28/08/2007
26/08/2007
Juntem...
Juntem.
Juntem marranços injustos e trabalhos pendurados.
Juntem fins de semana sozinho caminhando não se sabe bem para onde.
Juntem o prazer de cozinhar para um.
Juntem a companhia inexistente.
Juntem uma louca a gritar que nem... exacto, que nem uma louca.
Juntem os caprichos.
Juntem os delírios.
Juntem o computador a ferver em cima das pernas aquecendo os... pois, isso.
Juntem a mesma posição durante 3 horas, sentado na cama com o portátil em cima.
Juntem as pernas dormentes e o rabo dorido.
Juntem aqueles animais a berrar debaixo da minha janela.
Juntem a luz da rua que nunca mais se acende.
Juntem o desejo de ter alguém por perto.
Juntem as saudades.
Juntem uma distância ignorada.
Juntem a inconsistência de saber que amanhã pode chover e estarem mais de 28ºC.
Juntem o gajo da motorizada que parou agora mesmo na rua e não a desliga.
Juntem uma casa silenciosa às escuras e o monitor de um portátil iluminando um quarto.
Juntem o começo de uma nova semana e todo o que de bom nos poderá trazer.
Juntem a música de fundo que se ouve em loop há mais de 2 horas.
Juntem o saber que há muito para ser feito mas que nem sempre sabemos por onde começar.
Juntem o pescoço a estalar.
Juntem o não saber com quem vamos amanhã almoçar.
Juntem os temperos e a subtileza com que escrevemos.
Juntem o trabalho e o reconhecimento.
Juntem o sono e os sonhos de uma noite de verão.
Juntem tudo e misturem.
Juntem tudo numa caçarola.
Juntem tudo e deixem repousar.
Juntem tudo, e verão como é tão fácil ser-se Pato.
Juntem marranços injustos e trabalhos pendurados.
Juntem fins de semana sozinho caminhando não se sabe bem para onde.
Juntem o prazer de cozinhar para um.
Juntem a companhia inexistente.
Juntem uma louca a gritar que nem... exacto, que nem uma louca.
Juntem os caprichos.
Juntem os delírios.
Juntem o computador a ferver em cima das pernas aquecendo os... pois, isso.
Juntem a mesma posição durante 3 horas, sentado na cama com o portátil em cima.
Juntem as pernas dormentes e o rabo dorido.
Juntem aqueles animais a berrar debaixo da minha janela.
Juntem a luz da rua que nunca mais se acende.
Juntem o desejo de ter alguém por perto.
Juntem as saudades.
Juntem uma distância ignorada.
Juntem a inconsistência de saber que amanhã pode chover e estarem mais de 28ºC.
Juntem o gajo da motorizada que parou agora mesmo na rua e não a desliga.
Juntem uma casa silenciosa às escuras e o monitor de um portátil iluminando um quarto.
Juntem o começo de uma nova semana e todo o que de bom nos poderá trazer.
Juntem a música de fundo que se ouve em loop há mais de 2 horas.
Juntem o saber que há muito para ser feito mas que nem sempre sabemos por onde começar.
Juntem o pescoço a estalar.
Juntem o não saber com quem vamos amanhã almoçar.
Juntem os temperos e a subtileza com que escrevemos.
Juntem o trabalho e o reconhecimento.
Juntem o sono e os sonhos de uma noite de verão.
Juntem tudo e misturem.
Juntem tudo numa caçarola.
Juntem tudo e deixem repousar.
Juntem tudo, e verão como é tão fácil ser-se Pato.
25/08/2007
24/08/2007
Profunda
A diferença entre um topógrafo e um informático, é que o topógrafo pensa que um kilobyte tem 1000 bytes e o informático pensa que um quilómetro tem 1024 metros.
23/08/2007
'Ado
Há até quem ande por aí a dizer que 'Trânsito Local' é a maior localidade de Portugal.
Eventualmente, os mesmos que afirmam que os patos enchem o pote e deitam por fora ao fim de 2 minutos... seja lá o que for que isso quer dizer...
Curioso, a malta achar que eu é que sou apanhado, tarado, e outras coisas terminadas em 'ado'.
Eventualmente, os mesmos que afirmam que os patos enchem o pote e deitam por fora ao fim de 2 minutos... seja lá o que for que isso quer dizer...
Curioso, a malta achar que eu é que sou apanhado, tarado, e outras coisas terminadas em 'ado'.
16/08/2007
Fácil, a gente ter mãe
Fácil, a gente ter mãe,
nem se percebe que tem,
mas só saber que ela existe,
que podemos encontrá-la
à hora que desejarmos,
que seus olhos sorrirão,
cheios de amor e bondade,
ao ver a nossa aflição;
que a seu lado - ela que é fraca-
nos sentiremos tão fortes
confiantes no futuro,
o coração tão seguro
e o mundo todo tão bom,
como se fosse verdade,
só isto vale ter mãe,
e é uma felicidade.
Fácil a gente ter mãe
- quase todo mundo tem -
mãe é uma coisa tão bela!
Pena é ver que há pela vida
os que só sabem que há mãe
porque ouviram falar nela,
só a conhecem de nome,
às vezes mesmo, nem isto.
Mãe é uma simples palavra
como uma nuvem ao vento,
um vazio pensamento.
Fácil a gente ter mãe,
nem se percebe que tem
no todo dia a seu lado
quando se tem a certeza
e se sabe onde ela está,
pra dividirmos com ela
uma alegria, um revés,
que basta só querer vê-la.
Assim é fácil ter mãe.
Difícil, sim, é perdê-la,
é ter que aceitar a idéia
de que no lugar de sempre
ela não se encontra mais.
Não adianta abrir a porta;
não passeia na varanda,
a cadeira está vazia,
na cama não tem ninguém.
E aquela voz que conforta,
que nos dava tanta paz,
que era um bem que não tem preço,
que era o nosso maior bem;
não ouviremos, calou-se,
é que ela agora mudou-se
pra um lugar sem endereço
onde Deus mora, no Além.
Ah, difícil é perdê-la,
nunca mais poder achá-la,
nos sentarmos a seu lado,
passearmos na varanda,
vê-la no quarto ou na sala,
que partiu, sem ter mais volta,
que pra nós nunca mais vem!
E indefesos e sozinhos,
termos que aceitar a sorte
por desolados caminhos,
inconformados com a morte,
todos perdidos também.
Fácil é a gente ter mãe,
mãe é assim como uma estrela,
estrela-guia que a gente
traz guardada dentro em si.
Difícil, sim, é perdê-la
como uma estrela cadente
que de repente se apaga...
E, oh, meu Deus, eu a perdi.
Brasília, Dia das Mães, 11 de maio de 1975
( Poema de JG de Araujo Jorge in " Tempo Será " - 1986 )
nem se percebe que tem,
mas só saber que ela existe,
que podemos encontrá-la
à hora que desejarmos,
que seus olhos sorrirão,
cheios de amor e bondade,
ao ver a nossa aflição;
que a seu lado - ela que é fraca-
nos sentiremos tão fortes
confiantes no futuro,
o coração tão seguro
e o mundo todo tão bom,
como se fosse verdade,
só isto vale ter mãe,
e é uma felicidade.
Fácil a gente ter mãe
- quase todo mundo tem -
mãe é uma coisa tão bela!
Pena é ver que há pela vida
os que só sabem que há mãe
porque ouviram falar nela,
só a conhecem de nome,
às vezes mesmo, nem isto.
Mãe é uma simples palavra
como uma nuvem ao vento,
um vazio pensamento.
Fácil a gente ter mãe,
nem se percebe que tem
no todo dia a seu lado
quando se tem a certeza
e se sabe onde ela está,
pra dividirmos com ela
uma alegria, um revés,
que basta só querer vê-la.
Assim é fácil ter mãe.
Difícil, sim, é perdê-la,
é ter que aceitar a idéia
de que no lugar de sempre
ela não se encontra mais.
Não adianta abrir a porta;
não passeia na varanda,
a cadeira está vazia,
na cama não tem ninguém.
E aquela voz que conforta,
que nos dava tanta paz,
que era um bem que não tem preço,
que era o nosso maior bem;
não ouviremos, calou-se,
é que ela agora mudou-se
pra um lugar sem endereço
onde Deus mora, no Além.
Ah, difícil é perdê-la,
nunca mais poder achá-la,
nos sentarmos a seu lado,
passearmos na varanda,
vê-la no quarto ou na sala,
que partiu, sem ter mais volta,
que pra nós nunca mais vem!
E indefesos e sozinhos,
termos que aceitar a sorte
por desolados caminhos,
inconformados com a morte,
todos perdidos também.
Fácil é a gente ter mãe,
mãe é assim como uma estrela,
estrela-guia que a gente
traz guardada dentro em si.
Difícil, sim, é perdê-la
como uma estrela cadente
que de repente se apaga...
E, oh, meu Deus, eu a perdi.
Brasília, Dia das Mães, 11 de maio de 1975
( Poema de JG de Araujo Jorge in " Tempo Será " - 1986 )
15/08/2007
Nada de jeito
Hoje decidi passar por cá para dar uma pequena palavra aos meus poucos e fiéis leitores.
