31/03/2009

cavaleiro andante

Ainda não vi tudo, felizmente. Mas apesar de tal capacidade discriminatória, já pouco me surpreende.
"Podia desabar a ponte sobre o Tejo"... possivelmente. Estão a cair pianos dos andares mais elevados dos edifícios? Também não me admirava.
Há tempos reparei que havia alguém a espalhar cartazes por Lisboa, referindo que "Pedro Procura Inês".
Confesso que não liguei muito. De uma forma ou de outra, somos (nós, patos) todos Pedros atrás de uma Inês. Gosto apenas de pensar que o final não é igual ao da história, o que seria aborrecido. Assim, calculei que seria apenas mais um infeliz 'corador' a bater por aí e não prestei grande atenção. Por outro lado, hoje deparei-me a visitar o blog de tamanho Romeu.
Já não estou a ver ao certo como lá cheguei... mas encontrei o blog, é um facto.
O blog soa um bocado a cavaleiro andante, à procura da donzela perdida... mas prometi aos meus botões que não iria tecer qualquer comentário relativo aos posts que li.
Acho apenas que é uma leitura interessante; tirem as conclusões que quiserem.

http://pedro-procura-ines.blogspot.com/

Cumprimentos andantes!

30/03/2009

spaceman

às vezes dá vontade, não é?

as sete pontes de Lisboa

A vida é uma imensidão de incertezas mais ou menos certas.
Poderia ser a primeira frase do prefácio de um livro ou um devaneio oriundo da mente problematicamente idiota de um pato. Ou então não.
Não sei ao certo o que se passa.
O mundo parece-me andar meio torto (ou efectivamente torto) e tudo se parece processar como blocos de memória, captando aqui e ali um sector mais ou menos problemático.
Se tudo funcionasse de forma a podermos achar que era algo justo, nem teria piada ter um blog ou coisa parecida.
Começo a ter vergonha de mim mesmo. Acho que devo ser mesmo qualquer coisa a oscilar entre a besta quadrada e o perfeito imbecil.
Há poucos dias, um gajo que estava comigo perguntou-me se eu gostava de língua de vaca.
Olhei para ele, meio desconfiado... seria piada? Tentei a resposta clássica nestas ocasiões. Com sorte o tipo calava-se.
"Yah, yah, depende da língua e da vaca..."
O que me surpreendeu mais, é que neste ponto, em que normalmente se calam com estas merdas... o gajo conseguiu ir mais além. Então perguntou-me se gostava de língua de boi e deitou a dele para fora.
Confesso que foi daquelas cenas que me conseguiu transferir a vesícula biliar para o fundo do intestino.
É que no meio disto tudo, não percebi bem se o tipo estava a brincar ou a falar a sério. Mas se era efectivamente a brincar... conseguiu fazê-lo de uma forma muito séria.
Cada vez fico mais assustado, porque não me levam a sério.
Consigo pensar num conjunto de coisas que estava capaz de anotar numa folhinha de papel e levar comigo no bolso, que vão desde inconsistências a incoerências, arrotando ali bem ao lado da desagregação atmosférica, e usá-las para nunca perder a vontade de esfregar vertical e sistematicamente os cornos numa árvore. Mas isso sou eu.
Já o outro gajo, agora fode-me a cabeça todos os dias, porque insiste que me tem de mostrar um atalho qualquer para eu cruzar Lisboa.
Epa, eu sou de Lisboa, nasci em Lisboa e, posso não ter grande sentido de orientação (com o meu diâmetro, sou mais parecido com um pato-bombardeiro que com um pato-correio), mas ainda acho que sei cruzar a porra da cidade!
Entre andar a dar voltinhas a ruelas com um gajo duvidoso e ir para casa sozinho na companhia de um mp3 ruidoso e de um telemóvel silencioso, prefiro que o gajo vá chatear os cornos a outro e me deixe ir pelo meu caminho habitual!
Outra coisa. Agora, por algum motivo, a malta ganhou o hábito irritante de me chamar 'filho'.
Caramba, começa a ser um bocadinho demais...

riqueza

Encontrava-me aqui a contemplar o fabuloso mundo da net, e dei de caras com isto.
Acho que já tinha lido algures, mas achei fofo.

No dia 20 de julho de 1969, Neil Armstrong, comandante do módulo lunar Apolo 11, tornou-se no primeiro homem a pisar a Lua.
As suas primeiras palavras ao pisar o nosso satélite foram: "Este é um pequeno passo para o ser humano, mas um salto gigantesco para a humanidade".
Estas palavras foram transmitidas para a Terra e ouvidas por milhares de pessoas. Justamente antes de voltar à nave, Armstrong fez um comentário enigmático:
"Boa Sorte, Sr. Gorsky."

Muita gente na Nasa pensou ter sido um comentário sobre algum astronauta soviético. No entanto, depois de analisado, verificaram que não havia nenhum Gorsky no programa espacial russo ou americano.
Ao longo dos anos, muita gente questionou Armstrong acerca do significado daquela frase sobre Gorsky, e ele sempre respondia com um sorriso.

Em 5 de julho de 1995, Armstrong encontrava-se na Bahia de Tampa, respondendo a perguntas depois de uma conferência, quando um repórter lhe recordou a frase que ele tinha pronunciado há 26 anos atrás.
Desta vez, Armstrong aceitou responder. O Sr. Gorsky tinha morrido e agora Armstrong sentia que podia esclarecer a dúvida.

É o seguinte: Em 1938, sendo ainda criança numa pequena cidade do meio oeste americano, Neil estava a jogar baseball com um amigo, no pátio da sua casa.
A bola voou para longe e foi parar ao jardim ao lado, perto de uma janela da casa. Os seus vizinhos eram a senhora e o senhor Gorsky.
Quando Neil se agachou para apanhar a bola, escutou que a senhora Gorsky gritava para o senhor Gorsky:
"Sexo oral? Você quer sexo oral? Sabe quando você terá sexo oral? Quando o homem caminhar na lua!"

Moral da história:
A verdadeira riqueza do homem resume-se naquilo que ele faz pelos outros.

