07/03/2008

loucura

Um dia destes conheci uma pessoa de uma empresa de informática bastante conhecida.
Como a malta já estava no javardanço habitual por eu ser o 'IT', a dita pessoa fez questão de referir:
"Ah, deixe-os lá... eu também sou um vírus".
Tipo... já me mandaram à merda de muitas maneiras, mas penso que foi a primeira vez que me chamaram vírus.
Confesso que posso ter uma pancada mesmo forte.
Contudo, apesar da aparente loucura, sou um pato bastante estável e equilibrado.
Na verdade, a loucura não é mensurável em termos do que se fez ou do que se faz... parece-me a mim que a loucura é mais bem quantificada pelo que estamos dispostos a fazer.
Obviamente, não é o que dizemos que fazemos várias vezes... isso não é loucura, mas sim estupidez.
Um bocado como o que passava a vida a dizer: "vou mudar de vida, vou mudar de vida, vou mudar de vida..."; esse é simplesmente estúpido. Louco é o que diz: "vou mudar de vida, nem que para isso tenha de enfiar um pau no cú de alguém"; isto sim, demonstra convicção. Convicção no facto de que vai mesmo mudar de vida e convicção no facto de que pensará que é realmente fácil enfiar um espeto no traseiro de alguém. Isto, meus amigos, é a loucura.
Conheci em tempos dois gajos que gostavam da mesma jovem.
Um deles, dizia permanentemente que a ia convidar para sair... mas nunca fazia nada.
O outro, sempre se manteve em silêncio. Um dia levanta-se e diz à malta: "vou levá-la a sair, nem que para isso tenha de a amarrar e meter na mala do carro".
É um facto que este último era mesmo completamente passado dos cornos mas, a loucura dele parece ter surtido efeito. Tanto quanto sei, ainda estão juntos.
É também um facto que, num mundo recheado de regras idiotas e protocolos ainda mais imbecis, isto está a dar é mesmo para os loucos.
Assim, decidi desde há uns tempos para cá, passar-me completamente dos cornos.
É opinião generalizada: o Pato Marques, de dia para dia, está cada vez mais louco.

Mas não... vírus, não sou.

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