18/06/2007

Coisas fofas

Só para que conste.

Estava no outro dia a derribar os jardins suspensos frente à televisão, numa apática e inconsequente atitude neo-individualista quando, e felizmente para os meus neurónios, começou um programa da National Geographic.
Devo dizer que, tal como sempre, já estou a dizer nada de jeito e já estão todos a mundificar-se para esta merda (esta última até teve piada).
Mas o que é um facto é que, o programa era deveras interessante. Interessante ao ponto de eu abrir uma excepção nesta avacalhice que é o meu blog e fazer um post construtivo. Ou não.
Existe uma tribo nómada, no maior deserto africano que, uma vez por ano, converge todas as suas famílias para um local secreto onde decorre um festival. Ok, ok, até aí nada de especial.
Se eu disser que se trata de um festival onde o objecto de análise é a escolha de um parceiro, aí talvez comecem a achar mais estranho.
Mas o delírio absoluto é eu referir que os homens da tribo são colocados em fila, maquilhados, penteados e literalmente expostos ao gosto feminino que por ali anda.
Também acho um pouco esquisito mas, se analisarmos bem a situação, não é nada dou outro mundo.
Ok, os gajos são postos em fila e elas é que escolhem o melhor produto para fecundar os seus óvulos? E então?
A malta vive numa sociedade dita normal e acontece exactamente o mesmo. Sim, sem a maquilhagem, claro... Mas são elas que escolhem um pato. Escolhem-nos pelo dinheiro? Pela influência? Pelo carro que têm? Epa, isso já não sei... Quer dizer, até tenho uma opinião acerca do caso, mas vou-me remeter ao silêncio para que esta merda não acabe mal.
Já esta questão, levanta um outro assunto que outrora havia referido neste mesmo canto da web.
Os pinguins.
Os pinguins e as pinguinas aliás.
Como já devem ter reparado, os pinguins deslocam-se em grandes massas animais ao longo de glaciares e zonas geladas (curiosamente há uns quantos na Patagónia... Patos... estão a ver?).
Para quem não sabe - e vou falar muito a sério - os pinguins são animais extremamente fiéis. Escolhem uma parceira e conservam-na (não, não é no frio) até ao fim dos seus dias.
E agora perguntam vocês.
E no meio de tantos gajos iguais, todos de smoking, como é que os casalinhos fofos se reconhecem?
É fácil.
Cada pinguim grasna, ou pia, ou pinguina, não sei, numa frequência vocal diferente. Traduzindo por pintos, cada pinguim 'canta' uma melodia diferente. Ela, memoriza o 'canto' do pinguim; ele, memoriza o 'canto' da pinguina. E assim, por muitos pinguins e pinguinas que estejam a 'cantar', os casalinhos reconhecem-se sempre.
É algo realmente fofo. Fofo e admirável

Seria realmente interessante tantar aplicar isto aos seres humanos.
Mas, penso eu na minha humilde patice, que deve ser algo não impossível (porque isso não existe) mas altamente improvável ou, se preferirem, tecnicamente inexequível.
Isto porque, em primeiro lugar, era muito complicado conseguir-se ter seres humanos fiéis. Andam alguns por aí e são em número ímpar (não dá para formar casais). Depois, seria a loucura total, dizer a uma mulher que memorizasse o arrotar do companheiro (isto só para dar um exemplo). Para estragar tudo, poucos seriam os homens que aceitariam memorizar o grasnanço da sua concubina.

Mas isto, tal como eu dizia, é mesmo só para que conste...


Cumprimentos fofos patinos!

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