14/02/2008

psicologia

Sim, é verdade. Psicologia.
Pode não parecer mas tem uma relação muito estreita com a informática.
Quer seja naqueles dias mais complicados em que o informático não tem paciência para ouvir as dúvidas existenciais dos seus utilizadores, quer em toda a estrutura organizacional de uma empresa: a psicologia informática está sempre presente.
É muito importante sabermos como gerir determinadas situações e acalmar utilizadores em pânico. É normal. Um problema pode ser muito básico ou muito complexo visto na perspectiva do informático. Contudo, do lado do utilizador, tudo parece uma catástrofe de proporções brutais. Daí que nos sobrevalorizem demasiado.
O pessoal começa a contar demasiado com os técnicos de serviço, mesmo quando a situação ultrapassa o nosso domínio de conhecimento/actividade.
Um médico nunca se mostra assustado perante um paciente sem esperança alguma; um informático nunca pode dizer que não sabe fazer algo: se o fizer, coloca em causa o sistema e tudo aquilo em que os utilizadores acreditam. Perde-se a imagem do 'protector' que sabe sempre o que fazer, mesmo nas situações mais problemáticas.
Torna-se um pouco assustador porque temos de manter a calma e adquirir os conhecimentos necessários para desempenhar determinada tarefa, mesmo quando não temos know-how acerca da situação em causa.
Por outro lado, os informáticos devem funcionar um pouco como calmante para os utilizadores. São solicitados a estar presentes em todas as ocasiões, mesmo quando não há necessidade para tal.
Mas todos ficam contentes porque está o informático presente.
Na situação limite, estamos presentes a dar apoio técnico, mesmo quando não há computadores, acessos de rede ou qualquer outra coisa electrónica no espaço de quilómetros... mas nota-se alguma calma da parte dos utilizadores. É um pouco como colocarem bombeiros nos eventos públicos.
Ainda num outro ponto de vista, é stressante para os informáticos colocarem-nos em zonas públicas, prontos a dar suporte... não somos profissionais aptos a dar a cara. Pelo contrário, o nosso mundo encontra-se algures atrás de uma grande variedade de teclados, monitores, ratos e telefones.
Dar apoio, sim. Dar a cara, não.

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