31/07/2007

Acabar o dia em grande

Dia 379

E chegou finalmente o Dia.
Bom, não tão grande dia como poderia ter sido mas, de qualquer forma, posso considerar que foi um grande dia.
Para muito boa gente posso-me ter passado de vez. Uma vez mais, reneguei o óbvio e certo e segui o caminho da incerteza. Começo a acreditar que é já parte da minha natureza fazer coisas destas. Espero que seja a última. Bom, na realidade, há mais uma coisa pendente. Mas segundo as minhas previsões, ainda falta um tempo até aos 30 pelo que terei tempo de sobra para me preocupar. Para as mentes mais pecaminosas, não se trata de um assunto de patas (nem de patos...) nem de nenhum pensamento suicida.
Para já, tenciono acalmar e começar uma vida normal de pato urbano. Não que goste, mas porque julgo ter já idade para embeber a minha anormalidade num pouco mais de normalidade. De qualquer forma vou tentar, mas acho muito improvável que tal seja exequível. Há patos que nascem para ser normais, há patos que nascem para a anormalidade.
De resto, começo a aperceber-me que os marcadores que fui colocando no livro que relata a minha vidinha, vão desaparecendo um a um, tão depressa quanto os marcos que vou conseguindo alcançar. Também é um facto que novos marcadores vão surgindo, mas faz tudo parte do Ciclo da Marcação dos Livros.
Seria muito interessante escrever aqui umas palavrinhas de agradecimento para aqueles que me aturaram ininterruptamente ao longo de um ano e 14 dias. Não me esqueci, mas penso que devem ser umas palavras ponderadas (coisa que raramente consigo fazer) e que não consigo expressar neste momento. Vou tentar ainda esta semana dedicar um post a todos eles.

30/07/2007

Mais uma pérola

Dizem que hoje foi o dia mais quente do ano.
O Mais Quente??? Mas estes gajos passaram-se?? Ainda vamos a meio do ano e já afirmam que é o mais quente??? Só após 31 de Dezembro é que podem escolher um dia e dizer que esse foi o mais quente...

Isto é só malta que não sabe o que diz. Amanhã volta a subir a temperatura e voltam a dizer que foi o dia mais quente do ano... E depois como é? O dia de hoje deixa de ser o mais quente? Mas se já afirmaram que era o mais quente, como podem atribuir o título a um outro dia???
Portugal é como um bikini. Ninguém sabe como se segura, mas todos querem que caia.

29/07/2007

?

Não sei o que pensar.
Não sei o que dizer.
Não sei o que fazer.
Digo isto relativamente a todos os aspectos que me rodeiam neste momento.
Este será provavelmente o último dos posts da minha velha existência.
Uma vez mais, qual fénix ardente, um novo Pato irá sair da forja.

Apesar de estar altamente indeciso, coisa que raramente me aconteceu, penso que já tomei a minha decisão.
O fim de semana de Lua Cheia serviu para assentar as ideias e arrefecer o fluxo sanguíneo que me circula no cérebro nestes últimos dias.
Contudo, é um novo salto, uma nova vida. Estarei certo? Estarei errado? Irei fazer uma grande asneira ou, pelo contrário, indo uma vez mais contra tudo o que parece racional, vou conquistar mais uma vitória das poucas que tenho vindo a somar na minha vida?
Sei que ninguém me pode ajudar. Os conselhos e as palavras de apoio e de desagrado (já sei que as vou ouvir) não me podem afectar pois, a decisão final é e será sempre minha.
A história dos 'sinais' também não ajuda muito. Pelo menos, tenho esperado por um que teima em não aparecer. O tempo esgota-se e as próximas 48 horas são decisivas.
Amanhã, espero uma palavra de conforto. Aguardo o último dos confrontos que se me colocarão neste desafio.
Com a minha idade, creio que não devo abusar muito da sorte.
As coisas fantásticas parecem efectivamente cair-me nos braços mas, por serem raras, temo desiludir-me.
Porquê eu? Sou um simples pato! Poderá ter sido um engano? Ou será que, efectivamente, chegou a minha vez? O que posso ter eu de tão especial para merecer isto?
O meu pequeno coração de pato bombeia a um ritmo estonteante.
As ideias fluem com tão grande clareza que chego ao ponto de ficar na total escuridão, fruto de tanta luz.
Não me consigo acalmar. Procuro dentro das minhas penas uma decisão madura mas, mais do que recear magoar-me, receio desiludir os poucos que acreditam em mim.
Sim, mas sejamos honestos. Afinal, o ponto a que cheguei poderia ser o sonho de qualquer um outro pato que por aí ande. Penso que não é o meu. Mas não me posso dar ao luxo de fugir muito às linhas orientadoras da minha vida para partir sem ponderar as coisas.
Possíveis piadas à parte e sinto-me como que a perder o controlo.
Procuro desafios e, como quem procura encontra, eles vão aparecendo.
Neste momento, conto com um par deles.
Um, ficará resolvido por toda esta semana. Falando concretamente, ficará resolvido nas próximas 12 horas...
Será este o desafio final, que me catapultará para o pódio onde se encontram alguns dos meus antepassados Patos? Será que chegou agora o meu momento? O momento pelo qual tanto esperei e ambicionei?
Já ouvi palavras de apoio. Forte apoio. Também já ouvi palavras de desprezo e de desilusão. Procuro não me deixar levar pelos sentimentos. Refiro-me a estes em toda a sua condição, desde a mais sentimental até à mais promíscua material...
Sinto-me como o João Sem Medo. Estou numa encruzilhada. Um dos caminhos, leva-me suavemente à beira de uma vegetação paradisíaca, acompanhado pelos que me querem bem e eternamente abençoado pelos que me desejam comprar. E penso que talvez seja esse o problema. Não consigo deixar de pensar que estou a vender a alma. O outro caminho encontra-se pejado de buracos. O que é mais assustador é o facto de a vegetação ser tão densa que não permite enxergar um palmo para lá do evidente. De facto, nem o evidente é claro. É o caminho da aventura, que promete ser o início do alcançar de alguns novos estágios da minha personalidade. Pode ser o caminho que me levará até um dos vários sonhos que sempre tive. Claro que também me poderá levar a um beco sem saída de onde, se sobreviver (metaforicamente falando, claro), terei de escapar.
Neste momento da minha vida, prefiro ser optimista.
Quero acreditar que estou a tomar a decisão correcta e que este (ao menos este) desafio, se irá desenrolar rapidamente e me permitirá evoluir para uma nova condição patina.
A definição de desafio, no dicionário, refere-se também a jogo, a concurso, a competição.
Não gosto de encarar um desafio dessa forma, a tão baixo nível, como se da programação do core de uma vida se tratasse. Não há nada de desportivo nem de competitivo acerca dos meus desafios.
Vejo-os como parte do desenvolvimento pessoal. Procuramos algo, encontramos. Lutamos e ou conseguimos o que queremos ou somos mais um na multidão. Não é divertido. É a luta pela nossa sobrevivência. Há que fazer por merecer e, se queremos algo, não nos podemos encostar e esperar. Não é um jogo, é uma luta. Não é um concurso, é um espectáculo de gladiadores. Competição? Talvez... Trata-se de competir pelo que desejamos. O prémio final, é o repouso do herói, junto do que se conquistou. Se a conquista foi merecida, o desafio tornou-se na Odisseia e narrará mais uma história de uma vida e de todas as vidas que a rodeiam. Caso contrário, o desafio divide-se em muitos outros desafios que se multiplicam exponencialmente por cima das nossas cabeças e dentro de nós.
Há aqueles que já nasceram com todos os desafios da sua vida na forma de Odisseia e, como tal, nada mais têm a fazer. Há os outros, cujos desafios falham recursivamente e procuram incessantemente ao longo de toda a sua vida pelo confronto final. Há alguns priveligiados que, por vezes, conseguem ganhar mais uma batalha e, consequentemente, avançam mais um passo na Guerra da sua própria Vida. Pessoalmente, espero conseguir enquadrar-me neste último grupo.

