08/04/2008

o guarda-chuva

Uma cena deveras irritante é a merda dos chapéus de chuva guardados nas casas de banho.
Um tipo tenta ir ao seu momento privado de libertação renal e lá estão aqueles espetos espalhados pela casa de banho.
Começa por se perder a vontade, que a malta é tímida e fica logo intimidada com tanto chapéu. Depois é a vontade que aperta e, a custo, lá se consegue fazer. Mas é necessário um cuidado imenso para não salpicar o tecido dos chapéus, porque é foleiro ser o mijão da zona.
O que chateia a sério é o facto do chapéu não ser mais que uma invasão à privacidade das zonas mais interiores do nosso Ser. Há ainda aqueles chapéus de bom-gosto, com bonecos de olhos gigantescos que ficam a olhar para nós, qual observador tarado na praia de nudistas.
E as vozes, as vozes que não param na minha cabeça...!!!
As vozes na cabeça que dizem 'faz isto', 'faz aquilo', 'não faças isso', 'não faças aquilo'... Epa...
São as vozes que não param de ecoar e os chapéus nas casas de banho que dão comigo em doido. Também.

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