Entornei a minha diarreia mental em cima dos Lusíadas que tenho por aqui. Deu merda, claro está.
Canto I.
As armas e os barões assinalados (Curioso, como passamos metade da vida a pensar), que da ocidental praia Lusitana e quando temos de facto de pensar, só pensamos em asneira,
Por mares nunca de antes navegados, passaram ainda além da Taprobana - o importante é deixar as capacidades electromagnéticas fluir em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana - e entre gente remota edificaram sem nos importarmos se vamos ou não apanhar uma descarga que nos mate, Novo Reino, que tanto sublimaram;
Canto II.
Consegui finalmente um pouco de tempo para colocar os cortinados da sala.
E se buscando vás mercadoria que produze o aurífero Levante, canela, cravo, ardente especiaria, ou droga salutífera e prestante; não, pah... eram mesmo cortinados.
Ainda não percebi bem o esquema. Quem disse que furar paredes a apertar os parafusos do varão era cena para homens? É que acabei o dia a passar os cortinados a ferro e a fazer bainhas nos mesmos. Ou se queres luzente pedraria... Ok, já percebi. E quem disse que passar a ferro era coisa de mulheres? O rubi fino, o rígido diamante; pois, foi bem apanhado, é um facto.
O que importa realçar é que estava capaz de espancar o gajo do Ikea que disse que fazer as dobras dos cortinados era uma coisa engraçada e divertida... Daqui levarás tudo tão sobejo com que faças o fim a teu desejo.
Canto III.
Quem viu um olhar seguro, um gesto brando, uma suave e angélica excelência, que em si está sempre as almas transformando, que tivesse contra ela resistência? Perguntavam-me no outro dia, o que me aconteceu de melhor e de pior em 2008.
Desculpado por certo está Fernando, para quem tem de amor experiência; Lol, a sério... é melhor não irmos por aí.
Mas antes, tendo livre a fantasia, por muito mais culpado o julgaria.
Canto IV.
Muitas foram as afirmações do ano. 2008 não terá a habitual votação. Ó glória de mandar! Ó vã cobiça desta vaidade, a quem chamamos Fama! Utilizando o Estatuto dos Açores, perdão, o Estatuto da Patolândia, no meu blog, eu quero, eu posso, eu mando. Ó fraudulento gosto, que se atiça C'uma aura popular, que honra se chama!
Desde aquela deliciosa do Pato Afonso ("de uma forma não gay, penso em ti"), passando pelo "os funerais andam pela hora da morte", "és uma fila, mas não das de supermercado" e outras tantas, acho que o "és um neurótico que um dia chega aqui com uma caçadeira e nos limpa a todos" ganha o primeiro lugar. Que castigo tamanho e que justiça fazes no peito vão que muito te ama!
É sempre bom saber que nos têm em tão grande conta.
Que mortes, que perigos, que tormentas, que crueldades neles experimentas!
Canto V.
Alguém aqui vê o FX? Dá uma cena à noite chamada "Sin Cities", e é um guião de sexo pelas várias cidades do mundo. Trabalha por mostrar Vasco da Gama que essas navegações que o mundo canta não merecem tamanha glória e fama como a sua, que o céu e a terra espanta. Ontem passou um gajo cuja fantasia era levar um clister de cerveja, vestido de porco. Mas aquele Herói, que estima e ama com dons, mercês, favores e honra...
Alguém quer leitão recheado para o Ano Novo?
A lira Mantuana, faz que soe Eneias, e a Romana glória voe.
O mundo enlouqueceu, e o doido sou eu. lol.
Canto VI.
Certo, e já falei muito disto aqui.
A minha avó morreu. O meu último elo de ligação - por terrível que fosse - a uma família, desapareceu. Mas com buscar com o seu forçoso braço as honras, que ele chame próprias suas; não posso dizer que tenha ficado chocado, não foi como quando fiquei sem a minha Mãe. A minha avó já pouco falava, e os seus sentimentos por mim já sabemos como eram. Vigiando, e vestindo o forjado aço, sofrendo tempestades e ondas cruas; Foi horrível, chegar a casa e deparar com um cadáver. Contudo, não fiquei com a sensação de que tinha algo para lhe dizer. À minha Mãe Gansa, sim... vencendo os torpes frios no regaço do Sul e regiões de abrigo nuas; foda-se, tanto que ficou por dizer...
