03/10/2008

cócócóricó (é assim que faz um galo?)

Gostava de saber que tipo de amor sádico leva os meus vizinhos a levarem o puto para a rua a estas horas.
Está um ar fresco respeitável que nos manipula os cabelos dos mamilos, é quase uma hora, e o puto berra na rua como se lhe estivessem a pisar os jardins suspensos com uns sapatinhos de salto alto.
O meu vizinho do lado comprou um galo para meter na varanda...
Eu nem me chateava, mas o galo deve ser esquizofrénico ou merda parecida.
Na quarta-feira, cantou das sete às sete e meia... Na quinta-feira, cantou às oito.
Tipo, o animal é tudo menos coerente. Se me vou a fiar no gajo para ir trabalhar, está tudo fodido. Eu até compreendia se o animal cantasse sempre à mesma hora, mas a variação que o tipo dá ao toque, não é muito diferente do meu acordar seguido do habitual murro no despertador, seguida cabeçada na estante e posterior gemido de "foooooda-se!".
Na verdade, o meu vizinho ainda não topou bem o esquema. Em vez de gastar dinheiro com um galo, pagava-me o pequeno-almoço e eu todas as manhãs, em vez de miar baixinho às 7 e tal da manhã um singelo "foda-se", berrava-lhe à janela um valente "FOOOODA-SE!"; ficava o galo contente, porque não tinha de se levantar cedo e podia galar à vontade na capoeira, ficava eu contente porque não me chateava a lavar a loiça do pequeno-almoço, e ficaria o meu vizinho contente, porque a minha voz de sono é bem mais fofa que o cantar do cabrão do galo.
Há pessoal que acha que eu sou ordinário q.b. quando estou a trabalhar... foda-se, um gajo que vive em semi-stress a falar para os computadores a resolver problemas que ninguém sabia que existiam, já não pode chamar filho da puta a um monitor de 17 polegadas. Lembra-me uma moça que dizia que eu era brejeiro... foda-se, caralho para essa merda toda! Agora já não posso dizer o que me vai nos cornos porque ofende a inocência da malta que passa o dia a pensar "foda-se" mas que não o diz?
Se começo a controlar muito o que digo, depois ainda me passo e faço cenas bem mais maradas, como pendurar um coelho com as entranhas de fora na cadeira do serviço. Agora que penso nisso até era capaz de ser uma cena com piada.
Estou a dar uma formação no meu trabalho.
Hoje tive de usar uma sala diferente da habitual. É estranho, mas quando nos mudam o habitat natural, dá sempre merda. Consegui, em apenas uma hora de formação, magoar-me duas vezes no joelho, uma no cotovelo e outra nos tomates. O curioso é que me magoei sempre no mesmo objecto.
Deu-me vontade de rachar aquilo à biqueirada... só que considerando a dimensão e peso do objecto, o mais provável seria arranjar outra porrada dolorosa no pé.
Agora que estou a reler uma última vez as linhas anteriores, apercebo-me da quantidade de merda que escrevo, e o motivo pelo qual tenho uma média de 1 visitante por dia (que invariavelmente, devo ser eu):
Mas é sempre agradável para relaxar.
Agora vou tentar dormir. Ou não. Morro de ansiedade por saber quem vai acordar primeiro... eu, ou o galo do vizinho.
Considerando que a janela da minha casa de banho, dá para a varanda do cromo... um destes dias temos guisado para a malta.

Cumprimentos fofos!

2 comentários:

Anónimo disse...

ja pensou que pode ser o signo do seu vizinho/a!!
e que tal pensar na parte positiva: na noite de Natal sempre se evita ir à
a missa do galo...
lol seca!

Pato Marques disse...

Caro anónimo, não reclame.
Experimente passar a noite de Natal sozinho, a emborcar e a bloggar e começa logo a achar a missa do galo bem mais divertida.
Se bem que na Patolândia não tenhamos o hábito de ir à missa do Galo. Com sorte, à do Pato...