Algures no mundo, em cada empresa de montagem de computadores, há um gajo que é pago para colar aqueles autocolantes nas máquinas. Uns têm a marca da motherboard, outros a da placa gráfica, outros ainda o tipo de tecnologia utilizada...
Eu pessoalmente, acho que um computador não é computador até ter o respectivo (ou respectivos) autocolante(s) colado(s). Se fosse um computador sentir-me-ia nú... como se saísse à rua sem calças nem cuecas.
Faz parte da personalidade binária de cada computador, o ter ou não o raio do autocolante lá colado. Acho que um computador só se sente verdadeiramente máquina após ter a etiqueta lá metida.
Infelizmente, os gajos que colam as etiquetas devem ser todos estrábicos ou merda semelhante.
Já repararam que as etiquetas ficam sempre tortas? Eu sou um bocado esquisito com essas coisas. Depois dou-me ao trabalho de tentar descolar as etiquetas e voltar a colar. Infelizmente, e apesar de as conseguir colar novamente - agora direitas - as pontinhas por onde descolei nunca mais ficam as mesmas, todas enrugadas.
Epa, acho uma total falta de consideração fazerem isso aos autocolantes. E as etiquetas tortas deixam-me doido.
Na semana passada o meu pai esteve de férias.
No fim-de-semana anterior, fui ver a família biológica.
Nesse mesmo fim-de-semana, o meu pai disse-me que ia ligar durante a semana para ir ter comigo ao trabalho e almoçávamos juntos...
Passou-se a segunda, terça, quarta... ok, estamos novamente na terça.
Eu não sou um gajo que ligue a estas merdas da família biológica mas, por momentos, ocorreu-me que em toda a minha santa vidinha, o meu pai nunca tinha almoçado comigo.
Seria diferente - não especial - que o meu pai, por muito animal que tenha sido, por muito acabado que esteja, tivesse vindo almoçar comigo. Não é coisa que me deixe magoado por aí além. Não é das coisas que me fazem chorar no escuro e muito menos ficarei a pensar nisso. Simplesmente, durante a semana, fiquei estupidamente em suspensão, na ideia de que "é hoje que ele vai ligar".
Afinal, penso que vou continuar a ser um tipo que nunca almoçou sozinho com o pai.
Posso achar meio triste, mas não fico triste.
A desilusão é um dos sentimentos mais cretinos que podemos ter. A espera arruma-nos por dentro.
Ok, e é oficial. É do conhecimento geral e toda a santa alminha sabe que o Pato Marques é viciado num jogo do Facebook. Todos os dias, mesmo durante o horário de trabalho, o Pato Marques acede ao seu perfil humano no Facebook, entra no Mafia Wars e passa mais uns níveis... dois cliques e tal, e está feito.
Ontem à noite, andava a ver os amigos do Facebook e quem é que eu encontro, quem? O meu chefe!
Então, como bom funcionário que sou, decidi convidá-lo a juntar-se à minha rede.
Hoje de manhã, o gajo aceitou.
Passei o dia a deitar o olho ao Mafia Wars mas sem poder clicar em nada... se o fizesse, toda a malta seria notificada, incluindo o meu chefe. Seria chato mostrar que sou viciado num jogo online e que, para ainda mais, sou viciado mesmo durante as horas de trabalho.
Parte cretina da situação. Durante o dia, recebi notificações das vitórias do meu chefe no mesmo jogo. Parece que o rapaz também é viciado no mesmo.
Não é para quem quer... é para quem pode.
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