28/03/2009

alright

de volta à Terra

É curioso como consigo ter o livro meio aberto nas páginas do meu blog.
Isto tem piada mas, quando estou algum tempo sem escrever muita coisa no blog, alguns leitores (e leitoras) telefonam-me a perguntar o que se passa.
"Meh, nada... falta de inspiração"
Brutal, é a resposta que surge sempre do lado de lá, em várias pessoas diferentes:
"Hummm"
Vamos a ver, isso tem direitos de autor!
No outro dia falava com um Pato acerca do meu blog.
Aparentemente, tornei-me um pato mais fechado acerca do meu livro. Ou melhor, o livro continua aberto ao mundo mas, de forma bastante mais obscura e subtil.
Faz sentido. O blog agora é mais conhecido (dobrou a audiência e o q.i.) pelo que não posso ser tão claro naquilo que digo.
Ando a pensar em juntar os vários blogs que tenho em apenas um. E depois, vou criar um outro, escrito por uma outra personagem que não um pato, e que ninguém conheça! Mantenho a subtileza egocêntrica no pato, e faço explodir o mundo do outro, vezes e vezes sem conta.
É algo que terei de analisar nas noites escuras sem luar.
De qualquer forma, talvez um dia escreva as minhas memórias. Num lar, com a espinha curvada do peso da velhice, regurgitando a bíllis na minha cirrose máltica enquanto um pingo espesso de qualquer coisa se solta da narina esquerda, ditando o texto para um daqueles sistemas que convertem a voz em texto, ou algo parecido.
Mas ok, pessoal preocupado, está tudo bem, como sempre :P
Ontem, durante o dia, lembrei-me de algo.
No primeiro trabalho a sério em que estive, recebíamos vários emails de actualizações, informações, entre os pedidos de apoio.
Era frequente os mails trazerem as iniciais FYI - for your information - visto que, afinal, a ideia era que fosse mesmo apenas uma passagem de informação; na maioria das vezes aquela merda de email ia parar à reciclagem, mas isso já seriam outras histórias.
Um dia, uma colega de outro departamento lembrou-se de começar a mandar mails com FYC.
Ainda pensámos que se referiria a "for your convenience" ou "consideration" mas... de facto, o teor da mensagem não batia certo com o FYC. Semanas mais tarde descobrimos que o FYC queria dizer "for your conhecimento". A sério.
No fundo, era um bocado como aqueles músicos de casamento, os da carrinha iveco amarela com os dados cor-de-rosa no retrovisor e a imagem estampada na bagageira com a informação "Tóni Ferreira, Soundworks and Lights".
Já ouviram esse pessoal a cantar? Há sempre a música da praxe, quando chega a noiva ao recinto, e começam a tocar o 'She'. Acho sempre piada à forma como a música se sobrepõe à letra em partes da música: "She, mmsrfmsdfsdfs, may be the mmssrmsmrmsrrsr, may be the msmemsrsrmsrmsrsrm..."
Lol, acho piada, apenas. Não que cante melhor, aliás, eu tenho a tendência a atropelar a música com a letra, mas o meu carro não tem nada colado a dizer "Pato Marques, Voices of Duckland". Eventualmente se um dia fizer uma serenata a alguém (à directora da repartição de finanças da zona, por exemplo) pense em estampar a imagem no carro. Dizem que aquilo sai facilmente, e quando o pessoal começar a atirar baldes de água o problema resolve-se.
Hoje, às 20.30, o país vai apagar.
Em nome de uma poupança energética de uma hora que vai salvar a humanidade, vamos juntar-nos a outros países e apagar as luzinhas por uma hora.
Sabem o que é giro? É que nós vamos apagar os faróis, mas as empresas que gerem a Produção, vão continuar a produzir electricidade... e como a Produção se irá manter, enquanto o lado do Consumo é colocado em pausa, o impacto desta merda vai ser 0.
É apenas uma opinião, porque nem sequer faço um boi de ideia de como as centrais são geridas... mas a ideia que me dá, é que isto vai dar barraca. Porque uma quebra no consumo é normalmente seguida de um pico na solicitação de serviço. Cheira-me que para as centrais distribuidoras isto vai ter o mesmo efeito dos moradores de um prédio bem grande a puxarem o autoclismo todos ao mesmo tempo.
Claro que se trata apenas de uma visão, bem ou mal pensada (ou vista) do problema... mas não consigo deixar de imaginar as centrais europeias a dar o bafo quando, às 21.30, o pessoal voltar a ligar as luzes, lol.
Um último pensamento antes de ficarmos às escuras (ou não): quando se quiserem envergonhar a solo ou não, vão visitar umas lojas com o portátil às costas.
Ao que parece, os sensores anti-roubo que colocam junto às portas, são extremamente sensíveis à merda do material dos portáteis.
É sempre divertido quando andamos com uma mochila e os alarmes disparam. Por várias vezes.
Ah, e hoje vi Deus. Ao longe, mas vi. LOL.

27/03/2009

quem és tu

home

road trip

Após duas semanas no novo trabalho, achei que era a altura de recomeçar a povoar a minha também nova secretária.
Ocupei os espaços vazios com o Chips - o meu leão de peluche roxo - e com o Pato - um pato brutal que vem com um skate... também de peluche;
Então alguém entrou e começou a mexer no Pato... eu, sempre agradável, pedi para deixarem o Pato sossegado. E até lhe mostrei o rádio! Sim, o rádio que esfregamos na barriguinha do Pato e começa a tocar a música do Pocoyo.
Nesse momento, perante o olhar assombrado dos que me rodeavam, alguém de bata branca me recomendou que mantivesse a dosagem dos comprimidos vermelhos e dobrasse a dos azuis.
Confesso que não percebi bem a piada dos comprimidos azuis... mas a julgar pelo tipo que me perguntou, também espero francamente que não seja aquilo em que eu estava a pensar. Até porque não ando propriamente a sodomizar o Chips e o Pato...
De repente veio-me à imagem o Pato vestido de couro com um strapon em cima do Chips... tenebroso!
Hoje consegui fazer uma pequena viagem com um dos presumíveis gajos mais chatos do mundo.
Imaginem ir na rua e encontrarem um cromo. E esse bacano insiste em acompanhar-vos ao destino. E pede o número do vosso telemóvel porque descobre que são vizinhos e que assim de manhã até pode ligar para irem juntos... e no metro a abarrotar de gente, consegue fazer-nos perguntas em 'alta voz' do género do "tens namorada?", "és solteiro?", "porquê?", "vives com alguém?" e merdas semelhantes.
E de repente notamos que o pessoal à volta até está interessado na novela que o bacano vai compondo.
Hoje, por breves instantes, pensei mesmo em atirar-me à linha do metro. Mas ia sujar tudo e não gosto de deixar as pessoas penduradas.
"Ah, mas assim até te telefono num fim de semana e vais ver uns computadores que tenho lá em casa..."
EPA, FODA-SE! Uma cena... Pode não parecer, mas a malta da informática também curte ter vidinha própria. Gostamos de sair, passear, ir ao cinema e afins. Não somos todos paneleiros e também não achamos propriamente piada a estar o fim de semana fechados em casa a jogar ou a ripar mp3.
Não somos todos uns porcos arrogantes e não andamos a gozar com as cenas que o pessoal desconhece. Uma pequena parte de nós ainda tem instintos humanos...
E mais! Ninguém disse que gostamos de ser informáticos! Tomámos uma decisão quando começámos a estudar, e agora levamos com ela. Não sabemos fazer mais nada, ok, já sabemos! Escusam é de bater mais nos ceguinhos!
Portanto, era mesmo agradável que deixassem de me pedir o número para ir levar com mais algumas motherboards avariadas. Já chega, ok??
Tenebroso...

