Passaram-me esta informação.
O Bart Simpson fez ontem 28 anos.
Na série, curiosamente, parece ter 12 anos. Bom, mas na realidade há muita malta de 28 que mais parece ter 12, pelo que o atraso no desenvolvimento do Bart nem é assim tão anormal.
"Quando eu era pequenino, quando eu era pequenino", ok, talvez não tão pequenino assim, achava mesmo piada a telefonar para casa através de números desconhecidos, fazer uma voz mais grossa e pedir para falar com a minha Mãe... depois era só dizer que era um agente da Judiciária e que o Pato Marques se encontrava na morgue, vítima de um terrível acidente, pronto a ser identificado.
Tinha alguma piada, ouvir a minha pobre Mãe em pânico (com a ideia de ter o ovo esmagado debaixo de um camião)... infelizmente não durava muito tempo, porque desmanchava-me a rir com a ideia de me desfazer em pedaços debaixo de um eléctrico, ser brutalmente assassinado com uma picareta ou ter caído à linha do metropolitano.
Não sei, mas acho que sempre tive um pouquinho de nada de Dexter, capaz de rebentar com a minha própria pessoa. A ideia de me ver numa poça de sangue, agrada-me; recomendo vivamente o livro "A realidade agora a cores" do Rui Zink.
A senhora que me passa a roupa a ferro, soma e segue.
Agora deixa-me um bilhetinho na mesa da cozinha, como se estivesse a falar directamente comigo... achei alguma piada ao monólogo dela, debulhado no adorável guardanapo branco.
"Oi, tudo bem? Comigo tudo bem. É preciso comprar Sonasol. Compra você ou compro eu?"
Não percebo muito bem a ideia deste tipo de discurso, sobretudo quando é transmitido poeticamente numa folha de papel... estive tentado a deixar-lhe um bilhete (talvez fosse essa a ideia) dizendo apenas: "Comigo tudo bem. Obrigado, no sábado passo no Lidl e trago Sonasol."
Posso ser sou eu que sou doentio e neurótico, mas estas mensagens são altamente.
Hoje, uma vez mais, fui enterrar-me na livraria à hora de almoço.
E quem estava lá, quem, quem?
Um bacano, sentado num dos sofás com um ar de prazer inexplicável...
Até aí tudo bem. Mas o tipo olhava para o céu (da livraria), sorria como se estivesse numa sessão de masturbação assistida, e agarrava-se à almofada como se fosse a pessoa mais valiosa da sua vida.
Achei aquela merda arrepiante. Um gajo ser doido, ainda vá, agora agarrado a uma almofada que já passou por umas centenas de rins... hum... manhoso!
Agarrar por me agarrar, prefiro o meu Snoopy, que recebi quando tinha um ano, e que ainda se encontra no meu quarto, com uma t-shirt vestida dizendo "abraça-me".
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