29/08/2009

cats in the cradle

Eu tinha ideia que já tinha publicado isto aqui algures...
O problema é que sempre que ouço isto fico com algum medo de vir a tornar-me igual ao meu pai. Já me bastam as semelhanças físicas, e tenho pânico de um dia o meu filho ou filha vir a pensar de mim o mesmo que penso do meu progenitor.
Não quero ser como ele. Tenho medo de não conseguir ser um bom pai, tenho medo de não conseguir ser um bom marido, tenho medo de ser um falhado para a minha família. E como já estou farto de me atormentar sozinho com esta merda, decidi partilhar com as alminhas que ainda se dão ao trabalho de ler esta bodega.


última hora: Pato dá à costa na Linha

Hoje tive a prova.
É oficial. Sou efectivamente um pato.
Pensava que nadava como um tronco, mas não. Nado de cabeça para baixo e patinhas para o ar, como os verdadeiros patos. Melhor dizendo... perante o divertimento geral, e após levar com o rebentar de uma onda na tromba, acabei com os cornos enfiados na areia enquanto os meus presuntos apontavam para o céu.
Em todo o caso, nunca estive tão perto de ser pato como hoje.
Há pessoal que consegue transformar um bloco de praia em metros quadrados de xunguice. Não sou propriamente discriminador de massas mas, se calhar se essa malta abrisse um buraco bem grande à beira-mar e esperasse o encher da maré...
Ainda a respeito do rebentamento, devo ser o único pato no mundo que, para voar, tem de levar salva-vidas. Ou então serei daqueles patos já habituados ao ambiente urbano que desaprenderam a voar e a fazer coisas dignas de patos como... boiar na maré, ao sabor do vento e das ondas, com as barbatanas e os tomates de molho. Afinal, os patos não se afogam, certo? Ou então não.
E depois o gajo ali a 3 metros com aquela merda a sair-lhe de dentro da outra merda. Tipo, vou tentar ensinar-te uma cena: os calções de banho, os bikinis, as merdas que usas para te tapares, têm uma medida, ok? Não é necessário usares uma merda tão apertada que deixes de sentir a irrigação sanguínea, mas é de evitar merdas tão largas que o resto da malta tenha de estar a ver tudo o que é enchido a sair cá para fora em aflição qual prisioneiro que grita agarrado às grades "quero sair, querooooo saiiiiiiiir!"
Os velhotes. Alguém me explica porque raio os velhotes levam sempre daquelas cadeirinhas para a praia?
O livro "O velho e o mar" passava-se num bote, tá bem? A praia, não é um bote. Parem com essa merda enervante de ficarem sentados na cadeirinha a olhar o oceano infinito enquanto toda a civilização restante enfia o cú na toalha. Acreditem, não é o desnível na areia que vos vai foder a bacia... Pensam mesmo que vão prolongar anos de vida por ficarem a fitar o Atlântico?
E desde quando andam videntes da praia??? Uhhh, a sério! A senhora de preto, que caminhava no areal oferecendo os seus préstimos em troca da mão alheia. Nunca vi algo tão nobre... oferecer conhecimento, através da mão suada e calejada do próximo, a troco de nada... excepto do que quiseres pagar no final do serviço para o raio da mulher não largar uma praga que te faça crescer um rabo de porco ou um nariz de Pinóquio.
O que será que ela diz? "Pressinto que até ao fim do dia irá molhar-se"; "A visão é meio turva, mas vejo areia, muita areia"; "vejo que o seu dia irá terminar à frente de um computador a escrever num blog..."

23/08/2009

something stupid

Não ouvia isto há imenso tempo, mas as estações de rádio refundidas têm destas coisas.



I know I stand in line
Until you think you have the time
To spend an evening with me
And if we go someplace to dance
I know that there's a chance
You won't be leaving with me

Then afterwards we drop into a quiet little place
And have a drink or two
And then I go and spoil it all
By saying something stupid
Like I love you

I can see it in your eyes
That you despise the same old lines
You heard the night before
And though it's just a line to you
For me it's true
And never seemed so right before

I practice every day to find some clever
lines to say
To make the meaning come through
But then I think I'll wait until the evening
gets late
And I'm alone with you

