14/02/2009

sexta, 13

O mundo pode ser colorido, verde, azul, vermelho com bolinhas, mas tem também a sua parte de injusto.
A injustiça do mundo não está relacionada com a forma sempre agradável como duvidam de nós, nem sequer passa ali ao lado de uma franca recolocação na prateleira. O mundo não é injusto pela crise económica, não é injusto pelos parcos salários, não é sequer injusto pela forma ingrata como uma sexta-feira 13 pode aparecer nas nossas vidas, como se de um malmequer se tratasse - "ora bom, mau, bom, mau, bom... foda-se, quem meteu aqui o péssimo?"
O mundo não é lindo e mágico, simplesmente por andarem gnomos, anões e unicórnios a saltitar... é assim e pronto, temos de nos agarrar como podemos enquanto ele vai girando, sem fazermos grandes questões ou largarmos vários 'porquês'. A idade dos porquês está limitada a um ou dois anos das nossas vidas, momento em que passamos a ver as coisas com uma clareza assustadora. Sem qualquer sombra de dúvida, a única coisa a fazer é mesmo sorrir e achar um piadão estúpido a tudo.
É uma forma imatura e divertida de ter uma pretensão de calma e felicidade.
O mundo é injusto porque nos condenam como somos.
É altamente irritante não podemos pegar na cabeça de ninguém, arremessá-la violentamente contra uma viga de madeira enquanto o mandamos para o caralho.
É triste. No final da noite, olhamos para o infinito, e o que vemos? As manchinhas de humidade ali no cimo da parede.
No meio de tudo, haja saúde. E mais sextas destas para animar o pessoal.

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