Não apareço há coisa de três dias. O que não é normal para um pato como eu.
Contudo, normalidade é algo que normalmente não abunda na minha vida normalíssima de pato. Agora que já arrotei para aqui mais um dos meus disparates, creio que podia - ao menos uma vez - ter uma atitude normal e grasnar sem javardices.
De facto, sempre pensei eu, a solidão pode ser um dos motivos que nos leva a escrever. Não a solidão solitária, da malta que não tem amigos e passa o dia a arrastar-se pelas ruas... refiro-me aqueles momentos no final do dia, em que poderíamos estar a fazer mil e uma coisas mais interessantes que a escrever num blog que é lido por quatro pessoas (se tanto). Contudo, apercebo-me que mesmo indo tomar um copo com um amigo ao final da tarde e indo dar uma volta por aí, quando chega a noite e o sol se põe falta sempre qualquer coisa. Eventualmente o qualquer coisa não soa muito bem, parece que se fala de um objecto... falta alguém. E depois se não falta ninguém, um gajo não escreve porque, de facto, tem algo melhor para fazer; mas se falta, pelos mais diversos motivos também não se consegue inspiração para escrever. E assim se passam umas horas ao final da noite, início da madrugada, batendo tecla e escrevendo insanamente algumas linhas de texto sem nexo nenhum, como será hoje o caso.
Muitas das vezes um gajo expressa-se por metáforas. A ideia base que, como é óbvio, é a estrutura de toda uma problemática, pode colocar alguns problemas.
No fundo, utilizamos as metáforas para conseguir explicar o que pretendemos de uma forma algo confusa. O fundamento é conseguir atingir determinados patamares do pensamento das mais diversas pessoas, conseguindo que apenas algumas, aquelas a quem efectivamente se destina a mensagem, as percebam. Ora, e pensando aqui com os meus botões (imaginários, claro, porque o pijama hoje não tem botões), é capaz de ser uma ideia um bocado estúpida.
Vamos supor o seguinte: temos um universo de 100 pessoas e pretendemos passar uma mensagem a apenas 2. Escrevemos a mensagem e passamos-lhe um filtro de encriptação. Este, virá a transformar a mensagem numa metáfora. Publicamos a mensagem num local público e, tal como se pretende, a mensagem é recebida. Agora, o que é mesmo estúpido é a necessidade de fazer isto. Não seria mais simples enviar a mensagem, sem metáforas, a apenas duas pessoas, dizendo exactamente o que se pretendia? E com isto evitam-se ainda perguntas das restantes 98 pessoas.
Por outro lado, se não aplicamos as metáforas e enviamos directamente as mensagens, perde-se toda a magia da publicação num blog. Perdemos é um momento em que podemos brilhar para 2 pessoas em particular e passamos por doidos para 98 em geral.
É um bocado como dizia o Orlando Bloom no 'Reino dos Céus'... "Quem tem direito? Ninguém tem direito. Todos têm direito."; se não era assim, seria qualquer coisa parecida...
Também se pensa um bocado na situação das ruas de Lisboa. Um amigo pato mudou-se há uns tempos para uma cidade nas imediações de Lisboa. Por lá assentou praça e por lá ficou a trabalhar. Não tem problemas de estacionamento, não tem buracos nas ruas. Acho que a situação tem vários aspectos a ser ponderados. No fundo, no fundo, há cidades, como aquela em que o meu amigo mora, que são compostas por pedaços de betuminoso no qual por vezes se encontra um buraco. No meu caso, em Lisboa, tenho uma cidade que é um buraco, onde por vezes encontramos um pouco de betuminoso.
Como podem ver, ninguém está errado... as perspectivas de análise é que são diferentes. Embora concorde inteiramente com o facto de Lisboa ser um buraco. Por vezes penso que mais valia tirar todo o betuminoso. Ao menos o buraco ficaria plano...
Uma questão também interessante é a das tampas de esgoto.
Já repararam que não há uma que esteja ao nível da estrada?
E mais interessante ainda! Já tive oportunidade de percorrer as estradas deste grande buraco que é Portugal. O que já reparei é que no Norte, os gajos metem as tampas de esgoto acima do nível da estrada, fazendo uma espécie de lomba; no Sul metem as tampas de esgoto abaixo do nível da estrada, na onda de buraco... quero então acreditar que algures no país, eventualmente na zona de Coimbra, Águeda, Leiria, as tampas de esgoto estão efectivamente ao nível da estrada.
A luz que fica por baixo da minha janela continua apagada. Acho que o pessoal da EDP descobriu onde era o ninho do pato e decidiu boicotar isto tudo. Já nem me chateio... Mais rapidamente prendia um gajo do handling ao capot do carro e ia dar uma voltinha do que um técnico da EDP. Certa vez os Gatos fizeram uma cena que era o concurso do gajo mais odioso do mundo... e o Fiscal da EMEL ganhava ao Hitler. Não se lembram de meter um desses gajos do handling ao barulho, senão ainda iam baralhar um bocado as contas...
Os gajos da EMEL conseguem ser bastante irritantes. Agora andam todos inchados porque são a 'autoridade' dos estacionamentos... reparem: verdes e inchados? Parecem sapos... deviam era ir fazer publicidade à Portugal Telecom.
Já o pessoal da PT não é melhor... ainda não percebi por que raio tenho na minha conta de um outro operador de telecomunicações e dados um valor que se refere ao facto de ter um número começado por 21. Tipo... não sou lisboeta?? Que mal tem ter um 21 e não ser da PT??? Querem mesmo saber onde podem meter o 21?
Não suporto monopólios e muito menos Golden Shares. O engraçado é que o Estado sai sempre ileso.
Agora, uma questão altamente importante. De que forma estão o Fiscal da EMEL, o gajo do handling, a malta da PT e os buracos nas ruas relacionados com as metáforas?
E eu respondo: De maneira nenhuma. Sou simplesmente doido. Há malta que vai para a rua gritar que o fim do mundo está a chegar... eu, limito-me a fazê-lo no meu blog.
Cumprimentos patinos!
Não apareço há coisa de três dias. O que não é normal para um pato como eu.
Contudo, normalidade é algo que normalmente não abunda na minha vida normalíssima de pato. Agora que já arrotei para aqui mais um dos meus disparates, creio que podia - ao menos uma vez - ter uma atitude normal e grasnar sem javardices.
De facto, sempre pensei eu, a solidão pode ser um dos motivos que nos leva a escrever. Não a solidão solitária, da malta que não tem amigos e passa o dia a arrastar-se pelas ruas... refiro-me aqueles momentos no final do dia, em que poderíamos estar a fazer mil e uma coisas mais interessantes que a escrever num blog que é lido por quatro pessoas (se tanto). Contudo, apercebo-me que mesmo indo tomar um copo com um amigo ao final da tarde e indo dar uma volta por aí, quando chega a noite e o sol se põe falta sempre qualquer coisa. Eventualmente o qualquer coisa não soa muito bem, parece que se fala de um objecto... falta alguém. E depois se não falta ninguém, um gajo não escreve porque, de facto, tem algo melhor para fazer; mas se falta, pelos mais diversos motivos também não se consegue inspiração para escrever. E assim se passam umas horas ao final da noite, início da madrugada, batendo tecla e escrevendo insanamente algumas linhas de texto sem nexo nenhum, como será hoje o caso.
Muitas das vezes um gajo expressa-se por metáforas. A ideia base que, como é óbvio, é a estrutura de toda uma problemática, pode colocar alguns problemas.
No fundo, utilizamos as metáforas para conseguir explicar o que pretendemos de uma forma algo confusa. O fundamento é conseguir atingir determinados patamares do pensamento das mais diversas pessoas, conseguindo que apenas algumas, aquelas a quem efectivamente se destina a mensagem, as percebam. Ora, e pensando aqui com os meus botões (imaginários, claro, porque o pijama hoje não tem botões), é capaz de ser uma ideia um bocado estúpida.
Vamos supor o seguinte: temos um universo de 100 pessoas e pretendemos passar uma mensagem a apenas 2. Escrevemos a mensagem e passamos-lhe um filtro de encriptação. Este, virá a transformar a mensagem numa metáfora. Publicamos a mensagem num local público e, tal como se pretende, a mensagem é recebida. Agora, o que é mesmo estúpido é a necessidade de fazer isto. Não seria mais simples enviar a mensagem, sem metáforas, a apenas duas pessoas, dizendo exactamente o que se pretendia? E com isto evitam-se ainda perguntas das restantes 98 pessoas.
Por outro lado, se não aplicamos as metáforas e enviamos directamente as mensagens, perde-se toda a magia da publicação num blog. Perdemos é um momento em que podemos brilhar para 2 pessoas em particular e passamos por doidos para 98 em geral.
É um bocado como dizia o Orlando Bloom no 'Reino dos Céus'... "Quem tem direito? Ninguém tem direito. Todos têm direito."; se não era assim, seria qualquer coisa parecida...
