Penso que já falei várias vezes de uma teoria marada que está relacionada com a desagregação molecular.
Pelo muito que li (e pouco que entendi) será algo relacionado com o facto da matéria estar em constante transformação. Tecnicamente, nada se perde e tudo se transforma. Isso implica que a nível atómico, ocorram uma série de transformações que obrigam as partículas a desligar e a ligarem-se umas às outras.
Certo? Eu também não entendo isto muito bem.
Acontece que isto acontece a uma escala muito pequena, quando comparado com a dimensão do universo. É por esse motivo que não será vulgar que andemos a trocar em permanência de braços e cabeças com a malta que nos rodeia. Ou será?
Bem, segundo o que percebi, até é possível. Só que para tal acontecer, isso implicaria a movimentação de uma quantidade extremamente vasta e localizada de partículas num determinado intervalo de tempo, algo que seria probabilisticamente improvável.
Então, há uma teoria qualquer que afirma que se tivermos um copo de água, é possível que num dado instante do tempo as moléculas que compõem o copo se espalhem por outras partículas próximas, e destruindo a existência do copo. Sem copo, a água entorna-se e, por mais extraordinário que possa parecer, no instante seguinte, as moléculas voltarão a reagregar-se no formato inicial do copo. E então, ficamos a olhar para um copo inteiro, para a água entornada, e não sabemos o que aconteceu.
A teoria diz também que para tal acontecer, seria necessário um intervalo de tempo tão grande, que implicaria que esse mesmo intervalo fosse superior ao próprio tempo de vida do universo.
Logo, acho que fará sentido afirmar que, sendo o tempo uma linha contínua e de sentido único (por muito que tentemos, ainda não é possível passar duas vezes no mesmo ponto), se a própria existência for algo também de contínuo (o universo morre e nasce em permanência), e se o tempo necessário a tal fenómeno for o correspondente à vida de dois ou três universos, o mesmo acabará por acontecer, embora não saibamos exactamente quando.
Quero com isto dizer que não sei ao certo em que par morte/nascimento de universo vamos. Isto, porque se o universo já tiver morrido e nascido umas três vezes, a probabilidade de poder ver o copo a desaparecer e a reaparecer será também bastante mais elevada.
Por esse motivo, sempre que olho para um copo com água, fico sempre impaciente, porque, não sabendo em que universo vou, e sendo algo tão raro, seria uma história fabulosa para contar a um possível filho ou filha: "Filho/a, o vosso pai viu o copo desaparecer" - diria eu com os olhos em lágrimas.
Acontece que tive uma revelação. Já posso contar aos meus filhos que assisti a tal acontecimento.
Uma colega no trabalho teimava em colocar merdas num saco de plástico, que teimavam em surgir logo depois no chão. Ainda lhe tentei explicar que se tratava de uma desagregação molecular, e que estávamos a assistir a algo único que aconteceria uma única vez em muitas das nossas vidas! Mas ela, insensível a tal facto, preferiu mandar-me à merda e desculpar-se dizendo que o saco estava era roto.
Fiquei com alguma vontade de referir que roto estaria era o cú dela, mas como prometi a mim mesmo começar a controlar tudo o que digo - porque tenho tendência a falar demais - optei por fazer um sorriso parvo e pensar com os meus botões que ela estaria enganada.
É possível que os pensamentos sejam como os universos. Caminham paralelamente a uma existência que não sabemos exactamente qual é.
Quando eu for grande, o que quero mesmo é ser uma fatia de pizza.
Às vezes acho que o pessoal ignora completamente o que digo. Como se só dissesse merda, o que também não anda longe da realidade.
Gosto de acreditar que a velocidade da luz é superior à do som, porque até os burros parecem inteligentes até ao momento em que abrem a boca. Se calhar aplicam a mesma teoria a mim.
Dizem que o tempo universal não é medido em linha recta, mas sim segundo uma curva.
Isto implica que se o tempo se puder representar como o rebordo de uma pizza, se fatiarmos a mesma e seguirmos o percurso do novo rebordo em direcção ao centro e voltarmos, estaremos a fazer um percurso maior no mesmo intervalo de tempo, porque caminhamos para fora do verdadeiro sentido e lógica temporal. Seguindo essa mesma lógica, é possível viajar no tempo.
Ocorre-me muitas vezes perguntar... se o fizesse, alteraria alguma coisa?
Sem comentários:
Enviar um comentário