Não só por mim. Mas por todos os patos e patas que me fizeram chegar até aqui.

Cumprimentos patinos!

Lindo...

O Zé quis proporcionar a sua esposa, uma noite inesquecível, no dia do primeiro aniversário de casamento. Resolveu, então, convidá-la para jantar e agir de acordo com o que via os outros maridos fazerem...

Estando já no restaurante, observou então o casal mais próximo e viu o homem pegar no açucareiro e dizer para a mulher:
-"Açúcar, meu torraozinho?"
O Zé achou aquela frase fascinante! Olhando para outro casal numa mesa mais adiante, viu o cavalheiro tirar uma colher de mel dum frasco e dizer para a esposa:
- "Mel, minha abelhinha?"
Mais uma vez, o Zé achou fantástica, aquela frase. Por fim, cortou um pedaço da carne do seu prato, olhou confiante e profundamente nos olhos da sua jovem mulher e disse:
- "Presunto, minha porca?"

28/07/2007

Este não é obscuro

A private joke do título, que parece mesmo uma private joke, acaba por não o ser porque o post refere-se mesmo a escuridão.
Ora, escuridão, obscuridade, anda tudo na mesma zona. Simplesmente, receei que se escrevesse 'escuridão', ainda associassem a 'obscuridade' pelo que decidi 'clarificar', dizendo que não era 'obscuro'.
(estou de facto a provocar, e depois ainda me queixo... quem anda à chuva molha-se; vamos a ver se passa)

São agora 23.41 e está um calor infernal.
Imagino como estarão os distritos que hoje levaram com o alerta amarelo (ou laranja, tanto faz) da Protecção Civil. O que é um facto, é que é de noite na Lisboa Patina e está efectivamente muito quente.
Aliás, vou-me corrigir. Não está calor, como referi acima, mas sim quente. Isto até há uma explicação física que prova o que estou a dizer, mas agora não estou para aí virado.
Ora, ia eu então no 'quente'.
Em frente à janela do meu quarto, fica um candeeiro de rua.
Não é um candeeiro moderno, mas também não é um daqueles com quem o Vasco Santana falava. Uma coisa é certa. É um candeeiro que tem mais de 23 anos e nunca foi substituído. É um candeeiro simpático, pintado de verde escuro e cuja redoma de vidro é uma espécie de gota de água gorducha. Todas as noites, emite uma ténue luz amarelada que ilumina pouco mais que uns metros ao seu redor.
O candeeiro é um gajo porreiro. Ouve muito e fala pouco. É um gajo a quem podemos contar um segredo, porque sabemos que não o vai revelar a ninguém.

Hoje, o candeeiro está apagado.
Ninguém sabe bem porquê. Eventualmente, algum problema com a lâmpada que ainda não foi substituída. Hoje, não consigo ver os pequenos insectos que costumam sobrevoar a lâmpada.
Na janela, contudo, conseguem-se ver cenas muito porreiras.
É Lua Cheia, na cidade de Lisboa.
Muito provavelmente, será Lua Cheia em muitas outras cidades... Mas esta é a minha e, como tal, sinto-me no direito de pensar estupidamente que tenho a Lua Cheia só para mim, só na minha janela, só na minha cidade.
À luz da Conselheira Lua Cheia, emitindo uns pálidos raios luminosos sobre a minha rua, consigo ver a malta nas varandas. Da minha posição privilegiada, consigo ver toda a gente, sem que me vejam a mim. Ah, já agora, não estou armado em mirone... está é quente para burro e tenho a janela aberta.
Mas é engraçado conseguir-se ver a cidade (ok, ok, pelo menos a rua) em toda a sua obscuridade.
A escuridão, tem uma clareza que só conseguimos alcançar quando está de facto escuro.
E ao longe, a umas poucas centenas de metros, ainda se consegue alcançar a iluminação exterior do Panteão Nacional que, por acaso, está iluminado.

