08/10/2008

40cm, diámetro 8

Às vezes parece-me fazer sentido mandar tudo para o caralho.
Aquelas manhãs, por exemplo, em que topamos que um cabrão qualquer nos fez um risco brutal no carro e que só dá vontade de encontrar o primeiro besunta que nos passe à frente e partir-lhe os cornos em pedaços.
Não me parece certo que um gajo se esfole para ter um conjunto de coisas e que ainda ature estas merdas de quem vive à conta do subsídio.
Cada vez mais acredito na estratégia de enfiá-los num barco e largá-los a meio do oceano.
Para o problema da sobrelotação das prisões também o remédio era idêntico ao de S.Bento... deixá-los lá dentro e atear fogo aquela merda.
De qualquer maneira, o Outono caiu com toda a sua força. Hoje vi o primeiro vendedor de castanhas na rua e, vá-se lá saber porquê, lembrei-me de quando era pequenino e me iam buscar à escola... havia sempre um gajo a vender castanhas na mota, junto à saída do metro (ou será à entrada do metro) do Areeiro. E, obviamente, ganhava sempre um pacotinho.
Não acredito que os meus filhos tenham o mesmo privilégio.
O mais certo é a malta da ASAE proibir a venda de castanhas assadas na rua e obrigarem-nos a ingerir uma mistura qualquer de castanha industrial enfiada num recipiente de plástico.
Não tenho nada contra o excelente serviço público de quem nos torra os impostos mas, confesso que me chateia um bocado não poder tocar nos enchidos (e não, não é nenhuma piada porca).
A mercearia aqui da esquina, tinha sempre aqueles chouriços rodeados de moscas, atraídas pelo cheiro, e que iam pousando ocasionalmente nos enchidos. Agora, é um facto que não há nada disso... moscas houvessem que não as que ocupam os altos e baixos cargos do desGoverno e não poderiam depositar os seus ovos. O enchido regional é agora embrulhado em sacas plásticas... e entro então na mercearia e deixou de me cheirar a fumeiro para passar a cheirar a plástico.
Dizia então que o Outono caiu e as folhinhas que se passeiam pelos ares até se depositarem fielmente no rebordo dos passeios fazem as delícias de quem as vê.
Talvez por esse motivo, ou então por causa do cabrão que se lembrou de vir lavar a rua às 3 da manhã, acordei hoje com vontade de mandar alguém à merda.
Bem, sejamos honestos. Todos os dias, apetece-me mandar muita gente levar na peida, enfiados na merda, enquanto discutem com o caralho que as foda.
Mas dizer isso seria uma falta de respeito, pelo que me mantenho silenciosamente sorridente enquanto me enrabam. Isto no sentido figurado, porque a minha cavidade rectal tem sentido único.
A sério que ainda não percebi por que raio o meu Banco gosta de me enviar os alertas a dizer que me levantaram dinheiro, mas nunca me anima dizendo que fizeram um depósito.
Acho que o sistema financeiro que gere a minha conta funciona como a multiplexagem das linhas telefónicas. Entra x, sai y, z, w, k, v, e u...
Acho que se convertesse a minha conta bancária para binário e espetasse com aquela merda toda num Mapa de Karnaugh, ainda se fazia um chipzito engraçado. Ou não.
Era o mapeamento biunívoco dos capitais acumulados, lol.
Para dizer a verdade, estou cansado para caralho. E o facto é que ando um bocado para o queimado.
Ainda não percebi ao certo se hoje é terça ou quarta-feira. E parte de mim acredita que é sexta.
Acho que vou deitar o lombo na tábua. A minha conversa de merda mantém-se. A inconsistência piora de dia para dia.
Já agora, o título do post não tem nada a ver com a merda que escrevi. Mas confessem lá, chamou à atenção, não foi?

Asadas patinas!

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