Também se pensa um bocado na situação das ruas de Lisboa. Um amigo pato mudou-se há uns tempos para uma cidade nas imediações de Lisboa. Por lá assentou praça e por lá ficou a trabalhar. Não tem problemas de estacionamento, não tem buracos nas ruas. Acho que a situação tem vários aspectos a ser ponderados. No fundo, no fundo, há cidades, como aquela em que o meu amigo mora, que são compostas por pedaços de betuminoso no qual por vezes se encontra um buraco. No meu caso, em Lisboa, tenho uma cidade que é um buraco, onde por vezes encontramos um pouco de betuminoso.
Como podem ver, ninguém está errado... as perspectivas de análise é que são diferentes. Embora concorde inteiramente com o facto de Lisboa ser um buraco. Por vezes penso que mais valia tirar todo o betuminoso. Ao menos o buraco ficaria plano...
Uma questão também interessante é a das tampas de esgoto.
Já repararam que não há uma que esteja ao nível da estrada?
E mais interessante ainda! Já tive oportunidade de percorrer as estradas deste grande buraco que é Portugal. O que já reparei é que no Norte, os gajos metem as tampas de esgoto acima do nível da estrada, fazendo uma espécie de lomba; no Sul metem as tampas de esgoto abaixo do nível da estrada, na onda de buraco... quero então acreditar que algures no país, eventualmente na zona de Coimbra, Águeda, Leiria, as tampas de esgoto estão efectivamente ao nível da estrada.
A luz que fica por baixo da minha janela continua apagada. Acho que o pessoal da EDP descobriu onde era o ninho do pato e decidiu boicotar isto tudo. Já nem me chateio... Mais rapidamente prendia um gajo do handling ao capot do carro e ia dar uma voltinha do que um técnico da EDP. Certa vez os Gatos fizeram uma cena que era o concurso do gajo mais odioso do mundo... e o Fiscal da EMEL ganhava ao Hitler. Não se lembram de meter um desses gajos do handling ao barulho, senão ainda iam baralhar um bocado as contas...
Os gajos da EMEL conseguem ser bastante irritantes. Agora andam todos inchados porque são a 'autoridade' dos estacionamentos... reparem: verdes e inchados? Parecem sapos... deviam era ir fazer publicidade à Portugal Telecom.
Já o pessoal da PT não é melhor... ainda não percebi por que raio tenho na minha conta de um outro operador de telecomunicações e dados um valor que se refere ao facto de ter um número começado por 21. Tipo... não sou lisboeta?? Que mal tem ter um 21 e não ser da PT??? Querem mesmo saber onde podem meter o 21?
Não suporto monopólios e muito menos Golden Shares. O engraçado é que o Estado sai sempre ileso.
Agora, uma questão altamente importante. De que forma estão o Fiscal da EMEL, o gajo do handling, a malta da PT e os buracos nas ruas relacionados com as metáforas?
E eu respondo: De maneira nenhuma. Sou simplesmente doido. Há malta que vai para a rua gritar que o fim do mundo está a chegar... eu, limito-me a fazê-lo no meu blog.
Cumprimentos patinos!
12/08/2007
E já que isto hoje está a correr tão bem... queria mandar beijinhos e abraços ao pessoal do Handling.
Começo a gostar tanto de vocês que só me apetecia colocar-vos em fila na Avenida do Aeroporto e ceifar-vos um a um. Claro que seria uma ceifadela meiga... até porque não quero estragar o carro. Apenas um entalãozinho amoroso entre o asfalto e uma das rodas.
Depois de mais um fim-de-semana como este e dos sentimentos que começo a nutrir por vós, bem podem agradecer que o meu lado demoníaco só vos queira ceifar... Garanto que o Marquês de Pombal que há em mim consegue lembrar-se de mil e uma outras coisas desagradáveis.
fdp's...
Começo a gostar tanto de vocês que só me apetecia colocar-vos em fila na Avenida do Aeroporto e ceifar-vos um a um. Claro que seria uma ceifadela meiga... até porque não quero estragar o carro. Apenas um entalãozinho amoroso entre o asfalto e uma das rodas.
Depois de mais um fim-de-semana como este e dos sentimentos que começo a nutrir por vós, bem podem agradecer que o meu lado demoníaco só vos queira ceifar... Garanto que o Marquês de Pombal que há em mim consegue lembrar-se de mil e uma outras coisas desagradáveis.
fdp's...
O que de certa forma me deixa relativamente contente é o facto de, independentemente de quem morra primeiro - ordem natural das coisas, seria ela a primeira... mas nunca se sabe - nos últimos momentos, ainda irá cair em si e arrepender-se do que disse e do que fez.
Considerem-no como o meu pensamento do dia.
Considerem-no como o meu pensamento do dia.
11/08/2007
Compras
Dizem que as mulheres são mais demoradas que os homens nas compras.
Tenho as minhas dúvidas.
Hoje, no regresso de mais uma ida às compras do mês, decidi passar numa loja do centro comercial e comprar umas coisinhas para mim. Ya, começo a ter um tipo de conversa a apontar para o abichanado, mas enfim...
Eu nem sou um gajo que se demore muito a fazer compras. Entro, escolho, experimento, pago e estou despachado. Hoje confrontei-me com a dura realidade dos homens que vão às compras acompanhados. Demorei exactamente cinco minutos a seleccionar o produto e a levá-lo para a zona dos gabinetes de prova. Depois estive dez minutos à espera de arranjar um livre.
Isto porque os homens que fazem as compras acompanhados, normalmente com a mulher ou namorada, largam as 'feras' na loja enquanto experimentam uma coisa qualquer. Só que elas vão identificando outras peças e vão fazendo o favor de as amontoar à porta do gabinete onde o seu 'mor está a vestir-se... E um gajo, sozinho, feito parvo com uma peça na mão à espera para entrar. E elas iam passando, com roupa, e mais roupa; e eles iam experimentando, experimentando...; e um pato à porta, acompanhado com a camisola que escolheu, desesperado para saber se haveria de levar o L ou o XL...
É de doidos.
Tenho as minhas dúvidas.
Hoje, no regresso de mais uma ida às compras do mês, decidi passar numa loja do centro comercial e comprar umas coisinhas para mim. Ya, começo a ter um tipo de conversa a apontar para o abichanado, mas enfim...
Eu nem sou um gajo que se demore muito a fazer compras. Entro, escolho, experimento, pago e estou despachado. Hoje confrontei-me com a dura realidade dos homens que vão às compras acompanhados. Demorei exactamente cinco minutos a seleccionar o produto e a levá-lo para a zona dos gabinetes de prova. Depois estive dez minutos à espera de arranjar um livre.
Isto porque os homens que fazem as compras acompanhados, normalmente com a mulher ou namorada, largam as 'feras' na loja enquanto experimentam uma coisa qualquer. Só que elas vão identificando outras peças e vão fazendo o favor de as amontoar à porta do gabinete onde o seu 'mor está a vestir-se... E um gajo, sozinho, feito parvo com uma peça na mão à espera para entrar. E elas iam passando, com roupa, e mais roupa; e eles iam experimentando, experimentando...; e um pato à porta, acompanhado com a camisola que escolheu, desesperado para saber se haveria de levar o L ou o XL...
É de doidos.
10/08/2007
09/08/2007
Vidas
Tenho um vizinho que tem problemas.
O homem é esquizofrénico. E para além disso há ali mais qualquer coisa que não bate certo.
Mora com o irmão, que também tem alguns problemas, e com a irmã, que toma conta dos dois.
Já se tentou matar uma série de vezes e, por uma série de vezes os médicos andaram a bater à porta para o tentarem acalmar.
Contudo, e apesar de ser um gajo altamente estranho, é muito simpático.
Sim, é comum encontrá-lo à noite na rua, sentado na porta do prédio e pedir-me dinheiro para beber um café. Quando chego da faculdade, ou quando vou por o lixo no caixote... lá está ele. 'Vizinho, arranja-me uma moeda para o café?'. Eu dou mesmo sem perguntar onde ele irá beber o café aquela hora... possivelmente vai com os amigos que só ele consegue ver, a um café imaginário cuja localização eu desconheço.
De todas as pessoas que moram neste bairro bafiento, foi sempre o único que me tratou respeitosamente, independentemente de me ver de fato e pasta, de calças largas e camisolas por fora das mesmas, ou até mesmo quando vou só em calções por o lixo no caixote do prédio. Sempre, da mesma forma, largou um semi-sorriso (o tipo não se ri muito) e cumprimentou-me: "Olá vizinho, como está? Passou bem?". Por vezes, quando não está em delírio e se lembra que tenho um curso, cumprimenta-me pelo título. Adora chamar-me Sr. Engenheiro. Mesmo quando eu teimo que não quero que me trate assim... basta chamar-me pelo nome, ou por 'vizinho'. Pede desculpa e faz um ar de aceitação... e depois esquece-se e volta a fazer o mesmo. Não me chateio, o gajo é muito fixe.
Uma vez, há já alguns anos, devia eu andar ainda no secundário, passou na televisão uma entrevista a um ex-ladrão que tinha apanhado uma pena brutal e estava prestes a sair.
Claro que ao sair da prisão, estaria já na terceira idade, tendo os óbvios problemas de como iria sobreviver cá fora. Mais ou menos o que acontecia com os Condenados de Shawshank.