E apercebo-me agora como sou tão distraído.
Afinal não é só o candeeiro que está apagado. Toda a rua está sem luz. Todo este sector encontra-se apagado. Daí, conseguir ver tão bem a Lua e o Panteão.

E, subitamente, enquanto partilhava este poético momento, fez-se luz... ou quase...
O sector voltou a ter luz, a Lua já não está na minha janela... O facto da Terra se mexer tem destas coisas, pelo que calculo que Ela já se encontre no meu telhado. Caiu por terra o post, assim como a foto que ia agora tirar à janela para ilustrar a história.
Bom, se serve de consolo, a luz voltou à rua, mas o candeeiro que está em frente à minha janela continua apagado.

Boa noite!

26/07/2007

Sabe ao mesmo...

Afinal, a Coca-Cola Zero sabe ao mesmo.
Então, para que raio continuam a comercializar a outra?
Não seria mais simples dizerem 'A coca-cola agora, é zero!'?
É um bocado estúpido termos duas bebidas que sabem ao mesmo sendo que uma tem açúcar e outra não...
É o mesmo que dizerem a um gajo que tem dois carros exactamente iguais, com a mesma potência, a mesma velocidade de ponta, o mesmo motor, só que... um gasta 20L/100km e o outro gasta 2L/100km! De facto, é uma cena realmente imbecil.
E depois temos o anúncio... os gajos enfiam as garrafas na grade, vão dançar um bocado na rua e, quando voltam... ah! imaginem... já não sabemos onde metemos as garrafas... E os gajos da Zero bebem a Cola normal e os da normal bebem a Zero... Ah! Mas sabe ao mesmo...
Repito: Se sabe ao mesmo quem terá sido o gajo que se lembrou de meter à venda duas merdas exactamente iguais??? Tipo... não, não são iguais... uma tem açúcar e outra não...
Por este andar, a Coca-Cola não vai precisar da Pepsi como concorrente... sozinha, conseguirá canibalizar-se e arrumar a trouxa.

25/07/2007

Pensamento Obscuro

Para hoje, apenas um pensamento. Ou melhor, uma dúvida existencial.
A masturbação pode ser considerada homossexualidade?
É que, tipo, no final de contas... é um gajo que me está a tocar, certo?

Não pego de empurrão mas, de repente veio-me esta ideia à cabeça e achei estranho.

24/07/2007

Meia-noite e pouco...

Hoje escrevo à luz das baterias.
Não porque tenha faltado a luz, mas porque estou a executar o ciclo profilático de reciclagem da bateria do portátil.
E assim, sentado num confortável banco da cozinha, com o ruído da máquina de lavar roupa como som de fundo, vou ora teclando, ora vendo o último episódio do ER.
Já não tenho idade para isto. Estou a ficar velho. O pescoço estala por tudo quanto é sítio, fruto de pouco exercício e de maus hábitos de posicionamento à frente de computadores. Agora uma massagem vinha a calhar, mas já não estou com paciência para a fazer.
O banco começa a fazer-me doer o traseiro e, ao acabar esta frase, o ER já acabou, abandonei a cozinha e estou já no silêncio e escuridão da casa sentado na minha cama a ultimar o post de hoje.
Ando com os cornos em água. Penso que se agora partisse a cabeça, o mais provável seria ter uma massa aquosa, com a solidez perdida há muito, a escorrer-me pela brecha.
Também há muito tempo que não entrava novamente na onda das histórias deprimentes.
Bom, mas é verdade que há muito que larguei o vício do pobrezinho e que comecei a encarar a vidinha com outra vertente analítica.
Talvez seja esse o mal dos engenheiros. Tentamos analisar tudo e mais alguma coisa, procurando a coerência no que é naturalmente incoerente.
Errados ou não, acabamos mergulhados no nosso subconsciente, tentando alcançar alguma verdade absoluta no que não era suposto ser sequer relativo.
Confesso que ultimamente me começa a chatear ver pessoas a morrer.
Ou morrem rapidamente ou vão definhando lentamente.
E não sei o que me impressiona mais. Se a rapidez e precisa exactidão do ataque, se a incerteza do sei que poderá acontecer. Gostava sinceramente de saber o que poderei ter feito noutra vida para merecer esta mas, analisando criticamente o estado actual das coisas, talvez a perspectiva que tenho acerca da realidade tenha deixado de ser como duas rectas paralelas a cruzarem-se no infinito para, digamos, duas rectas sozinhas a formarem um parabolóide hiperbólico.
Amanhã sei que me espera mais um dia brutal. Entre os afazeres da manhã, da tarde e da noite, penso arranjar tempo para vir escrever mais um pouco.
Começo a tornar-me um viciado.
Há malta que fuma para acalmar, há pessoal que bebe para esquecer, há chouriços que se espetam para encontrarem um pseudo-delírio social. Eu, escrevo. Escrevo quando estou feliz, escrevo quando estou triste, escrevo quando estou calmo, quando estou nervoso; escrevo quando tenho algo para escrever e escrevo até quando não me apetece dizer nada; por vezes escrevo de mais, por vezes escrevo de menos.
O facto, é que fica sempre algo por dizer ou melhor, por escrever. E assim, resisto ao sono e assimilo as insónias para escrever. E escrevo para o boneco, e escrevo para a boneca enfim, escrevo para quem quiser ler.
Sim, é verdade, já me devia ter ido deitar. Mas resisto no meu posto, velando não sei bem o quê e pensando na vida enquanto escrevo. Penso no que fiz e no que vou fazer. Penso no que não fiz e no que deveria ter feito. E em todo este transe psicadélico oriundo das radiações que emanam do teclado, do router wi-fi e mesmo do ecrã, vou escrevendo como um doido.
Sejamos francos, escrever deveria ser a última coisa que eu hoje deveria estar a fazer.
E sinto que ganho oportunidades e perco outras.
A vida é um jogo de trocas onde, para conseguirmos determinadas coisas, abdicamos de outras.
Muitas vezes apostamos mal. Jogamos onde não devemos e arriscamos o que não devíamos. Não há ninguém para nos aconselhar. Aprendemos com os nossos erros. Mesmo que não os possamos corrigir, marcam-nos as estrias dos enrolamentos cerebrais (o que quer que isso seja).
Nada me tira da cabeça que vou perder um grupo de amigos.
Todos nós dizemos que não, os contactos permanecem. Mas a realidade é que, na maior parte dos casos, as vidas que se cruzaram parecem seguir outros rumos. E um ligeiro afastamento, implica uma distância que se propaga exponencialmente.
Espero estar enganado.
E um dia acordamos e estamos sós.
E escrevemos para que nos sintamos menos sós, eventualmente acompanhados por um qualquer ficheiro onde debitamos dados em catadupa.
A malta gosta do que escrevemos mas raramente percebe porque escrevemos.
Gostava realmente de deixar de escrever.
Tem dias.
Por ora, vou continuar.