The time is right
Your perfume fills my head
The stars get red
And oh the night's so blue
And then I go and spoil it all
By saying something stupid
Like I love you

babylon

ponto de encontro

Estava muito bem na cozinha a olhar o Infinito, quando reparei na janela e fui inundado por um sorriso de orelha a orelha, devidamente acompanhado por um "ahhh" de espanto:
"Ahhh! A Joaquina voltou!"
Pois é. A minha osga de estimação, aquela que se cola à janela todos os anos, evitando a entrada de melgas e mosquitos, o meu Baygonzinho de quatro patas, voltou, embora atrasada, para me fazer um pouco de companhia em mais um Verão.
Como se tal não bastasse, ia à casa de banho para fornecer um pouco mais de mim ao mundo quando, olhando para a outra janela... "Ahhh! A Joaquina trouxe o filho!"
Yap, este ano a Joaquina trouxe-me o filhote, uma osguita mais pequena, eventualmente com a ideia de fazer as apresentações, aquando de mais um jantar em família.
"Não é tão fofo, o meu filhote? Sabe, Sr. Pato Marques, ando a treinar o Quinito para comer também os bichos da prata, embora para ele sejam como a soja, que ele não é muito para aí virado. Ele gosta mesmo é das traças, o prato favorito do Quinito. E já lhe contei? Ah, ele no outro dia, tão giro, a fugir da vassourada da esposa do Sr. Elias..."
E lá estão. A mãe, mais gordita que o ano passado, colada na janela da cozinha, pacientemente esperando caça, e o filhote, o Quinito, mais pequenino e hiperactivo, balouçando alegremente na janela da casa de banho.
Na visita de hoje ao Sweet Pingo, estava um puto - não teria mais de 8 anos - com a avó no pronto-a-comer. "Leva arroz de pato, leva 'vó, que eu adoro e aos anos que não como".
Não pude deixar de achar interessante, como um gajo de 8 anos indica que "aos anos" que não come algo... a ver. Tens 8 anos, pah! Ainda nem sabes se preferes arroz de pato ou peito de franga...
Os meus momentos de estupidez, a solo ou acompanhado, continuam a transcender os limites da imbecilidade.
Vinha com as compras nas escadinhas de acesso ao parque de estacionamento, ainda com um dos headphones enfiados no ouvido, quando percebi algo excepcional... "Epaaaah, a música que está a tocar no parque de estacionamento é a mesma que estou a ouvir no mp3!!! E até está no mesmo compasso temporal e tudo! Impressionante! As probabilidades de isto voltar a acontecer são demasiadamente remotas! Estou perante um momento único da minha vidaaaaa!"
10 segundos depois percebi que estava a ouvir rádio, e não mp3.

19/08/2009

mais coisas perfeitamente idiotas

Estava há bocado a ler na Blitz...

"A norte-americana Katy Perry assumiu que quando era pequena passava horas a rezar para ter seios volumosos: "Lembro-me bastante bem de me ajoelhar junto da cama, quando tinha nove anos, a rezar e a pedir a Deus para me dar mamas tão grandes que quando me deitasse de costas nem sequer conseguisse ver pés"."

O que é feito das gajas que pediam paz no Mundo e coisas parecidas??
Eu também tinha problemas e não era por isso que rezava para que os Jardins Suspensos florissem... um saco de batatas lá amarrado é bem mais eficaz.

concentração

Agora há uma nova bebida à venda.
Caso ainda não tenham reparado, as paragens dos autocarros já publicitam o novo Iced Tea concentrado. Junta-se água, e temos Iced Tea.
Foda-se, a ver uma cena: a ideia de ser Iced Tea, é que esteja efectivamente 'Iced'. Se eu tenho de juntar água a um qualquer concentrado, por muito gelado que esteja, terá de ser também água gelada, o que me obriga a ter dois frascos no frigorífico - um de água e outro de concentrado. E isso desvirtua completamente o sentido de ter espaço na merda das prateleiras.
A alternativa é juntar água que não se encontre fresca mas, nessa perspectiva, o Iced Tea deixa de estar fresco para se juntar a algo apenas natural.
Falando em natural, estou a vomitar algo. Tipo, há sumo de laranja natural, correcto? E o sumo de laranja natural, normalmente refere-se a um sumo de laranja feito com laranjas frescas. É só impressão minha ou é meio incoerente pedir um sumo de laranja natural fresco? A não ser que as laranjas se encontrem realmente frescas, talvez por se encontrarem no frigorífico.
O único problema é que posso não ter espaço no frigorífico para as laranjas porque já lá está um frasco a mais com a água para o Iced Tea concentrado.
Estas cenas fodem-me o juízo. Agora caía bem era um suminho de fruta natural. Fresco.

