O que nos torna especiais?
Na realidade, nada. Ou tudo?
É um conceito de certa forma complexo.
E já viram a quantidade de malta que se acha efectivamente especial? Como será? Acordam um dia de manhã e dizem "hoo-hooo, sou especial".
Se somos todos iguais, como podemos afirmar que somos especiais?
O grande problema é que há pessoas que são consideradas especiais por outras pessoas. Assim sendo, são especiais. Então... mas já não somos todos iguais?
Parece que a questão reside ao nível do ecossistema. No ecossistema universal somos todos iguais mas, como cada um de nós progride num ecossistema mais pequeno, dentro desse ecossistema mais individual podemos ter certos luxos como enquadrar outros ecossistemas que consideramos especiais.
Agora sim, a coerência está assente.
Mas mantém-se a questão da auto-designação de especial. Um bocado... por um lado, não me considero especial, mas posso estar no ecossistema de alguém, o que faz de mim especial; por outro lado, se não me encontro em nenhum ecossistema, poderei considerar-me especial? É que, tecnicamente, estou no meu ecossistema. Portanto, estou no ecossistema de alguém, nem que seja no meu. O que implica que para as coisas serem válidas, o ecossistema não possa ser estanque. Mas é maleável.
Encaremos então o ecossistema como algo não estanque, mas maleável. Ao mesmo tempo, frágil.
Isso faz de nós o quê? Gemas ou claras? Ou ambas?
E o que acontece ao ovo?
Mais grave ainda... se o ovo é o ecossistema universal, o que é o ecossistema universal? A galinha? Nesse caso, quem é o galo?
Demasiado complicado... não tenho lombo para analisar agora esta questão.
Ah, mas um dia...!
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