Boas noites!

23/07/2007

Ah!

E pergunto-me: achariam eles efectivamente que eu aceitaria ser tratado como um reles pinto central?
Eu, que sou um pato local, retirado do contacto com os patos a sério e enfiado nas catacumbas? A tentarem descer o nível a este pato? E depois com aquela do papelinho... lindo! É que foi mesmo só para rir.
Epa, de facto, achei mesmo amoroso. Afinal, não são todos que têm direito a um post-it com números e um exame médico... mas aquilo!?
Realmente achei engraçado, mas agora sinto-me ofendido.
Um Pato a sério como eu, numa Equipa de Patos a sério, merece mais!
Mas enfim... vou aproveitar e faço o exame médico; só espero que não me façam nenhuma palpação rectal...
De qualquer forma, cheira-me que vão perder este Pato.
Só tenho pena de me afastar dos que lá ficarão.

Portanto, adeusinho!
Estamos a 99.9% da decisão final.

21/07/2007

Moçoilas Engraçadas

O post de hoje é diferente.
O post de hoje é acerca de moçoilas engraçadas.
O tema surgiu-me assim, sabe-se lá como... estava a pensar no que haveria de escrever hoje e logo surgiu uma Tágide - daquelas que aparecem à noite, quando estamos tristes, deprimidos e nos falta a inspiração - que me segredou: 'Ah, e tal, fala de moçoilas engraçadas!'.
Em primeiro lugar, é importante perceber o conceito de moçoila engraçada.
O Shreck dizia que os ogres eram como cebolas; tinham camadas.