23/03/2009

...

"Um avião com 17 pessoas, entre elas várias crianças, despenhou-se no domingo num cemitério em Butte, Montana, a cerca de menos de 200 metros da pista de aterragem. Todos os passageiros morreram, anunciou a autoridade aeronáutica dos EUA."

Adenda:

Ao que consta, também nenhum dos habitantes do complexo residencial se encontra vivo para contar a história.

um dia

A minha deficiência de tirar fotos com o telemóvel aos pacotinhos de açúcar.
"Um dia vou à merda"

whatever

I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
I'm free to say whatever I
Whatever I like
If it's wrong or right it's alright
Always seems to me
You only see what people want you to see
How long's it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don't cost much
Free to be whatever you
Whatever you say
If it comes my way it's alright
You're free to be wherever you
Wherever you please
You can shoot the breeze if you want
It always seems to me
You only see what people want you to see
How long's it gonna be
Before we get on the bus
And cause no fuss
Get a grip on yourself
It don't cost much
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
Here in my mind
You know you might find
Something that you
You thought you once knew
But now it´s all gone
And you know it's no fun
Yeah I know it's no fun
Oh I know it's no fun
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
I'm free to be whatever I
Whatever I choose
And I'll sing the blues if I want
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it's alright
Whatever you do
Whatever you say
Yeah I know it's alright.

poc

A primavera começou no dia 21 e já começa a sentir-se o suave ronronar do vento que abraça as flores nos jardins. Ou então não.
Agora de repente veio-me uma cena ao bloco de merda a que vulgarmente denominam por 'meu cérebro'... tipo, a malta associa o começo da Primavera aos casalinhos enamorados e aos animaizinhos procriadores que povoam as ruas das cidades, certo? Nesse sentido, por que raio comemoramos o Dia de S.Valentim em pleno Inverno?
Até encontrava uma explicação com piada. LOOL.
Curioso. Entre várias coisas, sabem o que acho mesmo cretino?
Um gajo anda dois dias à procura da senha de acesso ao site das Finanças. Depois descobre-a mas percebe que é a errada. Então, visto que está tudo electronicamente gerido, fazemos um 'recuperar password' no mesmo site. Agradavelmente, algo positivo acontece. Vão mandar-me a senha para casa, pelo correio (não o electrónico), num prazo máximo de cinco dias.
O que eu queria mesmo era pagar a merda do Imposto de Circulação, porque me esqueci. Mas agora, vou aguentar mais cinco dias para evitar ter de ir para a bicha das Finanças em época de entrega de IRS...
Como o que a malta quer não é o que a malta tem, porque isso desvirtuaria toda a piada da coisa, mandamos é o Brian levar na cavidade rectal mais as músicas que andou a vender.
Agora estava a ver uma cena de magia na televisão. Não quero parecer desagradável, mas sou só eu, ou às vezes vocês não têm também alguma vontade de ver estas merdas a correr mal ao gajo que anda a fazer o charmezinho de todo-poderoso na televisão? "Ups, afinal não consegui sair do tanque de água a tempo... Parece que sou um gajo normal, como tantos outros cromos de celofane, com qualidades e defeitos e também faço merda"
Já sei, sou um cretino, como em tantas outras coisas. Mas confesso que seria uma imagem diferente.
Ah, mas vão ao YouTube e procurem por estas merdas, que até são capazes de encontrar qualquer coisa interessante (já fui, e encontra-se, SIM!!).
Estou a voltar a dizer merda. Vou para a janela, atirar tijolos aos animais de estimação da porteira.
Já agora, um pensamento paralelo e sem nenhuma referência de registo. Apenas para marcar mais um pontinho no dia, lol.
Não há nada mais delicioso que falarem de nós nas nossas costas. Bem ou mal, tanto faz. Mas os punhais andam afiados.
Boas noites!

o fantástico mundo do twitter

O que estás a fazer neste momento?
A contemplar o infinito e a pensar como o mundo não só nasceu torto, mas também virado do avesso.

