05/04/2006

Sem mais demoras...

O Pato Marques é mais um cidadão deste país de gente miserável e mesquinha ou, melhor dizendo, é mais um cidadão deste mundo de loucos que, se não sabem o que fazem (os loucos, claro), muito menos sabem o que dizem. É por este motivo que o Pato Marques não grasna, prefere escrever.
Não interessa para aqui, o que faz o Pato Marques (que por acaso também é o Pato que dá o nome a esta merda que você está a ler). Não interessa onde mora, que idade tem, se habita algum lar de loucos (ou como a sociedade prefere chamar-lhes: elementos diferentes), ou mesmo que sexo tem. Sim, porque se um tarado destes diz que se chama Pato Marques, que validade poderemos dar ao nome que ele alegadamente usa como sendo verdadeiro? Será que o gajo afinal é gaja? Ou pior ainda, será que é bicha? Ou será um desses neo-neuróticos compulsivos que anotou o seu nome num caderninho negro e espera pacientemente para o estripar num beco? Bom, se começa a pensar assim, queira conhecer a minha humilde opinião: o neurótico é você, caro leitor ou leitora, você agora é que escolhe o seu sexo.
Neste ponto, já alguns afirmarão conhecer o Pato Marques, a sua verdadeira identidade. Enfim, os privilegiados que tiveram a honra de ter este pato no seu caminho. Mas isso agora também não interessa.
Tal como ele dizia, o Pato Marques sempre foi um pato atento ao que o rodeava. Apesar de ter o bico bem fechado, as suas orelhas (radares, como muitos lhes chamavam) estavam sempre bem abertas. Desde os seus tempos de ovo que ele começou a observar a sociedade; contudo, muitas vezes formulou teorias erradas acerca desta. Mas o patinho cresceu, e começou a raciocinar não como ser humano, mas sim como verdadeiro pato que era, proveniente das províncias da Patolândia. Assim, caiu no erro de tomar a iniciativa e comentar aquilo que via. Bom, foi má ideia. Isto porque imediatamente a sociedade se revoltou e apelidaram-no de louco. Mas ele não o era. O Pato Marques sabia que sofria de uma deficiência neurótica e que, portanto, não batia lá muito bem da bola. E foi por esse motivo, que ele descobriu que não era assim tão doido. Enquanto que a sociedade (essa sim, verdadeiramente passada dos cornos) vivia como sendo normal, que pensava que era, o Pato Marques, recolhido na sua capoeira, vivia normalmente, pois já sabia que era passado...
Deste modo, deixou de emitir opiniões faladas, e passou a emitir opiniões escritas. E do mesmo modo, quando a sua santa vidinha lhe corria mal como o caraças, não poderia deixar de rir, pois seguindo a teoria que muitos denominaram Lei de Murphy, por muito mal que as coisas fossem, poderiam ser piores. Azar!
E a sociedade continuou a dizer que ele era louco. E continuou a rir-se. E a escrever. E a cagar no que os outros diziam das suas ideias, desejos, sonhos. Citando um tarado qualquer que deveria ser advogado e se tornou escritor, ‘tudo o que um homem sonha, consegue realizar; esses feitos podem ser repetidos, e até melhorados, pelos que lhe sucedem’. Era qualquer coisa assim. Se você for um palhaço minimamente inteligente saberá que o tarado de quem eu falava há algumas linhas atrás era Júlio Verne.
Enfim. Para se continuar a rir (e as piadas começavam a escassear) pediu aos seus amigos que lhe enviassem por e-mail, as suas piadas. Agora, tal qual a obra passa de pai para filho, deixem este pato ser o pai, que vos vai passar a sua herança. A sua herança de histórias, opiniões, piadas, e comentários que se lhe cruzaram no caminho, e que lhe permitiram rir. Rir à grande e à francesa de tudo e de todos. Até daqueles que se riam dele.


Leiam esta bosta, vivam felizes! QUACK!

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