11/03/2009

a dúvida do amor

Os desenhos animados mais foleiros da televisão serão, muito possívelmente, o South Park.
Uma mistura de desrespeito total da sociedade, crítica aberta e potencialmente preconceituosa mas, acima de tudo, altamente hilariante.
Nos últimos dias, tem passado na 2, um documentário (6 Billion Others) em que fazem a mesma pergunta a pessoas diferentes, de países e culturas diferentes. O de hoje despertou-me particular atenção porque questiona a existência e forma de demonstração do Amor.
Gostei particularmente de uma expressão de uma cidadã russa, que falava do seu relacionamento com o companheiro de vários anos. Descreveu então uma discussão, em que lhe tentava mostrar como eram diferentes... "temos ideias diferentes, opiniões diferentes, fazemos as coisas de forma diferente, até somos de sexos diferentes!". Posso ser só eu, mas achei muito divertido.
Ocorreu-me, de repente, a romântica representação do South Park, da pseudo-relação entre o Stan e a Wendy, duas das personagens.
O Stan gosta da Wendy, mas não lhe consegue falar. Isto porque sempre que ela se aproxima, ele começa a pensar no que lhe vai dizer - que sai sempre impecavelmente bem - mas, ao abrir a boca, vomita-se todo. É brutal, o rapaz larga poesia, não a metro, mas sim a vómito.
Os diálogos são simplesmente fantásticos...
"Hellooo Stan, how are you today?"
"Hi blaaaaaarghhhhhhhhh"
"What...?"
"blaaaaaarggghhhhhhh blaaaaarghhhhhhh bllllaaaaaaarghhh"
Há quem se tente expressar da melhor forma que sabe e não consegue; o Stan, consegue manter a Wendy por perto, simplesmente vomitando! É algo genial!
Assim, resumindo a questão do 6 Billion Other de hoje, podemos sintetizar o Amor, como algo no limiar entre o gostar mesmo muito e o vomitar-se todo.
O Amor é a regurgitação do jantar de ontem? Quem sabe... o que se sabe certamente é que é fofo, amoroso e... colorido (dependendo essencialmente do que se comeu..) - pelo menos na eficaz visão do Stan.

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