20/03/2009

doenças

É curioso.
Estou a morrer de sono, mas não há forma de dormir. Seria o prato ideal para uma noitada de posts inúteis e sem sentido algum no meio do blog.
Por outro lado, não sei o que escrever. Ou não.
Volto a reparar mais nas pessoas que me rodeiam. Começa com o meu vizinho paranóico de olhar triste, ao sair de casa de manhã cedo, porque tem a noção perfeita que é e está doente, e não tem como voltar a ser o que era. As pessoas já não sorriem, nas ruas. Quase que é preciso arrancar sorrisos à malta, de tão obscuras que andam as nuvens que nos cobrem. Mas são assim o mundo, a vida e outras premissas que mantém o ecossistema no local.
Hoje, um pensamento (um entre muitos) surgiu-me do nada.
Quando vou ao hospital e digo a um médico que me dói o rabo algures, ele diz-me que tenho de especificar. Então, apalpa-me os humores nádicos e ainda me dá uma descasca porque não sei exactamente o que me dói. Por outro lado, quando o doutor tem um problema no computador, liga aos gritos a um gajo a dizer "não funciona". Ok, coisa fofa, mas o que é que não funciona? "Não funciona, não funciona, não funciona". "Mas é capaz de especificar, para eu fazer o diagnóstico?". "Ah, não sei nada disso, sei é que não funciona".
Acho positivo. Quando eu não especifico, enfiam-me um termómetro no olho do cú. Acho que da próxima vou levar 5 metros de cabo de rede para uma colonoscopia ao bacano que não me souber dizer o que se passa. Parece-me justo e coerente.
As pessoas são também imensamente divertidas.
Hoje perguntaram-me como é que desejava ser tratado.
Meio na dúvida, respondi... "Apenas Pato"
A resposta veio de imediato. "Ah, claro, mas Pato como? Senhor? Doutor? Engenheiro? Uma combinação destas?"
Já sem saber se haveria de rir com tamanho absurdo ou chorar com tal estupidez, pedi que me tratassem apenas por Pato, visto ser o meu nome.
Seria bem registado, o ar chocado do sujeito, a olhar para mim, como se eu tivesse de ter um apêndice no nome que a minha Mãe me deu. Foda-se, mas qual é o problema desta malta?
Ao menos há algo que me conforta. Na sanita ou no caixão, ao menos aí somos iguais para toda a gente. A cagar ou desfeitos em merda, parecem ser os únicos locais onde nos tratam normalmente.
O mundo anda doente.

18/03/2009

ou não

Estou de volta.
Contrariamente ao que muita gente pensava, não ando a delirar com as fardas ou enfermeiras. Estupidamente, ando bastante mais excitado com o facto de andar a mexer no Windows Server 2008 do que nas médicas que passam por mim. Mas isso é apenas uma visão da coisa, possivelmente mais uma das minhas opiniões idiotas e imbecis, que realçam a estupidez que há em mim.
Ando a subir na carreira. Comecei por trabalhar num R/C, depois num R/C elevado, no estágio já trabalhava no 1º andar, no trabalho que abandonei, encontrava-me num 1º andar elevado (porque tinha uma merda qualquer por baixo... as Galerias, acho) e agora, imagine-se, ascendi ao piso 2. Epa, que felicidade.
Falando de outras coisas, a Internet fez 20 anos na passada sexta-feira. É algo brutal porque, finalmente, encontrei algo na informática que é mais novo que eu. Já não me sinto um chavalo da IT (como agora me chamam...), mas sim alguém mais velho que a Internet.
Perguntava-me se ainda seria possível encontrar na net a primeira página a ser criada. Fiz uma pesquisa no Google e, sem certeza, penso que talvez possa ser isto: http://www.w3.org/History/19921103-hypertext/hypertext/WWW/TheProject.html
Estava no outro dia a ter um de vários pensamentos idiotas, e fiz um shutdown ao cérebro a pensar no gajo da carrinha CTT Expresso que estava parado à minha frente, no engarrafamento. Achei apenas irónico, o facto de ter de pagar mais para as cartas irem em correio expresso, e para depois ficarem espetadas num engarrafamento, à frente do meu carro. De facto, se ele tivesse passado primeiro o semáforo, a carta teria chegado antes de mim. Mas é uma visão meio limitada da situação.
Recentemente chegou a mim um mail com um sapo. A ideia é enviar o sapo num daqueles emails em cadeia. Tipo, tu envias o sapo, o gajo que recebe envia o sapo aos outros e lá anda o sapo nos seus circuitos cibernéticos. Infelizmente, o bronco que inventou a merda da cadeia do sapo, lembrou-se de adicionar a frase "e devolve-me o sapo". Ah, bom, maravilha! Agora ando há duas semanas a receber sapos no email e a enviá-los novamente, porque um gajo fica com um peso tremendo na consciência se não o fizer. É positivo.
Entretanto, descobri um gajo tão ou mais tarado por Legos que eu. É fabulosa, a quantidade de pessoas que nos passam à frente e que julgamos ser normais. Afinal, somos mais do que o que julgava. No dia do Juízo Final, vamos limpar toda a normalidade da face do planeta.
E quando acabarmos de destruir tudo, vamos reconstruir a civilização, mas em LEGO! MUWWUWAAAAAHAHHAHAHAAH...!
O poder da razão sobre tudo o resto, não resulta. O ser-humano é curioso. A observação atenta das propriedades existenciais da espécie, leva-me a perceber que, independentemente de podermos vir a dar um tombo brutal, ou a racharmos a cabeça num poste qualquer, o cérebro é, de longe, o órgão do nosso corpo que menos influencia os nossos actos. Ah, pois, não devia... mas fazer o quê?
Talvez o problema seja do estômago.
Vejamos. Adoro aqueles iogurtes líquidos, mesmo depois de passarem da validade. Fico a olhar para eles, mas gosto demasiado daquele sabor a morango para não os ir lá atacar. Depois apanho caganeiras brutais por causa dos "L-Casei qualquer coisa" que entretanto se auto-fermentaram. Mas no dia seguinte lá estou novamente a beber o iogurte com a data da semana passada.
Coisas fantásticas...

14/03/2009

"all my bags are packed, i'm ready to go"

E ontem foi o meu último dia no meu actual emprego.
Fizeram-me um jantar de despedida. Escreveram-me dedicatórias, deram-me beijinhos, tiraram fotos. Foi diferente. Acho que pela primeira vez tive também a lágrima prestes a saltar mas, como sou um pato controlado, recolhi o processamento lacrimal para outra altura.
Estava aqui a lembrar-me de quando deixei o meu primeiro trabalho, para evoluir para um estágio... trabalhava sozinho num canto obscuro da 'empresa' portanto, no último dia fechei a porta e entreguei as chaves ao segurança. Quando, por sua vez, me fui embora do estágio, como era o júnior de uma equipa de 8 pessoas, e tendo a certeza que seria fácil manter o contacto com todos (e foi), demos abraços e beijinhos e segui para o novo desafio.
Hoje, dei-me conta que estive duas horas a despedir-me de todas as pessoas com quem trabalhei.
Não sei se me irão esquecer amanhã, depois, ou no próximo mês... é possível que acabe por acontecer. Alguns gostaram de mim, certamente que outros nem tanto. Ninguém é insubstituível e, cedo ou tarde, excepto para aqueles com quem falo diariamente, acabarei por ser mais um perfil de utilizador perdido algures na Active Directory da empresa.
Achei francamente impressionante como repararam em mim. Não apenas nos meus devaneios diários e teorias medonhas enquanto dava suporte, mas também nos meus gostos e detalhes pessoais.
Vou ter saudades de toda a gente. Um por um, cada qual com os seus problemas e crises informáticas. Das conversas com as colegas que mais pareciam um almoço entre gajos, da forma como eu esfregava o mamilo (o meu) e metia a língua de fora enquanto atendia o telefone a mais um fornecedor (impagável...), dos almoços, jantares, convívios e afins.
Agora, mais um desafio surge pela frente. Podia ousar afirmar que os informáticos são samurais errantes nas Terras de Ninguém. Quando deixam de ser necessários numa aldeia, partem para outra, de mochila às costas. Creio que é uma visão um bocado arrogante da questão.
Gostaria de ter ficado, mas algo maior chama por mim. Ou não.
Ficam os amigos, o calor humano, as saudades, e... (algo brutal) a lembrança do sorriso de um 'cliente interno' após ter o seu problema resolvido.
Lado positivo: é já ali ao lado.

