamente, deveria estar morto. Bem, acontece que a meio da viagem, o animal começou aos saltos dentro da bagageira. Por essas e por outras, passei a manter sempre um frasco de sonífero no porta-luvas. Isso e uma catana.
A imagem do coelho fofo já está ultrapassada. Agora querem-se é coelhos prontos a abater, de pêlo rançoso e orelhas rasgadas.
Proponho uma caça ao coelho da Páscoa, vamos fazer deles carne picada e atirá-los de volta às origens ovíparas.

12/04/2009

run

don't get me wrong

pois













http://xkcd.com/503/

hobbies

Quando vou ao supermercado, procuro os produtos que têm o autocolante do código de barras o mais fodido possível.
Depois é ver a aflição dos caixas a tentar passar o código no leitor.

hi mail

O nosso estimado e vivo amigo José Sócrates, tem um site.
É positivo, para quem clama aos céus o rubor das tecnologias...
Depois vem a parte divertida. O site socrates2009.pt vai funcionar como uma rede social, tipo hi5. Ou seja, um gajo vai ao site, linka-se ao Big Friend Scrótes e ainda ganha acesso a uma página pessoal... tipo, de facto, não me queria ver nessa rede. Antes ser enrabado violentamente por um gajo do dobro do meu tamanho que alinhar numa rede social cujo top friend fosse o Sócrates...ah, mas espera lá... não é a mesma coisa?
De repente estava a lembrar-me do saudoso hi5 porcas, recordam-se disso? Os amigos Pig e Porcus lambiam o hi5 e expunham a vidinha das porcas, perdão, de algumas jovens puras e inocentes, que por lá andavam. Atenção, não digo que o hi5 seja feito de porcos e porcas, longe disso. Mas algumas das que apareciam no hi5 porcas até mereciam, lol.
Mas isto também não interessa nada. O facto é que até apetece criar um socrates2009-porcas no mesmo contexto...
Logo eu, que sou tão esquisito com as minhas amizades, embora ainda duvidem disso. Um cromo qualquer que anda a roubar a malta faz uma rede social e há logo montes de malta a alinhar. Um pato mais analítico e pragmático como eu, mete um link aqui no blog para a rede social da google e... bem, esta merda já está aqui há uma semana e toda a gente cagou. Vou adicionar-me a mim mesmo para não me sentir tão mal. Lembra-me o aniversário do blog, acerca do qual nem um comentário tive, snif, snif.
Por motivo nenhum em particular, estava a ocorrer-me também que é uma idiotice, mas a série "Sextas Sob Pressão", passa na Fox aos domingos... não era mais coerente passar à... sexta?
Falando em sexta. Na informática fazemos merdas muito cretinas das quais não nos orgulhamos particularmente. Cretinas, mas importantes para que as coisas funcionem sem ninguém chatear muito.
Uma vez criei um filtrozinho que redireccionava os mails dos utilizadores que contivessem assuntos relacionados com pornografia para uma mailbox de suporte gerida por mim... os sistemas libertaram cerca de 10% de recursos mal-ocupados, mas percebi que os utilizadores têm uma imaginação fabulosa.
E o que tem isto a ver com a sexta? Simples.
Uma das validações que o meu filtro fazia era a conjugação das palavras sex/sexo. Asneira... um belo dia começaram a cair emails na mailbox de suporte e eu não percebia o motivo. Alguma mente brilhante (mais brilhante que a minha, o que não é muito difícil) escreveu Sexta no assunto do email. Ora, como para o meu filtro, 'sexta' seria uma variação de 'sex', ou seja, 'sex' mais um suxifo... o sistema ficou todo adulterado.
Isto para concluir o quê? Que quanto melhores são as intenções, mais rapidamente nos lixamos ou, pelo menos, conseguimos estoirar uma mailbox de suporte durante o fim de semana com umas centenas de mails que vão caindo.

11/04/2009

you found me

crime

É crime!
Como ninguém me acorda, levantei-me há pouco. Como na Fox só dá o mesmo episódio dos Simpsons vezes e vezes sem conta, estava a tentar ver a Sic. Como ninguém ganha juízo e pensa no QI das crianças, continuam a dar o Programa da Lucy.
Em suma, e sem silogismos mal estruturados à mistura, estava a ver o Programa da Lucy e apresentaram uns cromos, tipo aquelas bandas de putos que havia quando eu era pequeno, a cantarem uma cover dos Xutos, o "Maria".
Vamos a ver. Isto devia ser punido brutalmente. Era caso para pegarem neles e darem-lhes uns valentes 'xutos' no traseiro. Pelo lado de dentro.
Um gajo é punido por copiar um cd dos Xutos, mas depois metem estas alminhas na televisão a assassinar uma música dos Inconfundíveis e Intocáveis! É algo criminoso. Mamas e umbigos aos saltos, não combinam com as músicas dos Xutos!!!
Tenho a certeza que não sou o único, não a olhar o céu, mas a ter uma conta no hi5.
Já recebi convites de amizade de muita malta estranha, mas há uns tempos fui convidado por uns tipos quaisquer de um projecto. É o Projecto Qualquer Coisa... andam a adicionar pessoal e é algo relacionado com um festival.
Ok, quando digo digo "algo", é mesmo "algo". A avaliar pelos comentários ao perfil, ainda nem os convidados perceberam bem que merda é aquela. E o agradável, é que como diariamente o Projecto adiciona mais cinco ou seis pessoas, tenho o painel de entrada recheado de merdas associadas ao meu novo amigo. "O teu amigo Projecto adicionou o Zé, a Maria, o Chico e o Manel". "O teu amigo Projecto adicionou a Mimi, o Pipi, o Coquinhas e o Fifi...".
Aguardo ansiosamente pelo dia em que perceberei o que raio é o Projecto.
Espero que não seja uma seita qualquer sado-suicida que me arraste para uma orgia satânica imediatamente antes de me desfazerem as tripas à dentada.
Estou com a leve sensação que é domingo.
Acontece frequentemente quando o dia anterior respeita a um feriado. Isto é um nadinha chato, porque me sinto um bocado inútil. Já vou no segundo dia sem fazer peido. Em contrapartida, cago como nunca.