17/08/2009

ainda dizem que sou eu que tenho problemas...

a primeira cerveja

Deitei-me por aqui a ler um artigo acerca do fabrico artesanal de cerveja.
Parece-me positivo. Um gajo arranja um espacinho em casa, pega numa cuba e toca de meter para lá a coisada toda.
Lá fui ler atentamente o artigo e a mente genial que escreveu aquilo determina que para uma cerveja 'não muito complexa', entre outras coisas, necessito de uma panela com capacidade para 30L.
A ver... uma panela com 30L não é uma panela; já é uma cuba gigantesca que não me cabe na cozinha. Com sorte poderia usar a banheira para atracar por lá a mistela, mas depois ocorreu-me que cá no ninho só tenho base de chuveiro. Seria uma cerveja mais curta, morta... e não poderia ter espuma. Algo idêntico ao que sobra lá no fundo depois de me lavar.
Entretanto percebi que era necessário um outro recipiente que servisse de fermentador. Porra... então preciso de duas 'panelas de 30L' e não de uma. Até posso meter uma na sala mas, e a outra, para onde vai? Para o quarto?? Durmo na sanita, é?
Ah, a segunda panela precisa de um 'borbulhador'. Mas que raio é um borbulhador??? Uma cena que faz borbulhas?
As borbulhas não costumam aparecer durante a ressaca, após já se ter a cerveja??
Se atirar com um daqueles extintores de dióxido de carbono para dentro do panelão e o ferver até ao rebentamento, fará o efeito desejado?
Hum... a considerar.
Mas lá se conseguem o moinho para moer os cereais (claro está), a tal panela de 30L, a cuba filtrante (o que quer que isso seja...), a espátula (isso tenho, isso tenho! Não chega é para raspar o panelão, mas acho que consigo fazer uma extensão com o salazar e a colher de pau...), o termómetro (o que vale é que nunca faço a medição anal... eventualmente a cerveja será aromatizada pela bactéria Sovaculus Fortis), um densímetro (vulgarmente designado por dedo) e o tal recipiente fermentador com o borbulhador lá no meio. Admitindo que arranjo isto tudo, passemos à fase seguinte: ingredientes!
Começa muito bem. 5 kg de Malte Pilsen... O que raio é Malte Pilsen??? Onde arranjo esta merda?? Na farmácia? No pingo-doce? Ou no senhor Armando ali da mercearia?? Eu nem sequer sei bem o que é malte, quanto mais Pilsen. Essa merda é algum tipo de malte, ou é uma marca, tal como há a gelatina Alsa e a Royal? Pode ser Malte Raben, Idioten, ou merda que o possa substituir?
Depois vem a levedura... MAS QUE TIPO DE LEVEDURA, PAHH?? De pão, de bolo, do raio que o parta?
Lol, onde arranjo lúpulo? Foda-se, já Googlei e descobri que é uma plantinha que dá o gosto amargo à cerveja... posso substituir por framboesas e ter uma cerveja adocicada? Ou por leite... podia sempre inventar o primeiro leite maltado do mundo, que metia os putos a dormir num instante. E mais que a cerveja até fortalece os ossos, era o meu contributo para uma geração com ossos mais fortes e saudáveis. Haja saúdinha...

16/08/2009

postcard from Heaven



If you never say goodbye
To the best thing in your life
There are things you don't appreciate
At all

So it's best that you don't try
Holding back the time
Are you ever gonna be
Quite satisfied

Postcard from Heaven
Go to where you belong
Never find the perfect situation
Until you know where you're from

If you ever say goodbye
No regrets, I won't ask why
And I wish you all the best luck
In the world

Should you ever change your mind
Holding back the sunshine
Are you ever gonna be
Quite satisfied

Postcard from Heaven
Go to where you belong
Never find the perfect situation
Until you know where you're from

Postcard from Heaven
Go to where you belong
Never find the perfect situation
Until you know where you're from

Postcard from Heaven
Go to where you belong
Never find the perfect situation
Until you know where you're from

