25/10/2007

Informáticos

O engraçado em ser um IT Guy é o preconceito.
Há pessoal que acha que como tem uma cor diferente é rejeitado; há pessoal que acha que as mulheres se devem sentir ofendidas e lutar pelo seu lugar ao mesmo nível do homem; epa, não é por aí, concordo inteiramente com igualdades.
Agora... no meio desta merda toda, que mal fazem os informáticos?

Nós sim, somos violados diariamente.
É uma violação psicológica à nossa sanidade mental!
Chamam-nos 'bichos do mato', 'nerds', geeks', 'antipáticos', 'alucinados'; somos os gajos mais desprezados à face da terra.
Tudo corre bem, ninguém se lembra de nós... há merda? O informático mete a cabeça no cepo... (a de cima, felizmente).
Mantemos a distância, evitamos o contacto, não conhecemos nomes nem caras. Para os informáticos tudo se resume a uma lista com nomes e IPs. Não é necessário conhecermos o utilizador para resolvermos um problema. Resolvemos e pronto. É o nosso trabalho e somos bons nisso! É para o que nascemos.
A malta não compreende.
Somos como médicos. Analisamos e resolvemos. O nosso paciente é uma máquina. Não estabelecemos relações. É o nosso mundo e não chateamos ninguém com isso.
O informático puro não fala de si, fala do mundo.
Quanto menos falarmos de nós, menos nos perguntam. O nosso trabalho baseia-se numa espécie de mística... no fundo, somos tipos que têm o poder. Fomos 'abençoados' com o dom de com um simples gesto enterrar uma empresa ou elevá-la ao mais alto nível.
É a responsabilidade que fala mais alto.
É o colocarmos o trabalho à frente de nós, porque há muitos que dependem do nosso trabalho.
Numa perspectiva mais romântica, somos os cavaleiros andantes que eliminam os dragões, perdão os 'bugs', do nosso reino, do nosso território.
Amados por poucos e odiados por muitos.
Somos a malta dos computadores.
Como diria um tipo conhecido, 'somos como drugeons'; não somos, porque os 'drugeons' não existem mas, se existissem, seríamos como 'drugeons'. Somos a geleia de ontem; claro que não faz sentido, porque a geleia dura muito tempo...
E enfim, é mesmo o fim.
Pelo menos o meu.
Passei-me dos cornos.
Foi agora.
A sério.

Falando nisso... no outro dia andei a converter os primeiros 25 termos da Sequência de Fibonacci para código binário. Só pelo gozo...
Divirtam-se.

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