Mas é tão bom, saber que de repente a família paterna apareceu e sou tão desejado... :S engolindo o corrupto mantimento, temperado com um árduo sofrimento; yah, já sei, já sei, o sarcasmo é o oitavo pecado mortal e vou apodrecer no Inferno.
Canto VII.
Pelos portais da cerca a sutileza se enxerga da Dedálea facultade, sou informático e tenho um blog.
Ainda não percebi se a malta estranha por isso ou pelo que escrevo em figuras mostrando, por nobreza, da Índia a mais remota antiguidade.
Sim, talvez seja um louco, mas o facto é que apesar de parecer o contrário, a minha vida não é um blog assim tão aberto ao mundo como parece.
Não achavam que facilitava assim tanto, não era?
Afinal, sou só o parvo que escreve umas bacoradas aqui, não é? Sempre animado, sempre divertido.
Afiguradas vão com tal viveza as histórias daquela antiga idade, de facto, nem eu sei ao certo o que faço aqui...
"Quiiiiiiiiiiiis saaaaaabeeeeeeeeer quem sou... o que faaaaaaaaçoooo aquiiii; queeeeeeeeeem me abaaaaaaaaandonou, de queeeeeeeem me esqueeeeeci"
Qualquer coisa do género que quem delas tiver notícia inteira, pela sombra conhece a verdadeira.
Canto VIII.
Este interpreta mais que sutilmente os textos; parece que o acerto da contagem do tempo, vai obrigar a que atrasemos os relógios em 2 segundos durante o Ano Novo. Este faz e desfaz leis.
Fiquei confuso... a contagem decrescente vai começar no 12? Este causa os perjúrios entre a gente, e mil vezes tiranos torna os Reis. Eventualmente começará no 10 e quando chegar ao 0, ainda ouvimos "+1, +2, biba o Ano Noooovooo (hic)".
Como atraso o meu relógio 2 segundos? Tipo, não tenho nenhum relógio atómico aqui em casa. Até os que só a Deus Omnipotente se dedicam, mil vezes ouvireis...
De repente lembrei-me daquela música, o "Seven Seconds" que corrompe este encantador, e ilude:
'It's not a second | just two seconds away | Just as long as I stay | I'll be waiting"
Mas não sem cor, contudo, de virtude.
Canto IX.
Já todo o belo coro se aparelha e o tempo anda uma merda.
2009 vai começar das Nereidas, e junto caminhava com chuva intensa e vento forte em coreias gentis, usança velha, para a ilha, a que Vénus as guiava.
Dizem que é uma depressão atmosférica.
Na minha opinião, o que a atmosfera precisava era do Tronco de Natal entalado entre as nuvens. Ali a formosa Deusa lhe aconselha o que ela fez mil vezes, quando amava. Isso ou uma dose de Xanax.
Elas, que vão do doce amor vencidas, estão a seu conselho oferecidas.
Canto X.
Assi foram cortando o mar sereno, com vento sempre manso e nunca irado; E o que me chateia a sério em tudo isto? Terminar o ano como o iniciei.
Até que houveram vista do terreno há uma série de universos encadeados e o bater de asas de uma borboleta na Tailândia origina um tufão em Nova Iorque e entraram pela foz do Tejo ameno. Tipo, alguém aí na Tailândia pode estoirar essa borboleta? A malta aqui deste lado já está farta de levar com ventos fortes!
Ano Novo. Qual será o efeito de me tentar empalar na Árvore de Natal? E à sua pátria e Rei temido e amado o prémio e glória dão por que mandou, e com títulos novos se ilustrou. Só tenho até ao Dia de Reis, depois desmonto-a...
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