A pedido de muitas famílias, aqui fica a história do Mesquelhão.

O Mesquelhão, é um pássaro, extremamente parecido com um pato, mas sem patas/barbatanas.
Sempre que aterra, a toda a velocidade, num ramo de árvore ou algo similar, pia a plenos pulmões:
"AIIIIII, MÊS COLHÕES!!!!!!"
É um Mesquelhão. Não tem que enganar.

11/03/2009

wake up call...

a dúvida do amor

Os desenhos animados mais foleiros da televisão serão, muito possívelmente, o South Park.
Uma mistura de desrespeito total da sociedade, crítica aberta e potencialmente preconceituosa mas, acima de tudo, altamente hilariante.
Nos últimos dias, tem passado na 2, um documentário (6 Billion Others) em que fazem a mesma pergunta a pessoas diferentes, de países e culturas diferentes. O de hoje despertou-me particular atenção porque questiona a existência e forma de demonstração do Amor.
Gostei particularmente de uma expressão de uma cidadã russa, que falava do seu relacionamento com o companheiro de vários anos. Descreveu então uma discussão, em que lhe tentava mostrar como eram diferentes... "temos ideias diferentes, opiniões diferentes, fazemos as coisas de forma diferente, até somos de sexos diferentes!". Posso ser só eu, mas achei muito divertido.
Ocorreu-me, de repente, a romântica representação do South Park, da pseudo-relação entre o Stan e a Wendy, duas das personagens.
O Stan gosta da Wendy, mas não lhe consegue falar. Isto porque sempre que ela se aproxima, ele começa a pensar no que lhe vai dizer - que sai sempre impecavelmente bem - mas, ao abrir a boca, vomita-se todo. É brutal, o rapaz larga poesia, não a metro, mas sim a vómito.
Os diálogos são simplesmente fantásticos...
"Hellooo Stan, how are you today?"
"Hi blaaaaaarghhhhhhhhh"
"What...?"
"blaaaaaarggghhhhhhh blaaaaarghhhhhhh bllllaaaaaaarghhh"
Há quem se tente expressar da melhor forma que sabe e não consegue; o Stan, consegue manter a Wendy por perto, simplesmente vomitando! É algo genial!
Assim, resumindo a questão do 6 Billion Other de hoje, podemos sintetizar o Amor, como algo no limiar entre o gostar mesmo muito e o vomitar-se todo.
O Amor é a regurgitação do jantar de ontem? Quem sabe... o que se sabe certamente é que é fofo, amoroso e... colorido (dependendo essencialmente do que se comeu..) - pelo menos na eficaz visão do Stan.

10/03/2009

momentos de loucura

Não sou um génio. Ignoro e repudio todo e qualquer momento filosófico que tenha.
Muitas vezes deito-me a pensar, como tantos outros, no que raio é o mundo, o que é o ser-humano, e merdas semelhantes a essa.
A resposta a que chego, maioritariamente, é sempre a mesma.
O mundo, universo, a cena em que boiamos, basicamente, está concebido no seu todo, para que não passemos de simples bonecos, vagueando na sua condição de pinóquio, aqui e ali.
As mentes brilhantes dizem-nos que o dinheiro não traz felicidade. É um facto. E porquê? Por um motivo bem básico... com o dinheiro, compramos merdas que exigem manutenção ou que possuem custos de utilização. Então, sempre que adquirimos uma porcaria qualquer, desde o relógio até ao Monte Alentejano, é mais um custo que temos. E então, felizes e contentes, procuramos mais dinheiro, para que o possamos colocar em circulação. E em todas estas coloridas transfusões financeiras que enchem o bolso de um gajo aqui e ali, o pessoal que efectivamente mete o dinheiro em circulação, é que se vai foder a trabalhar para o conseguir. O pessoal trabalha, para ganhar dinheiro, para gastar, e para precisar de mais dinheiro, obrigando-os a trabalhar ainda mais, de forma a que não possam usufruir do que compraram. Porreiro, não é?
Depois consideram um gajo feliz porque ganha mais.
Uma cena importante. Um gajo seria feliz se não tivesse de trabalhar. Um gajo todos os dias pode até dar mais um passo na conquista pela sua felicidade, mas esta, se existir, ocorrerá um dia bem lá no fundo, para lá da curva do horizonte, quando, ao lado de alguém, se olha para trás e percebe que se conseguiu alcançar uns 10% do que tinha sonhado, quando os filhos entram em casa com os netos a fazer a festa, e quando se terminam os dias no tal alpendre a ver o último sopro do vento a passar no final da tarde.
É uma visão divertida, não é?
Muito provavelmente pelo avançado da hora, e porque considerando a hora a que me vou deitar, o tempo que ficarei a olhar para o tecto, o tempo que irei demorar a adormecer e, logo de seguida, em questão de minutos, a chegada do toque de alvorada, começo a acreditar que amanhã estarei com o mesmo ar de louco (ou pelo menos com os olhos) com que estava hoje.
Parece-me então ser o momento ideal para me deixar de merdas, desligar a porra do portátil, e ir falar com o Snoopy e a almofada.
Vou tentar acreditar que amanhã vou conseguir entrar na casa de banho, e ficar lá 5 minutos sem que alguém me deixe às escuras. De qualquer forma, é algo deliciosamente brutal, quanto mais não seja para quebrar a rotina dos dias sombrios que se reflectem nos pensamentos nocturnos mais obscuros.