Foi preso por, no seu tempo, ter sido o maior ladrão de ourivesarias português.
Tornou-se conhecido por 'limpar' todas as ourivesarias que se propunha assaltar. Se bem me lembro, nunca usou uma arma e orgulhava-se disso. Da arte do roubo.
Contudo, havia uma peça que nunca roubava.
O homem, o temido ladrão, o criminoso, nunca roubou em toda a sua vida 'profissional' os corações de ouro, de prata, do que fosse, que estivessem na ourivesaria.
Quando o jornalista lhe perguntou o motivo, respondeu com um sorriso e o ar mais natural deste mundo: "Porque os corações não se roubam, conquistam-se".
Creio que foi uma lição de vida que este Pato aprendeu e que, como está hoje a provar ao relembrar esta história para todos os que a quiserem ler, não esqueceu.
O homem é esquizofrénico. E para além disso há ali mais qualquer coisa que não bate certo.
Mora com o irmão, que também tem alguns problemas, e com a irmã, que toma conta dos dois.
Já se tentou matar uma série de vezes e, por uma série de vezes os médicos andaram a bater à porta para o tentarem acalmar.
Contudo, e apesar de ser um gajo altamente estranho, é muito simpático.
Sim, é comum encontrá-lo à noite na rua, sentado na porta do prédio e pedir-me dinheiro para beber um café. Quando chego da faculdade, ou quando vou por o lixo no caixote... lá está ele. 'Vizinho, arranja-me uma moeda para o café?'. Eu dou mesmo sem perguntar onde ele irá beber o café aquela hora... possivelmente vai com os amigos que só ele consegue ver, a um café imaginário cuja localização eu desconheço.
De todas as pessoas que moram neste bairro bafiento, foi sempre o único que me tratou respeitosamente, independentemente de me ver de fato e pasta, de calças largas e camisolas por fora das mesmas, ou até mesmo quando vou só em calções por o lixo no caixote do prédio. Sempre, da mesma forma, largou um semi-sorriso (o tipo não se ri muito) e cumprimentou-me: "Olá vizinho, como está? Passou bem?". Por vezes, quando não está em delírio e se lembra que tenho um curso, cumprimenta-me pelo título. Adora chamar-me Sr. Engenheiro. Mesmo quando eu teimo que não quero que me trate assim... basta chamar-me pelo nome, ou por 'vizinho'. Pede desculpa e faz um ar de aceitação... e depois esquece-se e volta a fazer o mesmo. Não me chateio, o gajo é muito fixe.
Uma vez, há já alguns anos, devia eu andar ainda no secundário, passou na televisão uma entrevista a um ex-ladrão que tinha apanhado uma pena brutal e estava prestes a sair.
Claro que ao sair da prisão, estaria já na terceira idade, tendo os óbvios problemas de como iria sobreviver cá fora. Mais ou menos o que acontecia com os Condenados de Shawshank.
Foi preso por, no seu tempo, ter sido o maior ladrão de ourivesarias português.
Tornou-se conhecido por 'limpar' todas as ourivesarias que se propunha assaltar. Se bem me lembro, nunca usou uma arma e orgulhava-se disso. Da arte do roubo.
Contudo, havia uma peça que nunca roubava.
O homem, o temido ladrão, o criminoso, nunca roubou em toda a sua vida 'profissional' os corações de ouro, de prata, do que fosse, que estivessem na ourivesaria.
Quando o jornalista lhe perguntou o motivo, respondeu com um sorriso e o ar mais natural deste mundo: "Porque os corações não se roubam, conquistam-se".
Creio que foi uma lição de vida que este Pato aprendeu e que, como está hoje a provar ao relembrar esta história para todos os que a quiserem ler, não esqueceu.
Não havia email...
Um gajo queixa-se a outro:
- Os Correios não servem para nada! Estão cada vez pior!
- Então, por que dizes isso?
- Ora... Já vai para mais de um ano que escrevi a uma miúda a pedi-la em casamento e ainda não recebi resposta!
Teve sorte... Há a história daquele que escreveu tantas vezes que ela acabou por casar com o carteiro.
- Os Correios não servem para nada! Estão cada vez pior!
- Então, por que dizes isso?
- Ora... Já vai para mais de um ano que escrevi a uma miúda a pedi-la em casamento e ainda não recebi resposta!
Teve sorte... Há a história daquele que escreveu tantas vezes que ela acabou por casar com o carteiro.
08/08/2007
Hoje temos outra vez festa.
Esta cabra, que não há outro nome possível, está a enlouquecer-me!!!
'Ah, mas eu não estou habituada a isto', 'A tua mãe não fazia isto assim', 'Não estás cá para fazer o almoço e eu não como', 'Vê é se sais de casa e vai à tua vida', 'Não preciso de ti', 'Vai-te embora de uma vez por todas'...
Mas isto cabe nos cornos de alguém????
O que seria deste animal sem mim?
Só me dá vontade de pegar em qualquer coisa e rachar-lhe os cornos ao meio.
Esta cabra, que não há outro nome possível, está a enlouquecer-me!!!
'Ah, mas eu não estou habituada a isto', 'A tua mãe não fazia isto assim', 'Não estás cá para fazer o almoço e eu não como', 'Vê é se sais de casa e vai à tua vida', 'Não preciso de ti', 'Vai-te embora de uma vez por todas'...
Mas isto cabe nos cornos de alguém????
O que seria deste animal sem mim?
Só me dá vontade de pegar em qualquer coisa e rachar-lhe os cornos ao meio.
07/08/2007
Quarentena
Ouvi hoje no telejornal uma notícia relativa ao surto de febre aftosa que surgiu em Inglaterra.
Ao que consta, as autoridades espanholas, colocaram de quarentena durante 10 dias, uma série de bovinos que tinham vindo de Inglaterra.
Colocar de quarentena durante dez dias???
Será necessário fazer mais alguma piada parva? Para além da notícia em si?
E só para que não tentem fazer nenhum comentário...
quarentena
s.f.
período de quarenta dias; Quaresma; festa ou cerimónia religiosa que se prolonga durante quarenta dias; tempo de isolamento durante quarenta dias a bordo ou lazaretos a que os passageiros eram obrigados, quando procedentes de países infectados de doenças epidémicas ou suspeitas
Ao que consta, as autoridades espanholas, colocaram de quarentena durante 10 dias, uma série de bovinos que tinham vindo de Inglaterra.
Colocar de quarentena durante dez dias???
Será necessário fazer mais alguma piada parva? Para além da notícia em si?
E só para que não tentem fazer nenhum comentário...
quarentena
s.f.
período de quarenta dias; Quaresma; festa ou cerimónia religiosa que se prolonga durante quarenta dias; tempo de isolamento durante quarenta dias a bordo ou lazaretos a que os passageiros eram obrigados, quando procedentes de países infectados de doenças epidémicas ou suspeitas
06/08/2007
La Vuelta
Ok, mesmo antes de ir ronhar, uma a javardar.
Estava aqui a ler as notícias e reparei que este ano, está a decorrer a 69ª Volta a Portugal em Bicicleta.
Como será a 69ª Volta? Os ciclistas vão montados ao contrário? Rabinho no guiador e agarrados ao selim?
Não faz grande sentido... Ah, já sei! É outro tipo de contrário. Rabo na roda da frente, agarrados à roda de trás, e o selim e guiador vão patinando pelo asfalto.
Terei acabado de inventar o BikeSutra?
Estava aqui a ler as notícias e reparei que este ano, está a decorrer a 69ª Volta a Portugal em Bicicleta.
Como será a 69ª Volta? Os ciclistas vão montados ao contrário? Rabinho no guiador e agarrados ao selim?
Não faz grande sentido... Ah, já sei! É outro tipo de contrário. Rabo na roda da frente, agarrados à roda de trás, e o selim e guiador vão patinando pelo asfalto.
Terei acabado de inventar o BikeSutra?
Excelente
E pronto. Óptimo, muito bom, sem stresses, sem gritos, sem doidos... em suma, excelente!
Para dia 1, não está nada mal.
Perfeito, perfeito, e só faltava uma pata cair-me nas penas.
Para dia 1, não está nada mal.
Perfeito, perfeito, e só faltava uma pata cair-me nas penas.
05/08/2007
Férias
Com umas semi-férias de três dias, e vendo-me sozinho na cidade de Lisboa, aproveitei algumas horas de cada dia para dar uns longos passeios, vagueando sem rumo, pelas ruas.
A pé e na companhia do meu fiel e confidente leitor de mp3, fui caminhando, arejando a cabeça e o resto do corpo. Não que tenha ido passear como vim ao mundo, mas considerem 'arejar o corpo' no sentido de fazer alguma actividade física, que ao longo do último ano, foi coisa que não fiz. Embora esteja mais magro.
E até dá o seu certo gozo, andar ao final da tarde, com o sol a torrar os corninhos (de leite) pelas ruas, como se fosse um cão rafeiro. Ou pato rafeiro, neste caso. Embora prefire imaginar-me na liberdade felina dos gatos de rua. Embora esses tenham normalmente companhia de uma felina. Tipo, não que não fosse possível arranjar, mas não quero táxis.
