Há algum tempo que não escrevia nada... bom mas também há algum tempo que não tinha tempo para. E assim até tem mais piada, porque assim escreve-se mais por post... é algo relacionado com a economia de posts, associado à escrita concentrada em linha quadrada. Em tempo de crise, é algo porreiro.
A Cindy, como boa fêmea que é, tem alguma tendência para um jogo de simulação encadeada que culmina comigo a bater com a cabeça nas paredes.
Nunca imaginei que um animal tão pequeno, conseguisse largar tantos blocos de merda de dimensão industrial e barris de urina como se não houvesse amanhã. O que é curioso é que também me surpreende diariamente.
Depois um gajo zanga-se com ela e mete o focinho entre as patas e chora, chora, chora. Logo de seguida vai para debaixo da bancada e fica só com o focinho de fora, a fitar-me com os olhinhos pequeninos.
Vejo o lado positivo de muitas coisas. Um facto, é que desde que a Cindy passa 24 horas por dia na cozinha, esta nunca esteve tão limpa. Lavo o chão umas quatro vezes por dia e as portas da bancada andam por ali perto...
Eles e elas andam aí.
Tentem sentar-se numa mesa qualquer na área de restauração de um centro comercial. Ah, e façam-no em hora de ponta.
É brutal quando começam a topar que a mesa passa a tomar a forma de uma gazela na savana africana. Velhotes, casais, putos e funcionários locais em hora de almoço passam a adoptar a postura tipicamente predatória, abocanhando-se uns aos outros até ao momento em que vocês largam a peça de carne (a mesa) e eles se atiram aos restos. Não interessa que a mesa esteja suja, torta ou no centro de uma corrente de ar.
Assim que os glúteos tomam a posição de quem se vai levantar, logo as cabeças das hienas se erguem do fundo de outras mesas, prestes a atacar a vaga.
Tipo, é assustador.
Voam sopas, picanhas, pizzas e sandes. Mas há alguém prestes a ocupar a mesa.
Ocorre-me frequentemente que um dia a malta engana-se e eu levo uma focinhada por tabela.
Já acordaram de manhã a pensar que de alguma forma estariam mesmo fodidos? Melhor ainda, estariam fodidos e não o conseguiriam explicar a ninguém de nenhuma forma, pelo que não teriam outro remédio senão calarem-se e virarem o rabo para o ar à espera do ataque final?
É giro. Mas mais giro ainda é quando sentem o pescoço preso na armadilha e as raposas a fazerem fila para vos começarem a enrabar.
Não é uma sensação muito agradável, mas tem os seus dias. As raposas são o menos, as molas dentadas a trincarem-nos o pescoço é que são uma merda.
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