Boas noites!

contos de encantar

Algures durante a manhã, um gajo aconchega-se na loiça fria e branca de uma pequena salinha, tentando alcançar o seu momento diário de conquista.
Ali, onde os fracos fazem força e os fortes se cagam todos (era algo assim), um gajo tenta aproximar-se minimamente da luz do seu ser, empurrando-a contra o sifão mais próximo.
Subitamente, uma voz é detectada no corredor, lá ao fundo. Uma voz que diz que não tem electricidade na sua sala e que, consequentemente, irá ver o quadro eléctrico.
Do alto da loiça fria, o herói da nossa história de encantar consegue pensar em algo minimamente puro e decente e ousa passar-lhe pela cabeça uma expressão como "Meu Deus...".
Eis que se ouvem os passos, do lado de fora das salas de expressão artística. Ouve-se claramente o chiar, lento e sombrio do quadro a abrir-se... o coração bate mais forte. O que se passa? Por que bates assim, velho companheiro? Booom, booom, booom...
Um 'tac', detecta-se no horizonte. Alguém liga o disjuntor.
Momentos de satisfação. Uff... E 'PAAAAAAUUUUUUUU', foda-se, o herói não vê nada.
"Estou cego, não vejo nada". E o coração bate ainda mais forte. Booomm, Booommm, é hoje que ele salta do seu pequeno recanto no peito.
Mais vozes no corredor. "Terei morrido?"
A nossa personagem volta a aterrar, os pés assentam novamente na terra. Uma voz do lado de lá explica ao universo que todo o quadro rebentou. "Mas eu só carreguei no disjuntor..."
No meio da risada, uma voz eleva-se da escuridão... "Tipo, mas eu continuo às escuras!"
Abençoado o gajo que inventou os telemóveis com lanterna. E a nossa personagem tem dois.
Os dois pequenos LEDs iluminam o cubículo, permitindo terminar o que se começara.
"Foda-se, onde andarão as cuecas? Não vejo um caralho... ah, está ali"

Moral da história.
"Nem a porra de uma diarreia conseguimos ter em paz e sossego!"

09/03/2009

after you've gone



After you've gone
And left me crying
After you've gone
There's no denying

Someday when you grow lonely
Your heart will break like mine for you for me only
After you've gone
After you've gone away

After you've gone
And left me crying
After you've gone
There's no denying

You'll feel blue
You'll feel sad
You've missed the dearest pal that you ever had

There'll come a time
Don't you forget it
There'll come a time
When you're gonna regret it

Someday when you grow lonely
Your heart will break like mine for you for me only
After you've gone
After you've gone away

cenas de um casamento

Durante os casamentos, as tias velhas costumavam vir até mim, bater-me nas costas e dizer: "tu serás o próximo"!
Elas pararam depois eu ter começado a fazer a mesma coisa com elas nos funerais.

08/03/2009

valerie

Bom, com o Dia da Gaja prestes a acabar (lol, tenho mesmo esta atravessada, lololol), e como não ofereci flores a nenhuma, decidi dedicar este post - mais concretamente, a música - a todos os seres do sexo oposto com quem já me cruzei.
É um momento profundo, lol.

decode

dia da gaja

Finalmente, 8 de Março.
As fêmeas, têm hoje o seu dia.
Esse belo ser, criado não se sabe bem por quem mas, com toda a certeza, tendo por base a costela de um gajo, consegue trazer-nos o pior e o melhor do mundo.
Conseguem fazer-nos nascer, fazem-nos a rir, têm a fabulosa capacidade de nos meter a chorar, elevam-nos o batimento cardíaco a perigosos picos que silenciamos ou, mais simplesmente, tornam o nosso pequeno universo mais colorido. Em suma, brutais. Ao mesmo tempo, e pelos mesmos motivos, são claramente assustadoras. Se uma mulher sozinha já é capaz de tanto, o que diremos de milhões delas...
Neste momento, o Hal diz ao Dave: "Dave, tenho medo";
Lamento o aparte, mas estava a tentar digerir o filme que está a passar na 2... 2001, Odisseia no Espaço. A coincidência foi brilhante.
Estou deveras contente porque, apesar de ser considerado um geek bronco e perfeitamente anormal, devo ser dos poucos geeks broncos e perfeitamente anormais que acha esta merda uma valente seca. Kubrick, eras um génio, sim, mas este filme faz-me sentir um toucinho no fumeiro!
Tendo o Hal, medo de alguma coisa (das mulheres, eventualmente), vinha-me à ideia o Alan Turing. Eu tenho perfeita noção que para a maioria dos meus caros leitores, devo estar louco... confio nos meus ex-colegas de curso para entenderem a subtil piada, inerente à cadeira de Linguagens e Autómatos. Outra valente seca, por sinal.
O Teste de Turing (imagine-se, um teste proposto por um caramelo chamado Turing... modéstia é tudo) pretende determinar se um programa de computador é ou não inteligente. Como é que o faz? Simples. O teste é efectuado gerando uma conversa entre dois humanos e um computador. Se um árbitro não conseguir identificar qual deles é o computador, diz-se que o computador passou o teste com sucesso.
Eu tenho uma pequena teoria conspiratória que oscila à volta da ideia de que as mulheres não são seres-humanos. E nem sequer é uma piada às capacidades cruéis da espécie... é mesmo porque maioritariamente mais parecem um terminal robotizado que estabelece connosco uma conversa programada pelo Programador-Mor que outra coisa.
Já tentei fazer o Teste de Turing a muitas mulheres e, definitivamente, posso afirmar que ainda não percebi se são humanas ou se vêm mesmo de Vénus, como se diz. A inteligência feminina consegue superar a cabeça de dez ou vinte programadores-sénior que analisam o software em simultâneo. Teste de Turing aplicado nas mulheres? Certo, passam-no com sucesso.
Na realidade, na informática, aquilo que mais se assemelha a uma mulher são os Panic Screens do Linux...
Assim, podemos considerar-nos dos seres mais privilegiados da Natureza, por estarmos semi-condenados a conviver com tão maravilhosa espécie. Hoje, estranhamente, não estou a gozar.

07/03/2009

é isso, é isso, é pecado...


pensamentos marados

O giro é que há gajos que têm acidentes porque se espetam com o carro a olhar para os rabos que passam ao lado do carro.
Curiosamente, há tipos bem mais estranhos a quem isso acontece, mas porque vão distraídos na Segunda Circular a olhar para os aviões que vão a aterrar no aeroporto...

