17/12/2008

mudança

Sem dúvida que o mundo é feito de mudança.
Há uns anos rodávamos a merdinha no telefone e agora carregamos num contacto do Outlook e fazemos uma chamada. É positivo.
Mesmo assim, a estupidez humana parece não ter qualquer problema em manter-se constante.
Gosto imenso da malta que me dá toques para o telemóvel com números anónimos. E depois ainda ficam à espera de chamada de retorno...
Mas melhor são aquelas sms's vindas de um número anónimo: "td fixe? liga-me"
Pah, Foda-se! Grande Animal! Não tens o número identificado, como porra é que te vou ligar se não faço corno de ideia de quem sejas???
Às vezes pergunto-me da utilidade de uma passadeira na estrada. A malta já se atira para a frente do trânsito como se não houvesse amanhã portanto, para que raio meter uma passadeira?
Não sei bem qual é a ideia da malta, mas devem querer que eu sinalize a minha paragem na passadeira com centenas de metros de antecedência.
Um gajo pára sempre na passadeira. Mas, mesmo assim, a malta chega a meio, hesita, volta atrás e mesmo com um gajo parado a cinco metros da passadeira, levantam o chapéu de chuva e gritam "seu doido!".
Nessas ocasiões, os momentos que se seguem são iluminados por uma cabeça fora do carro que grita "seu cabrão! Putaaaaaa! Não estou parado?????"
Tenho de avisar a velhota quando vou a cruzar a esquina? "Vizinhaaaaaa, olhe, vou parar aí!"
O importante é que sejam felizes, paradinhos na passadeira, a reclamar dos males do mundo.
Já as maratonas, decorrem sempre no meio da estrada.
A minha posição oficial: eu não ando com o carro em cima dos passeios, pois não? Então por que caralho de ideia é que tenho de fazer desvios por toda a cidade ao fim de semana porque uns gajos se lembraram de ir correr para o meio da estrada????
Um gajo paga a prestação do carro, paga combustível, paga Imposto Automóvel, paga Imposto de Circulação, paga parques e combustível e, no final, não posso andar por onde quero porque a malta anda a correr.
Pah, se querem assim tanto andar na estrada, vão à Repartição de Finanças mais próxima, paguem o Imposto de Circulação e enfiem o comprovativo na cavidade rectal. Depois disso, aí sim, vão correr na estrada.
Perto do meu local de trabalho, há um café. Ok, até aí nada de especial.
O café serve umas tostas simplesmente brutaaaaaais, e a malta costuma ir buscar para comer no trabalho. As empregadas até são fofas e os preços baixos.
Reclamar de quê, então?
O animal que está a servir ao balcão, tem sempre um sorriso de felicidade no rosto como se estivesse em permanente atitude de afagamento assistido. O gajo ri, conta piadas, transborda alegria por todos os poros.
Tipo, às vezes consegue ser mesmo irritante.
Como se de repente o céu fosse azul, as andorinhas passeassem pelos ares, os namorados vagueassem pelos jardins e pequenos gnomos saltitassem com caldeirões de moedas de ouro pela rua.
Não quero ser mauzinho, mas fico com vontade de lhe enfiar uma azevia (que por sinal, são excelentes) pelas narinas abaixo, até lhe sair o muco pelos poros do rabo.

Feliz Natal.

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