03/10/2008

o axioma da cueca

Há cenas com piada.
Outras, têm uma piada momentânea; ainda há aquelas cujo humor é tão rebuscado para o nosso pequeno cérebro que ficamos mais assustados que divertidos.
Não gosto que mexam na minha roupa interior.
Gosto ainda menos quando é a minha mulher-a-dias a fazê-lo.
Por esse mesmo motivo, já lhe expliquei por diversas vezes que não me passe os boxers a ferro. Por esse mesmo motivo, sempre que tenho roupa seca, separo os boxers e coloco-os num banco, no quarto, longe da roupa para passar a ferro.
Mesmo assim, alguém me pode explicar, porque porra entro no quarto e vejo a cuecada toda em cima da cama, cuidadosamente dobrada e passada a ferro?
Epaaa, há visões aterradoras, e a da minha empregada a cheirar-me as cuecas e a meter-lhes a mão em cima é uma delas.
Reparem que não é uma perspectiva apaneleirada.
Afinal, a jovem é brasileira e tem cerca de trinta aninhos. E bem conservados.
A questão é que sempre a vi com o cano do aspirador na mão... nunca procurei imaginar outro tipo de cano.
Meu Deus... nem quero.
Ainda tenho os boxers em cima da cama. Não me atrevi ainda a tocar-lhes.
Olho de soslaio e procuro desviar o olhar dos pequenos botões frontais que teimam em fitar-me.
Foda-se. Agora não consigo parar de olhar para a merda dos boxers.
Acho que vou voltar a metê-los na máquina.
E acho que também tenho de arranjar um local para os esconder depois de secos.

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