Dos dois, qual o mais irregular? LOL.

informação útil

"O orgasmo feminino é uma coisa da qual as mulheres percebem muito pouco, e os homens ainda menos. Pelo facto de ser uma reacção endócrina, que se dá sem expelir nada, não se apresenta nenhuma prova evidente de que aconteceu, ou de que foi simulado.. Diante deste mistério, investigações continuam, pesquisas são feitas, centenas de livros são escritos, tudo para tentar esclarecer este assunto.

A acompanhar este tema, deu no outro dia uma entrevista na TV com uma conhecida sexóloga, que apresentou uma pesquisa feita nos Estados Unidos na qual se mediu a descarga eléctrica emitida pela periquita no instante do orgasmo. Os resultados mostram que, na hora H, a pardaleca dispara uma carga de 250.000 micro volts. Ou seja, 5 passarinhas juntas, ligadas em série na hora do 'ai meu Deus', são suficientes para acender uma lâmpada. E uma dúzia é capaz de provocar a ignição no motor de um Carocha com a bateria em baixo.
Já há até mulheres a treinar para carregar a bateria do telemóvel: dizem que é só ter o orgasmo e, tchan... carregar.

Portanto, é preciso ter muito cuidado porque aquilo, afinal, não é uma rata: é uma torradeira eléctrica!!! E se der curto-circuito na hora de 'virar os olhos'? Além de vesgo, fica-se com a doença de Parkinson e com a salsicha assada. Preservativo agora é pouco: tem de se mandar encamisar na Michelin.
E, no momento da descarga, é recomendado usar sapatos de borracha, não os descalçar e não pisar o chão molhado. É também aconselhável que, antes de se começar a molhar o biscoito, se pergunte à parceira se ela é de 110 ou de 220 volts, não se vá esturricar a alheira."

05/03/2009

gay zone

Sinto-me sujo. Fui violado moralmente.
Um gajo vai na rua muito bem depois de almoço e leva um "uuuuuhh, coisa boa!" de uma bichona que vai a passar. E depois de me voltar e olhar para trás, ainda topo que o bronco ia a olhar para o meu rabo.
Vamos lá a ver uma merda.
É do conhecimento geral que não sou exactamente o pato mais desejado pelas patas. Sou normal e, talvez por isso mesmo, fique no canto dos lacticínios, entre as manteigas e o leite do dia, e já nem sequer me chateio muito com isso. Um gajo aceita e pronto.
A única merda que peço, é não ser olhado por gajos.
Foda-se, já é mau que as gajas não olhem para nós, mas pior do que isso, é que sejam gajos a fazer o inverso.
Quando o gajo olhou ainda pensei em gritar-lhe "vade retro"... o problema é que ele podia gostar :(

o patal de cem pombos

E um pato, passou a voar por um pombal e lá encontrou uma pomba.
E disse:
"Olá, pombal de cem pombas"
A pomba, toda airosa, respondeu:
"Olá senhor pato. Nós, cem pombas não somos; mas nós, outras tantas como nós, mais metade de nós, mais um quarto de nós, e consigo sr. patão, cem pombas serão."
Afinal, quantas pombas estão?

sorria...

O tipo que inventou os smiles devia ser um génio.
Até na cor o gajo pensou.
Os smiles vieram dar uma nova interpretação à expressão 'sorriso amarelo'.
É que não importa mesmo qual seja o tipo de conversa que um gajo tenha, desde amigos a fornecedores do trabalho que falam comigo por IM, toda a malta usa smiles.
O símbolo universal, o fabuloso :) é caracterizado pela sua ampla gama de aplicações.
":) muito giro, não tens um caralho de piada"
":) ah ah, porque não vais morrer longe"
":) ok, não sei o que dizer... :) :) :)"
"eu não o tinha mandado já à merda? é melhor ser mais subtil... :)"
Mas há outros smiles, igualmente porreiros e genialmente coerentes para chatear (ou não). E não, não me refiro ao famoso .|.
Na realidade, quem nunca usou um cínico :D? Ou um abstracto :P?
"Epa, és um gajo porreiro :P, estou mesmo contente :D"
Já para não falar na consensual utilização no email. "Olá bom dia! És um palhaço de merda :)"
O smile é um símbolo industrial, que veio simplificar a vida a muita gente. Para uma pergunta simples, em vez de uma resposta concreta, enviam-nos um sorrisinho numa bola de ténis que mais dá vontade de atirar pela janela com o monitor agarrado que outra coisa qualquer.
Já ninguém agradece, já não dizem "sim", "não" ou "talvez", já ninguém se dá ao trabalho de falar connosco sem meter um sorriso no meio.
No outro dia vi um anúncio numa loja de campas (sim, daquelas que vendem cenas para meter no cemitério): "Fazemos pedras para túmulo por medida :)"
A sério, adorei o detalhe do smile.
Quando morrer, quero uma pedrinha no jardim da Graça em que me passeavam quando tinha 1 ano em minha homenagem: "Ao Pato Marques, que morreu finalmente :D Vão para o .|."
Parece-me que a ideia é comerem-nos por parvos connosco a assistir. "Sorria :) está a ser filmado", "Sorria :) você foi despedido", ":) você está morto".
Toda a questão é positiva. Afinal, é sempre mais fácil mandar alguém à merda a rir que com um ar sério. Quando eu for grande quero ser um smile. Depois hei-de andar todo pelado a correr na rua, com o meu corpo redondo e amarelo a chatear a malta enquanto rio feito estúpido. E se for o que tem a língua de fora (pensamento sujo), então será simplesmente brutal.