Eu sou da opinião que não são só os ogres que têm camadas: todos nós temos camadas.
Ou então somos todos ogres e não sabemos.
Assim, sendo cebolas, é importante descascarmos as ditas cujas para percebermos o que é uma moçoila engraçada.
Isto há cebolas para todos os gostos.
Há cebolas de casca dura, que são umas autênticas matrafonas, mas que são óptimas para fazer infusões;
Há as cebolas geneticamente alteradas, estupidamente perfeitas na sua visão mais superficial mas que no final, nem para refogado servem - são as chamadas cebolox... e aqui, ignorem qualquer semelhança com o termo 'botox';
Temos as cebolas em vinagrete, mas essas, para além de não terem casca, são amargas, azedas... essas só servem para enfeitar o prato.
Ainda temos a cebola-alecrim. É uma espécie muito rara, proveniente das Ilhas e que não se encontra facilmente no continente. É tão rara, tão rara, que é tipo gambuzino... só com alguma sorte a conseguimos apanhar. Isto porque se mistura facilmente com os outros tipo de cebola. Também tem uma casca exageradamente complexa. Vão-se retirando cascas, cascas, cascas, cascas, e em cada encontra-se uma nova surpresa. No fundo, este tipo de cebola é como a caixa de chocolates da mãe do Forrest Gump: nunca sabemos o sabor que nos vai calhar a seguir. Bom, mas independentemente do sabor, o mesmo é sempre muito agradável. E a cebola em si, é também muito fofa. E fofa, não no sentido habitual que costumo utilizar; fofa, no verdadeiro sentido da palavra. E da cebola, também.
Claro que ainda há as cebolas porto-riquenhas. A sua grande característica é o facto de não existirem. E mesmo que existissem, nunca teriam o mesmo sabor e textura do terceiro tipo de cebolas aqui mencionadas. Claro que é apenas uma opinião, que pode ou não ser válida ou até mesmo aceite, mas é a opinião deste Pato e ele não abdicará dela.
É que há algumas das cebolas aqui mencionadas que são altamente esquivas. Têm vontade própria. Isso leva a que apesar de serem o cabo dos trabalhos, sejam muito, mas mesmo muito adoráveis... isto porque são únicas.
As cebolas falam.
Umas cebolas são mais directas e outras não. E temos as cebolas que começam a falar e, quando pensamos que irá sair alguma revelação, arrependem-se e revelam algo que já foi revelado, ou não revelam nada de todo. O engraçado é a forma como é exposta a sua inocência, a forma como agem depois de não revelar nada, como se ninguém se tivesse apercebido que iam revelar alguma coisa. É um dos motivos que as torna especiais. Mesmo quando são coloridas a preto e branco.
A cebola, na sua condição cebolesca, também conhecida por "Allium cepa Rosmarinus officinalis" é um vegetal de difícil trato. É um vegetal (bolbo, se preferirmos; acho que planta seria muito vulgar) que é efectivamente dos mais importantes à face da terra. Para além de ter características antioxidantes e favorecedoras da actividade cardíaca, possui ainda agentes anti-inflamatórios, anti-tumurais, anti-virais e imunológicos. Dizem que a sua infusão, funciona como um estimulante... Bom, uma vez mais, na minha opinião, não é necessário qualquer tipo de infusão. A cebola deixa-nos aos pulinhos qualquer que seja a sua condição porque, independentemente do modo como é descascada, é sempre estimulante.
Embora, mesmo assim, seja complicado juntar cebola a um qualquer cozinhado de pato... pelo menos, deverá ser essa a opinião das cebolas. Os patos estão disponíveis para cozinhados especiais.
Agora que penso um bocado no assunto, agradecia que não pensassem na expressão 'descascar a cebola' dessa forma. Sim, faço uma pequena ideia da cabeça que alguns dos meus leitores têm... As cebolas são plantas caladas, pouco falam, embora muito possam pensar. Calculo que gostem de ser analisadas, exploradas, descascadas, enfim... que lhes desenhem um profile das suas camadas. É por isso que as cebolas são seres complexos. Estão sempre caladas, e temos de ser nós a afastar cuidadosamente as suas delicadas e frágeis cascas para conseguirmos tentar perceber um pouco mais do que está escondido. E o receio que temos é o de danificar alguma das suas preciosas camadas ou metermos os pés pelas mãos (ou as barbatanas pelas asas) e pensarmos, dizermos ou fazermos o que não devemos.
As cebolas, mesmo que não se apercebam, são importantes. São uma componente fundamental na nossa existência.
E, de facto, ainda bem que existem na sua condição cebolesca. Tipo... não tem piada nenhuma olhar para uma maçã... Em dois minutos descobre-se tudo acerca dela. Quando é assada, mirra e fica com aquele aspecto 'bloohhh' a olhar para nós. E ainda tem de levar açúcar, para ficar um pouco mais doce.
As cebolas dão mais trabalho e, por isso, também o gozo é maior. É o desafio de descobrir a cebola. E, creio eu, perceber uma cebola é desafio para alguns milhares de anos... talvez até de existências.
Uma vez disseram-me que neste mundo, ninguém merece nada; pelo contrário, há é que fazer por merecer alguma coisa.
Realmente talvez faça até algum sentido. E por isso as cebolas são assim. Nascem assim, crescem assim, são e serão sempre assim.
Penso que por vezes poderiam facilitar um pouco mais as coisas, mas creio que deverá ser mesmo algo que pensem que devem ou não fazer; as cebolas não gostam de ser pressionadas... isso é coisa para as uvas.
Excepcionalmente, hoje demorei muito tempo a escrever o post. Na realidade, devo dizer que iniciei a sua escrita na sexta de madrugada (as insónias têm este efeito em mim). Demorei, não porque me faltasse inspiração mas, é fácil falar de muita coisa... quando se trata da cebola tudo fica mais complicado. E um Pato como eu vê-se enterrado num monte de cascas... cascas que têm de ser escutadas, lidas, processadas, compreendidas. E por vezes fica-se sem saber o que pensar, o que fazer, o que dizer, o que escrever.
Por esta altura, já três quartos dos meus fiéis quatro leitores acharam que me passei de vez. Bom, na realidade, todos os meus leitores já devem ter ficado com a ideia de que sou um Pato estranho.
Mas as coisas são mesmo assim.
Não tem piada contar histórias na forma de autobiografias, contos, romances ou policiais... acho que é sempre muito mais porreiro contar as nossas histórias na forma de metáforas (mesmo que seja acerca de cebolas). Dá gozo, porque há os que percebem e não dizem nada, os que percebem e querem saber mais, os que não percebem de todo e fingem que percebem, os que não percebem e nem sequer perguntam... ah, e os que simplesmente acham que me passei de vez... imagine-se... um Pato a falar da Cebola.
Mas acreditem, as Cebolas andam por aí.
As cebolas migram, as cebolas pensam, as cebolas aproximam-se e fogem de nós, as cebolas podem ter em nós um efeito impensável. E há até cebolas que são tão doces que seria possível fazer com elas uma sobremesa deliciosa.

Um último pensamento:
Dizem que o Alecrim é que anda por aí aos molhos e que por causa dele choram nossos olhos... mas são as Cebolas que, quando descascadas, nos fazem chorar.

Curioso, não é?

18/07/2007

"Pede-se aos quadros femininos da empresa que, no momento de solicitar fotocópias aos colegas de trabalho, sejam claras e objectivas completando as frases que escrevem.
Acontece que os post-it, adjuntos aos documentos por fotocopiar, têm causado problemas a alguns dos nossos colegas de trabalho, que nos fazem o favor de tirar as cópias, ao extremo de criar problemas conjugais.
Como exemplo, citamos algumas notas e post-its encontrados nos bolsos dos maridos:
1 - Por favor, João, faz-me o mais rápido possível, pois o director também está à espera.
2 - Pedro, pelos dois lados, e presta bem atenção que por trás tem que entrar tudo.
3 - Daniel, faz como fizeste da outra vez.
4 - Quando tirares faz com que se veja o melhor possível.
5 - Carlos, devagarinho para que fique bem feito.
6 - Tó Zé, faz-me rapidinho, mas bem, como só tu sabes.
7 - Por favor, Jorge, primeiro a mim, que o meu é mais urgente.
E a mais recente, havendo numerosos trabalhos atrasados:
- Luís, urgente! Podes meter-me no meio, sem que ninguém perceba, e fazer rapidinho?
Por favor, não nos criem mais problemas.
"A Direcção"

No início, existia um plano...