teoremas da retrete

O prédio onde moro tem uma arquitectura idiota.
Basicamente, entre duas fracções do mesmo andar, tem um corredor de acesso a uma delas, não sei se me faço entender. Na realidade, se o morador do A ou do D desejar chegar a casa, tem de passar por um corredor que dá para as janelas do B e do C.
Esse corredor é comum a todas as fracções mas, infelizmente, os idiotas dos A's e D's acham-se donos e senhores do dito cujo. Porém, para os lixar, esse corredor é forrado a janelas.
Uma delas, bem grande, de vidro batido dá para a minha cozinha; a outra, mais pequenina e no topo, dá para a casa de banho.
Assim, se os meus vizinhos quiserem entrar ou sair em casa à mesma hora que o meu relógio biológico dispara, têm de suportar com um valente cheiro a merda.
É incómodo. Por um lado, os senhores não têm nada que levar com o meu cheiro, que considero que deva ser de certa forma meio desagradável (eu não imagino, porque os filhos nunca cheiram mal aos pais); por outro lado, sempre que ouço a portinha deles a abrir, tenho de conter um peido que depois acaba por não sair e deixa-me indisposto durante o resto do dia.
É que o chato é que me sinto na minha própria sanita como se estivesse numa daquelas áreas de serviço na autoestrada... em que damos um peido e surge logo um comentário do lado de lá... "ehhhh láaaaa! Dá-lhe com força". É desagradável, sim.
A alternativa é a janela da cozinha.
Mas o que irrita é que à noite não posso andar de rabinho ao léu (ou com qualquer outra coisa ao léu) porque, em contra-luz, vê-se tudo do lado da varanda.
Em contrapartida, do lado de lá, tenho de levar com os risinhos doidos da vizinha quando o marido faz a festa na varanda ou, em casos mais extremos, com os comentários relativos às ervas aromáticas que os desgraçados plantam debaixo da minha janela: "ah, pois, realmente a salsa está a morrer..."; claro, se eu fosse um ramo de salsa debaixo da janela de um gajo que caga duas vezes ao dia também morreria... só eles não entendem isso.
Uma vez estava eu muito bem sentado na retrete a dar o meu contributo ao mundo, quando ouço baixinho do lado de lá... "foda-se, que cheiro a merda".
Eu não queria, mas vi-me obrigado a explicar que estava a cagar, na minha casa, na minha sanita, do meu lado da parede, pah!!!! Que culpa tenho eu que o vizinho goste de tomar o pequeno-almoço a um metro de mim, apenas separado por uma parede? Haja paciência, mas o meu relógio biológico ninguém o pára.
Um gajo já nem sequer pode atender o telefone na cozinha... sinto-me vigiado, é enervante. Começo a falar mais alto e as vozinhas param do lado de lá.
E no fundo, eu até sou educado. Contenho o peido quando eles vão a passar e não digo nada quando recebem as visitas no corredor.
Já a Cindy é bem mais realista nesse aspecto. Peida-se sonoramente como se não houvesse amanhã e por vezes parece que está à espera que eles vão para o corredor para largar o calhau.
Vou começar a ser mais como ela e projectar o que tenho a projectar sempre que me apetece.
A mim também me incomoda o cheiro a coentros pela manhã mesmo debaixo do chuveiro.
Acho que é mais que justo que cada um largue o que tem a largar sempre que é necessário.
Em todo o caso, sinto-me mais eu, mais humano. É sempre bom saber que os coentros estão a crescer com o meu contributo precioso.

lições...

"Cenas a não esquecer", capítulo 2, secção 9

Mesmo quando moramos sozinhos, cozinhar todo nú não é de todo grande ideia.
Não só os croquetes que estamos a fritar ficam fritos, como outro tipo de croquete também pode ser cozinhado com os espirros do óleo.

eu sabia! o gajo nunca me enganou

home run

No baseball, home run é uma batida na qual bola transpõe a cerca do campo externo (entre outras coisitas).
Também no baseball, os batedores mais valiosos são os que têm a capacidade de efectuar mais home-runs por batida. Estava por aqui a pensar se o número de bolas que saem do campo será directamente proporcional ao número de entradas de traumatismos cranianos nas urgências hospitalares...
"Ora eu estava muito bem a mijar ali a um cantinho e eis que de repente 'paff'... tirei o boné e reparei que tinha a cabeça partida"
Fiz a boa acção do dia e fui visitar a família biológica.
Aquela malta continua a surpreender-me. Agora arranjaram um gato.
Um gato preto, logo para animar. Qual ser infernal, semi-demoníaco, anda por lá a raspar o pêlo nas ombreiras das portas, pronto a cuspir bolas de penugem que vai lambendo estupidamente de todas as partes do corpo felino.
Não gosto do gajo, enquadra-se demasiadamente bem naquela espécie de família. Não sei, fica ali bem. É um deles. Não é definitivamente um pato.
Já não tenho paciência para aturar aquilo. É tudo demasiado "Paz do Senhor". É uma mistela de sentimentalismo pós-natal com cérebros completamente queimados em todo o seu esplendor.
Começa numa ponta com a visão zen e naturista das coisas, passa pela transcendência da loucura do ser masculino que fez o favor de largar um espermatozóide na minha Mãe e que não diz coisa com coisa e termina na idiotice completa.
Eu é naquela... vou dizer o quê? A sério, há momentos em que me apetece largar "bem-vindos ao show do Jerry Springer..."
Às vezes pergunto-me se alguma daquelas alminhas já se terá deparado com o meu blog.
Há um episódio dos Simpsons em que o Bart faz uma banda desenhada em que a personagem principal é o seu pai. E só ao fim de uns dias é que o Homer topa que a personagem é ele.
Será que já leram isto? É improvável, ninguém no seu juízo perfeito lê isto. Aliás, a maior parte da malta só lê este blog porque eu fiz o favor de os configurar na mailing list... e sempre que escrevo aqui alguma coisa recebem um email com o texto... Mas em todo o caso, é algo possível.
Acho que estou no meu direito. Olha, que se foda.
A Nissan já tem preço para o novo carrinho eléctrico: 18450 Euros.
Vou abrir um negócio de extensões eléctricas para um gajo poder ligar o carro à tomada aqui de casa...
Uma vez vi nas Televendas um aparelho a pilhas para carregar... pilhas.
Achei genial. Considerando as perdas e a capacidade, eram cerca de 10 pilhas normais para carregar 4 ou 5 das recarregáveis.
Acho que era de aproveitar: ter um Nissan a pilhas para carregar o outro. Quantas pilhas caberão dentro de um carro? Uhhh... dois dias para as meter lá dentro??
No meio da violência diária a que estamos habituados, ver o Cops é capaz de ser das merdas mais inúteis que se faz na vida. Gajos fardados, a correr atrás de gajos que não estão fardados e não têm onde cair mortos... uma carga de porrada aqui, outra ali... meh. É brutalmente estúpido.
Por outro lado, os carros com as luzes são altamente.

