22/02/2009

legoland

Como não parece haver nada melhor para fazer a esta hora, estou para aqui deitado a ver televisão.
Algures num canal público, está a passar o "E tudo o vento levou". Confesso que é um daqueles filmes que já vi várias vezes. Uma vez vi o começo, uma outra assisti ao fim, e consigo recordar-me de uma ocasião em que até assisti a 30 minutos no meio do filme.
Agora que posso dizer que assisti à Introdução, Desenvolvimento e Conclusão (embora de forma faseada) de todo o filme, vou tentar resumir.
Há uma jovem que quer casar com um gajo rico e vai fazer tudo para o agarrar. Mas há uma sonsa meio doente que aparece pelo meio. O gajo rico vai para a guerra e desaparece (mas antes escolhe a doentinha), e então aparece um outro que quer comer a primeira. Este último é um porco sujo mas que se torna um herói sulista após ser preso pelas tropas do Norte. No final, a primeira fica matematicamente com o último porque agora já é uma mulher como qualquer outra porque a Guerra dizimou-lhe a fortuna, pelo que se torna menos esquisita. Há uma governanta preta pelo meio, mas ainda não topei bem o papel dela no meio do enredo... mas há uma cena divertida, quando a Scarlett (a tal jovem que quer casar com o bacano rico) lhe dá dois berros para ela ir buscar o Capitão Butler (o porco sujo que quando os homens morrem todos já serve muito bem). Dão a beijoca da praxe, e o filme acaba.
Agora digam-me... é preciso tantas horas de filme para explicar esta merda???
Tenho um amigo Pato que se dedica, entre outras coisas, à manutenção dos habitats aquáticos que tem em casa. O rapaz anda agora a construir o Lago Malawi com uma determinada espécie de peixes lá em casa.
Fui lá ver e achei porreiro. Ok, esta história não interessa para nada, não é verdade? Então vou fazer o que melhor sei, que é ordinarar e emporcalhar isto ao máximo.
Os peixes do Lago Malawi que o jovem possui, reproduzem-se de uma forma deveras original.
As fêmeas mantém os ovos na boca. Então, o macho insemina a fêmea directamente na boca, fertilizando os ovos (brutal... se o Sá Leão descobre temos um novo filme: Sexo Oral no Malawi).
As crias nascem e a fêmeas cospe-as. Literalmente. Vão então para a boca do macho, que as guarda até terem idade para andarem à vontade no habitat (isto é pedofilia).
Vamos a ver uma cena. Estou tentado a meter uma webcam no aquário e a fazer negócio com um filme fish-porn no Malawi. Seria o Big Brother da Peixarada...
Curiosamente, recomenda-se que estes habitats tenham no mínimo um macho e duas fêmeas. O motivo? Os machos são tão tarados que, se for apenas uma fêmea, ele dá cabo dela (a sério, a sério, a sério!).
A saga da cozinha terminou, e a da mais recente reparação à casa de banho também. O accionamento de uma garantia de uma obra feita há anos no mictório cá do sítio, tornou-se uma festa de dois dias.
"Olhe, Sr. Pato Marques... aqui fala o seu empreiteiro da sanita! O meu funcionário, ao tentar retirar a base de chuveiro, rachou-a. Entretanto tropeçou, e marrou com os costados na sanita, não sem antes tentar agarrar-se ao autoclismo, que caiu ao chão e partiu-se em dois. A sua banheira está há quatro anos a verter água, que se acumulou entre o seu chão e o tecto da sua vizinha de baixo. A outra fuga era no sifão de chão, porque nos esquecemos de o fixar correctamente. Basicamente, sempre que o Senhor Pato abria a água, parte dela ficava fora do sifão. Mas não se preocupe, está tudo controlado..."
Enfim (suspiro). Por que haveria de estar preocupado...?
Já pensaram que as valsas devem ser as danças mais maradas à face da Terra? A ideia é andar a dar voltas e mais voltas, como se um gajo fosse o Efeito de Coriolis com pernas. No final, vai cada um para seu lado. Não me vou alargar mais nisto.
As mulheres são seres estranhos. Pelos mais variados motivos. Conseguem simplesmente deixar-nos de boca aberta, feitos parvos. Mas deve fazer parte da própria origem do Universo. Não é para compreender, é mesmo só para olhar o céu e aceitar as cenas como elas são.
Hoje, em casa de um amigo, estive uns minutos a entreter a filha dele a montar uns Legos.
"Faz qualquer coisa com Legos... váaa"
"yah... mas o quê? hum, já sei!"
Fiz uma construção em lego meio estranha. Toda a gente olha para mim. A pequena fica também semi-assombrada.
Então, explico-lhe.
"Olha, lembra-te sempre do que o Pato Marques te construiu em Lego; esta, é a molécula de diamante, uma das estruturas mais estáveis na natureza..."
Tipo. Um gajo tem o trabalho, a originalidade e a imaginação de fazer a molécula de diamante para a criança, em Lego!
E o que ela responde?
Atira-me com as peças de Lego e quer que lhe faça uma torre.

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