21/09/2008

o regresso

Ora cá estamos, voltando da tal licença sabática.
Confesso que ainda não me estava a apetecer recomeçar a escrever "a minha agenda - versão de 2008" mas, a necessidade dos meus leitores de assimilar a minha escrita de merda (como se do ar da vida se tratasse) leva-me sempre a reavaliar as minhas paragens técnicas.
Hoje é domingo, dia de reflexão. Ok, prometo que não vou largar mais uma piada herege.
Como poderão analisar no penúltimo post (o 999º, já agora... obrigadinho pelos parabéns acerca do 1000º) previa que esta iria mesmo ser uma semana animada.
Em todos os anos que vão passando, há sempre uma das 52 semanas que prova ser a semana das reavaliações, recomendações, revelações e outros 'ões'. No fundo, é como se fosse a Semana Santa da Patolândia.
Bem, a malta descobriu que quando uma pessoa morre em casa, a PSP monta acampamento à nossa porta, não tenhamos nós vontade de fugir com o corpo às costas pela rua. Toda esta capacidade é deveras interessante.
Uma vez arrombaram-me a porta de casa e levaram a televisão... os gajos mandaram-me apresentar queixa para o processo entrar nas estatísticas; mas depois ficam no átrio da escada a telefonar às namoradas (a sério...) enquanto um gajo está sentado na cozinha cagado de medo do susto que levou... adiante.
Um daqueles conselhos de pato... tipo... se por acaso tiverem uma mulher a dias que vos passa a roupa a ferro e que tem a chave de vossa casa, tentem avaliar se ela efectivamente se encontra em casa, antes de saírem da casa de banho com a toalhinha a tapar o rabinho.
Devo dizer que se torna altamente constrangedor quando dão de caras com ela e reparam que a única coisa que vos separa do mundo selvagem é uma toalha de banho. Isto e tentar manter uma conversa perfeitamente banal, como se estivessem vestidos. Ah, mas ainda mais marado que isso é quando ela faz discretas insinuações ao vosso corpo mesmo antes de se ir embora.
De repente senti-me numa casa de putas. Eu a pagar-lhe e ela a falar-me do meu corpinho e a perguntar quando podia voltar... Uma coisa é certa, as boxers já não passam pela tábua de engomar; voam directamente do estendal para a secção de dobragem, dentro da minha gaveta de boxers.
Obviamente que agora, a minha santa senhoria quer que eu compre a casa.
Parece justo. O detalhe no meio disto tudo, é que está a cobrar tanto pelo metro quadrado que mais parece que estou na zona alta da cidade. Epaahhh... foda-se... isto é a zona baixa da Graça!
Então dá mesmo a sensação que o ninho vai mudar de sítio.
Como não me deram muito tempo para aceitar ou não a proposta, andei a fazer prospecção imobiliária.
Adoro os websites com este tipo de informação.
"T2, remodelado, sem elevador, sem estacionamento, 5 min do metro, 5 min do centro comercial"; o preço era aceitável, procurei a rua no GoogleMaps antes de telefonar.
Efectivamente a casa por dentro parecia brutal. E o prédio estava a 5 min do metro e a 5 min do Shopping, é um facto. Também era um facto que o prédio tinha graffitado a toda a volta "Blacks Go Home!"; bem, eu sou caucasiano, mas como tenho uma coloração semi-morena demais, achei por bem fazer inversão de marcha... a avaliar pelo que estava escrito nos outros prédios, aquilo dava mesmo a sensação que era a Polónia prestes a ser invadida. O mais certo era a vizinha do lado ter um bigode pequenino e uma faixa vermelha com uma cruz no braço.
Toda a malta tem olhado para mim como se eu estivesse prestes a passar-me.
Temos de ser realistas.
Às vezes o pessoal que nos rodeia dá-nos conselhos. Às vezes decidimos seguir esses conselhos, outras vezes não; às vezes fazem previsões do que poderá ou não acontecer (malta... vá lá... larguem o Tarot...)... normalmente gozamos com eles mas, quando acertam... bem, para além de ser altamente arrepiante, por estranhas e más que estejam as coisas, só nos dá mesmo vontade de rir.
Um Pato será sempre um Pato. O mundo continuará a ser o mundo. O blogger voltou.

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