07/04/2009

sick(o)

A empresa decidiu oferecer aos funcionários um seguro de vida e um outro de saúde.
No seu contexto, é curioso, lol. Achei engraçado ao facto de saber que a minha vida vale tanto como um carro de gama média a gasóleo. A diferença é que eu gasto 15 hamburguers aos 100.
De facto, é positivo.
Durante a conversa com a jovem que fazia os seguros, num breve instante de venda directa, ela olha para mim e diz algo do género:
"Claro que o seguro é válido apenas para si... se for casado e quiser que o seguro cubra também o seu marido, pode sempre adquirir a extensão..."
Fiquei naquela...
"Hum, o meu marido?"
A jovem desmancha-se com o sangue a cobrir-lhe a cara. Pede desculpa e coisas parecidas.
Achei que era o momento ideal para javardar.
"Bem, fico contente por saber que não ando a enganar ninguém. Por outro lado, estava aqui a ver os detalhes, e é excelente que o vosso seguro cubra as cesarianas. É que eu até era capaz de ficar grávido, mas não estava a ver por onde é que a criança iria sair..."
Já há dias em que sinto o intestino do tamanho de uma saca de batata doce. Não me quero imaginar a ter a criança sem cesariana. Teria direito a epidural?

06/04/2009

solid works...

"A impressora não imprime"
Todos os dias, ao longo de três anos, ouvi a mesma coisa. Continuo a ouvir a mesma coisa. E já começo a pensar que o problema talvez não seja das impressoras, mas sim meu.
Caramba, três anos a ouvir isso... alguma coisa quererá dizer...
Curiosamente, os motivos para a impressora não imprimir nunca são os mesmos, o que é fabuloso.
Em três anos, a malta continua a surpreender-me nos motivos para o raio de uma impressora não imprimir. E tenho a certeza absoluta que vão continuar a surgir novos e extraordinários motivos...
Numa bela sexta-feira, de manhã bem cedo, alguém me telefona com o problema habitual.
Ok, não sou exactamente um técnico de impressoras... basicamente configuro-as e ligo-as na rede, não estou propriamente à vontade a abrir uma para ver o que se passa nas entranhas dos tambores de impressão. O meu lado mais curioso, leva-me a tentar abrir a porcaria da HP para ver o que poderia impedir que três rolos e um mecanismo teoricamente simples, não puxassem a merda de uma folha.
Demorei meia-hora. Meia-hora de teimosia para tentar descobrir o que se passava. Finalmente, uma luz no fundo do túnel... ou uma régua no fundo do rolo.
Uma régua. Alguém se lembrou de meter uma régua em cima de um monte de folhas que, entretanto, foram sugadas pela impressora... E a régua foi atrás, para o tabuleiro de impressão. Fiquei a pensar quem seria o animal capaz de imprimir merdas numa régua, mas quando falei nisto ao meu colega e ele disse que já tinha tirado de lá coisas bem piores fiquei francamente assustado e senti-me mesmo pequenino neste mundo digital não-impresso.
Ao começar o meu novo trabalho, deram-me um pequeno presente. Fiquei mesmo contente...
Tenho um telemóvel que funciona dentro do recinto, numa rede sem fios, e que capta todas as chamadas que tocam no telefone que tenho na mesa.
O princípio da disponibilidade é algo fabuloso. :S
Não que me incomode muito... tenho dois telemóveis que andam sempre comigo, um terceiro não será nada do outro mundo. O que me deixa completamente lixado é o facto daquela merda estar sempre a tocar. Quando um gajo está a dar uma mijinha e o telemóvel toca ou recebemos uma sms, sabemos que os nossos amigos aguardam o retorno da chamada... mas o pessoal do trabalho em pânico, não... toca, toca, toca, toca... epa, não dá mesmo para atender. Gosto de mijar com as duas mãos, detesto salpicar o tampo da sanita! Será que não podem esperar um segundo para lavar as mãos antes de atender? É que sou eu que vou estar o resto do dia com aquela merda encostada ao ouvido!!! Uma pequena parte de higiene é agradável...
Já ganhei o presente perto da Páscoa. Sempre que me perguntam se aquilo é funcional, gosto de afirmar a pés juntos que sim.
O último tipo que reclamou na Páscoa, ganhou uma cruz de 15 metros... assim de repente, não me sinto à vontade para reclamar de um telemóvel de 15 cm. Enquanto não mo pregarem ao ouvido e mo obrigarem a arrastá-lo pelas escadas... é melhor ficar caladinho.
Assim de repente, o pessoal adora gozar com a minha capacidade de levar tudo a sério.
Domingo.
Num agradável fim de tarde, alguém me telefona para saber se estou muito longe do trabalho.
"Pois... não..."
"Ah, consegues meter-te lá em 10 minutos?"
Começo a pensar que de facto, não queria mesmo lá ir. De facto, o meu programa de fim de tarde estava a ser bem melhor que ir ver computadores ao trabalho.
De um lado, o tal fim de tarde agradável. Do outro lado, a certeza laboral de que estaria perfeitamente fodido se não fosse ao trabalho (apesar de teoricamente não fazer horas extraordinárias).
Após uns segundos de pesagem estratégica da situação, e respondendo (também estupidamente) com um pequenino "consigo estar lá em 15...", fitando as borras do café, começo a ouvir a risota do lado oposto da linha.
"Ah, ah, estava a gozar... tem calma..."
Já me fizeram várias partidas. Invariavelmente, sem grande piada. Mas esta, atendendo ao contexto do problema, deixou-me atravessado um modesto "vai para o caralho!" ao animal que me telefonou.
No meu pequeno universo, em que tudo trabalha ao minuto, perder 120 segundos com um telefonema de merda, deixa-me um bocado irritado. Não muito, mas com alguma vontade de espetar com um calhau nos cornos do cromo.
O que é giro, em toda a situação, é que por alguns motivos, o gajo não me lixou de uma maneira, mas lixou de outra.
Mas haja saúde.