E então vieram as Premissas...
E as Premissas não tinham forma...
E o Plano não tinha substância...
E a escuridão cobriu a face dos Funcionários.
E então eles disseram entre si:
"- É um balde de merda, e ele fede."
E os Funcionários foram aos seus Supervisores e disseram:
"- É um pote de excremento animal, e não podemos viver com o cheiro."
E os Supervisores foram aos seus Gerentes dizendo:
"- É uma caixa de adubo, e ele é muito forte, de forma que não podemos suportá-lo."
E os Gerentes foram aos seus Directores dizendo:
"- É um recipiente de fertilizante, e não podemos resistir a sua força."
E os Directores comentaram entre si:
"- Ele contém aquilo que ajuda as plantas acrescerem, e é muito forte."
E os Directores foram aos Vice-Presidentes dizendo a eles:
"- Ele promove crescimento, e é muito poderoso."
E os Vice-Presidentes foram ao Presidente dizendo a ele:
"- Esse novo plano irá activamente promover crescimento e vigor para a Empresa, com efeitos muito poderosos."
E o Presidente olhou para o plano, e disse que ele era muito bom.
E o plano tornou-se na Política da Empresa.
E é assim que a merda acontece...

Almoço

A história de hoje é diferente.
Em primeiro lugar, hoje não a estou a escrever em casa. Bom, claro que a estou a gravar para um dispositivo portátil para a publicar em casa; mas a escrita efectiva da história está a ser feita no trabalho. E, como tal, falarei de trabalho.
São cerca de 12.30 e estou aqui no meu posto. Firme, hirto e sozinho contra a ofensiva de um qualquer email perturbador que ouse fazer frente aos meus domínios de bits. Ya, para quem já percebeu, hoje o turno do almoço ficou por minha conta. O Pato está vigilante no seu departamento, aguardando uma qualquer crise evidente. Ou não.
Penso que é chato. A esta hora vai tudo almoçar, mas só esta área fica de permanência... mas isso são outras histórias, outras deprimentes decadências. Hoje, por uma hora inteirinha, isto é tudo meu! E ai de quem ouse invadir as fronteiras que guardo. Parece que estou a delirar... O conteúdo no estômago começa a ficar para o vazio e a menina dos bolos não irá passar tão cedo.
Para a semana vão retirar-me do convívio com os meus amigos. Acharam que seria mais útil noutra área, a trabalhar com outros gajos...
Depois queixam-se.
Largo a minha diversão de semi-desenvolvimento e helpdesk de 2ª linha e vou fazer uma coisa (sim, o termo é mesmo coisa) muuuuito mais interessante: plataformas proprietárias... wooow... Muito fixe, mesmo. Não deixem o cão aprender em áreas generalistas. Mandem-no trabalhar em plataformas específicas, utilizadas somente por vós, para ver se o seguram com um ordenado de merda. E depois comparem-no e tabelem-no como se fosse um estagiário qualquer... Francamente... Este Pato é o único engenheiro por estas bandas!!!
Mas está a chegar o dia da migração.
E já não falta muito.
O Pato abre as asas e levanta voo. Voa deste edifício para fora e muda para outro. Onde é mais bem tratado (ou não), mais bem pago e onde o seu trabalho é reconhecido. E onde deixará de ser mais um e passará a ser O informático.

E nessa altura, apenas poderei dizer a estes...
"Xauzinho... suguem-mos!"

15/07/2007


Vejamos quanto tempo demora até apagarem este...

A foto mais fofa do casamento

O pessoal falava em fotos artísticas, mas este é que foi um trabalho de qualidade.
Bastaram duas pedrinhas do vaso decorativo e uma toalha de mesa.
Imaginação q.b. e uma máquina e aí têm.
A pedido de muitas famílias, vou publicar isto no blog. Só espero que cumpram a promessa e façam uns comments (no blog, não no post).

Nascer do Sol em Lisboa


Lisboa, 06:15

"O casamento é uma parceria.
Tu cais, eu apanho-te; tu não consegues comer a sandes toda... eu como-a por ti!"

Homer Simpson

14/07/2007

Amigos e Amigas

As amigas da Mulher

A esposa passou toda a noite fora de casa. Na manhã seguinte, explicou ao marido que tinha dormido em casa da melhor amiga. O marido telefonou então para 10 das suas melhores amigas, mas nenhuma delas o confirmou.

Os amigos dos Homens

O marido passou toda a noite fora de casa. Na manhã seguinte, explicou à mulher que tinha dormido em casa do seu melhor amigo. A esposa telefonou então para 10 dos melhores amigos do marido. Cinco deles confirmaram que ele tinha passado lá a noite. Os restantes 5, para lá de confirmarem que ele passou lá a noite, garantem que ele ainda lá está em casa.
O José Sócrates vai a um vidente e pergunta-lhe o que vê no seu futuro. O vidente concentra-se, fecha os olhos e diz:
- Vejo o senhor a atravessar uma avenida num carro aberto e uma multidão acenando
Sócrates sorri e pergunta:
- Essa multidão está feliz?
- Sim, feliz como nunca!
- Eles estão a correr atrás do carro?
- Sim, a toda a volta do carro. Os batedores estão com dificuldades em abrir caminho.
- Eles carregam bandeiras?
- Sim, bandeiras do PS, e faixas com palavras de esperança e de um futuro em breve melhor.
- Eles gritam, cantam?
- Gritam frases de esperança "Agora sim!! Agora vai melhorar!!!"
- E eu estou a acenar de volta para eles?
- Não.
- E por que não?
- Porque o caixão está lacrado...

