25/02/2008

condicionantes

Numa das habituais diarreias intestino-mentais decorrentes da hora de almoço, discutíamos alegremente à mesa divagando acerca da potencialidade do Estado não ser mais que uma mulher.
Tecnicamente, o Estado alarga-se gastando o que não pode (ou melhor, o que é nosso) porque pode. O 'porque pode' é uma expressão politicamente correcta para designar o facto de algo ou alguém poderem efectivamente executar determinado tipo de acções sem que nós possamos impedir.
Por que é que a EMEL bloqueia carros? Porque pode!
Por que é que o Governo me enraba a carteira todos os dias? Porque pode!
Digamos que no formato de uma expressão utilizada com um sentido completamente distinto daquilo que significa actualmente para este pato, poderíamos dizer que quem pode, é fofo!
Voltando à teoria, o Estado será de facto como uma mulher com um cartão de crédito. Quanto menor o limite, maior o estrago. (alegrem-se os casados...)
Devo dizer que não tenho grande experiência a entregar dinheiro ao sexo oposto.
Para as mentes sujas que já devem estar a sonhar com a Nacional 1 ao chegar a Leiria, devo dizer que não...
Felizmente (ou não), nunca tive de soltar nenhuma fera dando-lhe o cartão para as mãos. Assim sendo, não saberei até que ponto o rapaz tinha razão.
Mas, duvidosas masculinidades latinas à parte, devo dizer que, sendo realmente verdade, o gajo deveria estar coberto de razão. Basicamente, o que deveríamos fazer ao Estado, seria boicotar os pagamentos.
Uhhhh... tipo, sem papel, a malta de S. Bento e respectivas raízes municipalizadas, teriam de se agarrar ao pauzinho e começar a fazer pela vidinha, como tantos outros animais que andam por aí a escrever em blogs.
Mas seria pedir muito que essa raça altamente evoluída de trapaceiros pudesse um dia trabalhar a sério e ganhar a brincar, como o comum dos mortais habitualmente faz.
Realmente, começo a acreditar que a mistura de cerveja com café tem um efeito deveras libertador no intestino, perdão, no cérebro da malta.
Falando em dinheiro, começo a ficar paranóico com as cenas da clonagem de cartões.
Dei por mim no fim de semana numa loja a fixar o movimento da empregada com o meu cartão.
O facto do balcão ser ligeiramente alto não ajudou, servindo apenas para dar a imagem de que seria um completo tarado... isto porque terminal para a direita, cartão para a esquerda, talão para o meio, e só quando a desgraçada me devolveu o cartão é que percebi que, embora estando efectivamente a olhar para o rectângulo plástico de pontas curvas, tinha estado a focar inadvertidamente o decote brutal que estava por trás...
Ainda pensei em explicar-me, mas que se lixe. Havia uma teoria engraçada há uns tempos acerca do lobo mau e que metia princesas à mistura. Não vou explicar.
Não me perguntem o número da copa. Ignoro mesmo... mas o cartão está porreiro.
E já que puxámos o assunto dos decotes, já alguém reparou que nas lojas de roupa as empregadas andam na maioria das vezes desberlengadas até ao umbigo? Tipo... um gajo vai a lojas de roupa para vestir... não para despir. De facto, não entendo o conceito.
E ainda perguntam: "Quer experimentar...?"; "Pois, depende... o quê, exactamente?"
Depois também é um facto que a moda dos umbigos é certamente arrepiante. Se no início tinha alguma piada ver um umbigo liso por cima do cinto... agora o mais frequente é ver todo o umbigo a escorrer pelo cinto abaixo. Lembra um gajo na BritCom, numa série chamada 'Little Britain' que se vestia de mulher... o detalhe é que tinha um barrigão de cerveja brutal. Do género... entre as mamas, ele tinha o umbigo. E agora é o que mais se vê por aí. Assustador.
A moda da cintura das calças pelos joelhos já passou há algum tempo. Infelizmente, a vida está má e a malta agora não as consegue segurar na cintura. Assim, elas acabam por cair. Pelo menos é o que parece.
Ontem ia eu a sair do meu carrinho, vou a cruzar a esquina, dirigindo-me à entrada do meu prédio, e eis que, subitamente, vejo algo estranho fitando-me debaixo do candeeiro da rua.
A medo, vou-me aproximando... até que percebo que estava a ser observado pelas nádegas sebosas de um gajo que se encontrava debruçado no motor do carro.
Das duas uma.
Ou ele estava numa onda mais fashion onde o que está a dar é ter as cuecas na cabeça e o rabo acima do cinto... ou então o tipo estaria a fazer algo ao carro que eu certamente não quereria ver. Mas para que conste... o tubo de escape é atrás e não à frente. Mas há por aí malta que faz maravilhas com os bujões da água...
De qualquer forma evitei o contacto e fui para casa. Assustado.
Enganaram-me com a história das meninas do gás. Um gajo convence-se que elas 'andem aí' com a bilha às costas... e ao cruzar a esquina vemos rabos peludos e sebosos!
É injusto, parece-me a mim.

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