Chegou, uma vez mais.
Sinónimo de mais um ano, mais quatro estações inteirinhas desde a última vez que esteve por cá.
É um facto que a Primavera é sempre desagradável para corno. São mais três meses que passarei sem olfacto, pingando do nariz e espirrando estupidamente.
Não poderei abrir as janelas do carro, confiando apenas no filtro do ar condicionado.
Mas, de qualquer forma, é a altura do ano em que brotam os rebentos de mimosas nos verdejantes prados à beira-rio plantados, onde os pequenos unicórnios rosados vão saciar a sede nas águas calmas e fluidas, nascentes nas profundezas dos vales e montanhas onde, por sua vez, crescem pequenos gnomos de cabelo espetado que fazem traquinices aos visitantes...
Mas isto sou eu, no meu alegre e repousado espírito que observa as maravilhas da natureza nesta época tão especial em que as andorinhas fazem os seus ninhos nos beirais das janelas, prontas a colocar os seus ovinhos delicados. É a estação da alegria, o Sol começa aos poucos a brilhar e, de dia para dia, começam os dias a tornar-se mais e mais longos, prenúncio de que mais e melhores dias virão.
Chegou a Primavera e, com ela, os passarinhos voltam a habitar os pequenos ninhos deixados aqui e ali; os pequenos animais esboçam sorrisos de criança nos seus simpáticos e amorosos focinhos, deixando-nos profundamente tocados ao ver a forma como irradiam amor e felicidade.
Na prática: quando forem à rua, olhem para os cães. Começou a época do cio.
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