15/08/2009

lonely day

the raven

No seguimento de mais um episódio dos Simpsons meio-digerido com o pequeno-almoço de sábado...

Once upon a midnight dreary, while I pondered weak and weary,
Over many a quaint and curious volume of forgotten lore,
While I nodded, nearly napping, suddenly there came a tapping,
As of some one gently rapping, rapping at my chamber door.
`'Tis some visitor,' I muttered, `tapping at my chamber door -
Only this, and nothing more.'

Ah, distinctly I remember it was in the bleak December,
And each separate dying ember wrought its ghost upon the floor.
Eagerly I wished the morrow; - vainly I had sought to borrow
From my books surcease of sorrow - sorrow for the lost Lenore -
For the rare and radiant maiden whom the angels named Lenore -
Nameless here for evermore.

And the silken sad uncertain rustling of each purple curtain
Thrilled me - filled me with fantastic terrors never felt before;
So that now, to still the beating of my heart, I stood repeating
`'Tis some visitor entreating entrance at my chamber door -
Some late visitor entreating entrance at my chamber door; -
This it is, and nothing more,'

Presently my soul grew stronger; hesitating then no longer,
`Sir,' said I, `or Madam, truly your forgiveness I implore;
But the fact is I was napping, and so gently you came rapping,
And so faintly you came tapping, tapping at my chamber door,
That I scarce was sure I heard you' - here I opened wide the door; -
Darkness there, and nothing more.

Deep into that darkness peering, long I stood there wondering, fearing,
Doubting, dreaming dreams no mortal ever dared to dream before
But the silence was unbroken, and the darkness gave no token,
And the only word there spoken was the whispered word, `Lenore!'
This I whispered, and an echo murmured back the word, `Lenore!'
Merely this and nothing more.

Back into the chamber turning, all my soul within me burning,
Soon again I heard a tapping somewhat louder than before.
`Surely,' said I, `surely that is something at my window lattice;
Let me see then, what thereat is, and this mystery explore -
Let my heart be still a moment and this mystery explore; -
'Tis the wind and nothing more!'

Open here I flung the shutter, when, with many a flirt and flutter,
In there stepped a stately raven of the saintly days of yore.
Not the least obeisance made he; not a minute stopped or stayed he;
But, with mien of lord or lady, perched above my chamber door -
Perched upon a bust of Pallas just above my chamber door -
Perched, and sat, and nothing more.

Then this ebony bird beguiling my sad fancy into smiling,
By the grave and stern decorum of the countenance it wore,
`Though thy crest be shorn and shaven, thou,' I said, `art sure no craven.
Ghastly grim and ancient raven wandering from the nightly shore -
Tell me what thy lordly name is on the Night's Plutonian shore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

Much I marvelled this ungainly fowl to hear discourse so plainly,
Though its answer little meaning - little relevancy bore;
For we cannot help agreeing that no living human being
Ever yet was blessed with seeing bird above his chamber door -
Bird or beast above the sculptured bust above his chamber door,
With such name as `Nevermore.'

But the raven, sitting lonely on the placid bust, spoke only,
That one word, as if his soul in that one word he did outpour.
Nothing further then he uttered - not a feather then he fluttered -
Till I scarcely more than muttered `Other friends have flown before -
On the morrow he will leave me, as my hopes have flown before.'
Then the bird said, `Nevermore.'

Startled at the stillness broken by reply so aptly spoken,
`Doubtless,' said I, `what it utters is its only stock and store,
Caught from some unhappy master whom unmerciful disaster
Followed fast and followed faster till his songs one burden bore -
Till the dirges of his hope that melancholy burden bore
Of "Never-nevermore."'

But the raven still beguiling all my sad soul into smiling,
Straight I wheeled a cushioned seat in front of bird and bust and door;
Then, upon the velvet sinking, I betook myself to linking
Fancy unto fancy, thinking what this ominous bird of yore -
What this grim, ungainly, ghastly, gaunt, and ominous bird of yore
Meant in croaking `Nevermore.'

