31/01/2008

o circo do Sol...

O Sol, quando nasce, nunca é de facto para todos.
É que reparem. Se quando nasce, o Sol fosse efectivamente para todos, nunca ficaríamos com metade do planeta envolto em trevas enquanto a outra metade goza as suas horas de luz.
Na realidade, o Sol talvez seja um pouco como a fama... todos terão direito a pelo menos quinze minutos. Mas é só isso.
Dois terços da população mundial talvez ainda não se tenha dado conta, mas está condenada.
Não me quero armar em portador das más notícias mas, um pouco naquela onda de ânimo controlado, queria apenas referir que o mais provável que venha a acontecer a toda essa malta é acontecer-lhes coisas tão básicas como morrerem de fome, de sede, de doenças há muito controladas e, na pior das hipóteses terminaremos os nossos dias a comer-nos uns aos outros na ânsia de conseguirmos mais uns litrinhos de "pétroila".
Até os próprios Governos andam a preparar-nos para isso. Senão vejamos: até já temos plano de gripe... é só fazer as contas. Menos hospitais, menos apoios e ainda nos querem injectar com um vírus semi-adormecido. Está tudo fodido.
Parece que já estou a ver a criação de armazéns de gado humano, onde nos tentarão engordar para terminarmos fatiados na mesa de um qualquer gajo pertencente aos tais 33.3% que vêm o Sol a toda a hora.
Pessoalmente não me agradaria muito terminar os meus dias pendurado numa espécie de talho com um espeto curvo enfiado no rabo enquanto me sangravam. Claro que sempre seria mais agradável que ir na minha migração e levar um balázio nos cornos ao passar numa área de caça.
Falando em caça. Estou a lembrar-me de uma coisa importante: ementas de restaurantes.
No local onde costumo almoçar, perto do trabalho, há um restaurante que afirma que tem 'alheiras de caça' todos os dias.
O que será uma alheira de caça?
Após muito pensar com este meu cérebro pequenino, só pude concluir que a alheira de caça deve ser uma alheira perfeitamente normal que não habita em cativeiro.
Toda a gente sabe que as alheiras e demais enchidos, são pequenos animais que moram em pequenas bexigas de porco. A maior parte desses animais - que por acaso são mamíferos; mamíferos enchidos - são criados em pequenas jaulas chamadas fumeiros onde vivem até serem suficientemente grandes para serem comidos.
Por outro lado, as alheias e outros enchidos de caça, são selvagens. Crescem e reproduzem-se ao ar livre esperando a abertura da época de caça. São caçados à catanada, com uma pancada forte e seca nas pontas: daí que esta espécie tenha sempre as pontas atadas com uma corda que é para as entranhas não saltarem cá para fora.
Ainda a respeito das ementas, acho que a PIDE, perdão, a ASAE, deveria reforçar as suas equipas de inspectores com professores de línguas.
Acho que é um crime escreverem bacon como beicon na porra de uma ementa. Hoje passei horas no restaurante a tentar decifrar aquela merda porque pensava que seria um prato exótico, tipo 'beiças de porco' ou coisa parecida.
Como poderá ser perceptível (ou não) neste ponto do post já nada parece ter relação com o facto do Sol quando nasce ser ou não para todos.
Errado.
O grande problema aqui é que as alheiras de caça estão em extinção.
Vamos acabar os nossos dias perdidos numa qualquer ilha gelada agarrados a uma alheira que nem sequer será de caça, enquanto os vermes nos sugam a carteira.

Um último pensamento.
Hoje de manhã fui fazer um pagamento às Finanças... daqueles altamente evoluídos onde temos de estar fisicamente presentes para pagar a porra do imposto.
Constatei que o serviço público funciona muito melhor quando pagamos.
Fazer uma pergunta, é de borla, demora horas;
Pagar qualquer coisa ao Estado... é coisa de minutos.

Cumprimentos patinos!

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