03/03/2009

the office

Procurem umas ofertas de emprego.
Jornais, internet ou então esperem mesmo que vos contactem através do LinkedIn... (lol)
Algo que nunca percebi foi a expressão "Salário compatível com a função"; o que raio quer esta merda dizer?
E nas entrevistas de emprego adoram perguntar: "então, o que o traz por cá?"
"Epa, não sei... estava a passar por aqui e lembrei-me de o vir enrabar..."
Como a mítica das entrevistas: "Fale-nos um pouco do seu percurso profissional"
E, enquanto isso, ficam a olhar para o nosso currículo para tentarem ver onde é que estamos a mentir. Fica-se com vontade de pegar numa merda qualquer e começar a arremessar indiferenciadamente.
"Foda-se, mas não tens essa informação à frente???"
Mas voltando à remuneração compatível com a função... que raio é isso? E compatível para quem? Para com o empregado ou para com o empregador?
Toda a questão é demasiadamente complexa. Uma remuneração compatível com as minhas funções, para mim, pode não ter o mesmo significado (leia-se, valor) para um empregador. Por que raio não metem simplesmente a merda do salário na oferta e dizem: "ligue apenas se estiver interessado"; vamos a ver... acham mesmo que um gajo está interessado na chamada 'evolução profissional'? Um gajo quer é estabilidade e dinheiro para construir a família, mais nada.
Se o dinheiro nascesse nas árvores, estaria esticadinho numa ilha semi-deserta, a curtir o pouco que resta da santa vidinha. Na falta de tão brilhante característica nos mercados financeiros internacionais, só mesmo trabalhando para esvaziar o bolso.
Assim... parem lá com a merda das "remunerações compatíveis" e digam de uma vez por todas à malta quanto vai receber.

a história do corno

Achei isto fabuloso. Os quatro tipos de corno:

CORNO DESCONFIADO
Um sujeito chega a casa, abre a porta e encontra a mulher de cú para o ar a limpar o chão... e ela está vestida apenas com um avental!
O traseiro nu e balançado deixa-o excitado e ele nem hesita: baixa as calças e pimba ali mesmo! De seguida, dá uma surra na mulher.
Ela fica revoltada:
- Tás maluco ou quê? Deixo-te comer sem dizer nada e ainda me bates? Posso saber ao menos porquê?
Ele olha-a com ar zangado e responde:
- Nem te viraste para ver quem era!

CORNO INGÉNUO
Ao chegar mais cedo a casa, o marido encontrou a mulher na cama, nua e ofegante.
- O que foi, querida? Não estás bem?
- É um ataque do coração!
Ao ouvir isso, o marido correu feito louco ao telefone para chamar a ambulância.
Enquanto tentava ligar, o filho chegou perto e disse:
-Pai, está um homem nu na casa de banho.
Ele foi até lá, abriu a porta e deu de caras com o melhor amigo!
Ficou indignado:
- Pelo amor de Deus, Ricardo. A Fátima a ter um enfarte e tu aí em pelota a assustar as crianças!

CORNO PRAGMÁTICO
Ele chega de surpresa e encontra a mulher na cama com outro! O marido nem quis saber de nada, sacou logo do revólver.
- Por amor de Deus! - Interrompeu a mulher. - Então não sabes quem pagou aquela dívida do banco? E o apartamento na praia? E o carro novo?
-Por acaso foi você? - Perguntou o marido, dirigindo-se ao outro.
-Fui eu mesmo! - Concordou o amante.
-Então, faca o favor de se tapar, que eu não quero ninguém constipado na minha cama!

CORNO INVISÍVEL
Ele chega mais cedo do trabalho e encontra a mulher na cama com o seu melhor amigo:
- Sandra! Ricardo! Como foram capazes de me fazer uma coisa dessas?
Tu, Sandra, a quem sempre fui fiel durante todos estes anos. E tu, Ricardo, a quem ajudei nos momentos mais difíceis e... VOCÊS NÃO SE IMPORTAM DE PARAR E PRESTAR ATENÇÃO AO QUE ESTOU A DIZER??

caca

O cú mais esquisito de Lisboa ocidental perdeu a vergonha.
Após um ano e meio de trabalho, este rabo sentou-se pela primeira vez numa das sanitas da empresa.
O motivo? Nem ele sabe ao certo... terá sido o donut? o Actimel de Laranja pela manhã? Eventualmente uma refeição do dia anterior... quem sabe. Ou então algum mau-olhado. Apenas o esfíncter conhecerá a verdadeira e dura (ou não) realidade para além desta sombria questão.
É fabuloso como um gajo meio paranóico e desacertado perde toda a esquisitice na primeira aflição.
Lá está... o gajo que nunca bebia do copo dos outros, certamente nunca passou sede. O mesmo se passa com uma caganeira.

01/03/2009

a bigger plan

Certo, tenham calma caros leitores.
Vou tentar que seja o último vídeo publicado hoje...


i want it that way

Ora e esta estava no top quando eu tinha... ok, foi há algum tempo.


parafusos: .15€/unidade

A crise parece ser algo passageiro.
Consta que tem picos de tensão, onde a malta fica apertada.
Na realidade, é uma falsa realidade ao alcance apenas de alguns. Para muitos outros, a crise é, efectivamente, a realidade diária.
Confesso que me chateia um bocado ver as pensionistas, todos os finais de mês, a arrastarem-se para a Caixa Geral de Depósitos, mais com o intuito de falarem um pouco com o funcionário do balcão que para receberem a miserável quantia mensal que lhes está destinada.
Contudo, o aperto mensal das velhotas fá-las ser capazes de merdas que muitos nunca julgaram possíveis.
A sério. Elas arrastam esquentadores inteiros até à loja de ferragens de bairro mais próxima para comprarem um parafuso, para depois recolocarem o parafuso sozinhas, juntamente com o esquentador... porque um parafuso sai bem mais barato que um canalizador. Colocam torneiras, mudam os vedantes... e até já as vi pintar.
Em nome da reparação da casa semi-apodrecida onde vivem, elas só têm mesmo a opção de fazer a reparação sozinhas. Não há ajudas.
Da próxima vez que entrarem numa loja de ferragens, reparem na velhota ao canto do balcão. Há sempre uma, e a fazer um pedido com uma exactidão técnica que envergonharia muitos profissionais.
Elas sabem a dimensão do diâmetro dos canos, conhecem as colas e tintas, reconhecem a dimensão dos parafusos. Fazem os furos nas paredes com um preguinho e um martelo, reparam o excesso e no final ainda pintam.
Malta com mais do triplo da minha idade. Mas é fascinante.
Enquanto uns fazem a festa, ganham um valor mensal obsceno e pedem maiorias, elas reparam a casa. Sozinhas e com a merda de reforma que os primeiros lhes dão.

beijo




Se o videoclip é original, o YouTube remove; se não é original, levamos com um monte de imagens sacadas da net... gosto particularmente dos créditos no final: "imagens - internet".
É positivo.

the nano song