This I sat engaged in guessing, but no syllable expressing
To the fowl whose fiery eyes now burned into my bosom's core;
This and more I sat divining, with my head at ease reclining
On the cushion's velvet lining that the lamp-light gloated o'er,
But whose velvet violet lining with the lamp-light gloating o'er,
She shall press, ah, nevermore!

Then, methought, the air grew denser, perfumed from an unseen censer
Swung by Seraphim whose foot-falls tinkled on the tufted floor.
`Wretch,' I cried, `thy God hath lent thee - by these angels he has sent thee
Respite - respite and nepenthe from thy memories of Lenore!
Quaff, oh quaff this kind nepenthe, and forget this lost Lenore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Prophet!' said I, `thing of evil! - prophet still, if bird or devil! -
Whether tempter sent, or whether tempest tossed thee here ashore,
Desolate yet all undaunted, on this desert land enchanted -
On this home by horror haunted - tell me truly, I implore -
Is there - is there balm in Gilead? - tell me - tell me, I implore!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Prophet!' said I, `thing of evil! - prophet still, if bird or devil!
By that Heaven that bends above us - by that God we both adore -
Tell this soul with sorrow laden if, within the distant Aidenn,
It shall clasp a sainted maiden whom the angels named Lenore -
Clasp a rare and radiant maiden, whom the angels named Lenore?'
Quoth the raven, `Nevermore.'

`Be that word our sign of parting, bird or fiend!' I shrieked upstarting -
`Get thee back into the tempest and the Night's Plutonian shore!
Leave no black plume as a token of that lie thy soul hath spoken!
Leave my loneliness unbroken! - quit the bust above my door!
Take thy beak from out my heart, and take thy form from off my door!'
Quoth the raven, `Nevermore.'

And the raven, never flitting, still is sitting, still is sitting
On the pallid bust of Pallas just above my chamber door;
And his eyes have all the seeming of a demon's that is dreaming,
And the lamp-light o'er him streaming throws his shadow on the floor;
And my soul from out that shadow that lies floating on the floor
Shall be lifted - nevermore!

11/08/2009

ajunta-te!

"Não perguntes o que o Pato pode fazer por ti; pergunta sim, o que podes fazer pelo Pato!"

10/08/2009

no delírio da escrita

Pode ser por causa dos livros violentos de Sharepoint que atormentam os meus momentos de teórico descanso ou então estou mesmo a derreter os poucos neurónios funcionais que por aqui habitam, mas afiambro pequenas pausas deitando-me a pensar.
Eventualmente a cena da água incolor ser pintada pelo reflexo da luz solar é uma grande treta. Na prática a água pode ter mesmo cor e a gente não sabe. Pequenas moléculas coloridas que fogem para dentro do resto da água assim que pegamos nela... dando-nos então a ilusão de ser transparente. Ou então vivemos mesmo numa realidade alternativa onde nada faz sentido, sendo essa realidade camuflada por uma espécie de Matrix ou merda semelhante, e a gente ignora o facto.
O que nos levaria a pensar que, nesse caso, existiria mesmo um Neo que se preocupava com os restantes seres-vivos e que nos ajudaria, o que parece altamente improvável. Muito possivelmente, o próprio filme do Matrix é algo criado pela Matrix para nos dar uma ilusão de realidade e fazendo-nos crer que a Matrix não existe... seria uma boa estratégia.
Pergunto-me se realmente os peixes não têm mais de dois segundos de memória. De facto, se fosse um peixe seria uma grande merda se ficasse abismado sempre que olhasse para o rochedo lá no meio do areal. "Olha, uma pedra... uhhhhhh" e dois segundos depois... "Olha, uma pedra... uhhhhhh". Acreditemos então na metáfora do Nemo e que todos os peixes não passam de Dóris. O que só nessa perspectiva deixaria de fazer sentido. Se todos os peixes são esquecidos, não faz sentido gozar com apenas um que o seja. Pergunto-me até se a cadela sentirá efectivamente a minha falta quando eu não estou. Pergunto-me se o abanar estúpido da cauda quando chego a casa não será mais um "Iupiii, chegou o idiota que me vai dar de comer". Pergunto-me se será verdadeiro, aquele focinho que parece sorrir enquanto me lambe a mão... ou se será apenas um reflexo involuntário de um animal irracional que quer apenas uma mão para lamber. Suponho que não entenda sempre que lhe faço festas, suponho que não seja capaz de compreender quando me sento a falar-lhe baixinho e a contar-lhe o que nem à escrita revelo. Suponho que seja parvo, a falar para um cão...
O que irrita mesmo é tentar encontrar uma webfolder dentro de um servidor, quando esta parece não existir... ou pelo menos existe no infinito, visto que já dei de caras com ela. Falando nisso, se alguma boa alma me souber explicar onde raio encontro a pasta "DavWWWroot" num Windows 2003 Server seria algo simpático para animar os meus dias.
Descobri que tenho jeito para workshiter, isto logo depois de abafar um porradão de documentos no hiper-espaço. Vou ver se arranjo uma t-shirt com isso...
A Fox anda a passar os primeiros episódios dos Simpsons. Fiquei fascinado... há anos que não via o focinho deformado daquela família. E quando digo deformado, é mesmo deformado! O grafismo dos primeiros episódios assusta... mas estupidamente, vicia.
Uma vez mais, penso. E penso que não estou a escrever nada de jeito... vou acabar de ver mais este episódio dos Simpsons e remeto-me à leitura.
Boas noites.