13/07/2007

00.15

Hoje, já é amanhã...
Acabou finalmente a atribulada semana com exames, formações e outros que tais.
Volto à minha casinha, ao meu ninho da web, para aqui colocar os meus ovos, as minhas pérolas literárias tresandando a imundice.
Em breve recomeçarei as publicações contínuas... ou não.

Ando a tentar que não me citem (direitos de autor, e tal) por isso ando a controlar muito mais as minhas expressões.

A semana não contou muito...
Entre formações no cu de Judas e horas de sono perdidas a estudar... lá se conseguiram passar mais cinco dias.
Em breve, vou assistir a mais um enforcamento (ya... mais um que vai casar...); mas cá estaremos todos no Domingo, a marrar para mais um exame.
Dizem que os Patos migram entre as estações... cá para comigo, ultimamente parece que são as flores a fazer isso... manias dos holandeses, talvez... embarcam-nas para cá, embarcam-nas para lá... enfim, é esquisito. No meu tempo só as aves migravam.

Bom, como para muitos (poucos leitores) a conversa já não está a fazer sentido nenhum, será melhor terminar por hoje os meus posts.
Vim só desejar as boas noites aos meus leitores, e informar que estou vivo.

O mais tardar no Domingo, terão coisas novas para ler.

08/07/2007

Assim vão os tempos...

Um dos factos que um gajo tem de assimilar ao viver na zona histórica da cidade, é a interacção sócio-económica entre as várias pessoas que por aqui habitam.
Temos prédios a cair de podre, com malta ainda mais podre e reformas que já há muito apodreceram...
Em contraste, temos grandes condomínios privados a abrirem as suas portas ao pessoal de zonas mais abastadas da cidade que, por sua vez, querem vir conviver com os pobrezinhos e com a espectacular vista que cobre toda a cidade. Claro que também anda por aí a classe média, que se mata a trabalhar para conseguir ter uma casota alugada... ou ninho, como queiramos chamar-lhe. Mas vamos ignorar estes últimos, que são tão poucos que passam ao lado...
É então comum, termos uma casa velha seguida de uma grande estrutura de betão cujos construtores, ignorando todos e quaisquer planos municipais de ordenamento e arquitectura, fazem o favor de erguer com muralhas intransponíveis para que os que lá estão dentro se sintam mais seguros em relação aos velhotes que na rua caminham...
E assim é o espírito da cidade velha, a alma histórica dos bairros.

Hoje, como todos os fins-de-semana, fui comprar os víveres para a semana que se avizinha.
Como sou um rico burguês da classe média, como me chamam, por ter carro e andar de fato (o trabalhar que nem cão não conta), desloquei-me ao Pingo Doce, num outro local da cidade. Não vou ao Pingo Doce do meu bairro, não por ser tarado ou esquizofrénico... simplesmente há um outro que tem sempre as coisas que gosto e este não. É a vida.

Quando voltei, estacionei e lembrei-me: 'Ah, merda, esqueci-me de comprar água...!'
Bom, decidi então ir até à mercearia da esquina para comprar dois garrafões.
E lá estava.
Ia eu a entrar e a velhota a sair.
Dizendo ao dono da loja que comprava a fruta para a semana, porque também ainda não tinha recebido a reforma. E assim, hoje levava só mesmo o pacotinho de vinho para meter no guisado.

Nada de mais. Posso estar apenas a ser lamechas.
Posso estar a querer exigir demais de algo ou de alguém.

Mas confesso que me faz uma confusão tremenda o facto de estarmos a dias das eleições autárquicas.
E os candidatos pavoneiam-se pelas ruas com grandes arraiais, oferecendo febras e sardinhas...
E discutem assuntos importantes como novos hotéis, novas travessias do Tejo, novos aeroportos, novos, novos, novos...
E os velhos, que por cá andam, vão morrendo pelas nossas ruas.
Pelas ruas da cidade velha.
É o espírito da cidade velha, a alma histórica dos nossos bairros. Do meu bairro.

Cumprimentos patinos!

07/07/2007

Ouro

Se eu referir o número 1,6 (e mais uns trocos) possivelmente pensarão que estou a ficar doido.
Bom, se eu disser que o número 1.6 tem até uma história muito interessante, aí terão a absoluta certeza de que estou a delirar.

Comecemos então do início, que é por onde tudo começa.
Em primeiro lugar, uma advertência.
Queiram considerar o termo 'raiz quadrada' na sua versão anglo-matemática, ou seja 'sqrt' - square root. Por diversos motivos, um dos quais prendendo-se com o facto de não existir um caracter ASCII para representar a raiz quadrada, e outro baseando-se no detalhe de já não ter paciência para estar a gravar um bitmap com o símbolo e a coloca-lo aqui, queiram considerar o termo 'sqrt()'.

Ora, um número lindo, diria até mesmo fofo, é o (1 + sqrt(5))/2;
Esse número chama-se 'Número de Ouro'. Representa-se com Phi maiúsculo, a inicial do nome de Fídeas, que foi o gajo encarregado da construção do Parténon.
Este número está presente em várias contruções, como as Pirâmides de Gizé e até mesmo em obras de arte como o Homem de Vitrúvio.
Diz-se que o número é sagrado, e que é como que um marco para o cérebro humano. Os objectos que contém o Número de Ouro nas suas dimensões (ou a Razão Aúrea... quando as razões entre as várias dimensões têm como resultado o Número de Ouro) são mais facilmente assimilados pela cabeça dos humanos.

Agora sim, o delírio completo.
Se tivermos um rectângulo, cuja razão entre os lados seja igual ao Número de Ouro, é sempre possível dividi-lo num quadrado e num outro rectângulo cuja razão entre os lados continua a ser o Número de Ouro. E é possível repetir este processo infinitamente...

