04/06/2008

web

Há muita coisa perfeitamente irritante na web.
Grave é o facto de haver malta capaz de as ver.
No outro dia passei 15 minutos da minha vida a ver um filme no YouTube.
Certo, parece algo normal...
Agora vamos ao 'mas'. Há sempre um 'mas', irrepreensível e estupidamente real no meio de tudo isto.
Neste caso, o meu 'mas' vem na forma do conteúdo de um vídeo do YouTube.
Há um gajo que se deu ao trabalho de filmar um porco morto e esticado ao sol. Mesmo na onda de Grissom, naquela de CSI Las Vegas, e temos uma imagem de dias acelerada em 15 minutos.
É brutal... é viciante porque não conseguimos descolar o olhar do ecrã.
"Uhhh, as moscas... o que virá a seguir???"
"Epa, tenho de ir à sanita mas isto é emocionante..."
"Ah, é isso, faltavam as larvas a trincar o porquito"
"Até ia buscar pipocas, mas tenho medo de perder o fim..."
A sério... é deprimente.
O bom nisto é que é uma produção independente que, contrariamente a alguns filmes bem pagos, consegue até ter um início, um meio e um fim.
Previsivelmente, o fim é a clássica redução de um porco à sua condição de composto orgânico.
Depois há aqueles sites que incitam ao suicídio colectivo.
Não tenho nada contra.
Acho apenas que quando alguém se quer matar, deve fazê-lo de forma isolada... para ser diferente! Para quê um gajo juntar-se à carneirada na morte? Para isso fá-lo em vida.
O que não é coerente é o facto dos autores desses websites serem na sua maioria gajos que já se tentaram suicidar...
Ui, esperem lá! Que moral pode ter um gajo que se tentou matar e não conseguiu, ensinar a outros como fazê-lo??? É como termos um professor de matemática que chumbou a matemática... Ok, agora pensando bem até faz sentido, visto que conheço alguns assim...
E os email, chats e afins também são peculiares.
Aquilo que um gajo diz nunca soa ao que realmente se queria dizer; a interpretação nunca sai exactamente como esperávamos e até o aplicar de um simpático smile a uma frase pode fazer entornar o caldo por tudo quando é canto.
Valha-nos o dom da fala, isto quando se consegue pensar antes de abrir aboca. De resto, com o Voice Over IP, uma conversa 'falada' poderá começar a cair perigosamente nos domínios interpretativos de uma linha de código.
Em suma: não há copos meio cheios nem meio vazios... há simplesmente o copo vazio.

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