Hoje decidi passar por cá para dar uma pequena palavra aos meus poucos e fiéis leitores.
Não apareço há coisa de três dias. O que não é normal para um pato como eu.
Contudo, normalidade é algo que normalmente não abunda na minha vida normalíssima de pato. Agora que já arrotei para aqui mais um dos meus disparates, creio que podia - ao menos uma vez - ter uma atitude normal e grasnar sem javardices.
De facto, sempre pensei eu, a solidão pode ser um dos motivos que nos leva a escrever. Não a solidão solitária, da malta que não tem amigos e passa o dia a arrastar-se pelas ruas... refiro-me aqueles momentos no final do dia, em que poderíamos estar a fazer mil e uma coisas mais interessantes que a escrever num blog que é lido por quatro pessoas (se tanto). Contudo, apercebo-me que mesmo indo tomar um copo com um amigo ao final da tarde e indo dar uma volta por aí, quando chega a noite e o sol se põe falta sempre qualquer coisa. Eventualmente o qualquer coisa não soa muito bem, parece que se fala de um objecto... falta alguém. E depois se não falta ninguém, um gajo não escreve porque, de facto, tem algo melhor para fazer; mas se falta, pelos mais diversos motivos também não se consegue inspiração para escrever. E assim se passam umas horas ao final da noite, início da madrugada, batendo tecla e escrevendo insanamente algumas linhas de texto sem nexo nenhum, como será hoje o caso.
Muitas das vezes um gajo expressa-se por metáforas. A ideia base que, como é óbvio, é a estrutura de toda uma problemática, pode colocar alguns problemas.
No fundo, utilizamos as metáforas para conseguir explicar o que pretendemos de uma forma algo confusa. O fundamento é conseguir atingir determinados patamares do pensamento das mais diversas pessoas, conseguindo que apenas algumas, aquelas a quem efectivamente se destina a mensagem, as percebam. Ora, e pensando aqui com os meus botões (imaginários, claro, porque o pijama hoje não tem botões), é capaz de ser uma ideia um bocado estúpida.
Vamos supor o seguinte: temos um universo de 100 pessoas e pretendemos passar uma mensagem a apenas 2. Escrevemos a mensagem e passamos-lhe um filtro de encriptação. Este, virá a transformar a mensagem numa metáfora. Publicamos a mensagem num local público e, tal como se pretende, a mensagem é recebida. Agora, o que é mesmo estúpido é a necessidade de fazer isto. Não seria mais simples enviar a mensagem, sem metáforas, a apenas duas pessoas, dizendo exactamente o que se pretendia? E com isto evitam-se ainda perguntas das restantes 98 pessoas.
Por outro lado, se não aplicamos as metáforas e enviamos directamente as mensagens, perde-se toda a magia da publicação num blog. Perdemos é um momento em que podemos brilhar para 2 pessoas em particular e passamos por doidos para 98 em geral.
É um bocado como dizia o Orlando Bloom no 'Reino dos Céus'... "Quem tem direito? Ninguém tem direito. Todos têm direito."; se não era assim, seria qualquer coisa parecida...
Também se pensa um bocado na situação das ruas de Lisboa. Um amigo pato mudou-se há uns tempos para uma cidade nas imediações de Lisboa. Por lá assentou praça e por lá ficou a trabalhar. Não tem problemas de estacionamento, não tem buracos nas ruas. Acho que a situação tem vários aspectos a ser ponderados. No fundo, no fundo, há cidades, como aquela em que o meu amigo mora, que são compostas por pedaços de betuminoso no qual por vezes se encontra um buraco. No meu caso, em Lisboa, tenho uma cidade que é um buraco, onde por vezes encontramos um pouco de betuminoso.
Como podem ver, ninguém está errado... as perspectivas de análise é que são diferentes. Embora concorde inteiramente com o facto de Lisboa ser um buraco. Por vezes penso que mais valia tirar todo o betuminoso. Ao menos o buraco ficaria plano...
Uma questão também interessante é a das tampas de esgoto.
Já repararam que não há uma que esteja ao nível da estrada?
E mais interessante ainda! Já tive oportunidade de percorrer as estradas deste grande buraco que é Portugal. O que já reparei é que no Norte, os gajos metem as tampas de esgoto acima do nível da estrada, fazendo uma espécie de lomba; no Sul metem as tampas de esgoto abaixo do nível da estrada, na onda de buraco... quero então acreditar que algures no país, eventualmente na zona de Coimbra, Águeda, Leiria, as tampas de esgoto estão efectivamente ao nível da estrada.
A luz que fica por baixo da minha janela continua apagada. Acho que o pessoal da EDP descobriu onde era o ninho do pato e decidiu boicotar isto tudo. Já nem me chateio... Mais rapidamente prendia um gajo do handling ao capot do carro e ia dar uma voltinha do que um técnico da EDP. Certa vez os Gatos fizeram uma cena que era o concurso do gajo mais odioso do mundo... e o Fiscal da EMEL ganhava ao Hitler. Não se lembram de meter um desses gajos do handling ao barulho, senão ainda iam baralhar um bocado as contas...
Os gajos da EMEL conseguem ser bastante irritantes. Agora andam todos inchados porque são a 'autoridade' dos estacionamentos... reparem: verdes e inchados? Parecem sapos... deviam era ir fazer publicidade à Portugal Telecom.
Já o pessoal da PT não é melhor... ainda não percebi por que raio tenho na minha conta de um outro operador de telecomunicações e dados um valor que se refere ao facto de ter um número começado por 21. Tipo... não sou lisboeta?? Que mal tem ter um 21 e não ser da PT??? Querem mesmo saber onde podem meter o 21?
Não suporto monopólios e muito menos Golden Shares. O engraçado é que o Estado sai sempre ileso.
Agora, uma questão altamente importante. De que forma estão o Fiscal da EMEL, o gajo do handling, a malta da PT e os buracos nas ruas relacionados com as metáforas?
E eu respondo: De maneira nenhuma. Sou simplesmente doido. Há malta que vai para a rua gritar que o fim do mundo está a chegar... eu, limito-me a fazê-lo no meu blog.
Cumprimentos patinos!
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