07/08/2009

Bong

Assim de repente... Google ou Bing???

Afinal há espaço para dois motores de busca na internet.

1. Aceder a www.bing.com
2. Na caixa de texto que aparece, escrever "Google"
3. Carregar no primeiro link que aparece. Ou no segundo. Ou em qualquer um deles...

05/08/2009

workshit

Registo de Intervenção Técnica nº xxx

- Problema: utilizador reporta que não recebe emails

- Resolução: verificado. Ainda ninguém tinha enviado emails ao utilizador em questão. Serviços Técnicos enviaram email de cortesia; o utilizador reporta que já tem um email na mailbox :)

03/08/2009

kitty

A Hello Kitty parece andar por todo o lado.
Ela são telemóveis, cadernos, canetas... até protectores solares e as coisas mais banais conseguem ter estampado a Kitty.
Em primeiro lugar. A boneca chama-se mesmo Hello Kitty ou o Hello é só um cumprimento qualquer? É que se assim não for é demasiado estúpido. Era o mesmo que eu me chamar Olá Pato Marques... o que não é assim tão descabido porque só o facto de me chamar Pato já é deveras idiota.
Eu cá não tenho nada contra a Kitty... o problema é que a boneca acagaça-me como o caraças.
Uma vez vi um filme de terror em que uma miúdinha e a mãe eram atormentadas por um espírito de uma criança morta. Sempre que o espírito se queria manifestar usava uma Kitty. E isso é uma merda que me assusta brutalmente.
Entre outras coisas que me fazem ter pesadelos assustadores, a imagem da Hello Kitty faz-me borrar de medo.
Não entendo como podem achar uma boneca daquelas fofa. É diabólica.
Não me admirava mesmo nada que a cena de agora aparecer em todo o lado seja uma forma de começar a possuir os donos. Quando dermos por ela, a malta começa a aparecer à noite com os olhinhos amarelos e a entrarem na nossa cabeça... "agora vais enfiar a trituradora da sopa no rabo... ligada!"
Acreditem, todos aqueles bacanos das histórias de terror, tenham eles facas, machados, serras ou picadores de gelo, são uns anjinhos quando comparados com a Kitty.
Além do mais, a gata é albina. Um gato preto pode meter medo, mas uma gata completamente branca é bem mais assustadora.
Aliás, todos os animais albinos metem um medo do caraças. Já viram os tigres albinos? Foda-se, aquela merda faz borrar o mais corajoso. Agora imaginem o que é cruzarem-se com uma gata albina. Vestida de vermelho! É um ser do outro mundo, só pode! E aparece apenas para atormentar um gajo!
Uma pessoa a ser simpática e a chamar "hellooooo, kitty, kitty, kittyy!" e quando damos por nós temos o raio da gata agarrada à nossa maçã de Adão e a roer as amígdalas enquanto nos arranha o céu da boca para tentar sugar-nos o cérebro.
Já toparam os desenhos animados dela? Até os amigos parecem ter um medo brutal do animal.
Depois faz aquele risinho... demoníaco, claro está.
Sempre que vejo a Kitty (ou Hello Kitty, já não sei) gosto de equilibrar as coisas pensando no Scooby-Doo. O cão é um merdas, mas ao menos sempre se fica com a ideia que vai descobrir que a Kitty afinal é o dono da lavagem dos carros disfarçado ou merda parecida. E isso torna tudo menos assustador. A não ser que a Kitty seja aquela tipa comunista que é actriz e recita aqueles poemas de uma forma que nos faz os tomates encolherem-se nos regos do sofá... infelizmente não me recordo do nome. Mas isso sim, meteria medo. Uma cena dessas numa noite de tempestade... 'daaassseeee!
A Hello Kitty parece uma daquelas bonequinhas voodoo que se vê nos filmes... imagino sempre que algures estará alguém a decorar a Kitty com um cabelo meu ou merda parecida para de seguida espetar a bicha nos locais mais improváveis. Assim se explicaria as súbitas vontades de cagar no trabalho... que ocorrem matematicamente sempre à mesma hora.
O giro em trabalhar em Agosto é que ninguém chateia. E porquê? PORQUE ESTÁ TUDO A CURTIR FORA DA EMPRESA MENOS NÓS! Porcos...
Por outro lado, dá para nos divertirmos a fazer merdas que noutras situações não poderíamos fazer. Daqui a nada vamos redireccionar todo o tráfego de saída para outro servidor e tentar que ninguém dê por nada (o que é tecnicamente improvável) :D
É a primeira vez que faço isto portanto estou excitadíssimo. Só a ideia de poder mandar esta merda toda com os porcos em plena luz do dia deixa-me em pulgas.
Do mal o menos, sempre dá para tirar da cabeça a imagem da Kitty que vinha na publicidade do autocarro.

