Chovem gatos e cães.
Sei, porque os ouço a esborracharem-se com os cornos no telhado.
A vida é injusta. E o sono também. Ontem até estava a conseguir dormir semi-decentemente mas acordei quando percebi que sempre que caía um relâmpago, o filho da puta do carro do vizinho disparava o alarme.
"BRUUUUUUM... óin óin óin óin óin!"
Anda toda a gente a curtir o facto de estar a nevar.
Ena! Que bom! Cena fofa, não é?
Nem vale a pena a gente lembrar-se dos sem-abrigo que se chamam assim por não terem efectivamente abrigo, que vão levar com blocos de gelo na tromba durante estes dias.
Por falar em gelo, ao longo do dia, frequento vários frigoríficos. O meu, o de casa dos amigos, o do trabalho... digamos que é uma vida gelada.
Algo de estranho surgiu à minha frente.
Já vi muita merda, mas nunca um iogurte a nascer de um frigorífico.
Isto foi uma descoberta que me permitiu passar a olhar de outra forma a Geração Espontânea.
Algo maior que nós, algo mais poderoso, permite a criação de maravilhosos blocos de leite fermentado nas profundezas dos frigoríficos.
É poético! Surgem do tudo que é nada, e do nada que não é mais que um bloco de gelo dentro do frigorífico.
Faz-nos crer que todos nós viemos ao mundo de um frigorífico.
Aliás, se eu não fosse um pato, certamente teria nascido de um frigorífico.
Obviamente, haverá sempre a possibilidade de o iogurte não estar a nascer, mas sim a engolir o frigorífico, produzindo o muco gástrico que irá ajudar a digerir o Categoria A. Ou B, quem sabe...
Curioso é o facto de já ter visto cabelos a nascer naquele mesmo frigorífico.
(que post de merda...)
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