Sim, soa um pouco a uma daquelas balelas poéticas.
A noite caída do ano passado terminou, erguendo o véu de um novo amanhecer... chegou o novo ano.
Ya... deve.
E com o novo ano começa também a velha e idiota cena de se começar a medir e quantificar as merdas que vamos fazendo ao longo deste mesmo ano. Tal como se passou com o último dia do ano passado, entramos agora na paranóia do primeiro dia do ano.
Com ele chega a primeira refeição, o primeiro banho, o primeiro post e afins... Raios, mas isto não termina?
Calculo que esteja mesmo a passar-me. A sanidade mental e a loucura extrema percorrem afinal duas rectas paralelas que se vão aproximando gradualmente. Enfim... que rectas? Esta merda parece mesmo é um parabolóide hiperbólico...
E depois temos os telejornais, inundados com a felicidade da chegada de um novo ano. Meia-hora a ver as passagens de ano em todos os locais do mundo e... imagine-se! as contas para o custo de vida neste novo ano. Que fofo. Vou passar o ano a pagar contas ao Estado e aos Privados. Depois falam em poupança...
Aliás, faz algum sentido celebrar uma merda que não é única?
Celebramos o final do ano como se não houvesse amanhã. Como se fosse algo único e, consequentemente, fofo. Afinal, um gajo liga a televisão e vê o final do ano vezes e vezes sem conta... Nova Zelândia, Austrália, China... foda-se, como se um Ano Velho não bastasse ainda se tem de levar com vários.
Felizmente, e uma vez mais, amanhã é dia de trabalho.
Mais um dia e acabava enforcado no estendal da roupa. Ou a 'coisa'...
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