O que dá ainda mais gozo é o facto de observar as pessoas, o seu comportamento, as suas atitudes.
Adoro os turistas. Os espanhóis é um gozo. Podem estar totalmente perdidos, num qualquer beco da cidade. Topam-se logo. Mapa na mão, a olhar para todos os lados. Normalmente são um casalinho. Ele, com o seu ar de macho latino a passar a imagem do 'querida, deixa que eu resolvo'. Ela, com o ar de vitelo abandonado a passar as mãos pela cabeça. Perdidos, totalmente perdidos. Mas nunca pedem ajuda. Aguardam sempre que vá alguém ter com eles a oferecer auxílio.
As holandesas são engraçadas.
Sempre em grupinhos de gajas... Pavoneiam-se como se fossem um grande objecto de desejo e fazem-se de tolinhas sempre à espera que um gajo vá oferecer ajuda. No que me toca, podem continuar à espera. E olham para o céu, olham, olham, olham... nunca percebi a pancada dos holandeses com os telhados das casas de Lisboa.
Os britânicos são fantásticos.
Nesta altura do ano, andam em família. O típico é o pai (sempre com o mapa, alguns metros à frente do resto da família); o filho (normalmente o mais novo) vem no meio, naquela onda do 'sou um gajo muito fixe e as portuguesas adoram o meu tom de pele'; a mãe e a filha vêm normalmente no fim e vão olhando para o pessoal que passa. 'Olha, um vagabundo, que típico!'; 'Olha, um polícia, que típico!'; 'Olha, um gajo a ouvir música deambulando pelas ruas, que típico!'. Talvez não esteja a ser justo. Até são pessoal porreiro.
Mas ao andar sozinho pela cidade, um pato apercebe-se de outras realidades.
Ainda não consigo perceber.
Somos um país desenvolvido, renovamos frotas nos ministérios, construímos pontes e túneis, apoiamos a causa do desenvolvimento tecnológico mas, e mais importante que tudo isto, continuamos a ter famílias a viver miseravelmente nas ruas da cidade. Mendigos a morar em caixotes de lixo nas praças mais movimentadas. Toxicodependentes a espetarem-se em plena rua. Prostitutas (e não me refiro às de luxo) circulando pelos cantos da cidade, numa pseudo-decadência, vendendo o pouco corpo que já têm, por alguns trocados.
Somos um país desenvolvido. Materialmente, sim. Em termos de sociedade, pertencemos ao Terceiro Mundo.
Enquanto caminhava e ouvia música, recordava aquela letra dos Xutos:
Os meus problemas
São leves penas
Se comparados com
A guerra nuclear
Sigo a diante, sereno e confiante
Deixo a tristeza pra trás
Roubo uma rosa
Preparo uma prosa
Nunca se sabe do que um perfume é capaz.
Boa noite, cumprimentos patinos!
A pé e na companhia do meu fiel e confidente leitor de mp3, fui caminhando, arejando a cabeça e o resto do corpo. Não que tenha ido passear como vim ao mundo, mas considerem 'arejar o corpo' no sentido de fazer alguma actividade física, que ao longo do último ano, foi coisa que não fiz. Embora esteja mais magro.
E até dá o seu certo gozo, andar ao final da tarde, com o sol a torrar os corninhos (de leite) pelas ruas, como se fosse um cão rafeiro. Ou pato rafeiro, neste caso. Embora prefire imaginar-me na liberdade felina dos gatos de rua. Embora esses tenham normalmente companhia de uma felina. Tipo, não que não fosse possível arranjar, mas não quero táxis.
O que dá ainda mais gozo é o facto de observar as pessoas, o seu comportamento, as suas atitudes.
Adoro os turistas. Os espanhóis é um gozo. Podem estar totalmente perdidos, num qualquer beco da cidade. Topam-se logo. Mapa na mão, a olhar para todos os lados. Normalmente são um casalinho. Ele, com o seu ar de macho latino a passar a imagem do 'querida, deixa que eu resolvo'. Ela, com o ar de vitelo abandonado a passar as mãos pela cabeça. Perdidos, totalmente perdidos. Mas nunca pedem ajuda. Aguardam sempre que vá alguém ter com eles a oferecer auxílio.
As holandesas são engraçadas.
Sempre em grupinhos de gajas... Pavoneiam-se como se fossem um grande objecto de desejo e fazem-se de tolinhas sempre à espera que um gajo vá oferecer ajuda. No que me toca, podem continuar à espera. E olham para o céu, olham, olham, olham... nunca percebi a pancada dos holandeses com os telhados das casas de Lisboa.
Os britânicos são fantásticos.
Nesta altura do ano, andam em família. O típico é o pai (sempre com o mapa, alguns metros à frente do resto da família); o filho (normalmente o mais novo) vem no meio, naquela onda do 'sou um gajo muito fixe e as portuguesas adoram o meu tom de pele'; a mãe e a filha vêm normalmente no fim e vão olhando para o pessoal que passa. 'Olha, um vagabundo, que típico!'; 'Olha, um polícia, que típico!'; 'Olha, um gajo a ouvir música deambulando pelas ruas, que típico!'. Talvez não esteja a ser justo. Até são pessoal porreiro.
Mas ao andar sozinho pela cidade, um pato apercebe-se de outras realidades.
Ainda não consigo perceber.
Somos um país desenvolvido, renovamos frotas nos ministérios, construímos pontes e túneis, apoiamos a causa do desenvolvimento tecnológico mas, e mais importante que tudo isto, continuamos a ter famílias a viver miseravelmente nas ruas da cidade. Mendigos a morar em caixotes de lixo nas praças mais movimentadas. Toxicodependentes a espetarem-se em plena rua. Prostitutas (e não me refiro às de luxo) circulando pelos cantos da cidade, numa pseudo-decadência, vendendo o pouco corpo que já têm, por alguns trocados.
Somos um país desenvolvido. Materialmente, sim. Em termos de sociedade, pertencemos ao Terceiro Mundo.
Enquanto caminhava e ouvia música, recordava aquela letra dos Xutos:
Os meus problemas
São leves penas
Se comparados com
A guerra nuclear
Sigo a diante, sereno e confiante
Deixo a tristeza pra trás
Roubo uma rosa
Preparo uma prosa
Nunca se sabe do que um perfume é capaz.
Boa noite, cumprimentos patinos!
A Criação
No principio Deus criou os céus e a Terra.
E a Terra não tinha forma e a escuridão reinava.
E Satanás disse: 'Não vai ficar melhor do que isto'.
E Deus disse: 'Faça-se Luz' e a luz surgiu.
E Deus disse: 'Que cresça a erva, que a erva dê semente, que da semente cresçam arvores de frutos' e Deus viu que isto era bom.
E Satanás disse: ' Lá se vai a vizinhança'.
E Deus disse: 'Façamos o Homem à nossa semelhança, e deixemo-lo ter o domínio sobre os peixes do mar, e sobre os animais que voam e sobre o gado e sobre toda a Terra.
E Deus criou o Homem à sua imagem: macho e fêmea foram criados por ele.
E Deus olhou para o Homem e para a Mulher e viu que eles serviam aos seus propósitos.
E Satanás disse: 'Já sei como vou ganhar este jogo'.
E Deus povoou a Terra com brócolos e couves-flores e espinafres e milho e vegetais verdes e vegetais amarelos de todas as espécies, de forma a que o Homem e a Mulher pudessem viver longas e saudáveis vidas. E Satanás criou o MacDonald's e a promoção de dois Big Macs a um Euro.
E Satanás disse ao Homem: 'Queres as batatas fritas com que?'
E o Homem disse: 'Pacote Mega e maionese' e o Homem engordou 5 kg.
E Deus criou o iogurte saudável, para que a mulher pudesse manter a sua forma esbelta de que o Homem tanto gostava.
E Satanás criou o chocolate. E a Mulher engordou 5 kg.
E Deus disse:' Experimentem a minha salada fresca e estaladiça'.
E Satanás criou os pratos de bacalhau com natas e açorda de marisco.
E a Mulher engordou 10 Kg.
E Deus disse: 'Enviei-vos bons e saudáveis vegetais e o azeite para que os possam cozinhar'.
E Satanás inventou o óleo vegetal, a galinha frita e o peixe frito.
E o Homem ganhou 10 kg e os níveis de colesterol bateram no tecto.
E Deus criou os sapatos de corrida e o Homem perdeu aqueles quilos extra.
E Satanás criou a televisão por cabo com controlo remoto para que o Homem não tivesse de se levantar para mudar de canal entre a SIC 10 horas e o canal Playboy.
E o Homem ganhou mais 20 kg.
E Deus disse: 'Estás a passar das marcas, Demónio' e Deus criou a batata, um vegetal naturalmente baixo em calorias e nutritivo.
E Satanás tirou a saudável pele, cortou em palitos o miolo e fritou-as em óleo vegetal.
E com o resto do miolo criou o puré de batata com natas.
E o Homem agarrou no controlo remoto, nas batatas fritas, no puré e noutros pratos e foi ver televisão, carregando-se do colesterol.
E Satanás disse: 'Isto é bom.'
