30/06/2009

leaving on a bus

Manifesto contra os motoristas da carris que efectuam os transportes a menos de 30 km/h.
Epa, as velhotas não precisam de ir neste autocarro, podem esperar pelo próximo! Não precisamos de ficar de portas abertas nas paragens à espera da velhinha que coxeia de bengala e andarilho e que ainda vem lá ao fundo a acenar para que esperemos.
As grávidas. Gravidez não é doença, certo? Então vão à merda mais o empurrar do carrinho e apanhem o autocarro seguinte, que a malta tem de ir trabalhar e não tem tempo para as operações de levantamento das rodinhas da frente, subida para o autocarro, levantamento das rodinhas de trás e estacionamento do dito cujo mais a mamã no local destinado para o efeito (e só depois arrancamos).
Quando andamos no nosso carrinho, aceleramos no amarelo. Por que raio o animal do autocarro trava quando ainda está no verde? Dá a sensação que gostam de ficar parados nos semáforos. É mais calminho assim, não é, cabrãozinho?
Rookies. Insistem em meter os motoristas recém-formados nas carreiras de hora de ponta. Entendam: UM GAJO TEM PRESSA, OK??? METAM OS NEWBIES FORA DA HORA DE PONTA, PARA NÃO ANDARMOS A STRESSAR COM OS GAJOS A ANDAR DEVAGAR E A SUBIR PASSEIOS!!!!
Será que passa? Será que não passa? Hum... se calhar não dá. É melhor começar a buzinar. Mas e o senhor da carrinha mal-estacionada? Depois chateia-se... é melhor não buzinar. Vou tentar passar. Ou não.
ANDA COM ESSA MERDA, CARALHO!
E aqueles cromos que insistem em parar na paragem mesmo que ninguém tenha dado a ordem de stop e que ficam ali por momentos, não vá alguém aparecer? "Foda-se, chouriço! O que raio tás a fazer?? Anda-me com essa putanhice!"
Alguém avise aquela malta. A farda azul e amarela já é suficientemente horrível (mais do que os cortinados aqui do trabalho), não precisam de andar com as pochettes à tiracolo a passear o mp3, o telemóvel e a carteira. Há bolsos, sabiam? É uma invenção recente, mas estão lá.
Mau-humor é algo proibido. Foda-se, um gajo já está a sair de casa cedo para caralho e ainda tem de levar com o focinho grotesco do animal que nos leva ao trabalho? Sou eu um dos animais que te paga o ordenado, ok?
Por outro lado, o ar estupidamente sorridente e imbecil daqueles broncos que já foram buscar o autocarro ao parque com um sorriso imenso de orelha a orelha também é evitável. Caramba, logo de manhã com um sorriso daqueles no focinho e uma vozinha doce a dar os bons-dias enquanto passamos o passe no sensor... dá vontade de arrancar o sensor e afocinhá-los ali como se não houvesse amanhã.
E depois os gajos agora sentem-se mesmo tecnológicos.
"Ah, é um bilhete"
Clicas aqui, um bip daquele lado, mais um botãozinho acolá, e logo o talão impresso sai naquela cena pequenina com a hora e a carreira. Mas no meio de tanta merda, ainda conseguem andar a lixar o juízo a um gajo porque não tem trocados. E depois ficam horas a contar as moedinhas para darem o troco. Parece que os tipos não têm moedas de valor superior a 0.20€. Aliás, a Carris parece subsistir com moedas de 0.05€, 0.10€ e 0.20€. Se lhes damos uma moeda de 0.50€ já lhes lixa o esquema todo. Parecem máquinas de Turing.
Giro é que nunca encostam o raio do autocarro à paragem. Não, preferem ficar no meio da estrada e a malta que se foda a sair do autocarro. Depois se um tarado qualquer se lembra de ultrapassar o machimbombo pela direita, abafa logo metade do corpo a um macaco. É uma forma fixe de nos dividirmos. "Consigo estar em dois lugares ao mesmo tempo. Dentro do 26 e no retrovisor daquele gajo que vai ali ao fundo"
O mais enervante é mesmo a cena dos palhaços lá dentro no dia da criança e do Pai Natal em Dezembro. ARGHHH, mas que vontade de rebentar o focinho aqueles gajos todos!!!
Vou pedir à minha caixa mágica que aniquile os parcómetros de Lisboa. Do mal o menos, se levo o meu carro só tenho de me aturar a mim.

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