04/12/2008

quase lá

Sempre que visto umas daquelas calças mais desportivas, para andar por casa, lixo-me.
Já contei várias vezes que foi a D.Amélia, na primeira-classe que me ensinou a atar os atacadores e a dar nózinhos... infelizmente, nunca me ensinou a desatá-los.
Então, agora, sou um géniozinho a dar nós nos cordões das calças e depois quero ir à casa de banho e morro pelo caminho porque não consigo tirar o dito cujo.
"Sai, cabrão! Sai!!!" Mas não sai, porque o nó está demasiado apertado.
É nestes momento que gostava de mandar retirar duas costelas, para conseguir chegar com a boca aos cordões das calças e conseguir roer o nó (sem segundas interpretações, por favor).
"Faz a barba, assim não mostras a cara..."
Tipo, vamos lá a ver uma cena. Eu conheci a minha Mãe durante 23 anos e nunca lhe fiz a vontade em relação a tirar a barba.
Nesses termos, por que raio haveria eu de fazer a vontade a uma avó que conheço há pouco mais de um mês?
Afinal, a minha teoria inicial do sofá parecia estar errada.
A malta continua a dar o bafo aqui no terceiro piso (ou quase a dar o bafo...).
Posso ser eu, que dou azar ao pessoal, ou então é mesmo qualquer merda obscura no prédio. Como tenho algum pânico de morrer sozinho, deixo aqui o aviso... caso não escreva no blog durante mais de 48 horas, passem pela Patolândia e sigam o cheiro a enxofre. Contento-me com três ou quatro jovens de peitos fartos a chorar em cima do caixao.
Curiosamente, reparei que algures numa das ruas do meu bairro, alguém graffitou "sorri para a vida!" com um imenso smile à frente.
Devo referir que sempre que vejo aquela merda, só me dá mesmo vontade de pegar fogo à parede.
Sorri para a vida??? E o sorrisinho, é daqueles amarelos, não? Quem terá sido o porco que andou a fazer aquela merda? O graffiti não me chateia, o que chateia a sério é o que o bacano escreve!!!
Eventualmente, algo com piada: agarrar no artista, comprimir-lhe os cornos contra a parede, e raspar o sorrisinho ao smile com o escalpe do biltre.
Quando terminasse, não resistiria a questioná-lo se ainda queria continuar a sorrir para a vida.
O Natal está a chegar e, de repente, ocorre-me apenas pegar no Pai Natal e esventrá-lo violentamente, até que se afogue no próprio muco.

Querido Pai Natal, aguardo por ti à janela. Com uma carabina.

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