E o Homem teve um ataque cardíaco.
E Deus criou a intervenção cirúrgica cardíaca.
E Satanás criou o Sistema de Saúde Português.
E a Terra não tinha forma e a escuridão reinava.
E Satanás disse: 'Não vai ficar melhor do que isto'.
E Deus disse: 'Faça-se Luz' e a luz surgiu.
E Deus disse: 'Que cresça a erva, que a erva dê semente, que da semente cresçam arvores de frutos' e Deus viu que isto era bom.
E Satanás disse: ' Lá se vai a vizinhança'.
E Deus disse: 'Façamos o Homem à nossa semelhança, e deixemo-lo ter o domínio sobre os peixes do mar, e sobre os animais que voam e sobre o gado e sobre toda a Terra.
E Deus criou o Homem à sua imagem: macho e fêmea foram criados por ele.
E Deus olhou para o Homem e para a Mulher e viu que eles serviam aos seus propósitos.
E Satanás disse: 'Já sei como vou ganhar este jogo'.
E Deus povoou a Terra com brócolos e couves-flores e espinafres e milho e vegetais verdes e vegetais amarelos de todas as espécies, de forma a que o Homem e a Mulher pudessem viver longas e saudáveis vidas. E Satanás criou o MacDonald's e a promoção de dois Big Macs a um Euro.
E Satanás disse ao Homem: 'Queres as batatas fritas com que?'
E o Homem disse: 'Pacote Mega e maionese' e o Homem engordou 5 kg.
E Deus criou o iogurte saudável, para que a mulher pudesse manter a sua forma esbelta de que o Homem tanto gostava.
E Satanás criou o chocolate. E a Mulher engordou 5 kg.
E Deus disse:' Experimentem a minha salada fresca e estaladiça'.
E Satanás criou os pratos de bacalhau com natas e açorda de marisco.
E a Mulher engordou 10 Kg.
E Deus disse: 'Enviei-vos bons e saudáveis vegetais e o azeite para que os possam cozinhar'.
E Satanás inventou o óleo vegetal, a galinha frita e o peixe frito.
E o Homem ganhou 10 kg e os níveis de colesterol bateram no tecto.
E Deus criou os sapatos de corrida e o Homem perdeu aqueles quilos extra.
E Satanás criou a televisão por cabo com controlo remoto para que o Homem não tivesse de se levantar para mudar de canal entre a SIC 10 horas e o canal Playboy.
E o Homem ganhou mais 20 kg.
E Deus disse: 'Estás a passar das marcas, Demónio' e Deus criou a batata, um vegetal naturalmente baixo em calorias e nutritivo.
E Satanás tirou a saudável pele, cortou em palitos o miolo e fritou-as em óleo vegetal.
E com o resto do miolo criou o puré de batata com natas.
E o Homem agarrou no controlo remoto, nas batatas fritas, no puré e noutros pratos e foi ver televisão, carregando-se do colesterol.
E Satanás disse: 'Isto é bom.'
E o Homem teve um ataque cardíaco.
E Deus criou a intervenção cirúrgica cardíaca.
E Satanás criou o Sistema de Saúde Português.
03/08/2007
Mão na parede
Este deu-me que pensar.
Não soube se haveria ou não de assinalar o post como obscuro.
Acontece que me parece ser uma coisa tão inocente do nosso quotidiano, que não me parece haver necessidade de tal.
Perdoa-me se estiver enganado. Aliás, perdoEM-me se estiver enganado.
Homens.
Homens não, patos.
Daqueles patos que em vez de terem asas, têm braços.
Já pensaram bem na rotina que utilizamos sempre que vamos à casa de banho?
Por que raio é que assentamos sempre uma das mãos na parede quando estamos a urinar? Sim, urinar, ou mijar, ou a regar o canteiro, o que quiserem...
É que até se percebe o facto de uma das mãos estar ocupada. Afinal, está a gerir a orientação. Mas e a outra? É assim, ou agarramos com as duas, ou uma delas fica livre. E se fica livre fazemos o quê? Assentamos a dita cuja na parede, chegamos os pés atrás e expulsamos os excedentes renais num ângulo vertebral de cerca de 30º.
Errado.
É porque tal só acontece quando estamos em casa.
Não me recordo de alguma vez ter assente a pata na parede da casa de banho do trabalho. Nem no café. Agora em casa, não falha.
Qual será o sentido disto?
Será por nos sentirmos sozinhos no aconchego do lar? Ou é uma forma de protecção masculina tipo... "Ah, os cowboys no Texas montam o touro com uma só mão! Para domar o animal só preciso de uma..." E com a outra mão livre, o que há a fazer? Encostá-la à parede. Já no trabalho há o receio de entrar algum colega na casinha e ver um gajo a fazer aquela figura de John Wayne, agarrado à enguia. Sem contar que com os novos cowboys da Montanha da Espinha Dobrada, um gajo no trabalho com a mão na parede e o rabinho metido para fora ainda se arriscaria, sei lá, a uma 'intervenção forçada'?
É bom falarmos acerca destas coisas.
Da próxima vez que forem dar a mijinha, lembrem-se da cena da mão na parede. Porquê?
Na minha humilde opinião, tenho um bom motivo para tal. Salpico muito menos se estiver semi-inclinado a fazer, do que se estiver a direito. Não vou entrar em detalhes.
Cumprimentos patinos!
Não soube se haveria ou não de assinalar o post como obscuro.
Acontece que me parece ser uma coisa tão inocente do nosso quotidiano, que não me parece haver necessidade de tal.
Perdoa-me se estiver enganado. Aliás, perdoEM-me se estiver enganado.
Homens.
Homens não, patos.
Daqueles patos que em vez de terem asas, têm braços.
Já pensaram bem na rotina que utilizamos sempre que vamos à casa de banho?
Por que raio é que assentamos sempre uma das mãos na parede quando estamos a urinar? Sim, urinar, ou mijar, ou a regar o canteiro, o que quiserem...
É que até se percebe o facto de uma das mãos estar ocupada. Afinal, está a gerir a orientação. Mas e a outra? É assim, ou agarramos com as duas, ou uma delas fica livre. E se fica livre fazemos o quê? Assentamos a dita cuja na parede, chegamos os pés atrás e expulsamos os excedentes renais num ângulo vertebral de cerca de 30º.
Errado.
É porque tal só acontece quando estamos em casa.
Não me recordo de alguma vez ter assente a pata na parede da casa de banho do trabalho. Nem no café. Agora em casa, não falha.
Qual será o sentido disto?
Será por nos sentirmos sozinhos no aconchego do lar? Ou é uma forma de protecção masculina tipo... "Ah, os cowboys no Texas montam o touro com uma só mão! Para domar o animal só preciso de uma..." E com a outra mão livre, o que há a fazer? Encostá-la à parede. Já no trabalho há o receio de entrar algum colega na casinha e ver um gajo a fazer aquela figura de John Wayne, agarrado à enguia. Sem contar que com os novos cowboys da Montanha da Espinha Dobrada, um gajo no trabalho com a mão na parede e o rabinho metido para fora ainda se arriscaria, sei lá, a uma 'intervenção forçada'?
É bom falarmos acerca destas coisas.
Da próxima vez que forem dar a mijinha, lembrem-se da cena da mão na parede. Porquê?
Na minha humilde opinião, tenho um bom motivo para tal. Salpico muito menos se estiver semi-inclinado a fazer, do que se estiver a direito. Não vou entrar em detalhes.
Cumprimentos patinos!
Como prometido
Quando menos esperamos, nos momentos mais inoportunos e incoerentes, descobrimos verdadeiros patos onde menor seria a probabilidade de os encontrar.
Naquela manhã olhei e vi um grupo de pessoas. Reparem que não estou a tentar ser simpático, pelo contrário... para mim, os verdadeiros seres humanos são patos e não pessoas.
Achei que era um grupo extremamente estranho. Recordo-me exactamente a posição que cada um deles tomava, como que esperando para ceifar um jovem pato acabado de chegar. Afinal, abandonaram o seu ninho privativo onde javardavam à vontade, por causa da minha chegada.
À direita, um grupo muito simpático. Uma jovem despenteada e calada e o sul-americano mais careca que o mundo já viu. Pouco falavam, absorvidos atrás do seu material de trabalho. À esquerda, um grupo animado. Um morcão com um humor de cão e o gajo mais picuinhas que já vi, tentando descascar qualquer afirmação até ao seu mais profundo significado. Em frente a estes dois, o tipo mais relaxado que já vi - com o tique peculiar do 'olá, tudo bem?' e o puto mais falador que me passou pela frente em toda a minha curta existência. Ao fundo, controlando as hostes, um gajo muito calmo e com humor variável. Este último, deu-me o meu primeiro contacto com a área... um manual técnico que fiz questão de ler 4 vezes em cerca de 12 horas.
Pensei que estava desgraçado... como sobreviver ali?
Para dizer a verdade, não era mau de todo... em tão grande grupo de animais, aqueles sete eram mais tipo macacos... naquela onda do levar tudo no gozo...
Enfim, mas encurtando a história, senão o post torna-se gigantesco...