01/08/2009

singularidades

Numa das ruelas que cruzo no caminho para o trabalho, há um semáforo.
Junto a esse semáforo, há um prédiozinho antigo com umas escadinhas que dão acesso a uma outra rua que fica mais abaixo.
Nessas escadinhas há um pequeno candeeiro de pé que ilumina as escadas.
Certo dia, o autocarro parou no dito semáforo da tal rua e fiquei a olhar para o lampião.
Nunca me tinha passado pela cabeça que aquele candeeiro, que estava ali erguido há tantos anos quanto aqueles que me lembro, pudesse ter características particulares tão únicas. Singulares, diria mesmo.
Dentro do revestimento vidrado que protege a lâmpada, existe uma armação com um rolamento de dois pontos que permite que uma segunda protecção em alumínio no mesmo formato do revestimento possa projectar a luz. Da mesma forma, ao projectar a luz, impede que uma grande parte desta atinja directamente a janela mais próxima do prédio que fica ao lado.
Eu não sei, mas se morasse ali, não gostaria mesmo nada de acordar de madrugada com um holofote a entrar-me pelo quarto como se de um rapto extraterrestre se tratasse. E aquela pequena folha metálica, tão simples, resolve o problema.
Muito possivelmente haverá outros lampiões como aquele em muitos outros locais mas, foi naquele que reparei. Eventualmente porque o autocarro parou ali mesmo ao lado.
O mundo pode não ser muito justo, mas era bonito que todas as ruas que tivessem prédios com escadinhas iluminadas por candeeiros pudessem ser também assim.
Primeiro acusaram as galinhas. Depois os porcos. Agora não sabem exactamente quem acusar e dão-lhe nomes de letras do alfabeto. Não entendo por que motivo condenam logo o A, eu acho que era mais lógico fazer isso ao Q. O Q é uma letra irritante, não passa de um O com uma perninha pendurada. Trata-se de uma anomalia que necessita sempre de um U ao lado para o segurar... era mais lógico dizer Gripe Q que Gripe A.
Mandam-me ter cuidado. Dizem para não tocar nos botões dos elevadores, pedem-me que não segure os corrimões onde andaram as mãos de outras pessoas (ajudem-me, agora fiquei confuso... é Corrimãos ou Corrimões??), querem que lave as mãos várias vezes ao dia, quando toco em teclados aumento as hipóteses de me auto-contaminar, querem que desinfecte os dedos com uma mistela à base de químicos... estava a lembrar-me da história irónica que inventei no outro dia durante o sono. A história de um gajo que ficou a trabalhar de quarentena em casa. O tipo ia todos os dias para o trabalho mas, naquela terça-feira, mandaram-no para casa. Nunca passava muitas horas em casa mas, perante a insistência e graças aos mecanismos do teletrabalho ficou a garantir o sustento da empresa em casa. E foi exactamente nesse dia que a vizinha do lado teve uma explosão de gás no apartamento e que parte da tubagem de água da casa se soltou e o empalou no seu próprio sofá. Sobreviveu apenas à Gripe.
Foi mais um momento idiota da minha nobre pessoa.
Mas com tanta merda de desinfecção, na sexta desfiz-me em merda... e tenho a certeza que foi o raio da mulher da cantina que andou a meter uma merda qualquer no sumo.

mais pensamentos

Durante a limpeza das cavidades auriculares...

"hum.... mas... a cotonete está tão amarela... será... será???? ARGHHHHHH, estou a desfazer-me em fluidos amarelos vivos que saem como pequenas fontes dos meus ouvidos!!!!! ARGHHHHHH, VOU MORRER!!!!!!! VOU TER UMA MORTE LENTA ENQUANTO OS MIOLOS ME SAEM PELOS OUVIDOS!!!!!! ARGHHHHHHH!!!!! Ah, espera lá... comprei algodão amarelo..."