29/07/2008

shutdown

Uma cena altamente irritante é atitude condescendente para connosco enquanto nos reclamam a imposição do estado de calma.
Como se um gajo andasse nervoso...
Nervoso? Eu? Claro que não. Foda-se! Parem com essa merda de dizer que estou nervoso e o caralho senão ainda rebento com isto tudo!
Aliás, o nervosismo só nos invade após a interrupção involuntária do sono pela 10ª vez numa noite... na realidade só ficamos mesmo nervosos quando percebemos que daí a umas horas vamos trabalhar e prender mais uns pacotes de chumbo aos tomates e que, ao final da noite, teremos mais uma dose de gestão programática de sono.
De facto, o sono processa-se como ciclos binários nos Mapas K que a malta utilizava em Electrónica Digital... resta-nos tentar simplificar ao máximo as equações e esperar que tudo corra pelo melhor.
Mas, efectivamente, quando estamos prestes a atirar com qualquer coisa aos cornos de alguém, e uma boa alminha segura-nos, é altamente irritante; quando estamos prestes a mandar o vizinho ir levar na peida e logo outro vizinho surge para nos calar, é irritante; e mais irritante consegue ser quando estamos muito bem caladinhos no nosso canto semi-zen, lidando com as merdas da melhor forma que conseguimos, e nos dizem para termos calma... tipo, da calma que tenho ou não tenho sei eu.
Arghhhhh! Foda-se!
Na verdade, o conceito terapêutico de gestão de raiva, não passa de uma enormidade de tangas. Isto porque quando está tudo fodido, não há como pegar num taco de golfe e rebentar com uma ou duas caixas de computadores daquelas vazias que se guardam para a eventual necessidade de devolução.
Como depois o pessoal acha que somos perfeitos psicopatas capazes de aniquilar a espécie apenas para travar a Evolução, acabamos por cair em nós e perceber que se há alguma coisa a fazer, é mesmo passar alguns minutos num diz que é uma espécie de silêncio, na sala gelada dos servidores.
Eu, a sala de servidores e o ar-condicionado que gela até o mais quente dos escrotos... no fundo sinto-me uma espécie de Abominável Pato das Neves... um Patyeti, se preferirem.
É violento, mas gostava mesmo era de aproveitar o rabo para anexar umas quantas placas PCI... tipo, quando me encontrasse de cagamerdeira seriam PCI-Express, mas isso são detalhes.
Mas seria interessante. Gostava particularmente de possuir um daqueles botões novos de overclock. Quando estivesse a flipar, acelerava o processamento e ficaria seco e queimado no meio do chão.
Em última análise... sacava-se o cooler à CPU e pronto. Shutdown profilático.

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