Todos eles ascenderam, na minha opinião de emissário da Patolândia, à condição de patos honorários, privilégio ambicionado por muitos e conseguido por poucos.
Até ao momento, contava apenas com 15 patos e patas dignos de receber tal título. Vi-me obrigado a alargar o espectro para acolher mais 7.
Então vamos lá.
A jovem despenteada, foi talvez por força das minhas desventuras patinas a primeira a ascender à sua condição de pata. De facto, mostrou uma paciência inigualável para me obrigar a falar dos meus problemas (é difícil, garanto... normalmente só os escrevo) e ainda mais paciência para me aturar. Para além de excelente conselheira (e uma chata do caraças também...) esteve sempre disponível. Isto já sem contar com o tempo perdido a tentar ensinar-me os princípios básicos do que foram as minhas funções na maior parte do tempo.
O sul-americano afinal até é um gajo porreiro.
Sempre pronto a escutar e, quem diria, até frequenta o mesmo super-mercado que eu.
Já mesmo no final da história, ainda fomos várias vezes às compras de final de dia, falando da vida. Só para que conste, embora a conversa possa induzir em erro, não pegamos de empurrão.
De facto, é um óptimo ouvinte e um excelente amigo. Só é pena o sotaque... De resto, o que aprendi acerca do mundo verde, foi com ele.
Devo dizer que o morcão seria o último gajo com quem se esperaria travar amizade.
Antipático desde o primeiro dia, foram precisas duas semanas para conseguir fazer o tipo rir... curiosamente, apesar daquela pancada pela salsa, os coentros não disseram nada.
Aquela cena de ter lã é que é mais estranha. Fartei-me de lhe dizer. Puto, és um gajo excelente - pudera, com esse signo, só podia - e podes sempre contar comigo... Epa, mas o banho é uma cena importante ;) O Pinguim agradece o recrutamento que fizeste de mais um pato...
O lobo mau é um gajo picuinhas mas com paciência inigualável.
Quer durante os intervalos do café, quer ao final do dia frente a uma caneca de chocolate quente. Pensar que poderia estar com uma qualquer Capuchinho Vermelho... mas não, foi-me aturar. Altamente! Ok, tem aquele problema do separar os alimentos no prato, agrupando-os por secções (e eu é que tenho pancada)... fora isso, vou ter muitas saudades (snif!). Isto e as letras, o html, o asp e até aquela tentativa de php (que no final se traduziu apenas numa fácil abordagem a uma css).
E ainda temos o gajo mais calmo do mundo que, já agora e permitindo-me a correcção, afinal não é zen. Porque o ser zen não existe e porque é uma forma de agressividade e tal... como queiras. O que interessa é que é uma excelente pessoa e um amigo que tentou sempre mostrar-me o lado positivo das coisas. Não vou fazer piadas relativamente aos vegetais, nem em relação à carne. Já ultrapassámos isso. No meu novo mundo, vou tentar seguir a tua abordagem do 'Olá, tudo bem'... ou não... Os 'paramédicos' são mesmo só com ele, o Homem que os domina :D
Em relação ao mais recente enforcado, o que dizer... Há malta que gosta de se enforcar e partilhar as tarefas domésticas. (chegará o meu dia...) Descobri um gajo que é como eu. Pensei que era só eu, mas afinal eles andam por aí. E depois apesar de ser um grande melga é um excelente pro. Cromo, como os melhores. Das poucas vezes que falámos sozinhos, surpreendeu-me sempre. Ah, e cumprimentos à Nina (miúda porreira)... tivesse eu 4 patas e ias ver...
Bom, e depois temos o último.
Um gajo a quem dei um desgosto tremendo. Não creio que haja muito a dizer. Não porque efectivamente não se deva dizer nada, mas porque sou eu que não me consigo expressar.
Três coisas apenas. 1) É um pato que não se deve culpar pelas escolhas de outro pato. Foi uma decisão inteiramente minha; 2) Também me sinto um bocado como um filho que abandonou a casa... Mas os pais devem convencer-se que mais tarde ou mais cedo, os putos têm de tomar decisões que podem mudar a sua vida; 3) A respeito daqueles almoços durante a formação... sim, tenho um grande caixote de lixo...
Bom, no meio de tanta alarvidade (detesto falar do que sinto, por isso esta história pode soar um bocado a parvoíce patina) creio que resumi o essencial.
Espero que não seja o fim de uma boa amizade, mas o início de uma nova história que se poderá contar aos netos. Claro que vocês terão de contar primeiro... afinal o puto sou eu... Pergunto-me apenas como poderão agora sobreviver sem os 'pops' a meio do dia ou sem a famosa afirmação do 'hum, há melhor...'.
Felizmente, no espaço de um ano consegui ensinar alguns pupilos que farão esse trabalho na perfeição. Lamento apenas o facto de terem, graças a mim, perdido a pouca sanidade mental que vos restava... Ainda me vinham a falar em seguros de saúde... Não sabem com quem se meteram.
Grandes Abraços Patinos e um Muito Obrigado,
Pato Marques
Naquela manhã olhei e vi um grupo de pessoas. Reparem que não estou a tentar ser simpático, pelo contrário... para mim, os verdadeiros seres humanos são patos e não pessoas.
Achei que era um grupo extremamente estranho. Recordo-me exactamente a posição que cada um deles tomava, como que esperando para ceifar um jovem pato acabado de chegar. Afinal, abandonaram o seu ninho privativo onde javardavam à vontade, por causa da minha chegada.
À direita, um grupo muito simpático. Uma jovem despenteada e calada e o sul-americano mais careca que o mundo já viu. Pouco falavam, absorvidos atrás do seu material de trabalho. À esquerda, um grupo animado. Um morcão com um humor de cão e o gajo mais picuinhas que já vi, tentando descascar qualquer afirmação até ao seu mais profundo significado. Em frente a estes dois, o tipo mais relaxado que já vi - com o tique peculiar do 'olá, tudo bem?' e o puto mais falador que me passou pela frente em toda a minha curta existência. Ao fundo, controlando as hostes, um gajo muito calmo e com humor variável. Este último, deu-me o meu primeiro contacto com a área... um manual técnico que fiz questão de ler 4 vezes em cerca de 12 horas.
Pensei que estava desgraçado... como sobreviver ali?
Para dizer a verdade, não era mau de todo... em tão grande grupo de animais, aqueles sete eram mais tipo macacos... naquela onda do levar tudo no gozo...
Enfim, mas encurtando a história, senão o post torna-se gigantesco...
Todos eles ascenderam, na minha opinião de emissário da Patolândia, à condição de patos honorários, privilégio ambicionado por muitos e conseguido por poucos.
Até ao momento, contava apenas com 15 patos e patas dignos de receber tal título. Vi-me obrigado a alargar o espectro para acolher mais 7.
Então vamos lá.
A jovem despenteada, foi talvez por força das minhas desventuras patinas a primeira a ascender à sua condição de pata. De facto, mostrou uma paciência inigualável para me obrigar a falar dos meus problemas (é difícil, garanto... normalmente só os escrevo) e ainda mais paciência para me aturar. Para além de excelente conselheira (e uma chata do caraças também...) esteve sempre disponível. Isto já sem contar com o tempo perdido a tentar ensinar-me os princípios básicos do que foram as minhas funções na maior parte do tempo.
O sul-americano afinal até é um gajo porreiro.
Sempre pronto a escutar e, quem diria, até frequenta o mesmo super-mercado que eu.
Já mesmo no final da história, ainda fomos várias vezes às compras de final de dia, falando da vida. Só para que conste, embora a conversa possa induzir em erro, não pegamos de empurrão.
De facto, é um óptimo ouvinte e um excelente amigo. Só é pena o sotaque... De resto, o que aprendi acerca do mundo verde, foi com ele.
Devo dizer que o morcão seria o último gajo com quem se esperaria travar amizade.
Antipático desde o primeiro dia, foram precisas duas semanas para conseguir fazer o tipo rir... curiosamente, apesar daquela pancada pela salsa, os coentros não disseram nada.
Aquela cena de ter lã é que é mais estranha. Fartei-me de lhe dizer. Puto, és um gajo excelente - pudera, com esse signo, só podia - e podes sempre contar comigo... Epa, mas o banho é uma cena importante ;) O Pinguim agradece o recrutamento que fizeste de mais um pato...
O lobo mau é um gajo picuinhas mas com paciência inigualável.
Quer durante os intervalos do café, quer ao final do dia frente a uma caneca de chocolate quente. Pensar que poderia estar com uma qualquer Capuchinho Vermelho... mas não, foi-me aturar. Altamente! Ok, tem aquele problema do separar os alimentos no prato, agrupando-os por secções (e eu é que tenho pancada)... fora isso, vou ter muitas saudades (snif!). Isto e as letras, o html, o asp e até aquela tentativa de php (que no final se traduziu apenas numa fácil abordagem a uma css).
