14/03/2009

"all my bags are packed, i'm ready to go"

E ontem foi o meu último dia no meu actual emprego.
Fizeram-me um jantar de despedida. Escreveram-me dedicatórias, deram-me beijinhos, tiraram fotos. Foi diferente. Acho que pela primeira vez tive também a lágrima prestes a saltar mas, como sou um pato controlado, recolhi o processamento lacrimal para outra altura.
Estava aqui a lembrar-me de quando deixei o meu primeiro trabalho, para evoluir para um estágio... trabalhava sozinho num canto obscuro da 'empresa' portanto, no último dia fechei a porta e entreguei as chaves ao segurança. Quando, por sua vez, me fui embora do estágio, como era o júnior de uma equipa de 8 pessoas, e tendo a certeza que seria fácil manter o contacto com todos (e foi), demos abraços e beijinhos e segui para o novo desafio.
Hoje, dei-me conta que estive duas horas a despedir-me de todas as pessoas com quem trabalhei.
Não sei se me irão esquecer amanhã, depois, ou no próximo mês... é possível que acabe por acontecer. Alguns gostaram de mim, certamente que outros nem tanto. Ninguém é insubstituível e, cedo ou tarde, excepto para aqueles com quem falo diariamente, acabarei por ser mais um perfil de utilizador perdido algures na Active Directory da empresa.
Achei francamente impressionante como repararam em mim. Não apenas nos meus devaneios diários e teorias medonhas enquanto dava suporte, mas também nos meus gostos e detalhes pessoais.
Vou ter saudades de toda a gente. Um por um, cada qual com os seus problemas e crises informáticas. Das conversas com as colegas que mais pareciam um almoço entre gajos, da forma como eu esfregava o mamilo (o meu) e metia a língua de fora enquanto atendia o telefone a mais um fornecedor (impagável...), dos almoços, jantares, convívios e afins.
Agora, mais um desafio surge pela frente. Podia ousar afirmar que os informáticos são samurais errantes nas Terras de Ninguém. Quando deixam de ser necessários numa aldeia, partem para outra, de mochila às costas. Creio que é uma visão um bocado arrogante da questão.
Gostaria de ter ficado, mas algo maior chama por mim. Ou não.
Ficam os amigos, o calor humano, as saudades, e... (algo brutal) a lembrança do sorriso de um 'cliente interno' após ter o seu problema resolvido.
Lado positivo: é já ali ao lado.

A pedido de muitas famílias, aqui fica a história do Mesquelhão.

O Mesquelhão, é um pássaro, extremamente parecido com um pato, mas sem patas/barbatanas.
Sempre que aterra, a toda a velocidade, num ramo de árvore ou algo similar, pia a plenos pulmões:
"AIIIIII, MÊS COLHÕES!!!!!!"
É um Mesquelhão. Não tem que enganar.

3 comentários:

Anónimo disse...

Vamos sentir a tua falta sim! Até do humor negro!! E agora quem chamo para me ajudar?? Pelo menos continuaremos a falar aos fins-de-semana!! ;)

Anónimo disse...

Meu caro,

passaram 3 dias e ainda nos lembramos de ti (aposto que há um ser que se lembrará mais que todos... pelo menos até ter outro braço direito!).

Mas, ao visitar o teu blog, contava encontrar algo extratordinariamente fantastico como imagens do jantar de despedida. Ouvi dizer que foi muito bom mas, na minha era, ouvir não chega. Se é que me entendes...

abraço e vê se lá se partilhas ;)

Pato Marques disse...

Epa, ainda se lembram de mim :D

Como podes imaginar, o Pato Marques é um tipo anónimo, não dá a cara. Talvez em breve se dê um arzinho da minha graça, mas ainda não.
As fotos, essas, estão no meu hi5. Sabes o link ;)

Abraço!