E qual é o sentido desta história?
De facto, nenhum...
O que podemos aprender com isto?
Nada...

Assim, na falta de Terapias Alternativas, resta sempre a Matemática...

Cumprimentos patinos!

Compreender as mulheres

Tenho uma imagenzinha com esta história.
Por motivos de direitos de autor não a posso publicar no blog. Claro que se me enviarem um email sempre posso fazer reply com a imagem...

Vamos tentar criar o ambiente.

No fundo do mar.
Uma tubaroa (tipo... a mulher do tubarão... chamemos-lhe 'M', de Mulher) está sentada, encostada a um coral, amuada; o tubarão (chamemos-lhe 'H', de Homem) vai tentar falar com ela...

H - O que é que tens?
M - Nada...
H - Foi alguma coisa que disse?
M - Não...
H - Foi alguma coisa que não disse?
M - Não...
H - Foi algo que eu fiz?
M - Não...
H - Foi algo que deveria ter feito?
M - Não...
H - Foi alguma coisa que disse referente a algo que fiz, quando a coisa que fiz não deveria ter sido feita, ou pelo menos deveria ter sido feita de modo diferente, mais de acordo com os teus sentimentos??
M - Talvez...
H - (suspirando) Eu sabia...

Waterworld

A conduta de água que estoirou pela terceira vez em Alcântara já se encontra reparada.
É mais um dia neste nosso belo país...
Uns metem água, outros tapam buracos.

06/07/2007


Muito importante: Na dúvida, pedir sempre uma segunda opinião...
Os suínos capitalistas do YouTube, removeram mais um dos meus vídeos... 'Fotografia', com a Nelly (belos 27 aninhos...) e o Juanes, também já não se encontra disponível.
E não sei se já repararam... há alguns dias que o nº de visitantes se mantém em 1074...
Ou tenho o contador avariado, ou já não sei...

Terapias

Na falta de terapias alternativas tento satisfazer os meus leitores com javardices.
De notar que as javardices apontam sempre para um quê de alarvidade, mas sempre é melhor do que ficar sem dizer nada.
De facto, e antes de mais, não percebo como pode uma javardice ser obscena.
Tipo... não se percebe... um gajo bem tenta usar cenas muito rebuscadas, na onda do 'mundificar' ou a história dos 'jardins suspensos'... ou mesmo coisitas mais 'private', como as referências às SVCs; na realidade, quem poderia alguma vez imaginar que me referia às sempre jeitosas 'Súbitas Vontades de Cagar'? Ok, ok, há pelo menos um grupo de pessoal que era capaz de fazer uma pequena ideia...
Mas quer dizer... eu, obsceno? Bom, de facto, já me chamaram brejeiro... e confesso que fiquei ofendido! Chamarem-me grande ordinário ainda vá lá, agora brejeiro, aponta um bocado para o... não sei... fofo?
E, como podem ver, a alarvidade está a começar a mover montanhas. Eventualmente, montanhas de merda, que é o que consigo dizer em 25 das 24 horas de um dia.
Bom, mas o que acontece é que há sempre um leitor ou outro que, lendo diagonalmente as linhas do meu trabalho, identifica sempre o que se pretende dizer... mesmo que depois se esqueça totalmente do que leu... (ora, cinco referências, correcto?)
E a atenção que alguns leitores dedicam a este bloguezinho, leva a que o autor se sinta desafiado a construir construções de texto cada vez mais construtivas...
Ya, a ver se me deixo de javardices e começo a falar de coisas sérias.
Ando com um vício altamente irritante.
Não sei porque raio começei com isto, mas não consigo parar.
A malta está sentada, a trabalhar, no silêncio ruidoso dos martelos pneumáticos do lado de lá da janela e vou eu e 'pop'... É um ruído estupidificante que a minha boca emite quando afasto os lábios e aumento a pressão de saída do ar vocal. Faço 'pop' e pronto. É involuntário. Um gajo está muito bem a teclar e 'pop'. Depois de perceber o que fiz (uma vez mais) começo a achar um piadão... que nem um tolo. E controlo-me... até ao próximo 'pop' involuntário, daí a uns minutos.
Confesso que se eu não fosse eu, e estivesse a 'popar' à minha frente, já me tinha atirado uma cadeira aos cornos para ver se me calava...
Mas continuo a achar que não é tão irritante quanto o abanar da perninha, que faz agitar as águas (e os monitores, e os computadores, e tudo...) nas mesas às quais a minha está encostada.
E um pato chega ao meio-dia, e vai fazer a rega pré-almoço à casinha mais próxima e ainda há uma alminha que lhe consegue dizer uma fofice do género 'epa, estou cheia de saudades tuas'. 'Ui', penso eu... 'é que nem fazes ideia...'; e o máximo que consigo é atirar uma piada porca para o ar para não começar a dizer asneiras.
Tipo... ainda se me dissessem isso por volta das 22horas, epa, ainda era capaz de aceitar... agora ao meio-dia? Vejam é se atinam...
E com ou sem piadas, uma mente brilhante disse-me um dia: 'nunca comas carne, no mesmo sítio que te põe o pão na mesa'; e o pato cumpre, porque é esperto.

Isto hoje vai de mal a pior... e sem o tratamento com a terapeuta parece tender a piorar...

A ver se fico por aqui, senão ainda dá cagada...


*acho que foram mais 3 ou 4... podes festejar ;)

01/07/2007

Mais uma aniversariante

Só para mandar os parabéns à Liv, que faz hoje anos.
De facto, nunca percebi como meteram aquele palhaço do Ben Affleck a contracenar com ela... e mais recentemente, meteram o gajo barbudo a fazer de Aragorn... aí é que me passei. Estava tão fofinha a Liv Tyler... com aquele arzinho de elfa... enfim... dá Deus nozes a quem não tem dentes...