E ainda temos o gajo mais calmo do mundo que, já agora e permitindo-me a correcção, afinal não é zen. Porque o ser zen não existe e porque é uma forma de agressividade e tal... como queiras. O que interessa é que é uma excelente pessoa e um amigo que tentou sempre mostrar-me o lado positivo das coisas. Não vou fazer piadas relativamente aos vegetais, nem em relação à carne. Já ultrapassámos isso. No meu novo mundo, vou tentar seguir a tua abordagem do 'Olá, tudo bem'... ou não... Os 'paramédicos' são mesmo só com ele, o Homem que os domina :D
Em relação ao mais recente enforcado, o que dizer... Há malta que gosta de se enforcar e partilhar as tarefas domésticas. (chegará o meu dia...) Descobri um gajo que é como eu. Pensei que era só eu, mas afinal eles andam por aí. E depois apesar de ser um grande melga é um excelente pro. Cromo, como os melhores. Das poucas vezes que falámos sozinhos, surpreendeu-me sempre. Ah, e cumprimentos à Nina (miúda porreira)... tivesse eu 4 patas e ias ver...
Bom, e depois temos o último.
Um gajo a quem dei um desgosto tremendo. Não creio que haja muito a dizer. Não porque efectivamente não se deva dizer nada, mas porque sou eu que não me consigo expressar.
Três coisas apenas. 1) É um pato que não se deve culpar pelas escolhas de outro pato. Foi uma decisão inteiramente minha; 2) Também me sinto um bocado como um filho que abandonou a casa... Mas os pais devem convencer-se que mais tarde ou mais cedo, os putos têm de tomar decisões que podem mudar a sua vida; 3) A respeito daqueles almoços durante a formação... sim, tenho um grande caixote de lixo...
Bom, no meio de tanta alarvidade (detesto falar do que sinto, por isso esta história pode soar um bocado a parvoíce patina) creio que resumi o essencial.
Espero que não seja o fim de uma boa amizade, mas o início de uma nova história que se poderá contar aos netos. Claro que vocês terão de contar primeiro... afinal o puto sou eu... Pergunto-me apenas como poderão agora sobreviver sem os 'pops' a meio do dia ou sem a famosa afirmação do 'hum, há melhor...'.
Felizmente, no espaço de um ano consegui ensinar alguns pupilos que farão esse trabalho na perfeição. Lamento apenas o facto de terem, graças a mim, perdido a pouca sanidade mental que vos restava... Ainda me vinham a falar em seguros de saúde... Não sabem com quem se meteram.
Grandes Abraços Patinos e um Muito Obrigado,
Pato Marques
Dinheiro
Ao que parece o ex-Deus das Contribuições e Impostos está chocado porque há gestores que ganham três e quatro vezes mais que o Scrótes ou o Cavacas.
É, de facto, uma pena.
Proponho o seguinte:
Metam o Scrótes num cargo qualquer, numa empresa fantasma do Estado, a ganhar o que não merece (mas, por favor, tirem-no do poleiro); ao Cavacas, façam-lhe o mesmo antes que invente mais motivos para largar a polícia de choque contra os próprios colegas, ou contra os condutores na Ponte 25 de Abril.
É, de facto, uma pena.
Proponho o seguinte:
Metam o Scrótes num cargo qualquer, numa empresa fantasma do Estado, a ganhar o que não merece (mas, por favor, tirem-no do poleiro); ao Cavacas, façam-lhe o mesmo antes que invente mais motivos para largar a polícia de choque contra os próprios colegas, ou contra os condutores na Ponte 25 de Abril.
02/08/2007
Realidades
Estou a precisar de férias das minhas férias.
Péssima a hora em que decidi tirar estes três dias. Mais valia estar a trabalhar.
O peixe está salgado, o peixe não está salgado, a carne é rija, a carne é macia, a sandes tem muito queijo, a sandes tem pouco queijo, o copo está cheio, o copo está vazio, a roupa está por lavar, a roupa está lavada, está frio, está quente, está o raio que a parta!!!!!!
Até foi necessário implorar à mulher a dias para vir passar a ferro. Nem ela a atura!
Hoje descobri até que sou paneleiro porque fui estender a roupa lavada.
A homossexualidade é uma ténue linha que cruza o facto de termos quem nos faça as coisas básicas, como estender a roupa, e não termos. Pelo menos é o que lhe passa pelos cornos.
Para mim é uma atitude simples. A roupa está lavada, amanhã a mulher vem passar a ferro. Convém que a roupa esteja seca. A alternativa é esperar pela próxima sexta e ir nú para o trabalho na segunda...
Começo a esquecer tudo o que aprendi e a ficar com uma certa vontade de me atirar do terceiro andar. Mas é só mesmo a vontade pois creio que não tenho tomates para o fazer. O chão lá em baixo parece tão duro... Mais rapidamente a atirava a ela. Mas isso era chato porque depois ia de cana e era sodomizado pelo colega de cela...
Mas enfim, ando calado, nem respondo. O que a deixa altamente passada dos cornos. Ya, a ideia seria discutir. Já nem ligo... tenho mais em que pensar.
Penso em patas (uma ou duas), penso em trabalho e penso em aprender a passar a merda da roupa a ferro.
Péssima a hora em que decidi tirar estes três dias. Mais valia estar a trabalhar.
O peixe está salgado, o peixe não está salgado, a carne é rija, a carne é macia, a sandes tem muito queijo, a sandes tem pouco queijo, o copo está cheio, o copo está vazio, a roupa está por lavar, a roupa está lavada, está frio, está quente, está o raio que a parta!!!!!!
Até foi necessário implorar à mulher a dias para vir passar a ferro. Nem ela a atura!
Hoje descobri até que sou paneleiro porque fui estender a roupa lavada.
A homossexualidade é uma ténue linha que cruza o facto de termos quem nos faça as coisas básicas, como estender a roupa, e não termos. Pelo menos é o que lhe passa pelos cornos.
Para mim é uma atitude simples. A roupa está lavada, amanhã a mulher vem passar a ferro. Convém que a roupa esteja seca. A alternativa é esperar pela próxima sexta e ir nú para o trabalho na segunda...
Começo a esquecer tudo o que aprendi e a ficar com uma certa vontade de me atirar do terceiro andar. Mas é só mesmo a vontade pois creio que não tenho tomates para o fazer. O chão lá em baixo parece tão duro... Mais rapidamente a atirava a ela. Mas isso era chato porque depois ia de cana e era sodomizado pelo colega de cela...
Mas enfim, ando calado, nem respondo. O que a deixa altamente passada dos cornos. Ya, a ideia seria discutir. Já nem ligo... tenho mais em que pensar.
Penso em patas (uma ou duas), penso em trabalho e penso em aprender a passar a merda da roupa a ferro.
Leaving on a jet plane
Não quero de forma nenhuma ser chato. Até porque tecnicamente, deveria ter publicado isto ontem, quer dizer, no dia 1... hoje já estamos a 2...
Reforço a necessidade de não ser considerado chato mas, não resisti a publicar esta letra de uma música muito conhecida. Sim, claro que muitos dos versos não farão sentido nenhum, mas como são uma minoria, acho aceitável. Já agora, amigo Pato Afonso, não se preocupe que dentro de muito pouco tempo, voltarei à sátira política e aos comentários abusivos relativamente à crise do Medio Oriente... Prometo que durante os próximos dias, o humor vai estar lindo, que é sinónimo de humor negro e mordaz. É aproveitar enquanto se pode, que depois passa-me...
All my bags are packed I'm ready to go
I'm standin' here outside your door
I hate to wake you up to say goodbye
But the dawn is breakin' it's early morn
The taxi's waitin' he's blowin' his horn
Already I'm so lonesome I could die
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
There's so many times I've let you down
So many times I've played around
I tell you now, they don't mean a thing
Every place I go, I'll think of you
Every song I sing, I'll sing for you
When I come back, I'll bring your wedding ring
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
Now the time has come to leave you
One more time let me kiss you
Close your eyes I'll be on my way
Dream about the days to come
When I won't have to leave alone
About the times, I won't have to say
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
Reforço a necessidade de não ser considerado chato mas, não resisti a publicar esta letra de uma música muito conhecida. Sim, claro que muitos dos versos não farão sentido nenhum, mas como são uma minoria, acho aceitável. Já agora, amigo Pato Afonso, não se preocupe que dentro de muito pouco tempo, voltarei à sátira política e aos comentários abusivos relativamente à crise do Medio Oriente... Prometo que durante os próximos dias, o humor vai estar lindo, que é sinónimo de humor negro e mordaz. É aproveitar enquanto se pode, que depois passa-me...
All my bags are packed I'm ready to go
I'm standin' here outside your door
I hate to wake you up to say goodbye
But the dawn is breakin' it's early morn
The taxi's waitin' he's blowin' his horn
Already I'm so lonesome I could die
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
There's so many times I've let you down
So many times I've played around
I tell you now, they don't mean a thing
Every place I go, I'll think of you
Every song I sing, I'll sing for you
When I come back, I'll bring your wedding ring
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
Now the time has come to leave you
One more time let me kiss you
Close your eyes I'll be on my way
Dream about the days to come
When I won't have to leave alone
About the times, I won't have to say
So kiss me and smile for me
Tell me that you'll wait for me
Hold me like you'll never let me go
Cause I'm leavin' on a jet plane
Don't know when I'll be back again
Oh babe, I hate to go
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