04/09/2008

medicina no trabalho


Há já duas semanas que não meto nada na veia porque sabia que hoje ia fazer análises à urina. Resultou, e ninguém descobriu que sou um viciado...
Entretanto, fiz uma descoberta fabulosa. Sou aquilo a que se chama um "cego da cor". Yah, mais uma... agora parece que sou daltónico.
Não sou um caso extremo, ainda distingo as cores normais, mas não vejo um número azul-claro num fundo cinza.
"Então diga lá os números que vê dentro dos objectos de cor..."
(pausa prolongada)
"Foda-se... você está a gozar comigo?"
A questão que agora se impõe é qualquer coisa do género... o fundo deste meu blog é mesmo preto, não é??? Na volta tenho um carro cor-de-rosa e nunca tinha dado por isso.
Do mal o menos, é dos poucos momentos do ano em que uma jovem de bata branca me manda tirar a roupa e deitar no colchão... segundo ela, tenho um "coração para a vida".
Fico contente. Não queria um coração para a morte.
Acho que seria manhoso. Aliás, mais preocupante seria o facto de não ter de todo um coração para a vida.
Para além de ser altamente incoerente, deixaria de sentir o violento batimento cardíaco a animar os meus fins de noite, enquanto olho para o vazio do tecto do meu quarto.
"Sabe... é que o seu coração é um músculo..."
A sériooooo???? Sim, e deve ser só o meu, porque eu estava convencido que o coração era uma cebola.
Portanto, se no coração encontramos os olhos da alma... mas os olhos não distinguem bem as cores... Deve ser por isso que o coração anda tão bem...
Ao menos está no sítio certo.
Ou não.

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