05/04/2009

imitation of life

parabéns

E a 5 de Abril de 2006, um tipo meio tarado decidiu criar um blog.
O blog não nasceu do nada, o blog tem uma história por trás, as histórias em si têm muitas histórias associadas mas, de facto, estamos agora a 5 de Abril de 2009, e tenho mais blogs, mais patos a escrever, mais brutais e fiéis leitores(as) e... imagine-se, ainda não fui parar a uma prisão refundida na Sibéria ou em Cuba...
As histórias mudaram, o blog mudou, o próprio Pato Marques foi mudando (afinal, todo o mundo é composto de mudança), mudaram-se alguns tempos, mudaram-se algumas vontades... mas cá estamos, firmes e hirtos como uma barra de ferro e, espero eu, para continuar a delirar durante mais alguns anos. Ou não.

Parabéns para mim :P




E JÁ AGORA, PARA EVITAR A MERDA QUE ME FAZEM TODOS OS ANOS...
NÃO SOU EU QUE FAÇO ANOS, ISSO É DAQUI A UNS MESES!
O BLOG É QUE FAZ ANOS, OK?? SÃO COISAS DIFERENTES! NÃO MANDEM SMS'S E EMAILS A DESEJAR OS PARABÉNS A UM GAJO QUE NEM SEQUER TEM 'PATO MARQUES' NO B.I., PODE SER?

04/04/2009

news

Um agricultor peruano, de 53 anos, teve de ser operado após oito dias com uma erecção.
De acordo com o jornal brasileiro Globo, que cita um cirurgião, o homem dirigiu-se ao hospital onde se queixou que sofria de «uma dor muito forte por causa da erecção». O paciente não terá tomado qualquer tipo de estimulante sexual ou ingerido álcool, adiantou o clínico.
Os sintomas levaram ao diagnóstico de priapismo, um problema que leva a uma erecção persistente do pénis, muitas vezes devido a um coágulo sanguíneo no tecido eréctil.
(...)
O cirurgião adiantou que se continua a investigar a causa do problema que afectou o agricultor, de forma a evitar o seu reaparecimento.


in tvi24

E agora pergunto eu, humildemente... e ele queixa-se de quê? Deve ser o único gajo com 53 anos que tem problemas por tê-lo de pé.
O cocktail de Viagra correu mal, ou temperou o comer com muito pau de cabinda? LOL.
Pah, eu quando falei em ervas aromáticas, referia-me a salsa, coentros, merdas assim... e as ervas azuis não eram de todo sementes de Viagra! LOOOOOL.
E a mulher? Alguém pensou na mulher? Alguém se dignou a perguntar-lhe o que achava disto tudo? Tipo, acho muito injusto, andarem a fazer cenas destas a pessoal de 53 anos.
LOOL.
8 dias com uma erecção?? LOOOL. Já há calças para isso??? LOOOL.

03/04/2009

conversa do momento

Alheira?
Vais comer alheira ao jantar e depois vais-te deitar??
E é a acompanhar com feijão, não? Para depois te meteres a largar metano debaixo dos lençóis e morreres intoxicado com os vapores...
Ainda te desfazes em merda!